Tenho algumas coisas para dizer mas como também tenho que fazer umas aprovações e enviar uns mails, ainda não sinto as mãos soltas para viajarem livremente sobre o teclado. É o que vos tenho dito: parece que apenas me sinto disponível para escrever quando todos os meus afazeres estão despachados. Deve ser aquilo de primeiro as obrigações e só depois as devoções. Parecendo que não, a matriz cultural de uma pessoa tem alguma importância.
Também tenho que me ir pôr mais à fresca que, há bocado, pensando nós que já estávamos aqui no nosso refúgio longe do mundo, ouvimos um barulho lá fora. O meu marido, com um big pau na pão, foi fazer uma ronda. O cão da casa lá do fundo, do outro lado da rua, só a ladrar. Fiquei dentro da casa, com o telemóvel na mão e procurei o número da GNR. Depois regressou, não viu nada. Passado um bocado, tocam à campainha no portão. Intrigados com aquilo. Visitas à noite num lugar destes, no meio do nada? Fui vestir-me. O meu marido foi ver ao portão. Era o vizinho do início da rua que vinha a pé, também com um grande pau na mão, da fazenda que tem lá em baixo. Passando pela nossa casa, resolveu vir saber se o canalizador que nos arranjou cá tinha vindo. Pois não. Disse que vinha de tarde para arranjar uma torneira em casa e ver o que é necessário para pôr uma torneira para mangueira na rua, lá do outro lado, para as bandas da capela. Com isto dos fogos, todos os cuidados são poucos. Mas não apareceu.
Portanto, agora, tenho que me ir desenfarpelar que isto aqui tem outra coisa: se se abrem as portadas para entrar o fresco, a luz atrai as melgas. Portanto, está calor. Também tenho que ir ligar a coluna refrescante. O meu marido está a ver futebol, nem dá pelo calor.
Mas, antes disso, ainda quero dizer outra coisa. Portanto, até já.
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