Em qualquer organização, informaticamente tudo é possível: manipular, controlar, escamotear, forjar, avisar, anular, deitar foguetes e, com alguma imaginação, ao mesmo tempo ainda servir cafés.
A questão não está nunca em saber se é possível fazer. É. A questão está no que faz sentido fazer, no que é ético fazer, no que é rentável fazer, no que é legítimo fazer. E etc.
A informação pessoal de quem quer que seja deve estar sempre sujeita a toda a espécie de protocolos que garantam que ela só é usada para os fins previstos na lei e necessários à gestão da organização, seja ela qual for.
Bases de dados que contenham informação pessoal, fiscal e contributiva, por exemplo, só devem ser usadas para o cálculo e validação dos impostos e contribuições ou, em casos devidamente autorizados, para servir de prova em algum processo em curso e, mesmo nesses casos, não é qualquer cão ou gato que lá deve deitar o olho.
No caso da máquina fiscal, segundo ouvi ao Sindicato, ela tem por missão garantir o cabal cumprimento de todas as obrigações pelo que, em caso de suspeitas, os seus funcionários têm o dever de averiguar se os dados relativos a rendimentos e património justificam a ostentação de eventual riqueza por parte de algumas pessoas em particular. Não sei se é assim, se não é, pelo que não me vou pronunciar sobre isso. Admito que sim, que seja normal. Se não for, então é sobre os meios de averiguação de que os inspectores podem dispor que seria interessante discutir. E, se for essa a sua missão, há que ser executada de forma controlada. Mas controlada em relação a todos os contribuintes e não apenas em relação a alguns. Ou seja, deve estar vedado o acesso excepto aos agentes devidamente autorizados e parece-me normal que existam relatórios que evidenciem quais os contribuintes cujos dados foram monitorizados - e isto para garantir que os funcionários autorizados não andem, à sorrelfa, a cuscar os ordenados ou as casas de quem lhes apetecer.
Ou seja, parece-me normal que, a ser legalmente possível que o façam, as hierarquias dos funcionários autorizados a inspeccionar as bases de dados possam saber, executando algum relatório, por exemplo, que o seu subordinado esteve a ver os dados do Cavaco, do Passos, do Júlio Isidro, do Belmiro de Azevedo, do Zezé Camarinha ou do José Castel-Branco, do Joaquim, do Manel, do Ildefonso, da Luísa, do Sr. Pereira, etc, e que lhe possam perguntar a que se deveu isso, o que encontraram de anómalo, etc. Ou seja, sabendo que a sua inspecção seria sujeita a escrutínio, os funcionários agiriam apenas profissionalmente e dentro do escrupuloso cumprimento da lei.
Agora que algum chico-esperto tenha montado uma alarmística qualquer, coisa do mais fácil de fazer do ponto de vista informático, para lançar alertas de cada vez que alguém consultar os dados de alguns quantos parece uma daquelas brincadeiras infantis que não lembra ao careca (sem ofensa aos carecas, claro). Então, se o funcionário for cuscar os dados do Zé Maria dos Anzóis ou do Zé da Gatinha não faz mal nenhum mas se for ver os dados do Passos já tocam todas as campainhas? Era o que faltava, não é?
Do que me lembro, quando veio a lume a barraquinha da Tecnoforma, uns quantos funcionários levaram com processos disciplinares em cima por estarem a consultar os dados históricos de Passos Coelho e, na altura, o senhor do Sindicato, se não estou em erro, já atribuíu isso à alarmística associada à Lista VIP.
Estamos na República das Bananas, num circo de pinóquios, numa parque de aprendizes de palermas.
E depois negam, depois inventam desculpas, depois sacrificam os que estão mais baixo na hierarquia.
Uma indignidade, uma imaturidade, uma brincadeira tudo isto.
Só me espanta é porque ainda ninguém se deu ao trabalho de os transformar em personagens numa revista à portuguesa? Coisa de tipo cabaret da coxa, por exemplo. Ó santa paciência para aturar esta gentinha, senhores!
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5 comentários:
Não há palavras . Esta gente multiplica.se como células cancerosas. TRiste sina...
Parece uma anedota, o problema e que as pessoas ja começam a não ligar por ser tao habitual. E so levam a sério que o eng Socrates ande a usar cuecas com padras tigresee ou que o primo afastado tenha uma casa no algarve,tudo culpa do primo pois claro! Enfim.. Boa noite! V
É de uma pessoa ficar de boca aberta e esquecer-se de a fechar. Aliás, assim poupa-se trabalho. Vamos de perplexidade em perplexidade. São anedotas umas a seguir às outras num concurso infernal. Já nem sei se hei-de rir ou chorar.
Bj
Olinda
O governo em decomposição. A covardia quanto baste, com os responsáveis políticos a não darem a cara, a não se demitirem e a assacarem culpas ao funcionários do Estado.
Um governo de biltres. Aliás, isto já não é um governo, mas mais parece um bando de malfeitores e de irresponsáveis.
O Núncio (Paulo), mais a Marilu Albuquerque, mais o PM há muito que deveriam estar demitidos. Mas, aquela encomenda em Belém a tudo isto acha piada e mantém aquela rapaziada a fazer ainda mais estragos. O governo já se descredibilizou totalmente, não sei deste modo porque alguém como o PR o mantém, nestas condições.
O que mais irá aparecendo, que outros escândalos virão a lume?
Outro dia, neste último fim-de-semana, quando passeava com os cães, no campo à beira-mar, dei com uma ratazana morta, já em decomposição. Lembrou-me este governo (o simbolismo perfeito: ratazana e decomposta!).
P.Rufino
Hoje fiquei,BABADO...A dona da casa,a d.luisinha veio por os miúdos cá da casa em sossego ! O meu moral que andava tão baixo,teve um assomo de orgulho,que tal como a minha estimada "hipertensão" o meu orgulho,nesta cambada,subiu em flecha...ESQUECI,A CRISE,O DESEMPREGO,PENSÕES,RSI,O BES,BPN,BPP gente digna que por lá TENTA SER SÉRIA...Que mulher...Sapato alto,nariz arrebitado,já faz contas até 2020...amanhã,espero ouvir bem alto ZÉ GOMES FERREIRA,dizer...BENDITA PÁTRIA,que tal filha PARIU...Fui andar,respeitando a médica,que sabendo,que me partiram vários ossos,há muitos anos,vi com espanto,os mesmos pobres,BRANCOS,NEGROS,TIPOS COM VISTOS " GOLD" romenos,búlgaros,ex-jugoslávios,TODOS A PEDIR...A dona da minha casa ,não regula bem...
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