Ao telefone com a minha filha, percebi que ela, tal como eu até há pouco tempo, não sabe bem onde é. Para o pé do Porto, não é? Sim, acima. Mas assim tão bonito? Sim, lindo. Nunca tinha ouvido dizer. Com um rio, com mar. Mar? Sim, mar, mar bravo, lindo.
Antes ao telefone com o meu filho a mesma coisa. Acha que não conhece, não tem ideia. E com a minha mãe também. É bonito? Lindo. Vê lá, quem diria. Pois, lindo.
Choveu todo o dia, por vezes com alguma força. Algumas fotografias contêm a prova disso. Sabia que tinha um chapéu de chuva no carro. Achámos que apenas um bastava pois ambos pensámos que este era um grande que temos. Afinal não, este é um chapelito. Preto, com varetas azuis escuras e com um cabo fininho também em azul escuro. Mas com tamanho de sombrinha de boneca. Ainda não o tinha usado. Ofereceram-me. Bonito, muito elegante, todo moderno e ergonómico. Disse o meu marido: preocuparam-se com paneleirices e esqueceram-se do mais importante: que era suposto que tapasse da chuva. (Desculpem-lhe o vernáculo). Portanto, agora andamos os dois debaixo de um chapéu de chuva onde mal cabe um. Portanto, tirar fotografias com a lente a seco é acrobacia fora das minhas competências.
As fotogafias, por isso, não fazem justiça à maravilha que é esta cidade. As minhas desculpas.
Os edifícios muito bonitos, alguns reabilitados com arquitectura contemporânea de grande qualidade. E convivem casarões com casas mais modestas, jardins, muralhas.
É uma cidade com ruas generosas, onde os carros ainda não são donos e senhores, onde há ainda jardins e quintais nas zonas centrais, onde há alamedas largas e serenas.
Ouçam o que vos digo: venham visitar esta cidade. É mesmo uma maravilha.