terça-feira, maio 08, 2012

Recomeço


Música, por favor

Tracy Chapman - Be careful of my heart



Algum tempo atrás, num dia como o de hoje - uma névoa espessa, uma chuva miúda e incessante, uma humidade branca, opressiva - fez uma mala de roupa, empacotou algumas coisas, carregou tudo para a mala do pequeno automóvel que tinha ido levantar na véspera, e fez-se à estrada.

Tinha pensado num destino possível mas sem grandes cuidados, sem prudência, muito menos planeamento, e foi para lá que se dirigiu.

Ainda perto de casa, encostou o carro ao pé duma estação de correios e aí colocou uns envelopes.

Inexpressiva, jeans, ténis, uma tshirt vulgaríssima, um blusão de ganga, o capelo descuidado, conduzia como se não tivesse nenhum objectivo concreto.

Quase uma hora depois reparou que não tinha ligado o rádio nem o leitor de CDs. Ia em silêncio, janela aberta, distraída com os seus pensamentos. Mas tentou retomar o assunto em que tinha estado a pensar e não se lembrou. Ligou então a rádio na Antena 2.

Mais tarde, quando se deu conta, já estava perto da saída da estrada que tinha a placa com o nome da localidade. Saíu e dirigiu-se ao centro da pequena cidade (ou seria vila?). Deu uma volta a pé, saco pelo ombro, turista acidental. Andou sem pressa. Numa estreita rua na zona antiga, central, viu uma casa, uma espécie de prédio estreito e pequeno, com uma tabuleta de uma imobiliária para venda ou aluguer. Ligou para o número e disse que queria ver a casa.

Entretanto, dirigiu-se a uma das oficinas de bordados e pediu para falar com o gerente. Lá de dentro saíu um homem com ar de quem tinha estado a fazer contas, ainda com os olhos cansados.




‘Diga’. Ela disse que gostava de trabalhar lá. O homem abriu os olhos de espanto. Depois tirou os óculos, esfregou os olhos, alisou o pouco cabelo. ‘Essa tem graça’, disse. Ela não estranhou a resposta nem alterou a compostura. Explicou que podia trabalhar lá sem vínculo, que podia fazer uma coisa diferente usando a mesma técnica, que podia ser uma coisa à experiência, sem compromisso, ganhar à comissão sobre o que conseguisse vender. O homem ouvia-a admirado, ‘Então mas para que é que quer vir para aqui? Isso podia fazer na sua casa’. Inexpressiva, esclareceu, ‘É para ter companhia durante o dia’ e nem reparou que o homem estava cada vez mais admirado. ‘E também porque aqui há contactos, tem venda ao público, está ligado a uma associação. Vi na internet’. O homem estava sem jeito, sem saber bem como sair desta. Achava muito estranho mas, enfim, sem vínculo, sem compromisso, mal não podia haver. Mas, ainda assim, nunca fiando, ‘Então, à experiência, mas você assina um papel em como não vai haver nada disso que disse, nem vínculo nem compromisso’. Ela disse secamente, ‘Você escreve e eu assino’. O homem, discretamente, olhou-a de alto abaixo, alguma coisa devia haver, queria ver se descobria algum defeito na mulher, alguma coisa que justificasse isto. Só confirmou que devia mesmo haver razões para estar desconfiado. ‘Então e quer começar quando?’. Ela disse, ‘Amanhã’. Quando ia a sair, o homem perguntou: ‘E afinal como é que você se chama’. Ela virou-se, ‘Ana’.

A seguir voltou à casa que estava para alugar ou para vender. Já lá estava uma rapariga. A efusividade da vendedora contrastava com a apatia de Ana.

A casa era composta por um rés de chão e por um primeiro andar que não tinham ligação entre si. Quando se abria a porta da rua havia uma porta à esquerda e uma escada de madeira que levava ao piso de cima. A rapariga explicou que o piso de cima era igual, com a diferença que o rés do chão tinha um pequeno quintal nas traseiras e que, no primeiro andar, as janelas vinham até ao chão, dando para minúsculas varandas. Ana disse que queria começar pelo primeiro andar. Era uma casa muito pequena mas bem conservada - cozinha, casa de banho uma salita razoável, dois quartinhos. Cheirava a casa fechada, um misto de pó, de sombra, de desolação. O chão era de soalho, as portas interiores estavam pintadas de verde água, muito claro. As janelas eram altas e estreitas e tinham portadas de madeira pintadas da mesma cor. A vendedora abriu as janelas que davam para a pequena rua. A chuva continuava branda, triste. Depois abriu as janelas das pequenas divisões das traseiras que davam para outros pequenos prédios e olhando para baixo viu o pequeno quintal, um pinheiro a escorrer, o resto cheio de mato, tudo a pingar. A cozinha tinha chão de mosaico, armários de madeira pintada da mesma cor, bancada de mármore rosado.

Ainda tinha as mobílias, embora incompletas. A vendedora explicou que o rés do chão estava vazio mas que, do primeiro andar, o dono tinha retirado apenas algumas coisas mas, se quem comprasse ou alugasse, quisesse ele deixava ficar, caso contrário esvaziaria também aquele piso. Ana perguntou quanto era o aluguer de cada andar. A vendedora disse quanto era e acrescentou que o valor era o mesmo para cada um mas que o dono estava na disposição de negociar. Ana respondeu, como se nem tivesse pensado, que alugava os dois pisos desde que o dono fizesse um desconto de 40% e que o recheio podia lá ficar, acrescentando que esperava uma resposta do dono até às 3 da tarde. A vendedora engoliu em seco, não estava à espera de uma coisa destas, aquilo estava para alugar ou vender há mais de 1 ano e, agora, do pé para a mão, alugava logo os dois pisos de uma vez. Perguntou: ‘mas não quer ver o rés do chão? Nem o quintal?’. Ana respondeu secamente, ‘Não é preciso, obrigada’.

***

Hoje no Ginjal as minhas palavras voam em volta de um belo poema de Frederico Lourenço que fala de uma certa última dança, e tudo se pode passar ao som de Carmen de Bizet. Gostava de vos ter por lá.

***

E tenham, meus caros, uma bela terça feira. 

22 comentários:

Anónimo disse...

Mansamiga

Uma crónica estupenda, uma pedrada no charco: recomeçar é sempre um risco, mas sem o fazer a vida é uma planura - e por isso mesmo chata.

Há que ter coragem para um recomeço. Embalar o pouco que se tem, empinar o peito e avançar. E se for preciso voltar atrás? Recomece-se.

Já te conhecia de outros blogues e de comentários diversos. A curiosidade toma conta de pessoas as mais diversas: foi o meu caso.

Em boa hora o fiz; vim descobrir um jeito manso de recomeçar. Onde quer que seja, vila ou cidade tanto faz.

Espero-te na minha TRAVESSA, com comentários e como minha (per)seguidora. O mesmo não faço aqui, ainda que o quisera, porque não encontro uma lista dos teus seguidores... É a vida

Qjs = queijinhos = beijinhos

patricio branco disse...

por vezes as pessoas deixam tudo para trás e decidem mudar de vida radicalmente. Rimbaud, lawrence of arabia, quem sabe se camões quando foi para goa. bom conto.

Anónimo disse...

Também ando cá a pensar dar, um dia, uma volta á vida. Não tanto pessoal, mas mais profissional. Uma ideia que me “persegue” há já algum tempo a esta parte. E que, aos poucos, me está, diria até, a entusiasmar. Nunca é tarde (mesmo depois de bem ultrapassado o meio século) para mudar, quero crer. Enfim, vou analisar, com calma, todos os prós e contras.
Cordialidade e ... bom Sol, pois o “malandro”, que andava escondido, voltou!
Confesso, todavia, que os nevoeiros (não tanto a chuva) me encantam. Faz-me pensar em tanta coisa, repousa-me o espírito e apela a um certo tipo de música (Debussy?)
P.Rufino

Maria disse...

Amiga:
Gostei muito.
Quantas vezes, nos acontece apetecer, atirar tudo para o ar, mudar de vida, de terra, de trabalho. Virar a vida do avesso, fazê-la de lavado!...
Alguns conseguem-no. Outros desistem.
Há ainda aqueles, que nada fazem, mas a quem, o simples facto de imaginar, ajuda a mudar alguma coisa.
Eu sou dos últimos. Sinceramente, não mudava uma vírgula, na minha vida. Mas às vezes,sabe tão bem, imaginar tudo diferente!
Beijinho da
Mary

Anónimo disse...

É lindo, Jeitinho. Uma ideia muito romântica que já passou pela cabeça de quase todos nós. Pela minha, passa pelo menos, uma vez por semana, em dias maus, ou bons, não sei. Uma coisa que depois me passa, e a que nunca dou execução, gostando de pensar que um dia, darei, nem que seja a última coisa que faça, nem que seja,(será?), para ver se alguém virá à minha procura, ou sentirá a minha falta. Um reconfortante sentimento de fuga, uma tentativa de imitação, talvez, genética, de fazer como a minha mãe, que fez o que descreve, há 50 anos, foi-se embora, e recomeçou noutro lugar. Deixou filhos pequenos, marido, para trás. Não sei o que lhe passou pela cabeça, do sofrimento de que padecia. Parecia, uma dona de casa normal, atenta a tudo, vigilante, cuidadora e cuidadosa, e numa manhã, acordámos com a casa em reboliço, o meu pai enlouquecido, as empregadas a abraçarem-nos, e ela já não estava lá. Só a voltamos a ver, após a morte do meu pai que, sofrendo de forma atroz, teve um ataque cardíaco, 3 anos depois e também nos deixou. A vida, o que passa pelo coração de cada ser, é indecifrável, e a acção duma só pessoa, mesmo quando impelida pela urgência da mudança,destrói a vida e a esperança de outras vidas.
TBM

Anónimo disse...

Cara UJM:

Be careful of my heart -música bonita a anunciar dias de sol

Que bom! Sabe bem deixar um pouco de lado a análise política e voltar a ler a sua prosa corrida e ficcionada. Faz bem ao espírito!

E hoje apresenta-nos Ana que, com o coração irreversivelmente danificado parte para onde ninguém a conhece. Quer fugir aos danos colaterais.

Mas é preciso muita coragem para recomeçar e ser livre.

Já tem casa e sabe que a primeira coisa que vai lá pôr dentro é um sofá preto.

E tenha dias felizes e com sol
Abraço da
Leanor formosa e segura

A Matéria dos Livros disse...

Inicia-se mais um dos seus "folhetins". O início é prometedor: uma mulher singular (mais uma, diferente das anteriores, mas com traços de família), dizia, uma mulher singular muda de vida. Nada sabemos das suas razões, não sabemos de onde vem, nem a que sítio aportou - está criado o suspense...
Aguardam-se novas peripécias, interessantes e surprenndentes como aconteceu nas histórias anteriores!

Boa quarta-feira!

Isabel disse...

Bem, fiquei curiosa...

Um Jeito Manso disse...

Caro Henrique Antunes Ferreira,

Muito obrigada peça gentileza das suas palavras. Gosto de escrever e, de vez em quando, a seguir a períodos de alguma efervescência política, apetece-me partir para outra e, do nada, aparecem-me ideias que, de dia para dia, vão ganhando forma através das palavras que aqui vou escrevendo.

Ontem vinha com a ideia de falar mais sobre as eleições na Europa e, vá lá saber porquê, apareceu-me esta Ana a recomeçar num outro sítio qualquer.

Costumo ir ver a Travessa com alguma assiduidade mas não sou dada a inscrever-me em coisa nenhuma. Nem em partidos, nem em clubes nem, sequer, em religiões. Coisas minhas.

Por isso também não tenho aqui à vista os seguidores embora, ainda não descobri como, tenho vários (pois vejo isso no painel do blogue).

Mas, de forma anónima, gosto de lá ir ler as suas novidades e os seus saborosos textos.

Muito obrigada e volte sempre, é uma honra tê-lo por cá.

Qjs!

Um Jeito Manso disse...

Caro Patrício,

Muito obrigada também. As suas palavras são um estímulo (conhecedor e exigente como é, fico toda animada com o elogio...).

Mas sabe que esta Ana me entrou ontem aqui no computador e esta noite até dormi mal (eu que durmo como uma pedra...). Pois toda a noite andei às voltas - mas quem será ela? De onde veio? O que lhe irá acontecer? E já sabe como sou, ocorriam-me hipóteses para todos os gostos. Uma labuta, toda a noite.

Um Jeito Manso disse...

Caro P. Rufino,

Pois, também eu. Mas numa altura destas é preciso ter os pés bem assentes na terra. Ou há uma almofada que garanta a subsistência em caso de a alternativa dar para o torto ou há que medir bem os passos.

Mas compreendo-o muito bem. Os cinquentas são uma idade muito boa para mudar. José Saramago começou a escrever aos sessentas e foi prémio Nobel. E há mil exemplos de quem muda e se dá bem. Os tempos não estão é para aventuras.

Mas esta conversa já me está aqui a dar umas ideias para a história da mulher que veio não se sabe de onde para uma terra quase desconhecida.

Obrigada.

PS: Debussy é bom, Ravel também. Se bem que eu, em alturas de adrenalina, vou mais para Bob Marley ou coisa do género, um reggae bem batido.

Um Jeito Manso disse...

Mary, olá!

Sinto-a mais murchita ou é impressão minha?

Quando se está bem e se sente que se fez o que se gostaria de fazer, não há que chorar o passado. Mas aqui não está em causa o passado mas sim o futuro. Vamos querer um futuro em linha com o que tem sido até aqui ou vamos fazer aquilo que agora nos apetece fazer?

Não é decisão fácil. Diria que é, mesmo, uma decisão de risco. É um salto sem rede. Nem toda a gente tem coragem para isso. Eu sou prudente nestas coisas, não sou de me atirar de cabeça. Mas há quem o faça e que diga, depois, que foi o melhor que fez.

E conheço depois que, depois de se reformarem, enveredaram por actividades nos antípodas e que são agora mais gratificantes do que era o trabalho anterior.

Não são coisas fáceis. Mas sonhar é fácil e escrever também.

Como disse em cima, não só dormi mal a pensar nesta mulher, era tão real que não imagina, quase que a via a falar e a decidir a sua nova vida.

A ver que seguimento lhe dou mas, quando comecei a responder ao P. Rufino, parecia que já estava a ver mais alguns passos.

Um beijinho, Mary, e haja alegria.

Um Jeito Manso disse...

Querida TBM,

Um dia ainda me sento ao seu lado de gravador na mão e a seguir quem muda de vida sou eu: ponho-me a escrever histórias inspirada na sua vida tão rica, tão cheia de coisas inesperadas e fantásticas.

O que conta da sua mãe deixa-me aqui cheia de curiosidade: porque seria? por onde andou depois? ter-se-ia arrependido ou terá sido feliz?

Mas uma coisa é certa e nestas coisas acho sempre que não devemos ajuizar. Cada um sabe de si (e é quando sabe). Que ninguém, estando de fora, ajuize sobre as razões dos outros.

Mas mudar, nem que seja por uns tempos - uma coisa do género "adeusinho, por aqui me 'desbaldo'. Vou ali e já venho." - deve ser uma sensação muito boa.

Obrigada pela partilha da sua história e pelas suas palavras.

Um beijinho, TBM!

Um Jeito Manso disse...

Olá, inspirada Leanor formosa e segura,

Já está a ver também o género de mulher que é esta Ana, não está?

Alguma coisa se passou na vida dela para vir assim, nesta apatia, para uma cidade desconhecida. Mas parece ser decidida.

Um sofá preto? Ou uma chaise longue? Não sei... não sei se isso não será muito do género do que ela está a deixar para trás... Tenho que pensar.


PS: Já substituí o preto do fundo das mensagens por antracite, a ver se assim já não custa tanto a ler. As letras estão em cinzento e não em branco para não fazer muito contraste, porque o contraste forte cansa a vista. Será que assim não anula o efeito que pretendo e fica melhor de ler?


Um abraço, Leanor e obrigada!

Um Jeito Manso disse...

Olá leitora de A Matéria dos Livros,

Pois é, ao ler o que diz, reparo que as minhas histórias giram muito em volta de mulheres. Há sempre homens (e interessantes... não são...?) mas, não sei porquê, parece que os ponho em lugar um bocado mais secundário. Não é? Ainda não tinha pensado nisso.

Era engraçado se houvesse uma reviravolta nesta história para, às tantas, aparecer um homem a ocupar toda a 'cena'. Mas acho que não, não me puxa para isso.

Vamos ver. Também fico sempre curiosa com estes personagens que me aparecem como se fossem gente de verdade.

Um beijinho, Leitora e obrigada pelo estímulo.

Um Jeito Manso disse...

Isabel, olá,

A ver se esta não 'apronta' como as outras para não a deixar um pouco incomodada. Mas, se fosse a si, ia-me preparando... É que já sabe que eu não sou muito boa da cabeça. Ás tantas, como não posso portar-me mal na minha vida real, ponho os meus personagens a fazerem do bom e do bonito.

Esta Ana parece muito atilada mas vamos ver se assim se consegue manter por muito tempo...


(Estou a brincar... Acho que esta Ana é ajuizada e que tenho muito que aprender com ela).

Um beijinho, Isabel!

ERA UMA VEZ disse...

COMEÇO

Anoitecia
e as dores se insinuavam
sabem como são?
O nosso filho vai nascer(disse)
tens a certeza?
claro, é o segundo não?

Um discreto beijo na minha querida menina
A mamã vai buscar o nosso bébé
verdade mamã?
Prometo que é!

E lá fomos nós
a caminho do futuro
"Uma gaivota voava voava
la la la somos livres, somos livres somos livres de voar

Eram tempos de alegria e liberdade
Este era já um "filho da madrugada"
Eram tempos de acreditar
Eram tempos de um novo olhar

Menino ou menina?Sei lá...
Era-nos quase indiferente
desta vez tudo mais fácil
e ali estava ele
encostadinho a mim
aquele niquinho de gente...

Hoje nove de Maio é o seu dia
e como podia eu saber naquele momento
que Deus me dava um menino com talento
homem das artes e do humor

tão intenso
tão intenso
como desde sempre o nosso amor

Um Jeito Manso disse...

Erinha!

Parabéns...! Até me arrepiei... Que bonito.

E que orgulho vaidoso (e justamente vaidoso) no menino tão querido. E que talentoso ele é, que talentoso, que talentoso.

Muitos parabéns para ele, para a família toda, para a mãe babada. E muita sorte, muita saúde, muitas felicidades.

Um dia feliz e muitos beijinhos.

PS: E com isto até me esquecia de dizer que o poema é lindo, Erinha...

ERA UMA VEZ disse...

Só esta Jeitinho consegue que o meu coração escreva em torrente...

E ainda diz que só quer um autógrafo???
Só se eu fosse muito ingrata...

A tal listinha das editoras dava mesmo jeito, sabia?
Quando tiver um bocadinho, oK?
Ficaria mto grata.

UAU! Que bela écharpe nova!!!!!!!!!!!Tem feito um sucesso claro.

Obrigada por todas as atenções.

Um Jeito Manso disse...

Erinha,olá!

Espero que o dia tenha sido uma maravilha e vou já direita ao trabalhinho de casa. Ainda pensei enviar por outra via mas, dado que a informação pode ser útil a mais alguém (porque este é um país de poetas), vai mesmo aqui e vai sem ordem nenhuma em particular (indico o nome da editora, mail ou site se o encontrar no livro, local e alguns dos poetas publicados):

Artefacto (ed.artefacto@gmail.com), Lisboa, Soledade Santos, Tatiana Faia, João Miguel Henriques

D. Quixote (www.leya.com), Lisboa: Luís Filipe Castro Mendes, António Ramos Rosa, Ana Marques Gastão, Nuno Júdice, Maria Teresa Horta, Pedro Tamen, Manuel Alegre, etc, etc

Assírio & Alvim, Lisboa: Helder Moura Pereira, José Tolentino Mendonça, Fernando Assis Pacheco, Manuel António Pina

Mariposa Azual (mail@amariposa.net www.amariposa.net): Margarida Vale de Gato, José Alexandre Caldas Ribeiro

Relógio d'Água (relogiodagua@relogiodagua.pt), Lisboa: Bernardo Pinto de Almeida, Hélia Correia

Caminho (www.leya.com): Frederico Lourenço, Alice Vieira

Livro do Dia (geral@livrododia.com.pt), Torres Vedras: Patrícia Aguiar

Deriva (deriva@derivaeditores.pt), Porto: Catarina Nones de Almeida

Abysmo (www.abysmo.pt), Lisboa: Inês Fonseca Santos

Húmus (humus@humus.com.pt), V.N. Famalicão: Ricardo Gil Soeiro


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Referi edições mais recentes pois tenho livros mais antigos de outras editoras das quais não tenho visto agora nada pelo que admito que tenham fechado ou saído da poesia.

Vê-se que há editoras que assentam em nomes consagrados e outras que arriscam nomes mais desconhecidos.


Espero que lhe seja útil e que agora avance sem medo, Erinha e desde já desejo boa sorte.

Um beijinho de incentivo!

Isabel disse...

Hoje estava a ler a continuação e a pensar "está tudo muito suave, muito sossegado. Não me admira que haja uma reviravolta com a Ana."

Ficamos à espera.
Um beijinho

Um Jeito Manso disse...

Isabel,

Não sei, estou a gostar desta serenidade... Não estou a ser capaz de fazer aquelas maldades do costume. Vamos ver por quanto tempo me aguento assim...

Estou curiosa também.

Um beijinho.