quinta-feira, julho 17, 2014

As cores Chanel (preto, branco, beige, dourado, encarnado), a moda Chanel alta-costura para o Outono/Inverno 2014/2015 e Les Exclusifs de Chanel. Luxo e rêverie em tempo de crise.


Leitor que não conhecia enquanto tal mas que, como a todos, muito me honra sabê-lo por perto de Um Jeito Manso, teve a amabilidade de me sugerir que passasse pelo Corte Inglês para experimentar o Jersey de Les Exclusifs de Chanel, o aroma mais puro do alfazema segundo Madame Gabrielle Chanel


Ainda não tive oportunidade de lá ir mas, tendo-me informado, já percebi que vale ouro. Mais do que certo, não me permitirei tal luxo. Podendo parecer que não, tirando com os livros, sou um bocado forreta com gastos desta natureza. Mas, ó senhores, estou aqui desejando de ir experimentá-lo. Deve ser tão bom, deve ser como estar in heaven.

Transcrevo do site e só o texto já me deixa louca de vontade de lhe deitar a mão:


JERSEY

A Scent of Freedom



Jersey had only been used for men’s undergarments until, in the 1920s, Mademoiselle Chanel made it the instrument of a new femininity. 

“By creating jersey clothing, I was liberating the body and moving away from the fitted waist.” Like Mademoiselle, Jacques Polge also revealed the chic and feminine treasures of a material considered to be masculine and simple: Lavender. 

Through JERSEY, it loses its masculine connotations and reveals its soft, floral, refined character, heightened by a touch of Vanilla and enveloped in a cloud of white musk.


Mas, quando o tema Chanel me vem à baila, logo fico com vontade de mergulhar os olhos no mundo Chanel. Ou, não podendo, dá-me vontade ir comprar contas, pedras, lantejoulas, brilhos, cristais e cosê-los em casacos, camisas, vestidos, dá-me vontade de replicar o que aqui vejo, inventar flores, pinturas turcas, pássaros raros, peles macias (e artificiais), sedas, organzas, brocados - e sentir a macieza dos tecidos, o cheiro bom dos tecidos ainda não usados.

Mas não me arrisco, iria ficar kitsch, prefiro não ousar muito não vá ficar com ar de modelito de quem vai actuar naqueles espectáculos de fim de semana transmitidos pela televisão, onde aparecem resmas e resmas de cantores pimbas, algumas delas com umas vestimentas do além (para além, claro, da perna gorda e das abundantes mamas de silicone). 

Assim como assim, prefiro manter-me mais singela e enfeitar-me com bijuteria (a propósito: agora nos saldos, a Parfois está com uns preços óptimos).

Mantendo-me tentativamente clássica, pode ser que se perceba que concordo que, nisto, pouco é melhor que muito. 

E recordo o colour code de Madame (e uso o inglês porque sei que há mais gente a percebê-lo do que o francês). 


Black. White. Beige. Gold. Red. 

Five emblematic colors, five inspirations, five CHANEL codes. One signature.



The Colors - Inside CHANEL







Pormenores da Colecção de Alta-Costura Outono - Inverno 2014/2015






Uma maravilha. 
Um luxo. 
Une rêverie, que é como quem diz um sonho (e, justamente, um sonho numa noite de verão)

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E, claro, muito agradeço ao Leitor que me ofereceu de presente o pretexto para por aqui a cirandar no meio deste maravilhoso mundo Chanel.

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