sábado, abril 28, 2018

Um condensado de Trump
-- vê-se e não se acredita


O que penso de Trump é mais do que conhecido por quem por aqui me acompanha. A preocupação com que encaro a capacidade humana para fazer escolhas aberrantes é também conhecida. 
O que penso da Cambridge Analytica, que fez um marketing político que manipulou os eleitores americanos nas últimas presidenciais (tal como o que penso do Facebook que abriu a porta para que a Cambridge Analytica sacasse de lá todos os dados pessoais que quis para conhecer bem os gostos dos eleitores) é também conhecido -- mas a verdade é que se deixa manipular quem gosta de se portar como um carneiro acéfalo, indo atrás da vox populi sem parar um minuto que seja para pensar. Por isso, nesta tragédia não há culpados e santinhos: é tudo farinha do mesmo saco, quer os que enganaram quer os que se deixaram enganar. Aliás, é ainda muito pior que isso já que Trump nem se deu ao trabalho de enganar ninguém: disse ao que ia e as pessoas (as que votaram nele) não prestaram atenção ou não perceberam que deviam era correr com ele à vassourada.
Portanto, nisto do Trump, assusta-me ver como a raça humana é autofágica, autodestrutiva e se entrega docemente nas mãos de qualquer parvo que se anuncie como salvador da pátria, especialmente, se for conhecido da televisão.

Olho para as atitudes de Trump, para os seus discursos, para as suas decisões, para tudo, e fico perplexa: como é possível que os Estados Unidos tenham chegado a este ponto? Como é possível que tenham votado e que aceitem ter um tal palhaço como presidente?

Mas as minhas dúvidas não valem um caracol pois a verdade é que isto acontece num dos países supostamente mais evoluídos do mundo -- e o tempo vai passando e ele lá vai continuando.

O vídeo abaixo mostra bem o anormal que Trump é. E, para minha inquietação, mostra também como não podemos acreditar que o 'povo' sabe fazer as melhores escolhas.



Dá para acreditar numa coisa destas...?

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