Vá lá. Pense, recorde-se. Ele é bem conhecido. Na continuação do que ontem já escrevi, acrescento agora:
Quando (supostamente) apaixonado, escreve mensagens matinais como: "Que outros desejem a fortuna, a glória, as honras, eu desejo-te a ti. Só a ti, minha pomba, porque tu és o único laço que me prende à vida, e se amanhã perdesse o teu amor, juro-te que punha um termo, com uma boa bala, a esta existência inútil".
E faz promessas ardentes e enlouquecidas de paixão como: "Quando estou ao pé de ti sinto-me tão feliz; parece-me tudo tão bom... Queres que fujamos? Foge comigo, vem, levo-te! Vamos para o fim do mundo".
À medida que a relação progride e um certo grau de intimidade é estabelecido, ele passa a criticar paulatinamente o objecto de sua "paixão": "não use esse tipo de sapato", "aprenda a tocar tal música no piano", "fale baixo", "não acredito que nunca leu esse livro?!", “você é infantil”, “solte esse cabelo”.
E quando a dama finalmente se entrega, aceita os seus apelos e faz as malas para viver com ele, ele fica irritadiço, diz que as coisas não podem ser feitas de modo tão precipitado; diz que está a trabalhar demais e que em breve terá que viajar para o exterior a negócios, e... desaparece.
Não, cara amiga leitora, ele não é o canalha que partiu o seu coração.
Este é outro. E você, caro Leitor, conhece-o.
3 comentários:
MEC?
Primo Basílio, certo?
Fugir rapidamente de homens com essa espécie de discurso e de manipulação...
Olá Teresa! Parabéns! Já incluí o louvor no texto.
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