No post abaixo falo do que por aí começa a especular-se a propósito das humilhações a que Paulo Portas aceita sujeitar-se. Mário Soares disse-o publicamente e a comunicação social e a internet propaga-o. Não sei. Mas, seja o que for, não é bom nem para Paulo Portas, nem para o CDS, nem para o País. Toda esta governação, toda ela, começa a ser, para mim, um mistério.
Se não fosse a desgraça que estão a causar ao país, podia ser um motivo de diversão com todos os condimentos: traição, ameaças, deslealdades, momentos de absurdo, momentos de pura alarvidade, de ridículo, de dó. Assim, é uma preocupação e uma tristeza.
Mas adiante, que isso é no post a seguir a este.
Aqui a conversa é outra.
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1. Sobre o Pedro Lomba
Enquanto escrevo tenho, à minha frente, a televisão ligada. A umas nem ouço, a outras deito o olho.
Há bocado apareceu-me um triste, palavra que era mesmo um triste, casaco muito grande, mal jeitoso, coitado que não tem culpa, mas é que dá ideia que aquela roupa não é dele, não lhe assenta bem, credo.
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Pedro Lomba, adjunto do adjunto
(fotografia pertencente ao blogue Salvo Conduto) |
Olhei para ter a certeza que não me estava a equivocar, se era o casaco que era grande ou se era apenas o nariz do rapaz ou, até, se não seria o cabelo que era grande e despenteado. Não, era mesmo tudo. Pedro Lomba: um erro de casting ali à minha frente.
O Paulo Magalhães, na TVI 24 apertava com ele e ele, tadinho, verdinho, verdinho, sem atinar, invocando estudos, casos, coisas, uma tristeza, dançava, patinava, espalhava-se. Uma dor de alma, é o que vos digo.
Pode ter sido um professor à maneira, não digo que não, podia escrever umas coisas para o jornal e haver quem gostasse, há sempre quem goste, mas, senhores, Secretário de Estado?
O meu marido já estava a deitar-se e apareceu aqui para ver quem era, olhou de relance. Perguntou-me se era o Poiares Maduro. Disse-lhe que não, que era o puto Lomba. Respondeu que era parecido com o outro. Depois perguntou-me de que é que ele é Secretário de Estado. Respondi-lhe que não sei bem, já não me lembro, se calhar é da Administração Interna. Ele disse que disso não era e foi-se embora, já não consegue ter paciência para os ver e ouvir. Tanta imaturidade, tanto amadorismo, tanta parvoíce é demais para ele, revolta-se, desata a dizer palavrões.
Depois é que me lembrei que claro que não é da Administração Interna, onde fui eu buscar isso? É adjunto do adjunto e mais outra coisa qualquer - mas isso não interessa porque, seja o que for, ele não percebe nada. Podia até ser adjunto do adjunto com a incumbência de tratar do Mar, que faria a mesma coisa que faz aqui (e, com certeza, a mesma coisa que a ITP abaixo referida).
Assim está este Governo, entregue a quem não sabe a quantas anda, em roda livre, cada um dizendo o que lhe vem à cabeça.
2. Sobre o Hélder Rosalino
A história dos despedimentos da função pública, então, seria hilariante se não estivessem em causa pessoas, vítimas destes indígenas.
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Helder Rosalino,
o Secretário de Estado também não sei de quê - nem de que Ministro depende,
acho até que não depende de ministro nenhum,
deve andar em roda livre como andam todos naquele desGoverno |
O Helder Rosalino, esse rapaz que por aí anda a espalhar confusão, dizendo o que pensa (acho, aliás, que é o único que diz o que pensa), hoje confirmou - e eu ouvi-o na televisão - que, com certeza, sim senhora, é realismo dizer que vai haver despedimentos e que até já está a tratar de haver subsídio de despedimento, que até foi sensível a isso de as pessoas irem para casa com um pontapé no rabo e ficarem a viver do ar.
Claro que a Avoila lhe deu logo uma nega com grande estilo: não quis discutir isso, que para esse peditório já deu.
Agora ouço que o desGoverno emitiu um comunicado a dizer que o que o Helder Rosalino disse não era nada daquilo. Qual despedimentos?!?! Não vai haver despedimentos nenhuns, ora essa!
Aliás, nem sei até se não disseram que não tinha sido o Rosalino a falar mas sim o seu irmão gémeo, um inimputável qualquer que para aí anda.
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O gémeo separado à nascença do Rosalino
(a carinha pode não ser completamente igual... mas e o cabelinho..?.
não são mesmo iguaizinhos, os cabelinhos, tadinhos...?) |
Ou seja, cá para mim, deve ser este gémeo do Rosalino que por aí anda a dar tangas aos sindicatos (hoje até disse a um deles que ia deixar que sejam os trabalhadores a gerir a ADSE. Hilariante!) ou a trocar as voltas aos desgovernados ministros.
Adiante.
3. Sobre a Deputada Inês Teotónio Pereira
São tantos os acontecimentos diários que não dou vazão. Foi já há uns dias que uma senhora de quem nunca tinha ouvido falar, uma deputada do CDS,
Inês Teotónio Pereira (ITP) de seu nome, escreveu um
artigo no i e tão parvo foi o artigo que deu nas vistas - e não foi pelas melhores razões. Mas tem acontecido tanta coisa que eu, só agora, estando o assunto já quase morto e enterrado, é que consigo chegar a ele. Mas o que ela escreveu é tão parvo que eu vou dizer pouca coisa.
Primeiro: a dita ITP é deputada, como disse, e fui ver quais as habilitações da dita. Do site da Assembleia da República, retiro:
Habilitações Literárias
1.º Ciclo
2.º Ciclo
3.º Ciclo
Ensino Secundário
Dois anos da Licenciatura em Ciência Política
Dois anos da Licenciatura de Direito
Não é fantástico? 1º ciclo? 2º ciclo? ... ? Porque é que ela não pôs lá também o infantário...? À falta de melhor, encher por encher...
Não transcrevo a sua experiência profissional para não encher aqui o espaço com palha, palha essa que até inclui que é autora de um blogue. Escrever um blogue já serve para encher os curriculum vitae dos deputados! Pasme-se! De resto, quando ainda tinha menos experiência do que hoje, foi (imagine-se!):
Adjunta da Ministro de Estado e da Defesa Nacional do XV Governo Constitucional
Adjunta do Ministro de Estado da Defesa Nacional e do Mar do XVI Governo Constitucional
Ou seja, foi adjunta de Paulo Portas nas outras vezes em que ele foi ministro. Devia ter vinte e poucos anos, se calhar na altura ainda se ficava pelo 2º ciclo, e - vá lá saber-se como - já era adjunta de um ministro. Ganda pinta! Como é que este país, com gente destas nos órgãos de soberania pode ir a algum lado, senhores...?!
Bom, mas a dita senhora escreve que não tem mão nos filhos, que não sabe educá-los, um falhanço que até dói e, vai daí, compara-os a socialistas. Inteligente a moçoila. Culta.
Com tanto curriculum e tanta esperteza fui ver a cara dela para lhe tirar a pinta. E tirei.
Cá está ela.
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Inês Teotónio Pereira, a deputada do CDS que não sabe educar os filhos
e que demonstra graves lacunas a nível cultural
(nomeadamente confundindo falta de educação infantil com socialismo) |
Assim vamos, meus Caros, assim vamos. É que nem a Nossa Senhora da Troika, santinha da devoção do casal Mariani, nos salva.
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Bom, hoje vinha com ideia de falar do relatório da OCDE encomendado pelo desGoverno e apresentado em Paris. Mas, a esta hora, já não consigo deitar-lhe a mão. A ver se amanhã não me aparecem mais artistas pela frente para não me dispersar.
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Hoje vou ser um pouco insistente e peço-vos desculpa por isso. Mas sabem o que é? Gostei muito do poema da Margarida Vale de Gato que escolhi para o meu
Ginjal e Lisboa e, levada por ela e pelas palavras de dois Leitores especialíssimos, dois ilustres bloggers, escrevi um texto que me deu um gozo enorme. Gostava de partilhar isso convosco. A música é também muito especial, uma missa celestial de Pierluigi da Palestrina.
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Relembro que abaixo falo das palavras de Mário Soares sobre o que se está a passar com Paulo Portas.
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E nada mais por agora.
Apenas desejar-vos, meus Caros leitores, uma quarta feira excelentíssima.
O sol e o calor estão a fazer-se caros mas não faz mal. O dia pode ser bom na mesma.