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domingo, setembro 15, 2024

Há casas e casas...

 

Enquanto escrevo, estou a ver um programa fantástico na RTP 1, 'Em casa de Amália' em Elvas. Muita gente na rua a assistir a contagiantes momentos de partilha com o António Zambujo, o Buba Espinho e o Luís Trigacheiro, apresentado por um José Gonzalez que eu não conhecia mas que é um tipo bem simpático. 

Muito bom. Penso que o país caminha no bom sentido quando se fomentam momentos assim, de comunhão em torno de uma língua comum, em que as pessoas saem à rua para ouvir cantar, quase tudo canções que toda a gente canta, em que há sorrisos no ar. O cante alentejano é maravilhoso. 

Mas não tem que ser o típico cantar alentejano. Canções que muita gente conhece, melodicamente ricas, em que se toda a gente se junta a cantar, são uma riqueza cultural inesgotável.

E estes três jovens cantam lindamente. Estou impressionada. Por exemplo, não conhecia bem o Luís Trigacheiro e tem uma voz e um poder de interpretação extraordinários. Neste momento está a cantar uma que não é muito conhecida (digo-o pois não o acompanham a cantar) mas que é uma canção linda. Estou encantada.

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Mudando de assunto. Ontem à noite, sem querer, dei com um documentário tocante. Fiquei a ver até ao fim. Foi na RTP 2. Feito pela Charlotte Gainsbourg sobre a mãe, Jane Birkin, mulher de uma inocência e franqueza totais.

Se não viram, sugiro fortemente que ponha a box para trás e o vejam. Partilho o trailer só para se perceber o género. 

Jane by Charlotte - Official Trailer (2022) Charlotte Gainsbourg

Watch the trailer for Jane by Charlotte, a documentary by Charlotte Gainsbourg about her mother, Jane Birkin. It features intimate conversations between parent and child, as well as footage of Birkin performing onstage, and explores the emotional lives of two women as they talk about subject matter that ranges from the delightful to the difficult: aging, dying, insomnia, celebrity, and their differing memories of their shared past, which includes Charlotte's father and Jane's husband, Serge Gainsbourg. 

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Como estou com um olho no burro e outro no cigano (e espero não ser censurada pela utilização deste ditado popular), não me dá para me pôr para aqui agora com divagações. Vou já direita ao assunto.

A forma como as pessoas vivem por esse mundo varia de uma maneira que se calhar não julgamos possível. Eu, se fizesse programas educativos, incluía o conhecimento de hábitos, dificuldades, excentricidades e gostos ao longo de todo o planeta. Penso que é bom que tenhamos noção das disparidades, da diversidade. O que aqui podemos observar atesta a criatividade humana quer a nível arquitectónico, quer tecnológico, quer estético ou económico quer a nível da própria sobrevivência.

Pode ser difícil de acreditar, mas as pessoas realmente moram nestas casas


A tod@s desejo um belo dia de domingo

sábado, setembro 09, 2017

Até que a morte os separe.
[3º de 6 posts]



Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz


Na luz dourada da tarde, passeavam pela beira do mar, abraçados. Passaram para lá, conversando, abraçados. Fotografei-os. A felicidade de ter, ao longo da vida, alguém que nos acompanhe, que nos ouça, que nos fale das suas ideias, que nos abrace, que seja nosso amigo não cabe em meia dúzia de palavras. 

Depois voltaram a passar, agora em sentido contrário. Mantinham-se abraçados, continuavam a conversar. Belíssimos no seu amor, na luz que os envolvia, na passada certa e alinhada, na certeza de enfrentarem juntos ventos e marés.


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O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

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Há cerca de sete anos, de manhã, -- e já tantas vezes o contei -- tínhamos ido no carro a ouvir a Bethânia. 'O meu amor', que já conhecíamos cantada pelo Chico, ficou presa à língua do meu marido que todo o santo dia a cantou. E eu com ele. De vez em quando. os dois ao mesmo tempo. Nessa noite, depois dele se ter ido deitar, resolvi fazer um blog e, ao ter que lhe dar um nome, o que me ocorreu foi 'um jeito manso' dado que, lá por casa, outra coisa não se tinha cantado ao longo do dia. E cantámo-la não apenas porque a música e a interpretação nos agradavam mas também porque a letra da canção é qualquer coisa. 
Hoje, enquanto nos deslocávamos de carro durante uma curta viagem (já que, por estes abençoados dias, felizmente só temos andado a pé), de novo 'o meu amor', desta vez na interpretação da Carminho e do António Zambujo. O meu marido de novo a cantou. E eu fechei os olhos, pensando em todos estes anos, juntos, ouvindo esta mesma canção, cantando-a como se fosse feita para nós.

Fica aqui bem, junto do casal da fotografia. Quanta ternura e companheirismo naquele andar enlaçado.

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terça-feira, dezembro 04, 2012

(Vou já avisando: este post é altamente inconveniente. Quem, em vez disto, quiser ler sobre o OE 2013 e sobre os conselhos de Marcelo Rebelo de Sousa e Henrique Monteiro relativos à incapacidade do Gaspar acertar no que quer que seja, e à do Passos Coelho em perceber o que quer que seja, deve saltar imediatamente para o post abaixo). Aqui, neste, tenta responder-se à seguinte pergunta de um leitor: como fazer sexo fora de casa? (Mas cuidado com algum Flagrante)






Já por mais do que uma vez aqui vos informei das palavras usadas nos motores de busca e que, incrivelmente, trazem os pesquisadores até mim.

Uma das últimas foi: "como fazer sexo fora de casa?"

Tal e qual.

Como acho que nunca me debrucei sobre o tema, fiquei, de novo, a pensar porque é que o Google me enviou esta pessoa. Não sei, às tantas acha que isto pode funcionar como um correio sentimental, ou um site de aconselhamento, uma coisa assim. Seja. Como tenho uma costela mista, ou melhor, uma costela que é um misto de boa samaritana e de agente comercial, para que, de uma próxima vez, a pessoa que aqui venha parar não sinta que veio ao engano, vou tentar responder.

Claro que aqui deverei colocar um desambiguador, ou lá como é que isso se chama. Ou seja, o que quereria a pessoa dizer com ‘fora de casa’? Ao ar livre ou noutro sítio que não a própria casa?

Vamos ver se tenho sabedoria para tão complexa questão.



Se não estiver uma aragem,
podem, por favor, passar o rato ao de leve sobre a senhora?



Se for na rua

Bom, se for na rua, em primeiro lugar há que recomendar prudência não vá o acto ser descoberto e os praticantes ainda irem presos por ofensas à moral e aos bons costumes. Portanto, partindo do princípio que tal será acautelado, poderei recomendar os clássicos: o carro (que não é bem ao ar livre mas, enfim, para lá caminha) mas talvez num local mais ermo (a menos que goste de desafiar o destino), ou a praia num sítio mais resguardado, ou o campo, coisas assim. Mas agora é capaz de estar um bocado de frio para isso, não? 


Se for a bom recato mas fora da casa propriamente dita

Bom, aí as possibilidades são também muitas desde o hotel de beira de estrada, a casa de amigos. Claro que mesmo estas opções não dispensam alguns cuidados.

Conto-vos o caso da mulher que se encontrava com alguém em casa de um casal amigo que lhes emprestava a chave, num sítio bem distante e fora de mão. Lá chegados, saíam do elevador e, se eram vistos a entrar no apartamento dos amigos, já sentiam que os vizinhos adivinhariam o que ali se iria passar, isto se não pensassem que era uma dupla de assaltantes. 

Depois, logo numa das primeiras vezes, uma vez em que foram à hora de almoço, tendo, inclusivamente, levado farnel, ao saírem de lá foram tomar um café lá ao lado. Quando, na parte da tarde, chegou ao emprego, a mulher já tinha uma colega a avisar que tinham ligado para lá de um café no tal sítio no cu de judas a informar que tinham encontrado uma pasta com documentos a partir dos quais tinham identificado o local onde trabalhava. Bonito serviço. 

Ou seja, em qualquer situação, cuidadinho e cabecinha fria é o que se recomenda.

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Não fui muito gráfica, pois não? Fui bem comportadinha - mas tinha que ser, meus Amigos, não se esqueçam que isto é um blogue de família. 

Mas, pelo menos, quem aqui entre agora à procura de pistas para tão magna questão, já não poderá dizer que veio de balde. Aquela senhora lá em cima, como se vê, já veio de carteira.

Obrigada e o que eu estimo é o que eu desejo, como dizia o outro.

As despedidas a sério estão no post abaixo, aquele onde se fala de coisas maçadoras, está bem? 

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A canção é Flagrante, é cantada por António Zambujo e tem letra de Maria do Rosário Pedreira)