De tarde, no parque, rodeados de verde, sob a copa frondosa das árvores, junto ao lago onde deslizavam patos e cisnes, uma noiva deslizava também, majestosa em branco imaculado, rendas e infinitos folhos. Feliz, radiosa, toda ela transbordante de ternura pelo seu noivo, que a seguia e lhe arranjava os caracóis, lhe ajeitava as alças que se queriam descaídas, as flores do cabelo, a maquilhagem nos sorridentes olhos.
De vez em quando, perante uma visão assim, parece que aterro num outro tempo, num outro país. Tanta inocência e candura.
Imagino a feliz expectativa ao escolher o vestido, ela, o fato, ele. E o bouquet, e as flores do cabelo. E tinham uma pequena sombrinha de rendas brancas. O noivo transportava a sombrinha mas depois foi ela que mais fotografias tirou com esse adereço, inclinando a cabeça, dama de uma corte imaginada, e ele o pajem devoto. Ou a princesa e o príncipe encantado, enlevados debaixo da pequena sombrinha que podia ter vindo do castelo dos sonhos da menina que ela ainda é. Podia ser um filme de época. Não parecia uma cena deste inclemente século XXI, parecia um filme, ou um livro cheio de sonhos, a menina que se viu uma deslumbrante pretty woman no dia do seu casamento.
E eu, perante uma cena assim, sinto que às vezes me esqueço das coisas mais essenciais da vida.
Imagino a feliz expectativa ao escolher o vestido, ela, o fato, ele. E o bouquet, e as flores do cabelo. E tinham uma pequena sombrinha de rendas brancas. O noivo transportava a sombrinha mas depois foi ela que mais fotografias tirou com esse adereço, inclinando a cabeça, dama de uma corte imaginada, e ele o pajem devoto. Ou a princesa e o príncipe encantado, enlevados debaixo da pequena sombrinha que podia ter vindo do castelo dos sonhos da menina que ela ainda é. Podia ser um filme de época. Não parecia uma cena deste inclemente século XXI, parecia um filme, ou um livro cheio de sonhos, a menina que se viu uma deslumbrante pretty woman no dia do seu casamento.
E eu, perante uma cena assim, sinto que às vezes me esqueço das coisas mais essenciais da vida.
Com eles apenas uma fotógrafa. Nenhum convidado, apenas eles e a fotógrafa. E eles posaram, abraçados, a beijarem-se, sob a pequena sombrinha, ou a esconderem-se atrás do tronco de uma árvore, olhar sedutor, ela, olhar quase embaraçado, ele, felizes neste dia tão especial das suas vidas.
O futuro espera-os e acho que eles não exigirão demais um ao outro, amar-se-ão com inocência, ver-se-ão bonitos nos olhos do outro, e saberão ser amigos, companheiros.
O futuro espera-os e acho que eles não exigirão demais um ao outro, amar-se-ão com inocência, ver-se-ão bonitos nos olhos do outro, e saberão ser amigos, companheiros.
Estarão a esta hora festejando a sua noite de núpcias e, de qualquer forma, não me pareceram pessoas que gastem o seu tempo com o Um Jeito Manso. Contudo, gostaria de lhes oferecer alguma coisa e, por isso, não sabendo se tiveram música no momento em que celebraram o seu casamento, arrisco a deixar-lhes aqui o Ave Maria interpretado por Amira Willighagen (a menina holandesa que, há um ou dois anos, deixou todos boquiabertos com o seu talento).
E, como quiseram registar os seus momentos de felicidade junto a um lago onde deslizavam alguns cisnes, deixo-lhes também o Lago dos Cisnes (em que apenas o cisne branco pontua, sem sombras no horizonte).
Svetlana Zakharova, Andrei Uvarov. Swan Lake White Adagio. Bolshoi theater
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Aos noivos desejo que sejam felizes para sempre.
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