As aulas, não sei como, estão prestes a acabar. Parece que esta semana já vai ser a última semana de aulas. Não sei como é possível cumprir os programas com tão pouco tempo de aulas. Parece que é porque vão começar os exames. Mas uma coisa impede a outra? Ou não seria suposto que os exames fossem mais tarde para haver mais tempo para dar aulas sem ser a mata cavalos ou deixar parte do programa por dar?
Não percebo nada disto.
Independentemente disso, constato que já há arraiais e festejos típicos dos santos populares por todo o lado. Isto sendo que o primeiro santo, que eu saiba, só dará as caras no dia treze de Junho.
Que não se veja crítica nisto. Sou totalmente a favor de convívios, festas populares, malta na rua a conviver e a festejar. Se há coisa que abre a mente e o coração às pessoas é o ambiente leve, alegre, de convivência e festejo. Música, canto, dança, petiscos, conversa, cor, luz. Tudo isto é meio caminho para que a felicidade entre na vida das pessoas.
Contudo, ao mesmo tempo, numa realidade paralela, chegam notícias que não são boas. Bem tento pensar que é coisa longínqua, coisa que não belisca a nossa liberdade, o nosso direito e a real possibilidade de fazermos o que nos apetece, mas, num canto de mim, temo que de escalada em escalada, um dia destes acordemos com uma notícia que nos deixe gelados de medo.
Ao contrário do que eu, antes de 2022, pensava, Putin continua a bombardear, a destruir e a matar, e ninguém consegue detê-lo. Se deixarmos cair a Ucrânia, estaremos a pactuar com o delírio imperialista de um psicopata (um não, vários) que resolveu reescrever a história, redefinir fronteiras, anular o direito à autodeterminação de um país.
Contudo, à medida que o tempo passa sem que ninguém o consiga travar, ouvem-se as vozes dos que, tentando fazer-lhe frente, dão passos que podem servir ao ditador louco para dar ele um passo ainda mais tresloucado. E um dia podemos estar todos ensarilhados, num sarilho que não desejamos. Espanta-me que não haja quem consiga ter um ascendente sobre os malucos para chamá-los à razão, aconselhando-os a parar. Não há um líder que se erga e consiga apelar à razão os malucos que parecem tê-la perdido (neste caso, Putin e comparsas). Em Israel tenho esperança que Netanyahu vá de asa e que, a curto ou médio prazo, as coisas se componham. Entre a população na rua e um empurrãozinho da opinião mundial e dos States, acredito que o patife não se aguente muito mais tempo. Mas na Rússia parece que não se vê jeitos disso. Por isso, tenho receio que Yuval Noah Harari tenha razão ao temer que já estejamos a meio da 3ª Guerra Mundial.
De facto, a estupidez humana é uma desgraça.
Stupidity: A powerful force in human history
Are we in the midst of World War III? What's the role of fiction in human evolution? Why do we tend to overconsume food?
Big or small, every detail in our behavior can be explained by looking at the past, from dietary choices to how we've used stories to advance. But if progress is narrative-driven, what comes next?
In Yuval's extended Brief But Spectacular take (@YuvalNoahHarari) he speaks on humanity's superpower, the paradox of wisdom and the relationship between government and war.
1 comentário:
Olá UJM
Um dos requisitos para se ser ditador é ser psicopata. Ocorre que os psicopatas que, neste momento estão à frente das ditaduras deste Planeta, são, por natureza e convicção, inimigos das Democracias (abominam-nas, têm-lhe horror, consideram-nas os seus maiores inimigos) pelo que se alguém está à espera que algum líder de alguma democracia se erga para apelar à razão dos malucos totalitários, bem pode esperar sentado que o resultado se paute pela razão. Esse tipo de líderes (os totalitário, ditadores e autocratas) só conhecem um tipo de dissuasão, a mesma que os levou ao poder que ocupam, a força. O "Ocidente" ao não perceber isto está acometer um erro gravíssimo que, no limite, pode levar à extinção da sociedade civilizacional tal como a conhecemos, ou mesmo do Planeta.
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