Tudo é horroroso demais. O horror escancarado, cheio de pó e de sangue, em que os gritos e as lágrimas quase são de somenos, as pessoas transformadas em corpos, os corpos na rua, no chão, enrolados em plásticos ou panos, no meio do pó, dos escombros, do sangue. Ao pé crianças chorando, os rostos também cobertos de pó ou de sangue. Outras rindo e brincando, inocentes, convivendo com o horror.
As cidades destruídas e sem um raio de sol ou de esperança.
A agonia. A aflição. O medo.
A raiva. A sede de vingança.
Um ciclo infernal de destruição.
O fundo de um poço tenebroso, onde há almas afogadas, corpos em decomposição, sonhos destruídos, vísceras. E sangue e pó.
Não sei o que sobra.
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