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sábado, dezembro 03, 2016

Quando os Aliados estão em lados opostos da barricada
- Ou quando os 'inimigos' não conseguem deixar de se amar
[Ou, ainda, como o Brad Pitt nunca desilude]
(E ainda vou ver se fale do CR7, do Mourinho e do Jorge Mendes e do que se diz para aí que fogem ao fisco como gente grande)


Há atracções fatais. Só quem nunca as viveu não acredita na sua veracidade. Há atracções mais irresistíveis do que atraentes abismos. Há amores que não se explicam, que não conseguem evitar-se, que não aceitam qualquer tipo de racionalidade. Só quem nunca experimentou o fogo da paixão pode pensar que os grandes amores impossíveis não passam de fraquezas ou de construções literárias.

Há amores assim, que pedem a pele do outro, o cheiro, o calor do corpo, a febre do olhar, a cumplicidade do abraço, a ternura das palavras, a intensidade dos silêncios.

E imagino que tudo isto seja ainda mais urgente quando o contexto seja de risco iminente, de fim da linha, de fim do mundo que se conhece. Os bombardeamentos, a tempestade de areia no deserto, o matar ou morrer. O perigo pode ser afrodisíaco. 

E depois há o jogo da duplicidade, o ter que fingir muito bem para que a missão seja perfeita, o fingir por dever, por brio. E depois a desconfiança. E depois o amor ocupando todos os espaços. Até que a morte nos separe. Até que a morte os separe.

Guerra, espionagem, amor. Brad Pitt e Marion Cotillard muito bem. Ele, como sempre, magnético. Ela perturbantemente alegre e cativante.


Não sou crítica de cinema. Não sei dizer muito mais do que isto. Talvez apenas que gostei e que o filme nos mantém presos da primeira à última cena. E que se recomenda.

Aliados



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E eu que, não sei se já perceberam, ando a ver se me candidato a ser a versão feminina do Marcelo, apesar de mais um dia de trabalheiras e guerras, em vez de vir para casa sossegar, responder a mails e comentários, e ir deitar-me a horas decentes, fui curtir a night (curtição ligeira) e, portanto, só agora que já passa das 2 da manhã é que estou neste ponto deste post. 

football leaks  millions offshores

Não sei se ainda vá falar do CR7, do Special One e do seu agente Jorge Mendes, o cujo casou com uma Madonna with the Big Boobies e recebeu de presente de casamento do Cristiano uma ilha grega de €50m e que agora andam os três nas bocas do mundo por praticarem activamente a optimização fiscal, usando offshores, declarando menos do que devem e deitando a mão a toda a espécie de práticas pouco beneméritas. Leio que os visados dizem que é tudo mentira mas leio também que as provas ameaçam submergi-los como uma avalancha. Não sei. Só sei que que esta gente que ganha verbas obscenas e que quer sempre mais e mais me incomoda muito, cada vez mais. Dizem que são as leis do mercado. Ora, eu estou-me nas tintas para as leis do mercado quando o mercado, está mais do que provado, é a pocilga onde chafurda toda a espécie de psicopatas e quando essas leis foram escritas a mando desses mesmos seres cuja gula é insaciável.


Não sei se fale disso ou se me deixe estar quieta. Já vejo. Para já, vou espreitar as notícias, que estão por todo o lado, para perceber que regabofe de milhões é este de que estão a falar.

Jorge Mendes (que tem o toque de Midas?), Cristiano Ronaldo e José Mourinho
os neo-caga-milhões portugueses
--- agora sob os holofotes do mundo por presumível fuga ao fisco em grande escala
mas, calma, até ver, inocentes até prova em contrário



Investigação Football Leaks: Ronaldo não declarou mais de €60 milhões, Mourinho ocultou ganhos publicitários em offshores


Ronaldo et Mourinho pris dans la tourmente des "Football Leaks"



Só espero é que, se isto é coisa que também vá ser investigada por cá (alguns patrocínios e publicidade forem feitas cá, acho eu, o Ronaldo com o MEO, o Mourinho agora não me lembro mas também já deve ter recebido dinheiro português), não entreguem o caso às múmias paralíticas que entopem completamente a justiça em Portugal, aquelas araras que andam séculos ensarilhados nas pernas dos que caem nas suas malhas, os desinfelizes Alex & Rosy que não dançam nem saem da pista. Seja como for. isto também vai ser bom para comparar a celeridade da justiça espanhola com o empastelanço da portuguesa. 


Mas agora vou informar-me melhor. Ou dormir. 

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domingo, agosto 04, 2013

O tempo passou na janela, só Carolina não viu. Mas há pessoas por quem o tempo passa muito bem.


A esta hora já não tenho cabeça para coisas que me façam puxar pelo intelecto. Por isso, depois de afazeres múltiplos sentei-me aqui a ouvir música. Escolhi a Carolina de Chico Buarque com a Carminho, uma maravilha. Quis colocá-la no Um Jeito Manso mas não é possível incorporá-la no blogue. Por isso, desisti.

Lembrei-me, então, que, no outro dia, no Público, vi como algumas figuras públicas ganhavam em beleza com a idade (essencialmente artistas de cinema, se bem me lembro). Hoje tentei rever isso mas não encontrei. Nabice minha, certamente. O sono tira-me a inteligência.

A inteligência e a paciência: também não tive paciência para andar à procura.

Resolvi, então, encontrar eu imagens de pessoas que mantivessem a beleza ou o carisma com o passar do tempo. Difícil é escolher mas a esta hora também não tenho pedalada para superar dificuldades. Por isso, vou aqui colocar apenas o que me vier à cabeça em primeiro lugar, três homens e três mulheres.

E é isso que vos vou mostrar e não me perguntem a que propósito vem isto hoje porque não faço ideia. Tenho é pena de não ser capaz de pôr as fotografias do antes e do agora, ao lado uma da outra. Se calhar, se me esforçasse, conseguiria. Mas a verdade é que também não tenho paciência para investigações nestas matérias.


Homens (especiais)





Chico Buarque, um senhor, um sedutor, um homem com uma grande pinta e a quem o tempo não retira uma pitada de charme. 


A voz parece que foi feita para nos prender. Um fiozinho de voz que nos enleia.


(Chico Buarque nasceu em 1944)



António Fagundes, encantou-me pela primeira vez como Cacá já lá vão uns mil anos. Gozão, folgazão, lindão.


E o tempo só tem feito maravilhas com ele. Tem um charme, uma voz e um corpo que até fazem impressão.


(António Fagundes nasceu em 1949)

  

José Mourinho é um desafiador, um insubmisso, um homem com uma enorme auto-confiança. Por vezes arrelia ver o que parece ser arrogância. Mas a verdade é que consegue bons resultados por onde passa (com uma ou outra excepçãozita que não vale a pena trazer para aqui). Mas, independentemente disso, tem charme, tem carisma e é bonito - e parece que cada vez mais.


(José Mourinho nasceu em 1963)

[Não faço ideia de como é que às vezes consigo pôr duas fotografias ao lado uma da outra, nem porque é que umas vezes consigo escrever o texto ao lado ou ao meio e outras vezes nem pouco mais ou menos. Calha. E já estou maçada com isto porque fica sem uma linha gráfica coerente mas, paciência, fica mesmo assim]


Mulheres (especiais)
























Jodie Foster (aliás, Alicia Foster) nasceu bonita e cresceu sob a luz dos holofotes. Muito talentosa, uma actriz ímpar, com uma personalidade extraordinária, continua bela e, por onde passa, irradia luz e carisma. A idade não a perturba nem lhe retira elegância e graça.



(Jodie Foster nasceu em 1962)





Carolina de Mónaco foi famosa desde que nasceu filha de pais famosos, príncipes de um prinicipado que mais parece de brincadeira. Um rochedo, um mar azul, barcos, casinos, beautiful people. tem tido uma vida de paixões, desamores, infelicidades. Tudo sob exposição pública. Nasceu muito bonita, uma princesa simpática. O tempo não lhe tem retirado a elegância, a dignidade, a beleza.


É mãe de filhos lindos, uma das quais, Charlotte, a faz lembrar quando jovem. Carolina já é avó (mas avozinha só se for para despertar maus instintos aos lobos maus que por aí andam...)


(Carolina Grimaldi nasceu em 1957)




Rita Blanco é uma das nossas maiores artistas. Não se leva a sério, é uma mulher livre, tem uma personalidade forte, tem um sentido de humor desconcertante. 


À primeira vista pode parecer que não liga muito à sua imagem mas a verdade é que é elegante, moderna e, na sua simplicidade, tem charme e carácter.


(Rita Blanco nasceu em 1963)


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Não é a Carminho com o Chico. Nem a Carolina. Esses só aqui.

É Chico Buarque com Bebel Gilberto: A mais bonita. 




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E tenham, meus Caros Leitores, um belo dia de domingo!


quinta-feira, janeiro 26, 2012

Jane Fonda e o Terceiro Acto; Criatividade ou boa gestão; Pep Guardiola é eleito o treinador mais sexy e bate José Mourinho: os estranhos homens do Benfica (exemplo: Jorge Jesus e João Malheiro); Passos Coelho fala e os juros disparam para valores aterradores; e Kirí Jilián, Helmut Newton e Luís Pedroso para isto acabar bem



Diz Jane Fonda (e aconselho francamente que a ouçam) que o mais condiciona a vida de uma pessoa não é tanto o que lhe acontece mas a forma como reage ao que lhe acontece. Eu não podia estar mais de acordo.

Há pessoas a quem surgem oportunidades fantásticas e que, por uma série de indecisões ou más decisões, acabam por passar ao lado do que poderia ser uma vida feliz e realizada.

Há outras a quem acontecem insignificantes contratempos e arrelias e que se deixam enredar de tal forma em equívocos, mal entendidos, reacções extemporâneas, que acabam submersas em coisas que poderiam e deveriam ser coisa de nada.

Em contrapartida há pessoas que seguem em frente, dispostas a não desgastar energias com o efémero que pulula no dia a dia, nem a comprometer o rumo do seu caminho a troco de coisa nenhuma.

Diz Jane Fonda, com a autoridade de quem está nos 74 com um aspecto fantástico e uma vida preenchida e realizada, que a vida é melhor, que a longevidade pode ser usufruída com muito maior qualidade se soubermos manter o propósito de sermos felizes. 

Digo eu que a vida faz mais sentido se não nos desviarmos dos nossos propósitos à primeira contrariedade. Tantos exemplos que conheço de pessoas que, por dá cá aquela palha, viram as costas ao destino. Depois, mais tarde, reconhecem que erraram, que exageraram na reacção mas já é tarde demais, o mundo já seguiu a sua trajectória.

...


Discute-se agora nos meios ligados à gestão se para um progresso (ou sucesso) sustentado, é preferível a inovação e a criatividade ou a boa gestão.

Depois de muitos anos a divulgar-se e a incentivar-se a criatividade como o motor de sucesso de tudo, eis que começam a levantar-se vozes em defesa da qualidade da gestão.

E são dados exemplos de ideias de grande criatividade que por lhes faltar as bases mínimas em termos de gestão acabam por soçobrar e, em contrapartida, ideias que apesar de nada terem de inovador, se tornam sucessos fantásticos.

Defende-se e demonstra-se que a criatividade será sempre uma coisa de nichos, uma coisa de pequenos grupos, não massificada; pelo contrário a qualidade da gestão pode advir de se pegar numa dessas ideias, inovadora ou não e implementá-la de forma sustentada, com bons processos internos, com uma boa ligação ao cliente.

Que cada um de nós, na nossa vida quotidiana, não se exaspere se não descobrir aquela fantástica ideia luminosa que acontece uma vez na vida de uns quantos iluminados - a vida pode ser boa na mesma se nos limitarmos a fazer aquilo de que gostamos, com a competência possível, com os meios ao nosso alcance.

.....

Prosseguindo na senda dos assuntos de interesse geral, faço agora questão de aqui dar conta de um inquérito levado a cabo junto das leitoras da revista Hola relativamente a qual o treinador que consideravam o mais sexy.


Pois venceu Pep Guardiola (3.360 votos), seguido de longe por José Mourinho (apenas 1.226).

Tenho alguma dificuldade em perceber pois, à vista desarmada, o nosso special one é bem mais giro, tem mais malandrice. 


Mas, talvez, no momento de votar, as leitoras tenham avaliado de outra forma. Defensores que são do que é deles, a primeira motivação das leitoras (espanholas na sua maioria) pode muito bem ter sido dessa ordem, ou seja, com algum chauvinismo à mistura elegeram um espanhol. 

Depois, talvez tenham pensado que o José Mourinho tem um bocado de mau feitio, tem talvez alguma malandrice a mais e, daí, talvez tenham preferido o Pep que tem ar de bom rapaz, malandreco mas um malandreco inocente.  Nestas coisas, nenhuma mulher quer um santinho mas um indivíduo um bocado arrogante e quezilento pode ser uma carga de trabalhos. Por isso, por via das dúvidas, devem ter votado no Pep.

Uma outra razão – mas, claro, tudo isto é mera especulação - pode ter a ver com o cabelo. Dizem que é dos carecas que elas gostam e isto tem uma razão de ser e, como sempre, radica no lado mais animal do ser humano em que, como qualquer animal, a fêmea procura o macho que mais garantias dá de ser um bom procriador. Ora deve ter ficado gravado no DNA da espécie que os carecas são melhores reprodutores. Isto deve-se a que a testosterona é uma das principais causas de calvície. Claro que há outras causas para a calvície e claro que o que não falta são homens que desmentem a teoria, cabeludos e viris, mas enfim, são coisas que vêm dos primórdios, nada a fazer.

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E por treinadores. Há pouco estava a ver, na TVI 24, a Constança Cunha e Sá e, nisto, passou para o noticiário e quem é que eu vejo? De repente quase me parecia a própria Constança com uma voz mole mas, depois, vi com atenção - e, imaginem, era o magnífico treinador do Benfica ou melhor, o treinador da magnífica cabeleira. 


Esta fotografia não lhe faz juz. Agora o cabelo está maior, mais escadeado, uma beleza. 


Estava tal e qualzinho o cabelo da Constança. Ia para o jantar de anos do Eusébio. Quanto ao que ele disse não dá para transcrever nem é relevante - estive o tempo todo estarrecida a olhar para a extraordinária cabeleira. Só visto, mesmo.

Mas, nessa reportagem vi outra coisa igualmente perturbante. 


João Malheiro, aquele cavalheiro que tem uma voz estranha, acho que era o relações públicas do Benfica (mas porque será que no Benfica os homens parece que são assim para o estranho...?), dizia que, para ele, o Eusébio era melhor que o Natal, e enfatizava 'Eu há bocado dizia: ó Maior (porque é assim que eu trato o Eusébio), ó Maior tu para mim és mais melhor que o Natal'. E eu fiquei à espera de uma explicação para metáfora tão profunda mas a explicação não veio e eu ainda aqui estou a pensar que aquele João Malheiro deve ter uma grande confusão naquela cabeça ou então sou eu que não entendo a metafísica da coisa.

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E por coisas delirantes: sobre a notícia que dá como certa que Portugal necessita de um segundo programa de resgate, Passos Coelho falou aos jornalistas. Que não, que não precisamos nem de mais dinheiro, nem de dilatação de prazo. Mas que, se por condições externas, acontecer alguma coisa, a Europa não vai deixar de nos valer.

Reacção dos mercados: juros batem record. A conversa titubeante de Passos foi entendida como o reconhecimento de que alguém vai ter que valer a Portugal. Os juros atingem valores assustadores e eu nem os vou escrever aqui para não ter pesadelos porque, saindo daqui, quero ir dormir descansada. Mas podem ver aqui.

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E agora, para isto não acabar excessivamente mal:

Yesterday is history,
tomorrow a mistery
but today is a gift.
That is why they call it
'the present'

Jirí Kylián (um dos meus coreógrafos preferidos)



Jiri Kílián, Petite Mort-Africa guzman, Joeri de Korte
NETHERLAND DANS THEATER


por Helmut Newton

Reuni uma companhia de actores,
um carnaval delirante.
Simulo que poderei escapar a essa negra
matemática.
A essa deposição de flores sinistras.


Sob mantos de musgo, nada resta.
Sob líquenes e séculos
uma rupestre lua,
um pêndulo cristalino.
Uma manhã submersa.



(Cronómetro I, de Luís Pedroso in Criatura)


E tenham, meus Caros, um bom dia!

terça-feira, janeiro 11, 2011

José Mourinho: Top of the World, Ma!


José Mourinho, made it! Top of the world! Best of all!

.... And the First FIFA Golden Ball goes to... José Mourinho....!




José Mourinho, aqui outra vez. Melhor treinador do mundo em 2010, um prémio pela primeira vez atribuído pela FIFA. Uma Bola de Ouro para este homem, um vintage a quem a idade só faz bem. 

Um lider empático, a quem os jogadores não querem desiludir. "Você quer que eu marque um golo?", pergunta-lhe o puto charila Ronaldo. "Claro que quero. Vá, vai lá para dentro e marca para mim". E Ronaldo vai e cumpre. E fica feliz porque, com isso, faz a vontade ao Mister.

É isto o carisma, a liderança.

Sabe ver o que cada um tem de melhor e trata cada um como um ser humano, não apenas uma máquina de fazer futebol, 'Queres ir de férias com a tua mulher? Vai.'. Pode um jogador depois disto decepcionar o seu Mister que, é afinal, seu amigo? Claro que não. Parece pouco? Mas não é. Porque assim são os jogadores, jovens tantas vezes carentes de um gesto de afecto, de atenção.

E é uma fera ao desafiar adversários, os olhos passam a ser os olhos de um predador, ou vira um touro, sem floreados mas imbatível, e é irreverente (traço típico dos setubalenses), e provoca a imprensa.

Uma vez mais, é isto o carisma.

E foca-se nos objectivos. Estuda, prepara-se, o trabalho de casa sempre feito, o profissionalismo da equipa que vem pelo exemplo. E depois, seguro, atira-se à jugular. E ganha sempre. Tem ambição e determinação. Não se perde com falsas modéstias. Atira-se à vitória com confiança. E isso intimida os adversários e transmite confiança aos seus. A sua equipa é um grupo de guerreiros que entra em campo para ganhar. E para agradar ao Mister.

Porque, quando lhe agradam, sabem que ele os elogia, os enaltece. E sabem que ele se emociona. 'Como treinador sou pai, irmão, amigo, sou tudo', diz ele, um grão de emoção na voz.

E é isto, também, o carisma. A liderança.

E com o sucesso vem o prestígio e, com o prestígio, vem a recompensa, milhões, vários milhões.

José Mourinho é uma marca ganhadora.

Olé!

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Sobre o efeito da idade nas pessoas e nas árvores - e alguns exemplos, entre os quais o de José Mourinho

Pode a vida ser interessante na sua segunda metade? Podem as pessoas ser interessantes na chamada meia-idade ou depois disso?

Eu acho que sim. Se as pessoas são interessantes, são-no sempre, está-lhes no código genético e a idade trará vários plus. As rugas e os cabelos brancos (geralmente disfarçados no caso das mulheres) tornam, em minha opinião, as pessoas mais vividas, mais bonitas; nestas idades há uma sagesse, uma compreensão, tolerância, generosidade que se lhes estampa no rosto. E, regra geral também, existe um genuíno à vontade, um 'pouco a perder', uma irreverência e alegria, uma disponibilidade que, por vezes, não se encontra nos mais novos.

As pessoas mais conservadoras que conheço são mais novas; nas mais velhas, nas que são interessantes, há um gosto pela inovação, há geralmente uma vontade por arriscar e uma curiosidade pelos prazeres da vida.

Dizem as estatísticas que depois dos 50 e, especialmente, depois dos 60, as pessoas são mais felizes. É natural.

Exemplifico.

Para começar, daqui envio os meus parabéns a um quase cinquentão, pela 3ª vez eleito o melhor treinador de futebol pela IFFHS, batendo Guardiola e Van Gaal: José Mourinho, muito melhor profissional (e muito mais bonito) agora do que quando era mais novo.



E no cinema?









São como as árvores, as pessoas. Ganham espessura, beleza, dignidade.


A beleza da pele do meu pinheiro, uma beleza que se vai acentuando com a idade e a cuja evolução eu assisto com ternura

segunda-feira, novembro 29, 2010

No melhor pano cai a nódoa, uma andorinha não faz a primavera, uma vez não são vezes, etc e tal....a toda a gente é permitido que, de vez em quando, a coisa não corra bem. Paciência, Zé Mário...

(Um homem de fibra, um setubalense lutador, saberá encaixar uma goleada arreliadora como esta...5 do Barcelona deve ser coisa difícil de digerir mas, na adversidade, os líderes também se sabem distinguir. Para a próxima outro galo cantará!! Aguardem-no. )

José Mourinho, the big winner, versus João Duque (do ISEG), the big looser



A semana passada vi na televisão uma reportagem sobre o galáctico José Mourinho. Todos os que falaram sobre ele elogiaram a capacidade de trabalho, a organização, o método, a determinação e, sobretudo, a liderança. Mas também a capacidade de querer e de crer. Querer uma coisa e crer que se vai alcançar. Lutar por ela. Sem vacilar. Sem dar tréguas.

Dele referem os jogadores todos (portugueses, espanhóis, italianos): 'ele pede-nos que marquemos golos para ele'; 'antes dos jogos ele diz 'vamos ganhar 2 a 0' e, no final, é esse o resultado'.

Mas nada disto é magia ou adivinhação: isto é a arte de bem liderar. Os jogadores, mesmo que racionalmente nem se apercebam, não o querem desiludir e, até ao último minuto, dão tudo para que o mister se sinta feliz, recompensado por ter acreditado neles.

E dizem que, mesmo em jogos de grande tensão, ele entra tranquilo, com a certeza de que vai ganhar.

'Graças a Deus não sou modesto', diz ele. Mas não é imodéstia: é a certeza do dever cumprido até ao limite, o treino, a preparação, o estudo minucioso do adversário, o trabalho cuidado de acompanhamento psicológico dos rapazes, é o saber incentivar, estimular, é a crença partilhada, é o afecto. É tudo aquilo de que se faz um grande líder.

É um vencedor e contagia os que com ele convivem. Puxa para cima. A big winner.

Como reverso - e há tantos que podem ser usados como o reverso do Mourinho (já aqui referi, no futebol, o Jorge Jesus, o absoluto anti-Mourinho)... - refira-se o agora omnipresente João Duque.



Parece aqueles putos marrões, irritantes, com grandes óculos, com ar de quem estudou mais que os outros meninos. Sempre que o ouço a falar, aparece com aquele sorrisinho tolo de quem condescende em ensinar uma coisa a meninos preguiçosos e, ao mesmo tempo, vaidoso por achar que vai impressionar os professores.Tem um arzinho irritante mas, pior que isso, só diz lugares comuns, cavalga a onda mas sempre pelo lado negativo.

Ele já previu sempre tudo o que de mau acontece mas só o ouvimos falar daquilo que já toda a gente sabe. Nunca lhe ouvimos nada de novo, apenas o ouvimos a antecipar que se calhar o pior vai acontecer.

Agora o mantra é que se calhar 'o FMI vem aí', se calhar 'o FMI vem aí', se calhar 'o FMI vem aí', se calhar 'o FMI vem aí'...

Uma pessoa com a responsabilidade que tem, deveria ter a obrigação de apontar alternativas, ter um discurso estimulante, puxar - pelo exemplo - os estudantes do ISEG para novos voos, para serem empreendedores, para virem a ser profissionais cultos, humanistas, responsáveis, com consciência social, ambiciosos mas honestos, visionários mas com capacidade de realização.

Deveria apontar ao povo e aos governantes (já que lhe dão tempo de antena na televisão e páginas nos principais jornais) caminhos para se sair desta, para ultrapassar este sufoco sem termos que nos subordinar aos ditames do FMI; deveria, pelas responsabilidades profissionais que tem e pela audiência que lhe concedem, apontar um caminho e ensinar a caminhar por esse caminho. Mas não.

Parece só se sentir bem a comentar o fracasso, parece só ser capaz de falar com os pés enfiados no pântano. Com aquele arzinho petulante, só sabe falar de derrota. É um sujeitinho que só puxa para baixo, é um perdedor. A big looser.

Para não nos deixarmos deprimir ainda mais, por favor: quando o menino-duque-joãozinho-dos-óculos-grandes aparecer, tiremos o som à televisão, mudemos de canal e, nunca por nunca, percamos tempo a ler o que escreve no Expresso.

sábado, setembro 18, 2010

José Mourinho no TGV da Selecção, conduzido pelo extraordinário Gilberto Madail

Esta da suspensão de um bocado do TGV e da 3ª travessia irritou-me. Então depois de meio mundo andar a dizer que não havia dinheiro para isto e de o Sr. Sócrates afiançar a pés juntos que havia, que isto era estrutural para o País, que se não fizéssemos perdíamos os fundos e mais não sei o quê, então agora, de facto, não há dinheiro? E andam a empurrar os problemas com a barriga, enquanto nos media se entretêm a épater les bourgeois?

Ou são como aquela gente burra que só percebe que está a ir de encontro a uma parede, depois de lá esborrachar a testa?

Atitudes destas só descredibilizam ainda mais os governantes, os políticos. Não sei se o TGV faz falta, nunca me dei ao trabalho de analisar os estudos de rentabilidade mas quero acreditar que estamos a ser governados por gente séria, por gente que, quando se mete nas coisas, é porque acha que são possíveis e desejáveis.

Isto assim, defender uma coisa e, a seguir, de rabo entre as pernas, vir dizer que afinal não há dinheiro, é que é uma coisa impensável. Irritante. Desprestigiante. Descredibilizante. Desmoralizante.



Outra igualmente irritante (mas menos grave, apesar de tudo) é a incompetência dos sujeitos da Federação que não foram capazes de aparecer com uma solução já operacional no mesmo dia em que correram com o outro, com o Carlos Queiroz. Passada uma semana aí anda essa madail e titubeante figura a mendigar ao messiânico Mourinho que arranje um tempinho disponível para, em part-time, e em acumulação com o trabalho principal no Real Madrid, vir aqui fazer uma perninha.

Mou, José Mourinho, D. Sebastião, o Messias de que precisamos para orientar 2 jogos da Selecção... Que coisa mais ridícula!

Então tudo isto não se devia ter feito em privado, com profissionalismo, com alguma dignidade? Que tristeza. Não deviam ter aparecido logo com uma solução a sério, a tempo inteiro? Então agora a selecção nacional pode ser enquadrada a part-time? Por favor...!

Que lindo espectáculo que é, em Espanha, as televisão e os jornais andarem a fazer sondagens e entrevistas aos madrilenos e todos a dizerem, embora por outras palavras, que os portugueses se estão a portar como uns verdadeiros palhaços.

Tudo demasiado pífio, uma indigência, um pedir de esmolinha, tudo excessivamente deprimente.

O que é que o Sr. Laurentino Dias dirá desta vez? Será que vai aparecer outra vez com ar de Madre Superiora como se não tivesse nada a ver com o assunto?
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sexta-feira, agosto 06, 2010

Jorge Jesus o absoluto anti - José Mourinho


(O inconfundível Jorge Jesus numa sugestiva foto, gentileza de: http://cdn.wn.com/ph/img/ff/f7/07dbffbf3fa0681a6b9341f101e9-grande.jpg)

Agora por encarnado, o que dizer do actual treinador, o inenarrável Jorge Jesus?

Não lhe conheço os dotes como treinador. Apenas me poderei pronunciar pelo que me é dado assistir através da televisão e… é do pior que há.

Não se aproveita nada.

Aquele cabelinho… Aquela tonzinho de voz, aquela dicçãozinha...As coisas que diz… Aquele fato de treino…

Todo ele parece um daqueles pintas, tão bem descritos nas crónicas iniciais do António Lobo Antunes, aqueles homens dos subúrbios, que saem ao domingo a passear com a família, de fato de treino, cabelinho xunga pela nuca, ar pseudo-malandreco.

E toda aquela postura corporal, todo ele apoiado nos cotovelos que se apoaim na mesa, enterrado nele próprio, ar cansado, poderia ser ar blasé se soubesse o que isso é, mas não, apenas tem ar de quem está a fazer um frete e não aprendeu a disfarçar.

A total antítese do José Mourinho, bonito, bem vestido, boa atitude, negligé qb.


(O especial José Mourinho em fotografia de: http://jc3.uol.com.br/blogs/repositorio/mourinho_2.jpg)
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