sábado, fevereiro 27, 2016

A zanga da Bernardina com o Tiago do Desafio Total com todo o vocabulário vernacular de que há memória?
O Carlos Costa que acha não vai demitir-se por causa de um incidente de nada e que quem lhe dera mandar facturas para a lua ?
O cartaz dos dois pais de Jesus parido pelo Bloco de Esquerda?
O Anselmo Ralph e o José Cid na festa do Marcelo?
Menos, menos... Coisas muito mais lindas e bem cheirosas:
Ephemeral - Vanilla Planifolia e Maisons d’Art


No post abaixo já deixei um conselho pro bono para as gentes do PSD que não sabem como fazer o láparo cair na real. Há uns especialistas em lidar com animais em estados de estupor catatónico, nomeadamente gatos que, como é sabido, é animal felpudo tipo coelho.

E agora estava aqui sem saber se havia de falar:

  • do tal Carlos Costa que ainda está à frente do Banco de Portugal e que já fala em mandar facturas para a lua e que diz que era o que faltava que se fosse demitir, está tão bem ali, ora essa, 

  • se, por falar em Quinta das Celebridades, devia dar destaque ao desatino da Bernardina, dita Bibi, contra o seu bem amado Tiago, dito Gingas. 

Mas depois pensei: não, Carlos Costa por Carlos Costa, prefiro o da Teresa Guilherme e, se é para saber do pirilau do Tiago, ao léu, voando pelo espaço, preferia vê-lo ao vivo a passar aqui ao pé da minha janela, quiçá integrado num bando de outros que tais. E não é só por isso: é que a Bibi usa uma linguagem muito violenta para falar do irrequieto membro do pai da sua filha e das cabriolices que ele praticava com uma tal dona de um outro animal de estimação, e eu sou mais peace and love, nada de guerras fomentadas, presumo eu, pela Madame Guilherme e demais interessados em ter canal. E, sobretudo, aqui o UJM é um lugar de altas políticas, não de baixas anatomias.


Portanto, desviei-me desses temas pop e pus-me a pensar: o que está a dar é o cartaz do BE, toda a gente nas televisões e blogs está a falar nisto, portanto, deixa-me lá desarrincar qualquer coisa inteligente e, então, pus-me a olhar para ver o que é que aquilo me dava vontade de dizer. Ora olhei, olhei e não me ocorreu dizer nada.

E, assim sendo, comecei a lembrar-me de trocadilhos para desconversar e, ao querer arranjar uma imagem que os ilustrasse, constatei (uma vez mais) que sou retardada: já muita gente antes de mim se tinha lembrado disso. Com o Jesus ex-Benfica já eram mato, com a Catarina e os seus neurónios idem. Até com as manas Mortáguas, que era o que eu queria, já havia um.

E, então, preparei-me para desistir. Jesus e os seus dois pais, jamais.

Ainda fui dar uma espreitadela aos jornais a ver se o Portas já teria formados meia dúzia de start ups que parece que é isso que vai fazer e sempre estou para ver o que vai sair dali; ou se a Madame Cavaca já andava com os do Querido mudei a Casa a decorar a nova maison do esposo; ou se havia mais alguma novidade para a fête de coroação do Marcelo, o nosso Príncipe do Povo, tipo a Romana ou a Ana Malhoa. Mas não descobri nada. É certo que fiz uma pesquisa em voo de pássaro mas, ainda assim, não descobri nada de mais. Na capa da revista do Expresso ainda vi a Camille Paglia e reparei que estava já com umas rugas valentes e, então, toda entusiasmada, fui ver a idade para confirmar que bem conservada que estou, nada que se compare com ela. Mas, hélas, afinal ela é mesmo um bom bocado mais velha que eu, não há-de já ter rugas (-- e onde é que fui buscar a ideia que ela era bem mais nova?)? 

Claro que tenho aqui ao meu lado um livro fantástico, daqueles em que uma pessoa começa a ler e sente uma vertigem -- não sei se já vos aconteceu --, um arrepio que vem das entranhas, uma sensação de que uma escrita assim nos agarra por dentro e nos puxa para o interior das palavras. Aliás, hoje, ao sentar-me aqui e ao pegar no livro, e que macia é a sua capa, que bela a sua encadernação, era nisso que vinha a pensar. Mas não estou com concentração para tal. Os meus dias têm sido do piorio, só eu sei o que tem sido: uma loucura. Chego aqui num estado de esvaimento que ou sai bordoada no láparo e afins ou sai maluqueira. Ou isso ou escrever em piloto automático, como por exemplo ontem, quando falei de quando for verão. 

Por isso, não vos maço mais e vou mas é para um lugar onde me sinto sempre bem: flores, essências, perfumes. Já vos disse que acho que adoraria ser jardineira? E trabalhar em perfumes também deve ser bom. 

Ephemeral - Vanilla Planifolia


CHANEL discovered that there is a key moment in the life cycle of Vanilla Planifolia when the fruits of the plant offer intense regenerating properties. At this essential moment, when these molecules reach their highest concentration, the Planifolia fruits must be harvested by hand, one by one, in order to preserve their extraordinary power.

(Um vídeo tão bonito, tão perfumado)




E, por falar em coisas delicadas, mostro também um outro que estive a ver de novo e que me dá vontade de me pôr já aqui a fazer costuras assim, a bordar, a pintar florzinhas de pano, a coser lantejoulas, pedrinhas brilhantes, rendinhas. Gosto imenso de fazer trabalhos manuais e, afinal, passo os dias fechada em edifícios sem janelas, a tratar de assuntos tão pouco delicados. Por isso, chego aqui e é coisas assim que me dá vontade de ver para descansar a cabeça (enquanto ouço mails de trabalho a chegar e que nem vou ver para não me esvair ainda mais). Enfim.

Inside the Maisons d'Art for the Paris in Rome - CHANEL


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E, se me permitem, queiram descer até à brigada de confundidores de gatos que talvez seja útil ao PSD para ver se tiram o coelho do estupor catatónico em que se encontra mergulhado.

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2 comentários:

P. disse...

Não fazia ideia do nível desse tipo de programas, como essa passagem que aqui nos mostra. Tanto quanto me é dado saber, este tipo de programas tem imensa aceitação por parte do público. Se juntarmos a estes tipo de coisas o futebol - julgo ser a única actividade desportiva onde se refere "compra" em vez de "contrato", do desportista; noutros desportos diz-se que tal e tal desportista foi contratado pela equipa A, B, etc; no futebol compra-se; o atleta é pura mercadoria -, mais os debates sobre futebol nas TVs, temos um quadro "fantástico" deste povo, ou da sua maioria.
P.Rufino

Claudia Sousa Dias disse...

Adorei o vídeo da baunilha. Há ali ainda muito a fazer para melhorar as condições de vida da população. A começar pela escola. Cadeiras, mesas, livros... E o creme não deve ser nada baratinho. Chanel que invista mais na escola que é um bom começo e um bom caminho.