Agora é mais tempo de férias do que de regras de vestuário. Mais: com o calor que aí vem está mais para nos despirmos do que para nos vestirmos. Mas eu é que tenho a cabeça também de férias e não me dá para temas muito cheios de robles, blocos imobiliários (leia-se: BE's), especulatrixes e outras capitalices travestidas de esquerdices. Talvez aconteça que, um dia destes, os meus neurónios espevitem e apareçam aqui para dar ar de sua graça mas, até lá, com vossa licencinha, fico-me pelo básico do básico. De resto, conselhos úteis não fazem mal a ninguém mesmo que eu não cumpra alguns dos que sei e ressei que devem ser seguidos. Por exemplo, o número máximos de botões que uma mulher decente pode desabotoar. Paciência. Sou encalorada e, se isso significa que sou indecente, azarinho. Não gosto de me ver com camisas abotoadinhas à beata de sacristia e, por acaso, não desfazendo, até acho que a indecência me fica bem. Mas, tirando isso, acho que é tudo para levar a sério.
Aquilo dos homens com meiinha curta, por exemplo. Desagradável. Traçam a perna e a gente fica a ver-lhes a perna cabeluda. Não fica bem. A meia deve ser de cano alto. Mesmo que não completamente alto, pelo menos medianamente alto. Ou os que andam com a ponta da gravata abaixo do cinto. Disparate. Pior: os que a usam acima: ridículo. Ou as mulheres que se apresentam espalhafatosas como uma com quem estive em reunião na semana passada: saia curta preta, camisa branca. E até aí tudo bem, embora, para não ficar triste, precisasse de uma escapatória. O pior e que não havia uma ecapaória mas várias e todas horríveis. Um rabo de cavalo exeuberante, uns lábios muito encarnados e umas unhas de tipo nail, grandes,diria mesmo: horrivelmente enormes, bicudas, com aspecto plastificado, em azul cueca mas com variantes, umas em opaco, outras em transparente com enfeites. E para o nonsense ser ainda mais espaventoso, um anel tipo cachucho com um pedregulho de cor amarelada. E, imagine-se, para descondizer, uns brincos tipo candelabro em verde bandeira. Tudo ali era contraditório, demasiado e de mau gosto.
Portanto, madames, mademoiselles e cavalheiros, queiram prestar atenção. É para vosso bem. Vão por mim.
Portanto, madames, mademoiselles e cavalheiros, queiram prestar atenção. É para vosso bem. Vão por mim.
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