quinta-feira, outubro 06, 2022

Pela liberdade
Jin, Jiyan, Azadi
Women, Life, Freedom

Mulher, Vida, Liberdade

 


Não sou ninguém nem o meu cabelo, inteiro ou cortado, tapado ou à vista, tem qualquer significado ou importância. Mas, ainda assim, é um gesto. Perante o preconceito absurdo, a ditadura da moral e dos costumes, a tirania da impostura sobre o corpo e sobre a vontade das mulheres, muitas iranianas se têm arriscado cortando os cabelos na rua, desafiando a repressora ordem vigente.

E, um pouco por todo o mundo, muitas mulheres têm manifestado o seu apoio às mulheres que, no Irão, são obrigadas a viver atrofiadas, como se o seu mundo tivesse recuado ao tempo das trevas -- ou melhor, como se os homens que governam o seu país tivessem saído das trevas.

Duas semanas depois da morte de Mahsa Amini, Juliette Binoche, Marion Cotillard, Angèle, Isabelle Adjani, Isabelle Huppert, Juliette Armanet, Jane Birkin, Charlotte Gainsbourg, Julie Gayet e outras são algumas das artistas francesas que se juntam no seu apoio às mulheres iranianas, cortando o seu cabelo em público.


Também:
Uma eurodeputada sueca cortou o cabelo durante um discurso no Parlamento Europeu, em solidariedade com as mulheres iranianas e com os protestos das últimas semanas, que começaram na sequência da morte de uma jovem detida pela chamada “polícia da moralidade” e se tornaram a maior onda de contestação ao regime dos últimos anos.

“Até que o Irão seja livre, a nossa fúria será maior do que a dos nossos opressores. Até que as mulheres do Irão sejam livres iremos apoiar-vos”, disse Abir Al-Sahlani, que nasceu no Iraque, num discurso em Estrasburgo, França, na terça-feira.

Em seguida, cortou o cabelo que tinha apanhado e disse em curdo: “Jin, Jiyan, Azadi” — Mulher, Vida, Liberdade.

no Público: Eurodeputada corta cabelo durante discurso para demonstrar solidariedade com iranianas

 Moment Swedish lawmaker cut her hair in protest against Iranian regime during EU assembly


Pela liberdade das mulheres
Pela liberdade

2 comentários:

Pôr do Sol disse...

Detesto acordar com noticiários!

A constatação de que está tudo podre desde a igreja ao governo, poe-me logo com mau feitio.

Foi impressão minha ou os discursos do PR estão a descambar para a direita? Encontrou o cartão do seu querido partido?

Será tambem o meu mau feitio de hoje que me faz ouvir avisos de mudança? Não estará a preparar-se para dissolver a assembleia? "Nada em democracia é definitivo... Se não se mostra capaz, há quem seja..." etc etc.

Uma no cravo outra na ferradura..."todos sabemos como as ditaduras começam, bla, bla bla".

Será que não conseguimos ter sossego?

Se quem decide assistisse às manifestações e se ainda resultassem a liberdade seria um estado.

Ocorre-me a minha avó, Ai liberdade liberdade quem a tem chama-lhe sua.

Um resto de semana de boa semana.

Um Jeito Manso disse...

Olá Pôr-de-Sol

Se quer que lhe diga, já não tenho muita paciência para o Prof. Marcelo. Acho que está a ser vítima dele próprio. Tem que estar sempre no centro das atenções nem que seja criando factos políticos e nem que os factos políticos que cria sejam fúteis, inoportunos.

Olhe.... hoje não vi notícias e já vou escrever um post a explicar porquê. No carro soube do prémio Nobel da Literatura e, para além disso, mais nada.

Foi um dia bom, sem notícias.

Por isso, percebo-a.

Um abração, Sol Nascente!.