quinta-feira, julho 10, 2014

Só uma perguntinha: o que têm o José Gomes Ferreira e outras virgens (que antes rasgaram as vestes contra qualquer tipo de reestruturação de dívida) a dizer agora da reestruturação da dívida no GES, mais propriamente na ESI? Gostava de saber. Nos antípodas da papagaiada que abunda nos media, está Ana Gomes, essa intrépida criatura. Ouçamo-la aos microfones da Antena 1: 'Se o BES é demasiado grande para falir, ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser demasiado santo para não ir preso'


No post abaixo já vos desafiei a virem comigo surfar o canhão da Nazaré. Para aqueles que estão danadinhos para saber como sou eu ao vivo, é a oportunidade de ouro. Lá estarei à vossa espera. É certo que coisa assim não é para meninas mas, alguém duvida?, tenho barba rija mesmo. Em tempos um administrador relatou a outro que, numa certa reunião quente em que ele tinha estado e o outro não, a única pessoa com tomates tinha sido eu. Pois bem. Se os tenho, e tenho, então vamos lá a ver até que ponto sou valentona. Mas, claro, não tem graça ir sozinha pelo que lá estarei à vossas espera, antes de me fazer à fera.


Adiante. Falemos agora de papagaios. Também podia falar de catatuas - e estou agora a lembrar-me de uma bem conhecida. Mas vou ficar-me pelos papagaios.

Quando meio mundo (com dois dedos de testa, bem entendido) já reconhece que, nas presentes condições, não há como pagar a dívida portuguesa (a pública e a privada) e os seus pesados juros, e que a única forma de evitar um desastre de grande proporções é avançar-se para a sua reestruturação, é altura de lembrar aquela criatura que encarna o mais descarado populismo ao serviço do jornalismo e que dá pelo nome de José Gomes Ferreira. Não há muito tempo, o self-apregoado especialista em assuntos económicos escreveu para aí uma carta aberta, em que se esfarrapou todo para provar que reestruturar qualquer dívida é do mais absurdo e anti-patriótico que existe e que quem quer reestruturar uma dívida é um caloteiro sem vergonha - e sei lá que mais. Não sei se são estas as palavras que usou mas a ideia que fica depois de o ouvir a repetir o argumentário dos representantes do poder financeiro, em especial, dos especuladores, é esta.

Imagem que obtive na internet
e da qual não sei a proveniência original.
Será daqui?

Pois bem, pergunto: este mesmo José Gomes Ferreira e outros e outras que tais que tanto ouviram, em êxtase, as palavras do santíssimo Ricardo Salgado e as suas homilias cheias de culpas e castigos, e tanto as papaguearam (que outra coisa não têm feito ao longo destes 3 anos), que dirão agora da reestruturação da dívida a que o GES, em desespero, está a recorrer? 


Tendo já entrado em incumprimento, o GES (em particular a ESI) está agora a pedir a todos os 'pobrezinhos' que lá, na Suiça, aplicaram as suas fortunas que troquem as aplicações que fizeram por papel porque dinheirinho, agora, é coisa que viste-lo.


Estou a perguntar-me o que dirão agora essas beatas - que tanto gostam de varrer o chão dos banqueiros - perante a solução a que os Espíritos estão agora a deitar mão... Mas sei a resposta. Não dirão nada. Assobiarão para o lado, como se não tivesse nada a ver. Papaguearão outra coisa qualquer. Incapazes de formularem, por eles, um raciocínio mais elaborado, limitam-se a papaguear o que lhes parece ser a voz do dono (seja lá qual for o dono).

A fraude, a má gestão e tudo o que está a vir à superfície do GES já contagiou a PT. A bolsa está com os alarmes todos a tocar e os juros já estão a subir por tudo o que é canto e esquina, inclusivamente na dívida pública. A isto se chama risco sistémico.

A situação não está nada animadora e só espero que Carlos Costa, essa criatura de passado um pouco intrigante e intervenções também um pouco dúbias mas que é venerado como se de uma sumidade se tratasse, saiba o que anda a fazer. Se não souber, o rombo global poderá ser pior do que levar com o canhão da Nazaré em cima.

Para que não digam que a minha língua é perigosamente venenosa, deixo-vos um parágrafo do seu CV que a mim, que sou simples de espírito, me intriga à beça.
Entre 1993 e o final de 1999, foi Chefe de Gabinete do Comissário Europeu Prof. João de Deus Pinheiro com as responsabilidades das políticas de “Comunicação, Cultura e Audiovisual” (1993-1994) e da Política de Cooperação da União Europeia com os países de África, Caraíbas e Pacífico (1995-1999).
Chefe de Gabinete de João de Deus Pinheiro quando ele andou a fazer turismo...? Ui. E com a responsabilidade das políticas da comunicação, cultura e audiovisual...? É lá! Que Governador ecléctico nos saíu na rifa. Puxa. (Um dia destes, ainda o Relvas nos aparece também a governar o Banco de Portugal, querem ver?)
E não falo dos 4 anos em que Carlos Costa foi director da área internacional do BCP e durante o qual afirma que nunca soube quem eram os beneficiários das sociedades offshore a quem o banco concedia crédito para a compra de títulos. Ceguinho e surdo como convém a quem vai para o Banco de Portugal.

Mas eu sou uma alma caridosa e o que lá vai, lá vai. É preciso é que agora saiba o que anda a fazer. O País agradece.


Mas se eu sou boazinha, já o mesmo não se poderá dizer de Ana Gomes, essa mulher que parece que traz submarinos na cabeça e que anda sempre com a faca na liga e a mão no gatilho das múltiplas armas com que se atavia. Uma verdadeira mulher de armas.

Pois justamente a propósito do que se está a passar no GES, muito gostaria de vos convidar a ouvir a guerrilheira Ana Gomes na Antena 1: "Ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser demasiado santo para não ir preso" e “o banco foi e é instrumento da atividade criminosa do grupo”. “Se o BES é demasiado grande para falir, ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser demasiado santo para não ir preso”.



Esta Ana Gomes quando se atira é logo à jugular. Não é como eu que é mais coceguinhas.

E adiante que eu hoje estou uma santinha, não estou para grandes touradas.

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Estou mais para me fartar de rir com os papagaios de serviço. Ora vejam bem este aqui a cantar o 'atirei o pau ao gato'. Que artista. O que o Gomes Ferreira tem ainda a aprender...



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E bora mas é surfar o canhão aqui em baixo, ok?

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4 comentários:

FIRME disse...

ERA UMA VEZ... ;Com o meu stress de guerra meio adormecido,sonhei que a tralha do b.p.n. estava toda de cana ,incluindo o padrinho...Hoje acordado,comecei a ouvir boatos...só pode,que outra tralha,do mesmo padrinho ia ( não assaltar) mas tomar de assalto,o ...B.E.S.!!! Saltei da cama,fui ao espelho vi uma imagem,apontei-lhe o dedo >>>> e disse; ÉS MESMO BURRO! E voltei a deitar-me ! Afinal eles acabam p(não) ser presos!!!

Cine Povero disse...

1) Quando um rico reestrutura a sua dívida chama-se gestão sustentada do risco de incumprimento. Termos como bancarrota, ou calote, estão reservados para os pobres quando fazem o mesmo. Porque toda a gente sabe que os pobres são gente sem honra nem vergonha, só aptos a crime e castigo, enquanto os ricos são gente honrada por definição (richesse oblige).
2) Pelos vistos, ser Bento não bastou para acudir ao Espírito Santo. Vamos ver se a factura não recai sobre o Zé, Pagante por tradição.
3) Será que é desta que vamos ter os primos Espirito Santo e o CEO da PT a sentar-se naquele banco com letra minúscula, onde só costumam ter assento os outros?...
4) E quem diria que o GES seria o maior aliado do Manifesto dos 74 quando este urgia o governo a encarar realisticamente a questão da renegociação da dívida portuguesa? É bem verdade que Deus escreve direito por linhas tortas. Pudera! Se Ele está acima do Espírito Santo!

Anónimo disse...

Já muito tem sido dito sobre o BES (GES, etc). Ainda há pouco, na TVI, dois comentadores daquela estação televisiva comentaram, e bem, todas as implicações economico-financeiras, desta situação. Também já se começam a ouvir “recados” à actuação ineficiente de Carlos Costa do BdP. Tal como Constãncio, um incompetente. Sim, incompetente. Porque um supervisor que só dá conta de uma situação desta enorme dimensão e gravidade depois dela eclodir, como já tinha sucedido com o BPN, é um incompetente. O problema é que eles foram incompetentes - porque o quiseram ser. Custa-lhes tocar na Banca. são servos da gleba dessa mesma Banca. Vêm dela ou vão para ela. C.Costa trabalhou na Banca (a porcaria do BCP) e ainda por cima foi colaborador, como muito bem menciona, de uma inqualificável e medíocre figura que foi Deus (nos livre) Pinheiro, um imbecil e vaidoso. Aquilo que aqui nos diz, e bem escrito, é bom que seja dito. Estas situações rebentam com o nosso sistema bancário, põe em causa a nossa economia e o prestígio político e como ainda por cima não se conhecem as reacções da nossa justiça, ainda ficamos com a cara mais suja! Nesse sentido, Ana Gomes faz muito bem em denunciar esta situação e criticar o que se está a passar. E, pelos vistos, as ligações a grandes negócios, como os que ela refere, e o BES, são um outro factor de preocupação. Para todos os contribuintes. E o governo e essa incrível criatura em Belém nada fazem ou dizem. Remetem-se, ou ao silêncio, ou a palavras ocas. E depois vem o pateta do Gomes (Ferreira) perorar sobre as virtudes deste PM e quejandos. Esta gente é uma cloaca!
P.Rufino

FIRME disse...

Agora,acordei mesmo á rasca;lá fui eu ao espelho,olhei-o de frente...não é que o sacana>>>apontou-me o dedo e disse!!!; ENTÃO??? O BURRO SOU EU???.caladinho ,pirei-me! A pergunta,(plágio)do filipão,anda zumbindo nos meus ouvidos,nem com 1 Scott,de qualidade duvidosa,que ontem jorrou para probadores,(ver intervenção Daniel Bessa sic) no porto,me desaparece!!! (notem); o Scott,que o dito afetou a ilustre plateia...AS Gargalhadas a cada frase do EU(rodito),eram sintoma do efeito positivo,do dito .1 Péróla...Alguns,erros meus são para aqui chamados ,de facto!!!