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sábado, abril 27, 2019

Que mundo é o de Sophia?
[Sophia, a robot humana]





Já não gotejo. Em contrapartida, estou como se estivesse sedada. Um comprimido por dia, ainda por cima de ínfima dimensão, e fico assim, neste estado. E esta noite vou tomar a terceira dose a ver se deixo de estar congestionada como ainda estou. Quero voltar ao normal. Nem tenho dormido com o vidro da janela completamente aberto pois receio que o frescor da noite, que me sabe tão bem, me faça pior. Tenho ideia que é à terceira que isto se cura. Não tive febre pelo que deve mesmo ser coisa de nada, só resfriado, influenza benigna, coisinha de gente retardada que se constipa quando os outros já curaram meia dúzia. O pior é que me diminui a energia a um ponto que não se imagina. Ainda eu estava apenas a sentir-me doente, sem ter tomado nada, e já estava inerte. Imagine-se agora, com um comprimido letal por dia. Para que se perceba: cheguei a casa e nem me despi. Vá lá, descalcei-me. Mas vim para o sofá com a roupa do dia. Quando dei por mim, estava o meu marido a perguntar-me o que jantávamos. E eu a querer acordar para lhe responder e só a adormecer. Quando o ouvi dizer que podíamos comer atum lá arrebitei: fiz um esforço e, ao fim de um bocado, consegui abrir os olhos. Arrastei-me até ao quarto, troquei de roupa e lá consegui chegar à cozinha. Liguei o forno no máximo. Descongelei salmão. Num tabuleiro coloquei pera aos quartos, depois os lombos de salmão em cima, temperei-os com sal, orégãos e azeite e levei ao forno. Nessa altura, baixei a temperatura. 

Regressei à sala e adormeci de novo. 


Acordei com ele a chamar-me. Felizmente o salmão não ficou esturricado. Mas também não se queimaria pois deixei a temperatura nos 150º. Quanto muito, secaria. Mas não secou. 

Lá fui. A mesa estava posta. Havia também arroz e salada. Comi um poucode salmão com salada. Também consegui lavar os pratos. Mas, mal cheguei de novo ao sofá, voltei a adormecer.  Já passava das dez, acordei de novo: era ele a perguntar-me se já tinha falado com os filhos. Liguei ao meu filho e, logo a seguir, tocou o telefone e era a minha filha. Não sei se voltei a adormecer mas sei que acordada não estou.

E agora aqui estou. 


Porque será? Porque estou aqui? É esta coisa de os meus dedos quererem dançar no teclado,  dançar mesmo que seja sozinhos, escreverem palavras que nem eu sei o que vão ser. Pois que seja, não me importo. É como se fosse outra, alguém que não sei quem é e que escreve sem me pedir autorização. Só sei o que escreve quando vejo escrito.

E isto faz-me pensar. Deve ser o primeiro pensamento que tenho hoje: e se eu não fosse eu mas 'alguém' que tivesse sido clonado e que se fizesse passar por mim? 'Alguém' não: uma coisa.

Pensamento meio delirante.

E se, num salto quântico, o tornar completamente delirante, vou parar lá onde todos os caminhos vão convergir.


Ao mesmo tempo que temo o uso perverso e desregulado da inteligência artificial, atrai-me muito. Pode ser uma ajuda potentíssima. E pode ter utilizações múltiplas e cada uma mais insólita que a outra.

Estive a ver a Sophia a conduzir uma sessão de meditação.

Cada vez vão humanizando mais o objecto. Sorri, tem rugas de expressão, semicerra os olhos, abre-os, diz piadas. Não tardará o dia em que conversará connosco de uma forma tão inteligente e sensível que preferiremos a sua companhia à dos humanos. Virá o dia em que as pessoas se apaixonarão pelos seus robots. O Her deixará de ser ficção. A inteligência das coisas será cada vez menos artificial. 


E chegará o dia em que poderei accionar uma opção no computador ou numa pequena coluna em que eu digo aqui uma coisa e, do outro lado, um robot escreverá outra ou eu direi, com esta minha voz, alguma coisa e, do lado de lá, daí, chegar-me-á alguém que lerá os vossos pensamentos e mos dirá com uma voz estranhamente humana. E quando eu disser maluquices ouvirei alguém a rir ou a querer corrigir-me. A emocionar-me. Chegará o dia. E não faltará muito.

O mundo está a caminhar rapidamente e quando percebermos que estamos a ser ultrapassados... só espero que não seja tarde demais.


Mas, enfim, não é dia para conversas dessas. Precisaria de ter grande parte dos neurónios activos e o que se passa é que nem um, único, deve estar em condições.

Vou, pois, introspeccionar-me de olhos fechados, a pensar na lua a banhar o rio, esteja ela como estiver, loura, esbelta, gélida, esquálida, promissora, fugidia. Tanto faz. O rio é tolerante, sempre uma boa cama.


Mas, antes, vou partilhar convosco um vídeo em que se vê como Sophia tem aprendido umas coisas. Jimmy Fallon até fica desconcertado.  Até já canta, ela, a coisa.


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sexta-feira, julho 08, 2016

Tem medo de não ter jeitinho nenhum na cama...?
- Muito bem. Tem remédio. Veja o vídeo que aqui tenho sobre o assunto




Gosto de futebol mas sou muito selectiva: só quando joga a nossa selecção. Agora, enquanto se joga a outra meia-final e a França vai garbosamente à frente da Alemanha, ponho-me a cirandar pela net. Não vejo nada de extraordinário. Melhor: nada que me interesse -- porque coisas extraordinárias, aberrantes, impensaveis e estúpidas é o que não falta.

Mas eu aqui, com um céu cor de rosa e um rio em azul alfazema na minha janela, um fio de aragem a percorrer-me a pele, estou mais para estar ao fresco, apoiada no parapeito, do que para armar guerra com láparos mentecaptos ou bafientos comissários ou mostrar a minha preocupação pelo racismo ou pelo fácil uso do gatilho contra indefesos -- ou seja, penalizando-me por isso, não estou com disposição para coisas sérias. Não estou mesmo. Fútil, cabeça vazia, loura burra, o que quiserem chamar-me. Aceito. Há bocado, a falar com a minha filha, vinha eu a dizer que estou a precisar de férias e ela a dizer-me que anda toda a gente assim, já ninguém anda a dar uma para a caixa, tudo a precisar de encostar às boxes. Mesmo.

E, portanto, em dias assim, apesar de ir deitando um coup d'oeil ao futebol (com vontade que o Schäuble esteja a roer os dedos de raiva), ponho-no nas mãos do meu grande amigo, a minha soul mate, o algoritmo da google.

Ou seja, dolentemente deixo-me cair nos braços do youtube. E podia passar a noite a ver o que ele escolhe para me agradar. Espertinho, ele. Agrada-me. E malandreco.

Já estive a ouvir uma música quente e sensual, a ver um belo tango, já estive a aprender sobre June e Júpiter (até com vontade de falar daquela superfície tão bela), já estive a ver imagens e explicações sobre a origem dos tempos -- e, claro, testes aos molhos, testes para ver se sou uma das 50 pessoas que sabe responder a um conjunto de perguntas, se tenho um QI superior a 150, se sou flirty, se isto, aquilo e o outro.

Mas até para fazer testes eu estou com falta de paciência: obriga-me a optar e a anotar as respostas e não aguento tanta trabalheira.

Portanto, o corpo abandonado e a mente em ponto morto, deixo-me estar a ver vídeos.

Este aqui abaixo, um dos recomendados, não me traz nada de novo: sei do que ali se diz desde que nasci. Bem, não literalmente do que ali se diz, mas do conceito.

Por exemplo. Lembro-me agora. Quando fui viver para uma residência universitária feminina, no meio de marronas que até me punham doente, namorava eu que me fartava e, talvez por isso, ou talvez porque, sem querer, dava conselhos amorosos às outras, numa festa qualquer organizada pelas veteranas para praxarem as caloiras, puseram-me a dar uma aula de sedução: Como arranjar um namorado num abrir e esfregar de olhos. Estava toda a gente a ver, incluindo as beatas e ortodoxas da direcção daquilo, umas camelas que passavam a vida a dar-me sermões.

Pois bem. Queriam festa? Tiveram-na. Na irreverência dos meus 17 anos, dei uma aula que faz favor. Ao princípio estavam todas no gozo a achar que me ia atrapalhar. Ia, ia. Se há matéria que me é cara é essa. Claro que nem sempre exerço - ou melhor, contenho-me. (Claro que aqui devia inserir smiles, eheheheh ou lol para ficar claro que há nisto muita ironia - mas não o faço; e não me apetece explicar porquê).

Portanto, sabendo deste meu gosto (académico!) pelo tema, eis que o meu amigo algoritmo diz que acha que eu gosto do vídeo que abaixo vos mostro. E eu, para o caso de ele também ter ouvidinhos, daqui lhe digo: gostei, sim senhor, mas, para apróxima, se faz favor sugira-me qualquer coisa que para mim seja novidade. OK?


De qualquer modo, sabendo que gente pouco praticante, desabituada, atrapalhada, medrosa, com poucas oportunidades, com falta de jeito, timidez a rodos, bronquinha, mal informada, ou etc, tem muitas vezes medo de dar barraquinha ou de não cumprir ou, pior, tem falsas ideias e percebe tudo ao contrário, aqui fica o instrutivo vídeo. 

The Fear of Being Bad in Bed


Being good or bad in bed has nothing to do with physical exertion; it’s all about a state of mind.



Learn. And enjoy.

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terça-feira, dezembro 16, 2014

Scarlett Johansson por ela própria. Não gosta muito das próprias coxas nem da secção central do corpo. Não gosta ela mas há muito quem goste. Barbara Walters revela-a como ela é: bela, mãe, privada, sexy, simples, simpática.


No post abaixo partilho convosco uma onda gigante, um vídeo impressionante que mostra como um monstro terrível quase ia devorando um jovem e, a propósito, falo de receios maternais. Mas o jovem que quase foi devorado pela imensa parede de água sobreviveu e, sabendo-o, podemos apreciar a beleza incomensurável da força bruta da natureza.

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.


Li na Harper's Bazaar que Barbara Walters, à semelhança de anos anteriores, está a entrevistar as pessoas que considera as mais fascinantes de 2014. Entre elas, encontra-se a sexy Scarlett Johansson, senhora de uma voz quente, quebrada, de uns lábios sensuais, de um sorriso que pede desaforo e, sobretudo, de uma genuína arte de bem representar.



Digo senhora e é, uma senhora casada. Scarlett Ingrid tem 30 anos, tem o pecado concentrado num corpo que não mede mais de 1,60m, já participou em filmes que não acabam, já recebeu prémios, já foi fotografada, adulada. Vai no segundo casamento e recentemente foi mãe de Rose Dorothy.


Vi-a pela primeira vez, já luminosa, no Encantador de Cavalos, jovem adolescente em processo de recuperação de um violento acidente de cavalo. Depois fui vendo como crescia até ser a a mulher feita que é hoje.


O cabelo agora está cortado, os olhos têm a pintura da moda, risco rasgado, e toda ela sorri, toda ela é confiança, desprendimento. O vídeo não está legendado tanto mais que apenas foi divulgado esta segunda-feira, mas, mesmo para quem não domine bem a língua inglesa, é agradável de ver.


Scarlett Johansson Interview 2014: Actress Opens Up on Motherhood Being 'Overwhelming'



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Para um banho de água fria, a onda vem já a seguir.
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sábado, abril 12, 2014

Scarlett Johansson fotografada por Craig McDean para a Vanity Fair de Maio de 2014 (e eu, nem sei porquê, lembrei-me das minhas noites de sexta ou sábado até há algum tempo atrás)


Ora bem. É sexta feira, tive uma semana tramada, avizinha-se outra que tal, estive antes de ontem à hora de almoço e até a meio da tarde com um dos meninos que estava atacado com forte amigdalite e, portanto, pode acontecer que tenha sido contagiada, mas agora estou-me nas tintas para tudo isso. Só me apetece pensar em coisas boas e imaginar um fim de semana soalheiro e tranquilo. Já sei que sol é coisa que não deve haver mas, se não houver, invento. Quando se têm poucas férias por ano, um simples fim de semana já me sabe a uma temporada nas Seychelles. E, de resto, it's friday night e, se agora pusesse música em altos berros, desatava a dançar. Só não o faço porque, a esta hora, o meu marido já não está para ambientes de hard rock

Dantes, à sexta feira, saíamos em grupo e corríamos as discotecas e bares da 24 de Julho e adjacências. Ao princípio era o Kremlin, o Plateau ou o Alcântara. Ou o Frágil (mas esse lá mais para cima). Depois o Indochina e por aí fora. Começava-se pelos mais calmos mas, à medida que a noite avançava, o barulho ia subindo, a confusão aumentando. Multidões ululantes, toda a gente a dançar, uma barulheira que nos revolvia as entranhas, fumo, muito fumo. Agora não consigo imaginar-me nessas cenas, ambientes repletos de fumo já me são irrespiráveis. Os miúdos ficavam nos meus pais ou melhor, os meus pais iam lá para casa, dormiam lá. Mais tarde saíam os meus filhos com os amigos deles e nós com os nossos.

Estou aqui a ver se me lembro do nome de um bar onde íamos muito para começar a noite, umas bebidas muito boas nuns vasos artísticos e coloridos que às vezes vinham a fumegar, ali para a Almirante Reis ou para essas bandas, agora já nem sei bem precisar. Já sei: Bora-Bora. Ao princípio achávamos aquilo o cúmulo do exotismo. Depois passou a ser normal - mas agradável.

Pavilhão Chinês
Também íamos ao Pavilhão Chinês no Príncipe Real: uma maravilha. A ver se um dia destes lá volto. Esse é calmo, é especial, é muito bom.

E íamos a outro ali mais para baixo, entre o Príncipe Real e a Lapa, não me lembro do nome. Tinha várias salas, uma sala grande de snooker. Como seria o nome?

Eram as sextas e os sábados quando não estávamos in heaven. O meu marido não dançava, detestava aquelas barafundas. Ficava encostado a um balcão ou a uma coluna de copo na mão à espera que eu me cansasse. Volta e meia lá o arrastava para dançar. De resto, dançava eu sozinha ou com os meus amigos ou com quem estivesse à minha volta, ali às escuras no meio da multidão. O stress saía todinho num instante. O que eu dançava.

Agora já não consigo ter vontade de me ir meter naqueles ambientes caóticos.

Adiante. Ao vir há bocado no carro vinham-me a ocorrer vários assuntos importantes para deles aqui falar convosco mas agora até a palavra importante me incomoda. Quero lá eu saber de coisas importantes...? Quero é dormir, descansar, ler e pensar num programa bom para amanhã.

E, para me acompanhar num programa descontraído, nada como a Scarlett, moça sexy, curvilínea e bem disposta. Mulheres com curvas generosas são geralmente generosas, descontraídas. E, portanto, admitindo que ficarei em boa companhia para irmos curtir a night na companhia dos nossos namorados aqui está ela tal como a verão os leitores da Vanity Fair para o mês que vem.




Scarlett Johansson, fotografada por Craig McDean no New York Palace Hotel para a Vanity Fair, Maio 2014


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Muito gostaria ainda de vos convidar a visitarem o meu Ginjal e Lisboa. Hoje é dia grande por lá. Saíu um novo vídeo do Cine Povero que assenta n' 'O desempregado com filhos' de Gonçalo M. Tavares dito por Cristina Branco. O vídeo, é como sempre, uma preciosidade e tem a particularidade de, em parte, ter sido filmado no Ginjal.


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E por agora por aqui me fico. 
Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo sábado. 
E desejo-vos muita saúde e felicidades. 
A vida é curta: nada de a desperdiçar.

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domingo, março 09, 2014

Il cielo in una stanza. O oscarizado Matthew McCanaughey e a sexy Scarlett Johansson num filme de Martin Scorsese. Romance sob os céus de Itália.


Por estes dias tenho vindo a descobrir os pequenos filmes realizados para a Dolce & Gabanna e é sempre uma agradável descoberta. 

Não sou consumidora da marca excepto no que se refere à fragrância Light Blue que usei durante algum tempo, há muitos anos, quando ainda era uma raridade. Depois banalizou-se e eu fartei-me, afastei-me dela. Centrei-me, então, naquela que merece desde então a minha preferência quase exclusiva e da qual já aqui falei tantas vezes que vocês é que já devem estar fartos. Abro excepção aos dois Chanel que uso para intercalar de vez em quando com o Wood clássico da DSQUARED2.


Por isso, a escolha dos filmes que aqui tenho mostrado tem exclusivamente a ver com os filmes em si. Prendem-me. Revelam bom gosto, têm o toque de sedução que me é tão caro e têm sempre um toquezinho de bom humor. Criam bom ambiente dentro de nós. Eu, pelo menos, acho. Acabo de os ver e sinto-me ainda mais romântica.


Mina- Il cielo in una stanza



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sexta-feira, março 07, 2014

Scarlett Johansson (que parece que agora está grávida) numa clara demonstração de que é uma sedutora (mostrando inteligência, malícia e sentido de humor, sabendo adequar os requebros da voz aos desvios e sorrisos do olhar). Love.


Parece que este sábado, dia 8, é Dia da Mulher. Tenho estado aqui a debater-me. Dia de...? Mas que seja: falarei de mulheres. 

Nunca senti qualquer prejuízo por ser mulher. Trabalho tanto quanto os meus colegas homens, tenho tanta responsabilidade como eles, ganho o mesmo que eles. Sempre assim foi. Mas, sei lá, às tantas tenho um lado masculino muito forte. Eu acho que não, que sou muito feminina mas sei lá se eles me acham viril. Na verdade, na hora de trabalhar, sou agnóstica quanto a sexos. Digo e faço o que acho que devo, sem receios, sem inibições. Não sinto que tenha que provar mais por ser mulher. Não. No que se refere a trabalhar, não me refugio no meu estatuto de mulher, não quero privilégios nem cuidados. 

Por isso, não posso queixar-me e tenho alguma dificuldade em assumir um discurso feminista.

Convivo essencialmente com homens e eles olham-me como igual.

Mas não raramente, no meu local de trabalho, dou com miúdas que acham que têm que usar decotes ou brutas mini-saias para fazer pela vida. Ou outras que trabalham como loucas para provar que trabalham muito, noite e fim de semana, talvez com receio que pensem que ligam muito à família.

Eu não. Se usar um decote franco é porque gosto de me ver decotada (e gosto mesmo) e não porque pretenda que isso me possa levar mais longe. E faço questão de marcar a minha posição: a minha família chegada está antes do que quer que seja pelo que farei sempre tudo para não poluir o espaço de convívio familiar com problemas profissionais. 

Nunca me passou pela cabeça impressionar alguém seja de que forma for para progredir. Aliás esta de progredir ou ter carreira são coisas que não fazem parte do meu léxico. 

No entanto, não generalizo a partir do meu caso pessoal. Por todo o lado se sabe que há mulheres que são menorizadas face aos homens. Talvez que se elas próprias não se sentirem assim e souberem afirmar a sua identidade a sua vida seja facilitada mas, seja como for, toda a atenção é pouca. 

Uma mulher é uma mulher é uma mulher. E isso é bom. Não é defeito. É bom. E, sendo bom, deve ser valorizado.

Andei à procura de vídeos com mulheres para festejar o Dia da Mulher e dei com este da Scarlett Johansson para a Dolce and Gabanna. Não é de agora mas é uma graça. Gosto de mulheres assim. Mais do que de mulherzinhas agoniadas, ensimesmadas, agarradas ao seu umbigo ou à sua própria sombra, eu gosto de mulheres luminosas, com um lado sexy, com aspecto de serem inteligentes, bem humoradas.


Um homem talvez tivesse dificuldade em dizer o que eu disse, 'eu gosto de homens'. Eu, que sou mulher, não tenho receio de dizer 'eu gosto de mulheres assim ou assado'. Gosto de as ver porque gostava de ser como elas - é simples.

Por exemplo, acho que vou ensaiar com ela e amanhã surpreendo o meu marido com o que ela diz no vídeo:
 I had an italian boyfriend once. His mother broke up with me. ..................



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NB: Infelizmente não sou accionista da marca Dolce and Gabanna.


domingo, março 02, 2014

Em dia de Oscares, de Scarlett Johansson a Brad Pitt, as estrelas de Hollywood como nunca as viu - ou como a maquilhagem faz milagres. Ou como eu, olhando para as fotografias, vejo que ainda tenho hipóteses, ai não que não tenho.


No post abaixo falo de duas gémeas separadas à nascença a quem a vida reservou destinos bem diferentes e, no outro a seguir, mostro Ellen DeGeneres numa posição muito pouco convencional (ou não fosse toda ela pouco convencional).

Mas aqui, agora, porque é tempo de estrelas de Hollywood, a conversa é outra.


A Vanity Fair resolveu mostrar as grandes estrelas como nunca antes tinham sido vistas. Claro que há exagero nisto mas, enfim, é uma maneira de dizer. Vai daí, pediu ao fotógrafo Chuck Close que mostrasse algumas das grandes vedetas sem make-up. E eis que elas corresponderam e se mostraram sem o glamour que habitualmente lhes conhecemos colado à pele.

O que eu, pela parte que me toca (e peço desculpa pela redundância), posso dizer é que a maquilhagem faz muito por uma pessoa e, vendo algumas das fotografias, sou levada a crer que se me desse ao trabalho de me produzir, oh oh, a brasa que eu ficaria.

Portanto que ninguém se veja ao espelho e se ache sem graça. Não, não: nada disso. É só descobrir o melhor que tem de melhor e valorizar esse aspecto. É a boca? Então construa-se em volta dela. É o decote que mostra um ondular tentador? Tudo bem, vamos nessa. Por aí fora. Simples.

Ora confira, por favor. (E, já sabe, por favor dê desconto: ou não sou habilidosa ou o editor do blog não é famoso para alinhar fotografias onde as queremos pôr: saltam-me, vão parar onde não devem. É uma luta tremenda e, às tantas, desisto)


Scarlett Johansson tal como a conhecemos
Scarlett Johansson tal como Chuck Close a viu
Oprah Winfrey tal como a costumamoss ver
Oprah Winfrey tal como posou para Chuck Close
Brad Pitt todo mal amanhado

Brad Pitt, o dream man da mulherada
Annette Bening sem make up
(aliás: com pouco...
porque lhe vejo um batonzinho nos lábios)
Annette Bening, divertida e glamourosa

Tive que pôr o Brad Pitt em ponto pequeno senão, vá lá eu perceber porquê, não conseguia pôr as fotografias ao lado uma da outra)

E, já agora, a sessão fotográfica.



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Tinha muita coisa de jeito sobre que falar a começar pelas palavras da lunática Lagarde a elogiar o anormal do Gaspar. Mas só peguei no computador por volta da meia noite e isso enquanto via o Eixo do Mal e o Downton Abbey e, portanto, não tive disposição para falar de coisas desagradáveis.

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Relembro: Por aí abaixo há mais matéria do mesmo género, a começar na D. Laura Láparo e a acabar na guru da D. Sãozinha Estebes de pernas para o ar.

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E, por agora, por aqui me fico. Daqui a nada tenho que estar a pé a servir almoços e a receber convidados, coisa que, evidentemente, farei mascarada. Talvez até faça uma selfie para vos mostrar. Quando de tarde me mascarei para experimentar, fartei-me de rir. Até o meu marido, que não é moço de gargalhar fácil, se fartou de rir.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um domingo bem animado.

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

O amor no Facebook. Quais as melhores cidades para se arranjar alguém disponível? Como são os contactos nos dias que precedem a concretização da relação? Qual a reacção quando se rompe uma relação? - Usando a vasta matéria disponível nas suas incomensuráveis (e desprotegidas?) bases de dados, os cientistas do Facebook fizeram um estudo em que as probabilidades e estatísticas incidiram sobre os Relacionamentos Amorosos que por lá decorrem. O 'admirável mundo novo' que se antevê no filme Her cada vez mais próximo.


No post abaixo, dei a palavra a pessoas inteligentes, lúcidas e que mostram que sabem manter-se de pé. Publicaram textos admiráveis na última semana e faço questão de ter aqui as suas palavras como um registo dos tempos que correm. 

Estou muito segura das minhas convicções mais profundas (ie, querer o bem comum, não querer que uns explorem outros, querer que todos possam ter as mesmas oportunidades, querer o progresso e o desenvolvimento feitos em nome da melhoria das condições de vida das pessoas, etc - coisas básicas mas das quais nunca me esqueço nem mesmo quando não fazem outra coisa senão atirar-me poeira para os olhos), e sei pensar por mim, sei fazer contas, estudei lógica e faço questão de a exercitar quotidianamente, etc, etc, etc, pelo que considero que sei analisar razoavelmente bem as situações que se me deparam.

Mas ninguém é o melhor juiz em causa própria pelo que, pelo sim, pelo não, gosto de saber o que pensam pessoas que considero terem boa cabeça e não serem desses avençados ou marias-vão-com-as-outras de que os media estão cheios. Gosto de confrontar as minhas opiniões com a de outros que respeito.

O que poderão ler abaixo é uma espécie de best of do que li nos jornais da semana que passou. Palavras fortes ou irónicas, palavras contundentes ou, apenas, desencantadas. 

Estando mais do que avisada para que aqui na blogosfera os textos não se querem grandes, tentei atenuar o efeito de 'lençol', ilustrando o post com imagens da autoria de Pawel Kuczynski que me parece que vêm a calhar com o que ali se diz e escolhi um acompanhamento musical que me parece também adequado, o Lamento da Ninfa, interpretado pelos L'Almodí Cor de Cambra.

Mas isso é no post a seguir a este. Aqui, agora, a conversa é muito diferente. Aqui a conversa é sobre amor. 

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Eu, como é sabido, prefiro os relacionamentos ao vivo e a cores, cartas de amor, mão na mão, mão na..., etc e tal, pelo que faço entrar Diana Krall para nos cantar a sua versão de Love Letters.






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Li a notícia 'O olhar do Facebook sobre as relações amorosas' no Público, escrita em toda a sua inocência, fiz pesquisas e em vários outros jornais respeitabilíssimos a nível internacional dei com a idêntica descrição do comportamento dos que se mostram interessados ou apaixonados, depois com a descrição de como decorrem os contactos enquanto dura a relação e, finalmente, quando há um desfecho negativo, como é o day after e os seguintes. Como se isto fosse uma coisa normal.


Não é.

Transcrevo pequenos excertos de um artigo que, por estar em língua portuguesa, retiro do Público; mas, do que vi por todo o lado, o tom é o mesmo - nada mais que uma pequena frase de reserva que quase passa despercebida (coloquei-a mais escura para que reparem nela).


(...) em cerca de dois terços dos relacionamentos entre pessoas de sexo diferente o elemento do sexo masculino é mais velho. Em média, tem dois anos e cinco meses mais do que a mulher. Em Portugal, a diferença está abaixo dos dois anos.

Numa outra análise — que vem mais uma vez ilustrar o poder do Facebook para escrutinar a actividade dos utilizadores —, os investigadores resolveram olhar para as interacções de pessoas que tinham acabado uma relação recentemente. A ideia era perceber se a rede social funcionava naqueles momentos como uma plataforma de apoio por parte de amigos e familiares. Foram recolhidos dados sobre as mensagens enviadas e recebidas, as publicações feitas e os comentários em publicações, tanto dos utilizadores em análise, como dos respectivos amigos.

Os números acabaram por mostrar um aumento médio de 225% nas interacções ao longo do dia correspondente ao fim da relação, seguido por um decréscimo nos dias seguintes, para valores que acabam por ser superiores aos existentes no período anterior ao rompimento.

A rede social também parece funcionar como um instrumento de aproximação entre os elementos do futuro casal, que perde importância à medida que o início do relacionamento se aproxima. Analisando as interacções no Facebook feitas entre duas pessoas nos 100 dias antes daquele em que declararam estar numa relação, é visível um aumento de interacções ao longo de 88 dias. Nos 12 dias anteriores, as interacções sofrem uma queda abrupta, que continua nos dias após o início do relacionamento. Presumivelmente, a interacção online é substituída por outras formas de contacto.

(...)


No estudo é interessante ver os diversos capítulos como, por exemplo, o que se refere à Formação do Amor onde se escrutinam as palavras escritas antes do dia em que a relação é assumida e o que se passa a seguir.

Ler este estudo é tomar contacto com um mar de curiosidades. Contudo, para mim é a prova consumada da perversidade de toda esta máquina fora de controlo onde as pessoas se expõem e inocentemente confiam na privacidade do que lá fica guardado. As pessoas pensam que, por falarem em privado, isso não é visto por mais ninguém.

Engano.

O que é escrito no Facebook, em zonas públicas ou privadas, fica armazenado nos computadores do Facebook, acessível a quem os gere.

Mais do que aquilo estar acessível, aquilo está de facto ao serviço do modelo de negócio da empresa Facebook, uma das maiores do mundo. A empresa Facebook vive de vender publicidade, cruzando o que os vendedores querem vender (pagando por isso) e as pessoas cujos perfis apontam para que sejam receptivas a certos produtos ou serviços.

Por exemplo, se eu tivesse perfil no facebook e falasse de sapatos e tivesse amigas que falassem de sapatos, é certo e sabido que me haveria de aparecer publicidade relativa a sapatos, moda, etc - a mim e a elas.

Ou seja, há programas informáticos que 'varrem' tudo o que é escrito (seja em público ou em privado), catalogando por temas tudo o que por lá se passa. Uma vez tudo devidamente indexado, a máquina comercial começa a funcionar.

Mas a vassoura informática, como agora se vê, não procura apenas temas que possam transformar-se em negócio: procura tudo o que vem à cabeça dos cientistas que por lá trabalham.

Cientistas à solta, num mundo desregulado, e a operarem num mundo global, sem fronteiras, acima dos estados e das leis, são um risco.

Agora deram-se ao luxo de ir ver quando é que as pessoas começam a dar mostras de se estarem a aproximar de outras e, a partir daí, seguem-nas, medindo o número de vezes que dizem amor, desejo, beijo, sexo, etc, cruzando as trocas de palavras entre o par amoroso com as que se dizem aos amigos, contextualizando os factos. Isto e muito mais. Vêem as idades e as religiões dos casais, estabelecem padrões comportamentais.

Claro que tudo isto (até ver e do que se sabe) é feito sem cuidar de saber se estão a ver a informação de A ou de B. Mas, ainda assim, isto revela como tudo está disponível e acessível para que todos os malucos que o queiram usem e abusem do que por lá encontram.

Estas empresas contratam em larga escala os melhores alunos de cursos como a Matemática, a Física, a Engenharia Informática. Cientistas destas áreas pelam-se por estudos deste tipo, desafiantes, complexos, em que possam aplicar tudo o que aprenderam. Eu que estudei matérias destas e modelos e processos de simulação, etc, leio isto e ocorrem-me logo estudos interessantes que se poderiam fazer com base na quantidade quase infinita de informação disponível. Deixassem-me à solta (e fosse eu outra), saberia bem como me tornar um perigo.

O filme Her, em que um homem se apaixona por um sistema operativo, assenta a história no facto de alguém ter concebido sistemas operativos aptos a analisarem a informação relativa a cada utilizador e, a partir daí, assumirem os contornos que venham mesmo a calhar para se tornarem insubstituíveis na vida do user. Ou seja, por exemplo, se o homem se divorciou, sai-lhe um computador que fala com uma voz feminina sensual, atenta e carinhosa, se o homem escreveu num determinado dia um mail mais emotivo, lá estará a voz de mulher a fazer conversa sobre isso, compreensiva, querendo saber pormenores. De facto, um filme como este dá bem o sinal do que será tecnicamente possível se tudo for permitido.

É engraçado uma pessoa apaixonar-se por um programa de computador, é curioso, é perturbante, tem o seu toque de exotismo, de interdito, é tudo isso, mas até que nível de devassa estamos dispostos a permitir por parte de terceiros e para que tipo de solidão caminhará a espécie humana se se for afastando dos seus amigos e amantes de verdade e, aos poucos, se for deixando envolver por programas concebidos para manipular as pessoas, tornando-as dependentes e, de facto, cada vez mais solitárias?






Her é dirigido por Spike Jonze e é interpretado por Joaquin Phoenix que faz o solitário Theodore  .
O sistema operativo dá pelo nome de Samantha e a voz é de Scarlett Johansson


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As imagens sobre o Facebook são, uma vez mais, de Pawel Kuczynski.

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Relembro que se, depois deste, seguirem até ao post abaixo, poderão ler textos admiráveis de vozes inteligentes e lúcidas publicadas na semana que passou (e, também, ver as imagens muito apropriadas do polaco que também ilustra este post.

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Faço ainda questão de vos convidar o irem até ao meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa. Hoje é dia grande: há um novo vídeo do Cine Povero. Desta vez é a poesia de Herberto Helder na voz de Fernando Alves e tudo, uma vez mais, maravilhosamente entretecido pelo Cine.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta semana.
Saúde, alegria, sorte - é o que vos desejo.

sábado, janeiro 25, 2014

Cenas





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Batalhar, eu batalho. Mas não ganho nada com isso, senhor doutor.
- Ó menina, mas está a tratar-me por senhor doutor porquê?
Não sei, parece que me dá mais jeito falar consigo se o tratar por doutor.
- Hom’essa. Não sei porquê.
Porque se você for doutor, fica obrigado ao segredo e assim eu posso falar mais à vontade.
- Essa é boa. Vá lá que não lhe dá para me tratar por senhor padre.
Padre não, que o senhor não tem cara de santo.
- Ai e os padres são santos? Ai são, são.
Pois, bem sei que não, mas com padres eu não me entendo. E, com os meus males, não é um padre que me vai valer.
- Ai não? Não são males da alma, então?
Se calhar até são, senhor doutor. Até porque dizem que estas coisas são cosas mentales.
- Cosas mentales?! Isso que língua é que é?
Sei lá. Italiano, para aí. Ou espanhol. Ou latim. O que é que isso interessa?
- Pois, nada. Continue lá, então.
Continuar, eu continuava. Mas não sei bem como. Não me dá jeito. 
 - Não lhe dá jeito? Mas isso é coisa que precise de jeito?
Não será jeito. À vontade. Falta-me à vontade.
  - Mas é assim uma coisa tão estranha?
Estranha se calhar não é. Eu é que não estou habituada a falar nisto. Faltam-me as palavras.
- Não seria então de procurar um filologista?
Mas eu, ao dirigir-me a si como senhor doutor, não disse que era médico, até pode ser um doutor em filologia.
- Ah, bom. Temos pois um problema de língua.
Bem, na língua propriamente dita também não será.
- Na faringe, então?
O senhor doutor está a querer levar a conversa para a malandrice?
- Ó menina, que ideia. Claro que não.
É que isto é um caso sério. Não se ria.
- Pronto. Já estou sério. Quase a chorar. 
Não está. Está a gozar. Olhe lá para fora para eu não me atrapalhar.
- Faço melhor. Vou-me embora.
Não!
- Não?
Não, quero-o aqui, senhor doutor. Preciso que trate de mim.
- Hom’essa. Mas então o que quer que eu faça?
Querer, querer eu não sei bem.
- Mau. Olhe. Daqui a nada puxo-lhe a saia para cima e dou-lhe umas palmadas nesse rabo a ver se atina.
Atinar eu até queria.
- Então vamos lá.
Mas será que resulta, doutor?
- Resultar eu não sei se resulta.
Mas então o que fazemos, senhor doutor, se não sabe?
- Olhe, mal não faz. Vamos experimentar.
Bom, doutor, se é só para experimentar, eu experimento.



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A música lá em cima é Ne Me Quitte Pas - Maria Gadu

As fotografias mostram:

  •  Scarlett Johansson por Paolo Roversi para a Vogue Italia Otubro 2013 
  • e John  Malkovich (fotógrafo não identificado) 


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Caso queiram saber da minha soirée e do belo filme que fui ver, desçam por favor mais um pouco.

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E são duas e tal da manhã, estou mesmo a precisar de dormir, e daqui a nada quero ir fazer a minha caminhada antes de começar o programa de fim de semana pelo que, pedindo mil desculpas, não vou poder responder aos comentários que, não obstante, aqui agradeço.


Desejo-vos, meus Caros Leitores, um fim de semana muito agradável.

sábado, outubro 26, 2013

"UM ESTUDO EM SCARLETT", segundo Pedro Mexia - e eu, a propósito dos filmes em que Scarlett Johansson participu, lembrei-me dos seus primórdios num filme que se vê com encanto: 'The Horse Whisperer' (em português: "O encantador de cavalos")


Diz Pedro Mexia no seu Malparado:

Quando dei conta de Scarlett Johansson (que já fazia filmes há uns aninhos), achei não apenas que ela era a jovem mais encantadora do nosso sistema solar, mas também uma actriz com futuro, se tivesse bons agentes, boas propostas, bom gosto. Aquela menina com rosto de Vermeer, mas com uma anatomia e uma carnalidade que intimidaria o cavalheiro de Delft, chegaria onde quisesse. Infelizmente, tirando os good looks, a promessa não se manteve, justamente numa década da vida em que chovem os grandes papéis. 

Ainda que contássemos com todos estes títulos, e só um incondicional o faria, restam dezenas de inanidades «juvenis», comédias sem nexo, filmes com super-heróis, umas femmes fatales às três pancadas. É pena, porque há poucas actrizes a representar aquele «tipo», com aquela intensidade, naturalidade e confiança, apesar de uma certa limitação de registos. Talvez seja preciso que passe de miúda a mulher, não sei. E talvez chegam melhores propostas, melhores agentes, melhores escolhas. No cinema, ser linda de morrer ajuda; mas também ajuda que se entre nuns quantos filmes lindos de morrer.


Ao ler isto, lembrei-me do Encantador de Cavalos. Scarlett já por ali andava e andava bem (apesar de coxear). Não obstante, das actrizes femininas deste filme, eu preferir Kristin Scott Thomas (sempre a vacilar entre a virtude e o pecado, coisa que acho bastante interessante), não posso deixar de referir que Scarlett já, por esta altura, mostrava a sua sinceridade carnal. 


Não sei se ela já era, então, linda de morrer ou se este filme é lindo de morrer. Mas que são ambos marcantes, lá isso são. Eu, pelo menos - e não sou cinéfila-, lembro-me de todos eles e, embora não seja dada a repetir aquilo de que gosto, não me importaria nada agora de o rever. Há uma cena fantástica entre Kristin e Robert Redford de que me lembro muito bem. E a forma como ela se vai embora também é muito tocante. Cenas.

Mas a conversa é sobre Scarlett e não sobre Kristin,



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quinta-feira, agosto 08, 2013

Dos anos da pintainha mais linda com um belo bolo da Minnie para as 'Belezas singulares – Uma homenagem à diversidade das mulheres' em fotografia de Karl Lagerfeld para a Harper's Bazaar de Setembro


Cheguei a casa tarde, vinda de mais uma festa de anos, um bolo fantástico, uma das tias da menina dos anos é uma artista fantástica, faz bolos que são obras de arte, no outro dia foi o bolo do Mickey para o mano e hoje o da Minnie para a mana... mas haviam de os ver.



Minnie comestível no topo do bolo que era lindo, com dois andares.


Tudo trabalho manual, incluindo os bonecos que fazem o encanto dos miúdos.  Poder-se-ia dizer que é um hobby, já que a profissão não tem nada a ver com ser doceira, não fosse o sucesso que tem e não fossem as horas de trabalho que os fantásticos bolos levam a fazer.

Desta vez não se comeu a Minnie, estava tão bem feita, tão engraçada, que pareceu cruel comê-la. Mas não sei como é que irão conservá-la.

A seguir à festa, trouxemos cá para casa os manos pimentinhas rapazes, primos da aniversariante, enquanto os pais foram ao cinema. E, com isto, só consegui pegar no computador há bocadinho. Estive a ler os comentários a que não vou responder por falta de tempo (embora hoje tivesse particular vontade de o fazer), dei uma voltinha pelos blogues de eleição e houve um que me deu vontade de escrever uma coisa relacionada com isso (livros que estimamos como partes de nós e que, um dia, acabarão desprezados). Mas o cansaço e a vontade de comentar a saída do outro dos SWAPs impedem-me de o fazer. Talvez amanhã. 

Agora vou deixar-vos aqui com um making of relativo à sessão de fotografia de Karl Lagerfeld para a Harper's Bazaar de Setembro. A beleza das mulheres independentemente da raça, da idade, do tipo.


Scarlett Johansson, Dakota Fanning, Lily Collins, Liberty Ross, Lily Donaldson, LIya Kebede são algumas das beldades fotografadas. 




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A seguir vou falar, então, de coisas verdadeiramente palermas. Não podia aqui falar nisso aqui neste, não é? Não quero cá misturas.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

The Horse Whisperer

Robert Redford, Kristin Scott Thomas, Sam Neill e Scarlett Johansson (ainda menina) no Encantador de Cavalos, um filme que não me importo de rever de vez em quando (ao contrário do que acontece com grande parte dos filmes). Talvez não seja extraordinário, não sei se é ou não, não sou expert, mas há um equilíbrio, uma graciosidade, uma largueza de espaços, uma beleza, um desprendimento na representação -  não sei explicar bem - que torna este filme, aos meus olhos, um filme harmonioso, que me tranquiliza, que apela por mim.

(Tal como acontece com outros tais como, por exemplo, As pontes de Madison County ou o Lady Chaterly de Pascale Ferran ou até mesmo o Dangerous Liaisons de Stephen Frears).




Estava aqui a pensar a propósito de quê me tinha lembrado hoje disto mas acho que já sei: deve ter sido por ter estado ao pé daqueles cavalinhos ternurentos (vidé post de ontem sobre a primavera ou o das Historinhas da Tá)