Quando se diz mal deste, daquele e do outro pensemos que há uma linha encarnada que devemos garantir que nunca seja ultrapassada.
É que há por aí muito boa gente que gosta muito de dizer mal só por dizer e que não percebe que, com essa atitude acéfala, está a abrir a porta a ignorantes e populistas. É bom ter sempre presente que, por muita graça que se ache a quem se faz arauto de uma veemente e permanente mensagem de bota-abaixo, pode muito bem acontecer que, quando se der por ela, se tenha, em lugar de poder, uma cavalgadura, um ignorante, um narcisista.
Ora se aturar um narcisista é um calvário que não se deseja nem ao pior inimigo, aturar um ignorante é de deixar quem tenha dois neurónios à beira de um ataque de nervos e conviver com uma cavalgadura é coisa que leva qualquer alma ao desespero, imagine-se o que é um país governado por uma besta quadrada que junte, em si, a proeza de ser simultaneamente narcisista, ignorante e cavalgadura.
Conheço pessoalmente algumas amostras disso mas, felizmente, não lhes deu para a política nem tiveram arcaboiço para chegar a um ponto em que pudessem desgraçar a vida de muitas pessoas. Mas quando, em cima disso, têm dinheiro e tiveram a alavancagem da comunicação social, então temos case studies como o de Trump e ou, em versão rasca, Bolsonaro.
Governar um país em situação de pandemia pede estadistas a sério. Mas o merdinhas cabeçudo com totós cor-de-rosa apanhou os Estados Unidos com o Trump a cavalo no povo americano tal como o Brasil com o Bolsonaro (isto para citar os casos mais mediáticos ou de maior dimensão).
O Guardian fez um vídeo que quase pareceria coisa do Vargas se fosse por cá, uma compilação de absurdos tão absurdos que quase parece coisa para rir. Mas não é para rir, não.
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