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sexta-feira, dezembro 13, 2024

Os 10 animais mais engraçados do ano -- para ajudar a digerir a Clara Ferreira Alves no Eixo do Mal

 

Mais uma vez estou a ver o Eixo do Mal. Como já deu para perceber, ver as actuações da Clara Ferreira Alves tiram-me do sério. É uma papagaia, fala de cor, empola o que diz para disfarçar a vacuidade do seu conhecimento. Cansa. Irrita. Vê os filmes todos ao contrário. Convenço-me até que não é apenas uma matraca falante e mal informada, que é mesmo pouco ou nada inteligente. E depois como fala sem pensar e sem saber do que fala, tão depressa diz uma coisa como o seu contrário.

O meu marido, de cada vez que ela fala, insurge-se e insulta-a à bruta, sempre a querer fazer zapping. E eu estou quase a fazer-lhe a vontade antes que a sujeita dê cabo da nossa saúde.

Neste momento está o Pedro Marques Lopes, muto bem, racionalmente, a desmontar a cegada que ela para ali esteve a armar. Aliás, está a dar-lhe uma rabecada das valentes. Se ela fosse inteligente (que não é), enfiava-se debaixo da mesa.

Não percebo porque é que a SIC contrata uma criatura como ela: alarmista, desbocada, fútil, mal informada. Praticamente tudo o que diz são tolices, ainda por cima mal fundamentada. Não deviam abrir-lhe um microfone à frente da boca pois dali não vem uma que se aproveite.

E o Luís Pedro Nunes, uma vez mais cavalgou a onda das bocas, e agora está a levar com a fúria não apenas do Pedro Marques Lopes mas também do Daniel Oliveira.

Mas quer o poupas quer a depenada têm uma característica: mal percebem que o que disseram não tem ponta por onde se pegue, ajeitam a conversa. Ela muito mais que ele, claro.

Por isso, para não me focar nem nela nem no vizinho do lado, desloco-me antes para um território mais divertido. 

Já no outro dia, a minha filha fotografou o nosso cabeludo mais fofo e enviou-nos a fotografia com um cheeeese como legenda.


E o que engraçado no nosso amicabeludo é que se faz à foto. Pedimos-lhe para se virar para nós e para esperar para o fotografarmos e ele, sempre tão teimoso e temperamental, neste caso aceita e olha para a câmara.

Hoje fomos ao centro comercial com ele. Adora. Mal sai do carro, puxa, puxa, todo feliz. Adora andar no meio da confusão. Mas, então, a graça de se cruzar com um também todo cabeludo mas que devia ser dez vezes mais pequeno que ele, branquinho, e com um casaquinho. O outro virou-se para o meu, todo entusiasmado. O meu virou-se curioso, olhou-o de alto a baixo e, imediatamente, virou-lhe as costas. Um desprezo olímpico. O outro ainda a querer festa e o meu a ignorá-lo em grande estilo.

Mas o que vos convido é a ver o vídeo abaixo onde se podem ver os 10 animais considerados com mais piada, no concurso The Comedy Wildlife Photography Awards.

The 10 funniest animal photos of the year | BBC Global

The Comedy Wildlife Photography Awards crowned the funniest animal photos of the year.


Uma boa sexta-feira!

sexta-feira, novembro 22, 2024

Na CNN (e parte na TVI), o primeiro entre as 19 e as 20 e o segundo entre as 21 e as 22.
José Sócrates continua a ser um animal feroz. António José Seguro continua a ser um apertadinho

 

E é o que tenho a dizer. Enquanto o momento Sócrates é um fantástico momento televisivo, o momento Seguro é a seca de sempre.

Só espero que não passe pela cabeça de ninguém convencer o Seguro a ir a votos nas próximas presidenciais. Está certo que, depois do Marcelo, a malta quererá ter alguém minimamente ponderado mas, caraças, com o Seguro seria monotonia a mais. 

sexta-feira, outubro 11, 2024

Os da 'bolha' acham-se porta-vozes dos 'Portugueses' e dizem, à boca-cheia, que os 'Portugueses não querem eleições'.
Azarinho.
A mais recente sondagem diz que a maioria dos inquiridos acha que, se o OE não for aprovado, é preferível haver eleições...
Conclusão: os da 'bolha' ainda não perceberam que não pescam nada do que os Portugueses pensam...?

 

Marcelo dá dois passos e, se lhe puserem um microfone à frente da boca, diz 'os portugueses não perceberiam', 'os portugueses não querem' e todas as declinações possíveis do que 'os portugueses querem'. Depois vem o Marques Mendes e com aquele seu ar sonso e bonzinho, enche o peitaça de ar e diz 'os portugueses não iam compreender' e por aí continua, repetindo o mote que o chefe Marcel lançou. E depois vêm todos os outros e outras que, dentro da bolha, esbracejam, nadam, andam de boca aberta, em carneirinho, repetindo-se uns aos outros, e o mantra é sempre o mesmo: 'os portugueses não iam compreender', 'os portugueses não querem eleições'.

Na bolha respiram o ar uns dos outros, o ar viciado, e aparentemente também se alimentam do que uns e outros mastigam. Inteligência circular -- infelizmente, sem oxigénio a evitar a putrefacção.

E depois vem uma sondagem e constata-se o óbvio: se não houver OE a maior parte da malta acha que mais vale que haja eleições.

Não é que alguém com dois dedos de testa goste de andar sempre em eleições. Não gosta -- mas também não as teme. E a isto chama-se pragmatismo. Apenas pragmatismo. 

Se estes que por aí andam, na praça pública, a insultar-se uns aos outros (catavento, mentiroso, quis negociar comigo, não quis nada negociar com ele, mente, mente) assim continuarem, sem que ninguém se entenda, uma pouca-vergonha, e, nos intervalos, se o Luís Mentenegro mais o seu Sarmento Pança continuarem a distribuir dinheiro a rodos, despejando money para cima da malta toda, aumentando a despesa pública à cara-podre como há décadas não se via, e se virmos que não passa disto, então não será preferível que se tente encontrar um quadro político mais equilibrado?

Marcelo não deveria ter previsto este caldinho, este granel, antes de andar a dissolver Assembleias, antes andar a destruir maiorias absolutas, antes de obrigar a malta a andar a votar sem necessidade nenhuma? Claro, claro que devia. A Marcelo se deve este lindo panorama.

O que eu gostava é que os directores das televisões percebessem que a malta da bolha já fede e lhes desse uma corrida em osso. É que da boca deles já só sai jaca, ainda por cima jaca regurgitada.

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E queiram descer e, já agora, se souberem, digam quem é o mentiroso encartado: o Ventura ou o Montenegro.

quarta-feira, outubro 09, 2024

Parece que saem de debaixo das pedras.
Tudo o que é comentador apoiante do PSD ou da AD aparece, à mão cheia, a encharcar a opinião pública de argumentos contra o PS. Uma jaca.

 

Andam a desencantá-los a todos. Muda-se de canal e lá estão eles. Um enjoo. Parece que querem fazer uma lavagem ao cérebro do pessoal. Não há pachorra.

E eu disse que isto é uma jaca mas não, é bem pior. 

E explico porquê. Para começar, devo dizer o seguinte: sou altamente favorável a experimentar coisas novas. Por exemplo, ao contrário do meu marido que, quando vai ao supermercado, se dirige directamente às prateleiras onde está aquilo de que precisa e traz a marca ou a qualidade da coisa que já conhece (despachando-se em três tempos), eu sou o oposto. Gosto de olhar para ver o que há, vou espreitar o que não conheço, fico com vontade de experimentar. Claro que demoro um pouco mais...

No outro dia vi umas latas com umas coisas amarelas, num belo tom dourado, um luminoso amarelo torrado. Dizia 'Jaca'. Nunca tinha ouvido falar em tal coisa. Pesquisei num instante e vi que era uma fruta. Como podia alimentar-me só de fruta (fresca e seca), nem hesitei.

Pois, pois. Não sei se já experimentaram...

Também devo dizer que nos últimos dias já traguei com menos dificuldade. Claro que o meu marido se ficou pela primeira dentada (e acho que só não a cuspiu por boa educação). Eu, como sou estóica, apesar do sacrifício, consegui, dia após dia, dar conta das bichas. 

Aquilo tem um sabor inqualificável. Nem sei dizer com o que se parece a nível de sabor. Mesmo que aqui quisesse dizer, não saberia. Só mesmo provando.

Fui agora ver imagens e percebo que o que comi foram as bagas que estão no interior do fruto propriamente dito, ou seja são aquelas coisas que estão no prato.


Portanto, eu dizia que aqueles comentadores que pululam por tudo o que é canto e esquina da televisão são uma jaca (leia-se: intragáveis) mas corrijo: são piores pois eu ainda fui experimentar porque não sabia ao que ia. Com estes comentadeiros psds e cds, reciclados, regurgitados, é pior. A gente já os conhece. Portanto, como é óbvio, evita-os. Zapping com eles. Caixote do lixo.

Prefiro ver o documentário sobre a Coco Chanel. Ah pois é, bebé.

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E sigam, se estiverem para isso, para o post abaixo. Não refiro a big rosa ao peito da Madame Avillez mas afloro o resto. Afloro, salvo seja.

O próprio Montenegro o disse: "Ter uma entrevistadora como a Maria João ajuda..."

 

Porque será que Montenegro escolheu a SIC e, dentro da SIC, porque é que a escolhida como entrevistadora foi a (correligionária?) Madame Avillez (que, ouvi hoje, parece que nem carteira de jornalista tem) e não um entrevistador que exercesse algum contraditório ou que colocasse questões mais delicadas para a retórica del Montenegro? Pourquoi?

Lulu Montenegro, o grande guru da comunicação, que até diz como é que quer os jornalistas à sua frente, sabe do que faz, lá isso. Assim, está em casa, a conversar com uma amiga.

Gostava era de saber se o super comunicador Marcel, que tem as suas raízes profundas na SIC, deixou de ir nas visitas oficiais para ajudar nesta entrevista. Não é por nada, só mesmo por curiosidade.

domingo, setembro 15, 2024

Há casas e casas...

 

Enquanto escrevo, estou a ver um programa fantástico na RTP 1, 'Em casa de Amália' em Elvas. Muita gente na rua a assistir a contagiantes momentos de partilha com o António Zambujo, o Buba Espinho e o Luís Trigacheiro, apresentado por um José Gonzalez que eu não conhecia mas que é um tipo bem simpático. 

Muito bom. Penso que o país caminha no bom sentido quando se fomentam momentos assim, de comunhão em torno de uma língua comum, em que as pessoas saem à rua para ouvir cantar, quase tudo canções que toda a gente canta, em que há sorrisos no ar. O cante alentejano é maravilhoso. 

Mas não tem que ser o típico cantar alentejano. Canções que muita gente conhece, melodicamente ricas, em que se toda a gente se junta a cantar, são uma riqueza cultural inesgotável.

E estes três jovens cantam lindamente. Estou impressionada. Por exemplo, não conhecia bem o Luís Trigacheiro e tem uma voz e um poder de interpretação extraordinários. Neste momento está a cantar uma que não é muito conhecida (digo-o pois não o acompanham a cantar) mas que é uma canção linda. Estou encantada.

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Mudando de assunto. Ontem à noite, sem querer, dei com um documentário tocante. Fiquei a ver até ao fim. Foi na RTP 2. Feito pela Charlotte Gainsbourg sobre a mãe, Jane Birkin, mulher de uma inocência e franqueza totais.

Se não viram, sugiro fortemente que ponha a box para trás e o vejam. Partilho o trailer só para se perceber o género. 

Jane by Charlotte - Official Trailer (2022) Charlotte Gainsbourg

Watch the trailer for Jane by Charlotte, a documentary by Charlotte Gainsbourg about her mother, Jane Birkin. It features intimate conversations between parent and child, as well as footage of Birkin performing onstage, and explores the emotional lives of two women as they talk about subject matter that ranges from the delightful to the difficult: aging, dying, insomnia, celebrity, and their differing memories of their shared past, which includes Charlotte's father and Jane's husband, Serge Gainsbourg. 

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Como estou com um olho no burro e outro no cigano (e espero não ser censurada pela utilização deste ditado popular), não me dá para me pôr para aqui agora com divagações. Vou já direita ao assunto.

A forma como as pessoas vivem por esse mundo varia de uma maneira que se calhar não julgamos possível. Eu, se fizesse programas educativos, incluía o conhecimento de hábitos, dificuldades, excentricidades e gostos ao longo de todo o planeta. Penso que é bom que tenhamos noção das disparidades, da diversidade. O que aqui podemos observar atesta a criatividade humana quer a nível arquitectónico, quer tecnológico, quer estético ou económico quer a nível da própria sobrevivência.

Pode ser difícil de acreditar, mas as pessoas realmente moram nestas casas


A tod@s desejo um belo dia de domingo

quinta-feira, setembro 12, 2024

Sempre me pareceu que a maior arma contra os narcisistas, em especial os psicopatas, é o humor.
Gozar com eles, tirar-lhes o tapete, pô-los a ridículo, fazer com que exponham a sua prosápia, a sua bazófia, mostrar que são sacos de vento, que dentro deles apenas têm o próprio ego, um ego inflado, desmesurado.
E este Trump mostrou (uma vez mais) que, além disso, é parvo, um estupor, um trapaceiro, um bocas, um aldrabão, um desavergonhado.
Mas nada como gozar com eles, rir deles à cara podre, fazer com que toda a gente perceba que anormais assim não podem ser levados a sério

 

A ver. É um tema que, sob qualquer ponto de vista, tem a ver connosco.

Monólogo AO VIVO: Harris irrita Trump | Comer cães e gatos | O apoio de Taylor Swift a Kamala

Stephen Colbert delivers his LIVE monologue following the first debate between VP Kamala Harris and former president Donald Trump.


Jon Stewart aborda o debate de Harris e Trump e o que isso significa para a eleição 
 | The Daily Show

Jon Stewart goes live after the first presidential debate between Kamala Harris and Donald Trump. Filled with face-offs over abortion access, border control, and for some reason eating cats? Jon breaks down what this all means for the election


quarta-feira, setembro 11, 2024

Irineu Teixeira, Mário Carneiro, Rosa de Oliveira Pinto -- o que têm em comum?

 

Nunca tive muita paciência para pessoas histriónicas, muito menos para narcisistas. 

Aprecio a contenção, a civilidade, a capacidade de escuta. Aprecio a inteligência e a perspicácia quando usadas com um propósito que não o da auto-exibição.

Muitos dos jornalistas que pululam nos nossos canais pertencem sobretudo ao primeiro grupo: não prestam atenção aos entrevistados, estão ali com ar castigador, parece que querem ajustar contas com os convidados, parece que querem apanhá-los em falso, não os deixam falar, interrompem-nos a torto e a direito. Muitas vezes apresentam-se de má catadura ou, então, com ar irónico, quase mal educados. Cansam. Cansam-me muito.

E quem diz jornalistas, diz também entrevistados: há os que gostam de se armar em espertos, exibindo a cada passo da conversa que bebem do fino, que têm acesso a inside information, que são muito bons.

Depois há uma minoria de jornalistas ou convidados tranquilos, seguros, atentos, bem educados, frequentemente com ar distendido, sereno. Sorriem muitas vezes enquanto falam, inspiram confiança, sabem manter uma conversação calma, apetece ouvi-los. 

Qualquer dos três referidos em epígrafe é assim. 

Depois do pressing das redes sociais e da concorrência entre canais em que os gestores acham que o que 'dá canal' é ser agressivo, tentar 'entalar' os entrevistados, estimular os conflitos entre os comentadores, haverá de chegar ao ponto de equilíbrio em que se perceberá que o que retém os espectadores é proporcionar espaços em que se aprenda alguma coisa, em que se deixem as pessoas falar, em que haja respeito, boa educação, em que se consiga falar de qualquer tema com amabilidade e tempo.

Poderia incluir também o Vítor Gonçalves, que também sabe ouvir e ser cordato. Se calhar há outros mas, assim de repente, não estou bem a ver.

sábado, julho 27, 2024

The man is back!!!!!!
Colbert em grande forma.
Trump dá-lhe uma pica que dá gosto ver.

 

Os troca-tintas do Governo Montenegro parecem-me pueris, coisa de saloios que se acham espertos. Não se percebe ao que andam, sempre a quererem passar por autores das medidas do Governo anterior, sempre a fazerem ameaças ou chantagens ao PS não se percebe bem a que propósito, outras vezes a fazerem anúncios de cenas que a gente vai ver e são coisas para daí a um ou dois anos. Ainda não percebi se é um bando de totós ou se ainda não caíram na real. Também ainda não percebi se aquela é uma turminha mesmo de repetentes, de calinas e de broncos ou se são os maus que são tão maus que infectam toda a turma.

Mas, porque isto é tudo um bocado mau de mais, não consigo prestar-lhes muita atenção. 

Por isso, a nível de televisão, preferi ver a abertura dos Jogos Olímpicos e, tirando isso, nada. Depois, estive a ver coisas relacionadas com as eleições nos Estados Unidos. E se eu não perdia o Colbert durante a administração Trump, agora voltei a não perder as suas intervenções. Fantásticas.

Ele delira com as alarveirices de Trump e tropa fandanga associada. Fica inspirado. Diverte-se e diverte-nos. 

E, para ele, Kamala vai ser a próxima presidente dos Estados Unidos. Eu também acredito nisso.

Harris: We Are Not Going Back | Why Did Trump Pick Vance? 
| Fox News Is Grasping At Plastic Straws

Vice President Kamala Harris is already landing effective blows against Trumpism on the campaign trail, Republicans are regretting Trump's choice of running mate, and the folks at Fox News are finding it hard to criticize Harris for her policies.

quinta-feira, julho 04, 2024

Now: o 'Optimista', 'Sem hipocrisia'...

 

Por razões que não vêm ao caso, a abertura do novo canal Now passou-nos um bocado ao lado. Não vêm ao caso mas posso referi-los: futebol em barda, estadias assíduas no campo (sem cabo), outras coisas em que pensar.

Por isso, só no outro dia apanhámos, e percebemos depois que era repetição do que tinha passado antes, se calhar na véspera à noite, o 'Otimista' com António Costa e Pedro Mourinho que, do que percebi, teriam convidado o Almirante Gouveia e Melo. Ficámos os dois a ver, interessadíssimos. E já recomendei ao meu neto mais velho que visse. E recomendo-vos a vós também caso não tenham visto. Muito, muito, muito interessante. De facto, temos valências e saberes no País que, atolados na lama e anestesiados pela espuma dos dias lançadas pelos media viciados em maledicência, nos passam completamente ao lado. Não foi só a surpresa ao descobrir o muito e incrível que se faz na Marinha, foi também a surpresa de alguns temas que me deixaram a pensar (nomeadamente os que se referem com a nossa soberania, nomeadamente no mar). Muito interessante mesmo.

Esta noite apanhei Rui Rio, também com Pedro Mourinho e com dois médicos, Manuel Pinto Coelho e, creio, Ana Miranda, na rubrica que tenho ideia que se chama 'Sem hipocrisia'. E, também aqui, gostei de ver. Também não vi de início mas passaram ainda um vídeo com a nutricionista Conceição Calhau de quem tenho um livro bastante interessante. Gostei imenso da postura do Rui Rio. Programa interessante, muito diferente do que é habitual.

E ontem apanhei, e percebi que já foi perto do fim, o Luís Paixão Martins com a Judite de Sousa. Como sempre, gostei do LPM mas, já no que se refere à Judite de Sousa, fiquei um bocado desconcertada. Apesar de ser pessoa experientíssima no jornalismo, parecia nervosa e não sei se estava com uma pastilha elástica na boca ou se tinha uma prótese solta pois não parava de deglutir em seco ou de ajeitar a boca. Ou, se não é isso, não será que não está com baton e gloss a mais e os lábios colam-se e dificultam-lhe a agilidade bucal...? Não sei. Fiquei um bocado solidária com a pilha de nervos em que ela estava e acabei por nem prestar bem atenção ao que disse.

Para terminar devo ainda confessar que, quando soube deste canal da propriedade do saco de lixo que é Correio da Manhã que já desfez tanta gente, julgando, condenando e apedrejando na praça pública ao arrepio dos mais elementares direitos obrigatórios e imprescindíveis num Estado de Direito, fiquei mais do que de pé atrás. Na verdade, com os dois pés atrás. E ainda estou.

Mas isto pode querer dizer que, na volta, o que vai começar a dar dinheiro é a decência e que as pessoas (leia-se, os espectadores) se agoniaram de tanta lixeira a céu aberto e agora vão passar a procurar a honestidade, a dignidade. Depois de serem valores arrastados pela lama, às tantas, vão agora passar a ser o novo hit. E, com o faro comercial que os donos do Correio da Manhã e do Now já demonstraram ter, quem sabe se não estão apenas a dar lugar ao que vai passar a ser o 'novo normal', o que vai passar a 'dar'.

Portanto, a acompanhar...

sexta-feira, junho 28, 2024

António Costa no Conselho Europeu. Salve.
Num patamar cá em baixo, muito em baixo, muitos jornalistas e comentadores-minions das televisões portuguesas.
Como antídoto contra a mediocridade de grande parte da comunicação social, a poesia de Manoel de Barros

 

Estou contente com a eleição de António Costa para a Presidência do Conselho Europeu. Penso que a sua inteligência, a sua capacidade de trabalho, a sua energia, a sua boa atitude, a sua determinação e a sua visão serão muito úteis na gestão das suas novas funções. Estou em crer que vai dinamizar e recentrar as atribuições e as responsabilidades do Conselho Europeu.

Mas com tanto comentário em todo o lado a toda a hora nas televisões, maioritariamente com observações entre o ressabiado, o invejoso e o cínico por parte de gentinha que dá ideia que é contratada apenas pela sua mediocridade, já não consigo dizer muito mais. Tem sido uma overdose. Uma pessoa foge e, para onde quer que fuja, lá estão as vizinhas na má-língua. Dá ideia que quem contrata comentadores quer lá ter gentinha maledicente, parva, gentinha que se dá ares de importante, de superior, e que parece que está ali apenas para menorizar quem tem dois dedos de testa.  Claro que aqui e ali lá aparece alguém decente. Mas é uma minoria e, lamento, não justificam o sacrifício da estucha que é ouvir os outros.

Além do mais, levei a segunda dose da vacina contra a pneumonia e estou com o braço muito inchado, encarnado, quente, ultra dorido. Estou com gelo mas, sinceramente, estou bastante incomodada. É que não é apenas no lugar da picada: vai até ao cotovelo. Um desconforto grande. Nem consigo mexer o braço. Caraças. Levei a vacina à hora de almoço de quarta-feira e à noite até estive febril. Quando me deitei, até batia o dente. Um disparate. Agora febre não tenho mas mal mexo o braço. Dói-me, está inchado, quente. A enfermeira avisou que isto podia acontecer mas como avisam sempre e, até agora (vacina contra a gripe,  contra a covid), nunca tal tinha acontecido, nem pensei nisso. Afinal vai lá, vai... Portanto, tenho andado assim e, portanto, não consigo inspiração e disposição para mais que isto.

Agora o que me sabe bem é ouvir palavras humildes, genuínas, bondosas. Poesia de Manoel de Barros.

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Maria Bethânia lê Manoel de Barros - Ruína


Carolina Muait | Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo | Manoel de Barros


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Boa sorte a António Costa

Dias felizes a todos

terça-feira, junho 04, 2024

Um cabo que afinal não é AV mas sim coaxial.
E uma televisão que... me parece que ficou mais acima do que devia...
Mas que é completamente indiscreta. Agora até vi um cabelo na camisola preta de uma senhora que ali estava...

 

A dita já está na parede. Com uns parafusos ligeiramente mais finos e um pouco mais curtos, a coisa resolveu-se. Depois foi enfiá-la no suporte. Estava à espera que o suporte que se prende à televisão encaixasse melhor nos que estão na parede. Mas não, só entra um bocadinho. Fiquei com receio que não estivesse bem mas o meu marido disse que era mesmo assim. E, de facto, parece que ficou bem presa. Mas depois há uns parafusos que se aparafusam por baixo e por detrás do suporte da televisão, provavelmente como segurança adicional. Aí foi outra provação pois a televisão é fininha, fica quase encostada à parede. Portanto, não se veem e não há mão que lá chegue. O meu marido sentou-se no chão, todo torto, com a mão enfiada e a chave de parafusos e eu com a lanterna do telemóvel a dar-lhe luz e foi uma cegada pois, para a luz dar no parafuso, quando ele enfiava a mão tapava a luz. Tentei eu, que tenho a mão pequenina, enfiar a mão por baixo a ver se conseguia rodar o parafuso com a mão. Qual quê... não dei com eles. 

Ele já dizia que caguava para os parafusos. E eu que não, que tivesse paciência e tentasse mais, tentasse melhor, senão a dita ainda vinha parar ao chão.

Enfim. Lá conseguiu. Ou não... Pode ter dito que sim porque já não aguentava mais a posição e o esforço. 

Não percebo que método é aquele. Quem inventou este processo devia estar com os copos. Nem que fossemos anõezinhos conseguiríamos atinar bem com aquela cena dos parafusos pretos, para prender a suportes pretos que estão atrás de uma televisão preta, num espaço ínfimo, a não mais de uns cinco centímetros da parede.

O pior é que, quando olhei para ela, achei que estava levemente descaída para um dos lados. 

(Escusado será dizer que nestas situações o meu casamento fica por um fio).

Ele declarou categoricamente que estivesse como estivesse não ia agora desfazer tudo e voltar a fazer mas que, além disso, estava boa. Pus-me em cima de um banquinho para lá pôr em cima o nível. Estava com a bolhinha levemente mais para um lado que outro. Para confirmar, Medi com a fita métrica. Encontro uma diferença de uns 3 mm. Furioso, pôs ele o nível e disse que estava bom. Para ele, se a bolhinha estiver entre os dois riscos centrais, está bom, não tem que estar escrupulosamente ao centro. Não sei se isso é assim. Só se for para vesgos (que não se importam de ver uma coisa a descair).

Mas o pior nem é isso. O pior é que, estando agora sentada no sofá, acho que ela devia vir ligeiramente mais para baixo. Quando não estava posta, grande como era, não dava para imaginar bem. A minha filha viu na net que há uma regra: o meio deve estar entre metro e vinte e metro e sessenta do chão. Para ficar no mínimo, isto é, a metro e vinte, pareceu-nos que ficaria demasiado junto do irradiador que está fixo na parede. Pareceu-nos que onde está agora, em que o meio está a 1,36 m do chão não apenas estava dentro do recomendável como guardaria uma distância razoável do irradiador. Mas agora que estou sentada no sofá em frente, parece que tenho que inclinar um pouco mais para cima o pescoço do que devia. Fui medir e penso que sete centímetros abaixo ficaria melhor.

O meu marido ao ouvir isto, levantou-se, a modos que furioso, e disse que era uma questão de hábito e que de uma coisa posso eu estar certa: não vai passar outra vez pela complicação de fazer quatro buracos completamente bem alinhados e depois pôr dois parafusos num sítio inacessível. Isto para além de não querer ter a parede esburacada.

Portanto, a ver...

Agora uma coisa é muito certa: as imagens têm uma qualidade incrível. Estivemos a ver uma reportagem sobre as Canarias no National Geographic e é uma coisa... Estávamos mesmo impressionados. Agora estou a ver um programa na RTP 1 sobre os que vivem para lá dos 100 anos e quase parecem imagens 3D. Até apareceu uma senhora com um casaco ou uma capa de malha cheia de borbotos. Tive mesmo vontade de estender o braço e arrancar-lhe os borbotos para ficar mais apresentável. Não sei se a definição é excessiva ou se os borbotos é que eram mesmo exuberantes demais. E hei-de ver o abominável mistério das flores, sim. Muito obrigada pela dica.

Resta ainda acrescentar que, enquanto ele estava a prender o suporte e a fazer mais não sei o quê, eu estive a ver se conseguia pôr a funcionar a televisão que levei lá para cima. Liguei a energia e o cabo da antena. E digo cabo da antena pois é igual aos cabos antigos das antenas. Mas não sei de onde é que o cabo vem pois lá em cima está o router do operador de comunicações e cá em baixo, aqui na sala onde estou, está a box. Portanto, não sei. Só que, depois de ligar, mais uma vez não tinha canais, não tinha nada. E, mais uma vez, andei às voltas com o comando da televisão. Percebi que tinha tinha a ver com a fonte, a entrada da coisa. HDMI não era, as tomadas daquelas em forma de trapézio com muitos piquinhos lá dentro também não. Sobrava uma coisa designada por AV. Portanto, optei por isso. Mas depois aquilo deriva para televisão digital ou analógica e eu fui tentando uma e outra. E nada. Fazia a sintonização e nada. Mais uma vez, um desatino. Então, uma vez mais, ó tio, ó tio, ChatGPT diz lá o que é que eu faço. Descrevi o problema: a marca e modelo da televisão e o que tinha ligado, a energia e o cabo AV, o que tinha feito e que não conseguia nada. 

Sábio que só ele e delicado como começo a perceber que também é, começou por me dizer que os cabos AV tem três cores e mais não sei o quê e que, pela minha descrição, aquilo era um cabo coaxial. Quando li aquilo senti-me mil vezes burra. Claro que é um cabo coaxial. Caraças. Parece que estou parva. Então já não sei que aquilo é um cabo coaxial? Qual AV? Burra, pá. E disse-me para eu, no comando, ir ao Home e às Configurações e para escolher a Televisão e depois a opção Cabo. Assim fiz. Depois, quando fiz a sintonização, ao contrário das outras vezes em que a percentagem de sintonização ia subindo e os canais detectados zero, desta vez, era eles a aparecerem que era um gosto. Qualquer dia não passo sem a ajuda do Tio Chat.

Portanto, a televisão lá de cima já a funcionar também. Acresce que, ao retirar a televisão pequenina, apareceu uma coisa de que eu andava à procura e cujo desaparecimento já parecia um mistério. Alguns dos miúdos tinham lanchado lá em cima e eu, para além das tostas e da salada de frutas, tinha levado uma garrafa de uma bebida à base de chá verde e limão, sem açúcar. E a garrafa tinha levado sumiço. O meu marido garantia que não a tinha deitado fora. Levado para a cozinha, ninguém a tinha levado. Espreitei em todo o lado. Nada. Pois bem, ali estava atrás da televisão. Isso e um copo. 

Aparecem sempre coisas. Ontem também cá ficou uma bola de basket. Não sei se já contei daquela vez em que a minha neta ia chorando a rir quando o irmão desatou a tirar havaianas de um vaso de flores: ele andava à procura de uns chinelos (pretos) e eu disse que a última vez que os tinha visto, alguém os tinha posto no vaso grande que está no terraço, onde estávamos. Então ele tirou um chinelo verde. Depois um encarnado. Depois o par verde. Depois um cor de laranja. Depois o par encarnado. Parecia para os apanhados. Finalmente lá apareceu um chinelo preto. Depois um cor de laranja. Finalmente o outro preto. Eu também não parava de rir. Não sei explicar. Por causa do cão, pelos vistos quem se descalça esconde os chinelos no vaso. E, pelo que se constata, depois esquecem-se deles ali. Só visto.

E é isto. Ao fim da tarde ainda fui estender-me ao sol e ler um pouco mais da perversa Venturini. E ao fim do dia fomos fazer uma caminhada à beira da praia e comprar sushi para o jantar.

Vida de pensionista é isto: uma pessoa vai levando uma santa vidinha e, ao mesmo tempo, parece que vai ficando mais desligada das complicações tecnológicas e das coisas que supostamente vêm cada vez com mais funcionalidades, apesar de a gente só querer mesmo as coisas básicas, simples, que não nos põem a cabeça à roda.

Bem, fico-me por aqui. Vou ver se me habituo à altura a que está a televisão... Senão não sei se não terei que voltar a pôr o casamento em risco...

segunda-feira, junho 03, 2024

Televisores LED, QLED, QNED ou OLED? No móvel ou na parede? E com comando digital ou verbal? E etc, etc, etc...

 

Acontece que nos estava a dar jeito ter uma televisão nova pois, in heaven, a que está na cozinha (que é sala de jantar quando somos só os dois ou, sendo mais, quando somos poucos à mesa) é antiquíssima, com péssimo som e deficiente imagem. 

E a que está aqui, no piso de cima, é pequena. Quando, aqui, querem ver futebol e o meu marido não quer que perturbem a sua concentração (nomeadamente, quando joga o Sporting) e pede que vão lá para cima, de facto a televisão é pequena de mais para muita gente dispersa pela sala. Ora, essa pequena dava mesmo jeito era na cozinha, no campo. 

Portanto, uma solução natural passava por fazer um upgrade, levando a da sala de baixo lá para cima, e condescendermos à pequenina o direito a tornar-se rural. 

Contudo, para que essa movimentação fosse possível, carecia-se de uma nova. Mas somos um bocado renitentes a bugigangadas destas. Diria que a tínhamos aqui na sala seria moça para uns quinze anos, talvez mais, quiçá deveras mais. Mas não sei porque, apesar de a acharmos idosa, já era smart TV. Por isso, não sabemos.

No outro dia, quando foi a final da Taça e o meu marido tinha dito que não queria a malta toda à volta dele a fazer barulho e, afinal, acabou cercado, com a sala a rebentar pelas costuras, o meu filho perguntou porque não aproveitávamos as campanhas em curso, cheias de descontos à pala do Euro, e comprávamos uma maior, com melhor definição.

Ficámos a pensar no assunto pois isso, de facto, permitira resolver as situações acima descritas. 

No sábado à noite indaguei junto do oráculo. Ó ChatGPT, diz-me lá quais as diferenças entre as tecnologias Led, Qled, Qnet e Oled, e diz-me em termos de durabilidade, qualidade de imagem e preço, o que recomendas. E vai ele, bicho amestrado a preceito, dissertou de forma organizada. Vantagens e desvantagens de cada uma, observações e, trás-pás-trás, a recomendação vai para... (e só não digo pois resisto a tornar-me influencer).

O que sei é que fomos a duas lojas e testei as respostas do ChatGPT. Bingo. Certíssimas. E fiquei até a saber que as mais sofisticadas não gostam de programas com imagens fixas como, por exemplo, o telejornal em que aparece, em imagem fixa, o logo do canal. Parece que isso pode queimar os leds ali naquele canto. Coisas assim, surpreendentes.

Mas, coração ao largo, que as coisas já não são o que eram. Eu, que gosto de comprar coisas que durem uma vida, agora vejo-me perante estas novidades que me deixam com vontade é de dar meia volta no tempo e recuar até às remotas eras em que tanta tecnologia não era feita para ser descartável ao fim de meia dúzia de anos.

E, portanto, trouxemos uma da marca e tecnologia recomendada, quer pelo Chat quer pelos funcionários, e, em concreto, uma que, imagine-se, estava com um desconto de 55%. E no fim ainda tiraram mais 7 euros que era da campanha do Euro. Vá lá a gente perceber estas coisas. 

O pior foi carregar com a dita. Bicha graúda e pesada que só visto. Entregavam em casa mas, assim como assim, resolvemos trazer logo, sobretudo para aproveitar estar o pessoal cá em casa de tarde. Ainda davam uma ajudinha. Fui buscar um carrinho ao supermercado e muito a custo conseguimos pô-la atravessada, ao alto. Depois, já no estacionamento, para a pôr no carro, fiquei de segurar o carrinho enquanto o meu marido a tirava para a pôr no porta-bagagens e, não sei como, o carrinho acabou deitado, de lado, no chão. Uma cena.

Atalhando. 

A ideia é prendê-la à parede pois é a única possibilidade porque, onde estava a outra, entre um móvel e um aquecedor de parede, não cabe uma maior. Pacífico pois também trouxemos um suporte de parede. Tivemos que acertar com os lugares para fazer os buracos e aquilo até trouxe um nível para ver se a televisão não fica a descair. O pior é que, nos buracos, couberam as buchas que vinham mas não foi possível atarraxar os parafusos até ao fim. Não se percebe. Portanto, não conseguimos pôr a televisão na parede. Conclusão: até que se arranjem parafusos mais finos, está com o pé que o meu marido, entretanto, que remédio, lhe montou. Está aqui à minha frente, a impor a sua presença, muito mal jeitosamente, descabidamente, em cima de um móvel que agora parece mínimo.

Depois foram os meus netos que ligaram os fios e configuraram as primeiras coisas. Senão, provavelmente, ainda aqui estaríamos os dois à cabeçada. Claro que poderíamos ler o manual. Mas é enorme e, pior, tudo incompreensível.

À noite, depois da última caminhada do dia, dog oblige, já os dois sozinhos, liguei a dita e estava na RTP 1. Fui com o comando mudar de canal e aquilo foi parar não sei onde. Para ali andei, para a frente e para trás, e não conseguia fazer nada. Dizia-me que não encontrava a fonte, depois que não tinha canais guardados, e eu para a frente e para trás, já a tentar arranjar canais de todas as maneiras, incluindo através de satélite. Depois já pensava que os cabos tinham sido ligados nos buracos errados. Andei com a lanterna do telemóvel a ver o que poderia trocar e também não vi que fosse por aí. 

O meu marido a tomar banho e a querer jantar a seguir, que já era tarde e eu ali naquela labuta, sem conseguir perceber como ver televisão nem atinar com nada aquilo.

Para grandes males, grandes remédios. Liguei à minha filha. Atendeu logo assim, voz de gozação: 'Então...? A televisão não funciona...?'. Claro. Adivinhou. Confessei: 'Não dá nada. Quando ligo, aparece na RTP 1 mas, quando quero mudar, não muda e começa a ir para sítios que não têm nada a ver.'. Pergunta ela: 'Mas, para mudar de canal, estás a usar o comando da box, certo?'

Errado.

Estava a usar o comando da televisão... Daaaaah...

Ou seja, pois claro, usando o comando da box, tudo joia. Nem sei o que me deu para me ter esquecido que para mudar de canal não é com o comando da TV mas da box... 

Estou a vê-la, fantástica. Mudo de canais que é um mimo. Ponho a box a andar para trás. Vou à Netflix. Essas coisas. Na boa. O pior que vejo a malta toda em ponto grande, excessivamente nítidos, quase como se estivessem aqui em casa. Nalguns casos, um horror. Por exemplo, claro que não consegui suportar o Portas nem o Marques Mendes, muita propaganda AD ao vivo e a cores para o meu gosto sensível.

Portanto, agora só falta encontrar uns parafusos à medida para a pôr na parede, e esperar que depois disso não surjam mais contratempos.

Claro que aparentemente a televisão faz tudo e mais alguma coisa, coisas que nem imagino o que sejam, e, pelos vistos, até obedece à voz. Obviamente, nem ouso. Receio as consequências. Imagine-se que lhe dou uma ordem verbal mal dada e que ela pega nela e, sozinha, sai porta fora... Não sei. Menina para isso. Estas coisas parece que têm vida própria.

Por isso, cinjo-me ao básico: usa-a para ver televisão. 

(E, ao dizer isto e ao pensar no que escrevi ao longo de todo este post, só me ocorre que, na volta, oh caraças, estou mas é a ficar velha. Será?)

Ainda vou mas é pôr-me para aqui a fazer experiências a ver onde é que isto me leva...

E, com isto tudo, agora já nem sei de que vos hei de falar mais.

Olhem, desejo-vos uma bela semana, a começar já nesta segunda-feira. Tudo de bom para vocês.

terça-feira, maio 07, 2024

Portas & Bugalho, Companhia Lda.
- A palavra ao meu marido -

 

A nova aquisição da AD enquadra-se que nem uma luva na forma como esta malta faz politica. O Bagulho afirma uma coisa exatamente com a mesma convicção com que diz o seu contrário (tal como fazem o Montenegro e o Nuno Melo), é malcriado e não respeita os interlocutores (tal como faz o Hugo Soares) e nunca se lhe viu uma opinião válida nem um pensamento estruturado sobre  a União Europeia (tal como acontece com a maioria dos atuais ministros sobre os assuntos relacionados com as pastas que tutelam). Parece que está próximo ou supera o Ventura nas redes sociais destinadas a quem não pensa nem quer pensar e até tem encontros casuais com o Marcelo talvez para o professor Marcelo lhe explicar detalhadamente qual é o número de quinas que existem na bandeira portuguesa. Ou será que este encontro está em linha com os encontros do Marcelo com  a Teresa Leal Coelho, com o Moedas e do putativo encontro com o Montenegro durante  as campanhas eleitorais? Julgam que somos parvos.

Dizem que, quando for grande, o Bagulho quer ser como o Portas que foi o primeiro populista que se impôs na politica portuguesa. O "Paulinho das feiras" continua a catequisar os telespectadores da TVI no seu "comentário" semanal. É mesmo preciso a estação de televisão ter uma grande lata e o próprio um descaramento sem limites para que se considere que as análises que são feitas pelo Portas são um comentário. Comentário é analisar de forma isenta a realidade. O que é feito nesta rubrica, com o beneplácito da apresentadora, é um ataque cerrado à esquerda  e uma defesa intransigente da direita utilizando argumentos enviesados, quando não embustes. O "Paulinho das feiras" pode defender quem quer. O que não tem sentido é que o faça num espaço teoricamente de comentário e a estação o apelide de comentador. O Paulo Portas tem uma agenda que segue na TVI e a estação de televisão dá-lhe o espaço necessário para a transmitir, escondendo-a dentro de uma rubrica que é supostamente de comentário. Qual a razão para as televisões chamarem comentadores como se fossem minimamente isentos a tantas e tantas personagens de direita que pululam nos vários canais e mais tarde ou mais cedo saem do armário e se percebe que militam ou apoiam partidos de direita ou de extrema direita? Não é certamente por acaso.

O Paulo Portas e o Bugalho não são confiáveis. Este tipo de fazer televisão também não é.

segunda-feira, abril 01, 2024

Acontece. Às vezes é mais bolos

 

Dia de Páscoa, dia de aniversário, dia de bons comes, bons ambientes, lindos décors, maravilhoso jardim.

E, ao chegar a casa, uma tarefa digamos que quase hercúlea, não a nível físico mas mental. Mas os prazos foram cumpridos e isso, para mim, é importante.

E depois mais umas quantas coisas. 

E depois, ao fugir das análises políticas e de programas com que já não posso, fui dar a um programa inglês a que nunca tinha ido: concurso de designers a transformarem espaços. Gostei muito. Por isso, deixei passar o tempo. 

E esta segunda-feira vou ter que madrugar.

Por isso, com vossa licença, hoje eu é mais bolos.


Uma semana feliz a começar já nesta segunda-feira

Saúde. Boa sorte. Animação. Alegria. Paz. 

terça-feira, março 26, 2024

Um político que diz tudo o que pensa

 

Ia para comprar um livro e, bas*, acabei por trazer quatro. Mas como quero falar deles com algum vagar e agora estou aqui com vontade de partilhar o vídeo abaixo, deixo a literatura para amanhã ou depois.

E quero aqui deixar o vídeo como contraponto à avalancha comentadeira com que os canais estão inundados, quase tudo com gente de direita. O mais à esquerda que vi -- e digo esquerda sabendo que, no caso, esquerda não é propriamente o caso --, é o Adalberto Campos Fernandes. 

Mas a impante figura do fulano do Chega (e vamos lá a ver se não o teremos como vice-presidente da AR) agora ali está a lançar a confusão, o Rangel completamente entusiasmado, leia-se à beira do histerismo, a fazer de conta que chega bem para o dito Pedro Pinto que, como formação, tem o ter frequentado o curso de Relações Internacionais e, como profissão, tem dedicar-se à organização de espetáculos tauromáquicos e que, como curiosidades, tem as que aqui transcrevo da Wikipedia:

. Em julho de 2022, foi noticiado que, nesse mesmo mês, Pedro Pinto, num corredor da Assembleia da República, tentou encostar a sua testa à de Nuno Saraiva, assessor do PS, num tom provocatório, enquanto ameaçava partir-lhe a “tromba”, chamando-o de "anão".

. Em junho de 2023, foi reportado que Pedro Pinto tinha sido visto, nesse mesmo mês, a agredir um árbitro de futebol de 18 anos e a tentar agredir um outro da mesma idade num torneio infantil de escalões de sub-11 e sub-13, em que também participava a equipa do seu filho, o Futebol Clube do Crato

Napoleão 
[Quem é o Napoleão?]

E, faça-se o zapping que se fizer, a malta toda fala à volta do Chega, o que é que o Chega faz ou deixa de fazer ou se prepara para fazer.

Lá se abre uma excepção para comentar o clima de cortesia entre Marcelo e Costa. E uns dizem isto e outros aquilo. E o que eu digo é que Costa, uma vez mais, mostrou que está num patamar acima das tricas, é um estadista, é um senhor. Acho que fez bem ao, neste momento, não trazer para o palco mediático o que, num plano institucional, iria aumentar a confusão. Portanto, os dislates e os graves deslizes de Marcelo que prejudicaram gravemente a estabilidade e, certamente, a paciência de Costa, ficaram para trás. Viu-se que Marcelo estava comprometido, certamente com medo que Costa não se aguentasse e deixasse sair uma boca que o entalasse ainda mais. Aliás, mal acabou de falar, raspou-se atabalhoadamente. Parecia que estava com medo que alguém lhe chamasse o 'dissolvente' (como o Carlos Magno lhe chama) ou o Desestabilizador-Mor. 

Mas isto para dizer que eu, vendo tanto comentadeiro e comentadeira a opinar e desopinar, a ovar e a desovar sapiências a metro, só me apetece arejar a cabeça com um político como deve ser, um que diz tudo o que pensa. 


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(*) bas = business as usual
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Desejo-vos uma boa terça-feira
Saúde. Atenção. Cabeça fria. Paz.

terça-feira, março 19, 2024

Uns comentadores comentam o que diz o Ventura e o Marcelo, outros comentam o baptizado da neta do Castelo Branco e o Bruno de Carvalho responde à letra a um tal Miguel Azevedo - aparece de tudo um pouco.
Portanto, com vossa licença, opto por aqui trazer a subida do populismo explicada pelo S. Pappas

 

Entre assuntos burocráticos em que, como é costume alguém me liga e dá o assunto por acabado dizendo que falta ainda um outro papel (juro: hoje aconteceu outra vez!), e telefonemas exacerbados envolvendo um senhor das obras e as limitações existentes e tudo uma confusão pegada, eu só a querer paz e descanso e a falarem-me no tubo das águas pluviais e na prumada e em mais não sei o quê e o esgoto do outro lado e uma infiltração ou entupimento não sei onde, vá lá a gente entender alguma coisa, e, ainda, entre acabar um trabalho e deitar um olho ao que por aí se diz, pego no computador já perto da uma da manhã e sem cabeça para grandes divagações.

Apelo, pois, à vossa habitual condescendência.

Por entre votos perdidos, estragados, envelopados. desenvelopados e o diabo a quatro, continuamos sem saber como é que o sarilho arranjado pelo Marcelo vai acabar. Pelos vistos, ele também não e, por via das dúvidas, parece que também não se rala muito se não cumprir a Constituição. Eu, que não sou letrada em leis, só tenho para mim que, no meio da confusão, é prudente a gente agarrar-se a algumas bóias de salvação, a saber: a Constituição, as boas maneiras e o respeito pela inteligência dos outros.

Mas parece que, no meio da enxurrada populista, a malta já está toda numa de caguar para essas minudências.

Claro que também não consigo instruir-me com a chusma de comentadores que andam a dar à costa: raia miúda, carapauzinho pingão, de tudo aparece. É vê-los, com ar entendido, a dar lições de tudo o que calha. Política, Constituição, Fait-Divers a fazerem de conta que são História. Tudo. Ainda há pouco. 

Mas, ao fazer zapping para ver se fugia, à pressa, eis que, sem aviso prévio, me aparece a diva Castelo-Branco a arrastar a sua Senhora Dona Lady, depois os convidados a dizerem o que levavam vestido e que presentes iam dar à menina Constança, neta do avô que estava aperaltado na versão gaja produzida para baptizados. E no estúdio, como comentador, o Bruno de Carvalho, esgargalado e sem meias, a falar na qualidade de músico, compositor, letrista, produtor, cantor, ou seja, ecléctico artista do mundo do espectáculo. Portanto, I rest my case. Ou seja, santa paciência: aos costumes digo nada.

E, assim sendo, com a vossa licença que, desde já, agradeço, passo a palavra a Takis S. Pappas que até usa bonequinhos para a gente perceber melhor. Útil. Dá para pôr legendas em português. 

The rise of modern populism


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Um dia feliz

Saúde. Boa disposição. Paz.

segunda-feira, março 04, 2024

Pergunta: o espaço que a TVI oferece ao Paulo Portas é para ele "analisar a atualidade internacional e os problemas com que nos defrontamos à escala global" ou para fazer uma descarada campanha a favor da AD e contra o PS?

 

Retiro do site da TVI para que se veja qual a finalidade deste espaço:


Ora aquilo a que estou a assistir não é nada disto. Estou a vê-lo a fazer uma descarada campanha a favor da AD e contra o PS. Descarada. Despudorada. 

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social não terá uma palavra a dizer?


quinta-feira, fevereiro 29, 2024

Marcelo & Companhia - ou entra mosca ou sai asneira -
[De novo, a palavra ao meu marido]

 

O PR, que seguramente já estava em profundo sofrimento por não aparecer amiúde nas TVs, falou e brindou-nos com mais uma pérola. 

Relativamente a mais um caso de agressão com tinta perpetrado por um jovem, resolveu pronunciar-se e dizer asneiras como já tinha acontecido em protestos anteriores idênticos. Um PR com sentido de Estado e bom senso teria dito que, numa democracia, por mais justas que sejam as causas, não se podem defender as causas praticando crimes e que os culpados devem ser punidos de acordo com a lei. Mas não. O Prof. Marcelo disse que não valia a pena continuarem a atirar tinta porque já não causa impacto, porque já não é eficaz. E disse mesmo mais, que da primeira vez tinha causado impacto, da segunda também mas depois que a coisa se banalizou e já ninguém liga. Acho que este tipo de declarações do Prof. Marcelo são graves para a democracia e espero que pelo menos alguns comentadores lhe "batam" com força. No seguimento do que, há uns dias, disseram vários médicos num programa na RTP2 sobre o sono, o facto do Prof. Marcelo pouco dormir estará a afetar-lhe as capacidades cognitivas. Temo o pior nos próximos capítulos.

Outro assunto: vi ontem uma parte das intervenções do José Gomes Ferreira e do Gaspar Macedo (julgo que é este o nome do puto que participou num painel com a Joana Amaral Dias e o Pedro Costa na CNN). Ambos (o JGF e GM) revelaram bem o que é, neste momento, a direita em Portugal: cheia de  ódio, revanchista, desrespeitadora de quem tem opiniões diferentes e desejosa de vingança. Quem pensa votar na AD devia ter também em conta esta forma de a direita e seus arautos televisivos se comportarem. Felizmente, os poucos comentadores de esquerda que ainda são convidados pelas televisões têm um comportamento diferente  e cordato. 

Tanto o José Gomes Ferreira (que é tudo menos jornalista) e o puto interviram sempre de forma colérica, não dando hipótese aos outros intervenientes de falarem e vociferando quanto a tudo e contra todos desde que não fossem exatamente da mesma opinião que eles. O Ferreira até conseguiu dizer que  a maior subida de impostos em Portugal foi a subida do IVA feita pelo PS de 21 para 23%. É uma afirmação tão estúpida que deixou os outros intervenientes de boca aberta  e a "pivot", coitadinha, preferiu passar para um discurso da campanha eleitoral. Quanto ao puto que destila ódio a tudo que não seja direita pura e dura e que não dá "uma para a caixa", qual terá sido o critério seguido pela CNN para o contratar? Será o número de seguidores nas redes socias? Se for o número de seguidores mais vale contratarem "malta" do Big Brother para comentarem a campanha eleitoral  que, mesmo eles, são capazes de dizer coisas mais acertadas do que o Gasparzinho e não indisporem tanto os espetadores. Sugiro também que a SIC substitua o Ferreira por alguém do "Era uma vez na quinta" que terá certamente maior adesão à realidade e não dirá tantas pantominices.

Também o Pedro Bello Moraes, quando participa nos painéis, deveria, pelo menos, fingir que está ali como moderador isento, e não como fanático a favor da AD. É que, sistematicamente, toma as dores da coligação sempre que alguém critica, mesmo que ao de leve, o Montenegro ou afins. Cansa. Incomoda.