Ao jantar, a mesa cheia (embora seja a mesa pequena pois não está a turma completa), a conversa é sempre animada. Hoje, entre temas variados, vieram adivinhas. Às tantas, a minha filha disse a mais conhecida e intemporal de todos os tempos:
'Qual é a coisa qual é ela que cai no chão e fica amarela?'.
Resposta imediata do mais novo dela, aquele que durante algum tempo aqui tratei por bebé e depois por ex-bebé, até que, tendo vindo mais bebés a seguir, deixou de poder ser assim tratado:
'Uma chamuça...?!'
E, se querem que vos diga, ainda me estou a rir ao escrever isto. E não o disse por piada, estava mesmo a admitir que poderia ser essa a resposta correcta.
Este mesmo menino, um bocado antes, depois de ter visto com o irmão o vídeo do Pearl Harbor e de ter feito diversas perguntas sobre a guerra e estando eu a falar-lhe do dia D, do desembarque e etc, ficou uns segundos calado e depois concluíu: 'A vitória vem sempre com sacrifício'
Ficámos a olhar para ele, admirados. A mãe perguntou-lhe onde tinha ele ouvido aquilo. Disse que em lado nenhum, tinha pensado nisso.
E, antes de jantar, a caminho de ir tomar banho, veio ter comigo à cozinha perguntando-me se eu tinha o meu telemóvel. Que sim, 'para quê?'. É que não sei como era o Hitler, gostava de ver. Mostrei-lhe e contei-lhe as enormidades que aquele energúmeno fez. E disse-lhe que apesar de tudo o que ele fez ainda há pessoas, hoje, que o admiram e que pensam como ele. Ele abanou a cabeça incrédulo e disse: 'Não pode ser. Esperemos que não volte a aparecer alguém assim, senão ainda pode haver uma terceira guerra mundial. Não é?'
Este menino, um desportista completo, uma forma física fantástica, surpreende-nos sempre com as suas tiradas, uma vezes pelo humor, outras pela profundidade.
Os dias com eles são sempre dias divertidos, felizes.
Os dias com eles são sempre dias divertidos, felizes.
1 comentário:
Uma frase profunda, ‘a vitória vem sempre com sacrifício’. Quem fala assim, sabe. Com o coração, também.
Enviar um comentário