Há muitas matérias que escapam ao meu conhecimento. Não consigo guardar memória, não consigo assimilar: ou seja, não dou uma para a caixa. Para meu desgosto, a música é uma delas.
Desde os meus quatro anos em que, debalde, tentaram ensinar-me a tocar piano até ao que, nos anos sequentes, foram tentando ensinar-me, o que sobra é apenas aquilo com que nasci: gostar de ouvir música.
Ter ouvido para identificar compositores, peças, maestros, intérpretes é qualquer coisa que vai para além das minhas capacidades. Só nos casos mais óbvios é que identifico alguma coisa.
O meu marido, por exemplo, consegue fixar as letras. Do Zeca Afonso deve saber tudo, de a a z, música e letra. Mas mesmo do Fausto ou de outros. Eu zero. Dá ideia que os meus neurónios são selectivos. E digo selectivos para não dizer preguiçosos. Do que se refere a música pouco ou nada retêm.
Gosto do Tom Waits, Bastante. Mas sei dizer o nome de alguma canção que prefira? Nada. Gosto do Nick Cave. Mas alguma canção.em especial..? Está bem, está. Sei o nome de algumas da Melody Gardot e é um pau.
Como é que diariamente consigo escolher uma música para aqui colocar, ocorrendo-me o que me parece corresponder ao texto ou à disposição com que estou, é daqueles mistérios que me parece insondável. Parece que o motor de busca é uma extensão de mim e a partir de um nome ou de uma palavra chego lá. Talvez seja aquela sorte que tantas vezes parece guiar os ignorantes.
Mas o vídeo aqui abaixo parece-me bastante interessante.
40,000 years of music explained in 8 minutes | Michael Spitzer
The history of music from bone flutes to Beyoncé.
The evolution of music over millennia is tied to human civilization. For example, hunter-gatherers, who were very mobile, had to have small, light instruments to carry with them. Once we settled into bigger cities, larger instruments could be built.
Today, music is as accessible as running water. But if you were born in Beethoven's time, you would be lucky to hear two symphonies in your lifetime.
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