No post abaixo já festejei. Andava sem saber que era feito do meu Lombinha dos Briefings e não é que acabei de o ver? Está na mesma, benza-o Deus.
Mais abaixo ainda, fiz-me eco de anedotas, safadices, brejeirices e terapices de casal
Mais abaixo ainda, fiz-me eco de anedotas, safadices, brejeirices e terapices de casal
Mas isso é a seguir.
Aqui, agora, a conversa é outra.
L'amour - pela voz de uma ex-Primeira Dama
Carla Bruni, a antecessora
Tenho andado a ler o livro de Valérie Trierweiler, a ex-companheira do galã Hollande que, como é sabido, a trocou pela actriz Julie Gayet.
Andava curiosa por conhecer Valérie, 49 anos, esta mulher com quem a França nunca estabeleceu uma relação empática pois sempre a viu como uma arrivista, aquela que se intrometeu entre François Hollande e Ségolène Royale, a mãe dos seus quatro filhos.
Valérie sempre teve um sorriso que parecia forçado, sempre mostrou uma pose altiva e sempre apareceu aos olhos da opinião pública como uma mulher possessiva (a ponto de a tratarem por Rottweiler) que se tinha colado a um político com ar de homenzinho vulgar que, como por milagre, ascendeu a presidente de França.
Tendo conseguido chegar até ao Palácio Presidencial, Valérie não chegou a aquecer o lugar. Nem dois anos tinham decorrido e já a traição de Hollande com Julie aparecia exposta na capa dos tablóides - ainda por cima, uma coisa ridícula, o Hollande à porta da amante, de capacete para não ser reconhecido. A imprensa do mundo inteiro acompanhou a cena em tempo real: os comprimidos tomados por Valérie, o internamento por esgotamento nervoso, as crises de choro e fúria.
E, pouco depois, ouviu-se falar do livro, Obrigada por este momento. Parecia daquelas mulherzinhas que, traídas e de cabeça perdida, tudo fazem para dar cabo da vida ao ex e à nova consorte.
Li, na altura, que ela fazia revelações que o deitavam por terra, mostrando-o como uma criaturinha egocêntrica, parva, fútil, mentirosa.
Balançando entre achar que o livro não devia ser coisa que se aproveitasse pois não devia passar de uma vingançazita vulgar, e uma cusquice difícil de controlar, quando vi o livro à venda, folheei-o para ver se me convencia a deixar lá ficá-lo. Mas não. Trouxe-o mesmo.
O livro não está extraordinariamente bem escrito, o que me causa admiração. Valérie tem estudos e é jornalista e, ultimamente, para evitar constrangimentos, tinha deixado de escrever sobre política, área na qual era especializada, para passar a escrever sobre livros. Seria, pois, de esperar uma prosa mais escorreita. Mas também não é horrorosa, note-se. Bem pior é a escrita de José Rodrigues dos Santos, por exemplo.
Mas, para além da forma como escreve, há a linha condutora da narrativa que é um bocado caótica. Ela vai escrevendo à medida que as coisas lhe vão vindo à memória e, portanto, o livro não é sequencial e vê-se que é escrito com a emoção à flor da pele e sem grandes cuidados de revisão e edição.
Ainda assim é um livro que prende, tanto mais que fala sobre factos recentes, fala de um presidente em funções e fala dela própria, revelando-se de uma forma muito genuína.
Quando acabar de ler, contar-vos-ei. Para já, entre muitas outras coisas, fiquei a saber que Valérie provém de uma família extremamente pobre, mas mesmo muito pobre, e que, extraordinariamente, conseguiu sair do círculo de pobreza que geralmente aprisiona os muito pobres e conseguiu estudar, ganhar o gosto por ler, e evoluir, sempre trabalhando, muitas vezes sofrendo. Impressionou-me o episódio que contou relativo ao dia, um primeiro dia de aulas, em que, tendo verificado que os sapatos tinham deixado de lhe caber, teve que levar calçados uns sapatos largos do irmão e que, nos intervalos, ficou sentada, com a mala em cima dos pés, envergonhada, a chorar.
Fiquei também a saber que, a pedido de Hollande, tinha deixado o seu trabalho na televisão, ficando apenas com o trabalho no Paris Match (ou seja, tinha renunciado a dois terços do seu rendimento) e que, ao ser posta fora da vida do presidente, receou pela sua autonomia financeira, tendo este lavado as mãos. Pôs-se então a escrever o livro não tanto para ganhar dinheiro mas como catarse. Pensou que ia vender bem mas nada do que se tem vindo a verificar, nunca imaginou que fosse o best-seller internacional que está a ser. Imagino que fique rica com os proventos deste livro e fico contente por isso. A lembrança dos tempos de extrema pobreza estão ainda muito presentes na memória de Valérie.
Hoje, ao fim do dia, fui a uma feira de livros e, por acaso, dei com um pequeno livro sobre Ségolène Royale.
Lê-lo-ei a seguir. Não que queira compará-las tanto mais que, justamente, essa comparação atormentou a relação entre Valérie e Hollande, mas, depois do que estou a ler, fico também curiosa em relação a essa outra mulher que igualmente se enfeitiçou por aquela figurinha por quem eu não daria um chavo.
Entretanto, descobri uma entrevista muito recente, com menos de um mês, à BBC, na qual Valérie Trierweiller fala abertamente pela crise pela qual passou. Achei interessante e, por isso, aqui a partilho convosco. Imagino que não tarde esteja de volta à televisão pois tem uma presença forte e, por ela e pelos filhos, tomara que isso aconteça.
Quando acabar de ler, contar-vos-ei. Para já, entre muitas outras coisas, fiquei a saber que Valérie provém de uma família extremamente pobre, mas mesmo muito pobre, e que, extraordinariamente, conseguiu sair do círculo de pobreza que geralmente aprisiona os muito pobres e conseguiu estudar, ganhar o gosto por ler, e evoluir, sempre trabalhando, muitas vezes sofrendo. Impressionou-me o episódio que contou relativo ao dia, um primeiro dia de aulas, em que, tendo verificado que os sapatos tinham deixado de lhe caber, teve que levar calçados uns sapatos largos do irmão e que, nos intervalos, ficou sentada, com a mala em cima dos pés, envergonhada, a chorar.
Fiquei também a saber que, a pedido de Hollande, tinha deixado o seu trabalho na televisão, ficando apenas com o trabalho no Paris Match (ou seja, tinha renunciado a dois terços do seu rendimento) e que, ao ser posta fora da vida do presidente, receou pela sua autonomia financeira, tendo este lavado as mãos. Pôs-se então a escrever o livro não tanto para ganhar dinheiro mas como catarse. Pensou que ia vender bem mas nada do que se tem vindo a verificar, nunca imaginou que fosse o best-seller internacional que está a ser. Imagino que fique rica com os proventos deste livro e fico contente por isso. A lembrança dos tempos de extrema pobreza estão ainda muito presentes na memória de Valérie.
Hoje, ao fim do dia, fui a uma feira de livros e, por acaso, dei com um pequeno livro sobre Ségolène Royale.
Lê-lo-ei a seguir. Não que queira compará-las tanto mais que, justamente, essa comparação atormentou a relação entre Valérie e Hollande, mas, depois do que estou a ler, fico também curiosa em relação a essa outra mulher que igualmente se enfeitiçou por aquela figurinha por quem eu não daria um chavo.
Entretanto, descobri uma entrevista muito recente, com menos de um mês, à BBC, na qual Valérie Trierweiller fala abertamente pela crise pela qual passou. Achei interessante e, por isso, aqui a partilho convosco. Imagino que não tarde esteja de volta à televisão pois tem uma presença forte e, por ela e pelos filhos, tomara que isso aconteça.
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NB: Muito gostaria ainda de poder escrever sobre o importante passo no sentido da normalização de relações entre os EUA e Cuba mas já não dá, o tempo não estica. Mas aqui deixo nota da minha alegria.
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Relembro: sobre o Lombinha e o chefe e o regabofe da televisão e sobre cantadas, disputas e outras cenas que requerem uma boa terapia de casal é favor descer até aos dois posts seguintes.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quinta-feira.
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5 comentários:
A Valérie é uma mulher bastante atraente (como igualmente o é a Julie Gayet), daí compreender que um homem se prenda por ela (tal como a Gayet). E, não sei explicar, possui aquele ar de quem é fogo na cama. Naturalmente, cada homem vê uma mulher pelos seus próprios olhos, que variam de indivíduo, para indivíduo. E os gostos diferem. Desconhecia as suas origens, assim tão humildes. Coisas que, muitas vezes, deixam marcas. Para melhor, ou para pior. Para mim, o mais estranho nisto é ele, Valérie, sentir-se atraída pelo Hollande! Vou morrer sem perceber as mulheres, enfim, o que é as atrai num homem. No caso vertente, seria o Poder? Ou era mesmo encantamento? Se assim terá sido, lá está, expliquem-me as mulheres as razões porque se gosta de determinado sujeito (como, por exemplo, o François)?
Um velho tio nosso dizia-nos que as mulheres eram “um bicho difícil de entender e de contentar”. Se calhar tinha razão.
P.Rufino
O que parece nem sempre é.
Se as mulheres são “um bicho difícil de entender e de contentar” então Hollande você é grande.
Cá para mim - o Hollande tem a calma de um alentejano numa tarde tórrida de Agosto.
Ouve, e faz ouvir os passarinhos às quatro da madrugada!!!!!
Ora bem! Aprendi alguma coisa desta vez, com a simpática Rosa Pinto. Essa do “ouve e faz ouvir os passarinhos ás quatro da madrugada”, deu-me que pensar.
Esse nosso Tio era um malandreco de primeira. Muito elegante, com um humor sibilino, tipo muito sociável, toda a gente gostava dele, sobretudo as mulheres, com aquela postura alta, mas “danado para um romancinho”, nas palavras dos Tios irmãos.
Algumas amigas minhas, ou, melhor, nossas, lá vão expressando as razões do interesse de uma mulher por um homem. Talvez, algo desatento, não terei prestado a devida atenção, embora tenha retido algumas “fórmulas”, como humor, boa disposição, enfim, saber vestir algo de jeito, alguma cultura, sensível e atencioso à/para mulher que ama, etc e tal, e outras “artes”.
Sei lá que mais! Não julgo porém haver receita. Se calhar. Estas coisas acontecem porque! Ponto. É assim, não se explica, acontece. Será? Pois, como dizia o “outro”, ver-se-á!
P.Rufino
Obrigada pelo cumprimento.
Acho que disse tudo - não há receita!!!! vamos pelos "passarinhos"....
https://www.youtube.com/watch?v=dbuHk6sfrXY#t=30
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