1. O Banco de Portugal estima que a recessão seja o dobro da que o Governo prevê? Qual o espanto? Alguma vez o Gaspar acertou em alguma coisa? Nunca.
Como aqui já o disse e não gosto de vos maçar com repetições, o OE 2013 é todo ele um bluff, uma laracha, um logro. Tudo aquilo é inexequível, tudo. A única coisa exequível é o saque que nos vão fazer (e a mim, privilegiada, é grande, muito grande o saque de que vou ser vítima) mas o drama é que vamos ser ainda mais espoliados do que já estamos a ser... para nada. Para nada!
2. Hoje uma amiga minha, outra privilegiada, até há algum tempo geralmente manifestando sempre posições conservadoras, que tenho por votante de direita, dizia-me que estava farta disto, que tomara que o povo se insubordinasse, e que isto tudo fosse declarado inconstitucional. E, por fim, revoltada, dizia que acabassem com tudo, educação pública, saúde pública, que a ela tanto lhe fazia já que tem seguro de saúde, que não vai a hospitais públicos, e que os filhos andam em colégios privados. Perguntei-lhe: 'E, da maneira que isto está, se alguma coisa te acontece, a ti ou ao teu marido, e te vês impossibilitada de manter esse nível de vida?'. Ela ficou calada e só depois respondeu, e vi que estava preocupada, '... pois é...'. Ah, pois é.
3. Esta terça feira foi também o dia em que o PSD ou o Governo ou uma senhora que dá pelo nome de Sofia Galvão ou um catraio que dá pelo nome de Moedas ou sei lá eu quem, se juntaram para discutir qualquer coisa, parece que relacionada com a refundação de qualquer coisa, talvez tenha a ver com a espantilhação do Estado, ainda não percebi bem. Parece que não deixaram que aquilo fosse filmado. E toda a gente ficou indignada. Eu não. Estão à espera que ali se discuta alguma coisa que se aproveite? Eu não, claro que não. Basta que aquilo meta o Relvas para a gente já saber que aquilo são só larachas. Tudo o que vem dali não passa disso: larachas. Estou a repetir-me? Pois estou. Mas é que só me ocorre a palavra 'laracha' para classificar o que vem das bandas do governo e arredores. Por isso, não se perde nada em que não se saiba o que se passa por lá porque o que lá se passa é nada. Zero.
E só não digo mais nada porque vi lá caras conhecidas, pessoalmente conhecidas e, um deles, dá-me ideia que até é ou vai ser orador. Por isso, reservo o que de mais contundente tenho a dizer para lhe dizer a ele directamente (se me apetecer, coisa que não tenho como certa).
4. Quanto à revisão que o Governo anunciou que está a fazer na ADSE e quanto às hesitações do PS, o que tenho a dizer é o seguinte: acho que a ADSE não faz sentido. Acho que nunca fez. É um sistema iniquo, oneroso, e, do que sei, desde há muitos anos que o PS tenciona mexer nele. Contudo, ao pretender mexer nisto, qualquer partido, esteja no governo ou na oposição, encontrará os funcionários públicos pela frente e, portanto, encolhem-se.
Dito isto, acho que, o que quer que seja que se faça, tem que se fazer com bom senso, com cautela, com preocupação pelas pessoas. Numa altura em que os funcionários públicos são fustigados por todos os lados, retirar-se-lhes a ADSE é ir-lhes ainda mais ao bolso. Por isso, qualquer reforma deve ser feita com ponderação, com humanidade, com respeito. Além disso, se se acabar com este sistema, as pessoas passarão a ir aos hospitais públicos e aos postos médicos do SNS e é preciso ver se tudo isso terá capacidade para acolher, com qualidade, o acréscimo de utentes.
Digo isto com plena consciência. A minha mãe tem ADSE e eu, trabalhadora do privado e a descontar tanto como desconto e sem ter direito a nenhuma dessas benesses, sempre pasmei com as regalias da ADSE, idênticas ou melhores do que os seguros privados.
Mas, se acho que as iniquidades devem ser corrigidas a bem de todos, também acho que as coisas não se fazem à bruta e tenho muito receio do que os incompetentes que nos governam possam fazer. Por isso, percebo os cuidados do PS. Dar, neste momento, luz verde ao governo nesta matéria, é deixar os funcionários públicos entregues à sua sorte - e isso tem que ser evitado.
5. E, por aqui me fico, no que se refere a assuntos chatos.
Passemos então ao que interessa. Homens bonitos. Muito bonitos.
Transcrevo do Diario Digital: Georg Gaenswein é secretário de Ratzinger desde 2003, dois anos antes deste ser eleito Papa Bento XVI. Antes de ter sido ordenado padre, em 1984, foi cozinheiro, trabalhou como carteiro e foi professor de esqui. Diz-se que tirou um brevet de piloto e chegou até a ter namorada. Consta ainda que, além do seu porte físico e do apego que mantém à prática de ténis, tem a compostura adequada às funções que exerce e virtudes intelectuais e humanas que também o beneficiam.
Pena que esteja tão longe. Se exercesse por estas bandas, até eu passava a ir à missa, ai não que não ia.
6. E, para compensar o tema religioso do ponto anterior, dou-vos agora conta de um assunto muito menos pio.
Para quem pense que só os homens é que gostam de pornografia, lamento desiludir mas informo que a pornografia também se consome, e de que maneira, no feminino.
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«Gina», a chimpanzé viciada em pornografia |
Transcrevo para vossa informação: A chimpanzé «Gina» ficou viciada em pornografia humana, depois de uma experiência realizada no jardim zoológico de Sevilha, em Espanha, de acordo com uma reportagem do jornal «El Mundo». Com o objetivo de a entreter, o zoológico decidiu instalar uma televisão, protegida por um vidro, e deu-lhe um comando para que a chimpazé pudesse mudar de canal sempre que quisesse.
Alguns dias depois, os funcionários descobriram que «Gina», para além de usar o comando com muita facilidade escolhia sempre um canal pornográfico para se entreter.
Ora bem.
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E, antes de me ir embora, ainda vos quero convidar a virem comigo até ao meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa. Lá, hoje, eu não sou eu, hoje eu sou aquele que ama um outro que não quer ser amado por mim. Palavras in the border line, amores proibidos. O poeta que me inspirou foi Luís Miguel Nava. A música é um outro momento feliz, Teresa Salgueiro e Jose Carreras. Haja o que houver, espero por vós.
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E, já agora, não se vão já embora: por favor, desçam um pouco mais para lerem as palavras de António Costa.
Vale bem a pena.
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E, já agora, não se vão já embora: por favor, desçam um pouco mais para lerem as palavras de António Costa.
Vale bem a pena.
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E que esta quarta feira seja para vós, meus Caros Leitores, um dia feliz!