[Hoje meteu-se-me uma dor na cabeça que ia e vinha e, de cada vez que vinha, era mais poderosa. Não gosto de tomar comprimidos. Escusam de me lembrar que sou parva porque sei que sou. Podia ter tomado logo um ben-u-ron, coisa de bebés, mas, como a malvada, volta e meia ia, fui achando que, se calhar, já não voltava e que não valia a pena tomar o dito. Cheguei à noite mesmo incapacitada. Às tantas, porque recebi um mail a falar-me no meu Ginjal e Lisboa, blogue tão meu amado mas que ultimamente tem andado tão enjeitado, enchi-me de brios e escolhi um poema de um autor que desconhecia e que me está a agradar muito, Juan Manuel Roca, depois escolhi uma fotografia que fiz no Ginjal, depois escolhi uma música, uma pianada de Bill Evans e, estando montado o clima, escrevi um pequeno texto. Quando acabei estava um bocado melhor e portanto pus de parte o comprimido. Para ver se me passava de vez o mal-estar pus-me a ver se escolhia hotéis ou locais para o resto das férias. Agora já passa das duas da manhã e não cheguei a nenhuma conclusão porque vi que o tempo está trocado com os locais em que tínhamos pensado. Droga.]
Há bocado vi o Marcelo, tal como vi as repetições do arautozito do regime e as do láparo mal encarado, este a armar-se em amofinado com o gaitinha. O tema é impostos, what else? O gaitinha anunciou que a descontrolada* Maria Luís quer, porque quer, aumentar o IVA e que o vice-Portas não quer, porque não quer, aumentar os impostos e, que ele, gaitinha de duas beiças e que toca para onde lhe dá jeito dar música, achava que não senhor, nada de impostos, vão mas é trabalhar, ó malandros dos ministros que não fizeram o trabalho de casa. Pois bem, por causa dessa boquinha do gaitinha, o láparo, lábios para dentro, olhar arrepiado, todo ele incómodos, veio dizer que não senhor, que se há láparo que não goste de aumentar impostos é elezinho, mas que agora os ditos não estão em cima da mesa. Não referiu o que é que, então, está em cima da mesa e ninguém lhe perguntou - talvez porque aquele homem dá fastio, ninguém quer comer nada do que vem dali, nem farófias, nem facadas nos idosos ou desempregados. A pata que o pôs, dizem os bem educados, quando ele aparece.
Depois vi, então, o professor Marcelo, ar douto, condescendente, que nisso dos impostos nem um nem outro têm razão, que não é agora, que daqui por umas semanas é que se vai falar nisso, quando se discutir o orçamento para o ano que vem. E que sim, que o láparo prefere o Santana Flopes para Presidente da República que esse, sim, é maleável, manipulável e não é cata-vento nem gosta do mediatismo.
[Hoje estava a dar-lhe para a comedy, ó professorzinho mais stand up].
E que, assim sendo, ele, Marcelo, ex-Nem-que-Cristo-Desça-à-Terra, é carta fora do baralho de acordo com a escolha deste iluminado presidente do PSD. Esta do iluminado é minha, claro.
Como se a gente se interessasse a esta distância pelo tema das presidenciais. A gente quer é saber com quanto conta para pagar as batatas. E, portanto, se vai pagar mais impostos. Ora o gaitinhas diz que sim, o láparo mal disposto que não, e o engraçadinho diz que não é para já.
E eu digo: tá bem, abelha. Fio-me tanto em qualquer um deles como me fio no Carlos Costa. A propósito, acho que vou passar a chamar-lhe Carlos Borboleta, Charles the Butterfly.
Adiante e nada de brincadeirinhas que o assunto é sério.
Só espero é que aconteça um milagre - que eu nisto acho que isto já só lá vai com Acts of God, Forces Majeures, Coisas do Além - e que aquilo que ando a desejar há mais de 3 anos aconteça mesmo: que desatem todos à bofetada no conselho de ministros, e que o Cavaco, essa bela adormecida que repousa em Belém, não tenha como não acordar e dar-lhes um chega para lá. E esperar que, nessa altura, o António Costa já tenha também dado um valente chega para lá no Totó Zero e que, bolas, não me desiluda, que se porte bem, que consiga estabelecer acordos positivos, congregar esforços, gerir esta ingerível piolheira.
Tirando isso, para já não me ocorre dizer mais nada.
Não, esperem. Parem tudo! Ocorre-me, ocorre-me.
Acho que devo ter estado fechado num casulo e que o tempo passou sem que eu desse por isso. Agora acordei e dou por mim perante grandes novidades. Por exemplo, antes eu desconhecia que houvesse um cantor chamado Anselmo Ralph. Agora percebo que existe e que dá a volta à cabeça das meninas. Dizem-me que as letras das suas canções são do além, muda a acentuação para poderem rimar umas com as outras. Nada de mal. Os do governo também mudam o sentido às palavras para justificarem o que fazem. Agora estava a ver as notícias e ouço e leio: Feridos e detidos em concerto de Anselmo Ralph em Cascais.
Terá havido por lá um outro meet?
E não haverá por aí nenhum meetzinho marcado para as redondezas da Presidência do Conselho de Ministros? Pergunto. Só pergunto.
E não haverá por aí nenhum meetzinho marcado para as redondezas da Presidência do Conselho de Ministros? Pergunto. Só pergunto.
Ai, vidinha mais maluca esta, só coisas que não se aproveitam. Não há um assuntozinho jeitoso para a gente se deleitar com ele.
Há bocado tinha começado a escrever um outro post e até estava a gostar de o escrever, era sobre nuvens, mas, num dos intervalos da enxaqueca, pus-me a ver televisão e vi o Goucha a fazer de conta que dançava e, num pico de excitex, a dançar pela segunda vez, e a sua amiga, Cretina Ferreira, a gritar como uma capada, quase guincha, senhores, o mal que aquilo me fez à cabeça. O programa até parece engraçado mas aquela rapariga grita demais, senhores. Depois a Alexandra Lencastre, tanto botox meteu para dentro do lábio superior acima que ficou com a beiça inchada, parece que a coisa transbordou. Parte deve ter vazado para as mamonas e outra parte parece estar prestes a saltar-lhe pelo nariz. Resultado: nem me passou a dor de cabeça, nem, depois, fiquei emocionalmente estabilizada. Ou seja, não consegui prosseguir com as nuvens. Tive que me virar para isto que acabam de ler: tretas de alto a baixo.
Sorry.
Bom, mas já que o pé me fugiu para a dança e para não darem a visita por perdida, até porque não têm que pagar por eu não ter tomado o ben-u-ron, aqui vos deixo com um vídeo incrível que o Leitor Bob Marley no outro dia deixou num dos comentários.
Blue Journey: Gorgeous Projection Dance Set to Radiohead - America's Got Talent 2014
Nick and Rachel combine technology, projection and wonderful dance skills for a gorgeous performance (Radiohead's "Street Spirit (Fade Out).)
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Obtive as imagens que ilustram este post por aí sem saber qual a sua proveniência original, com excepção para o cartoon da dupla Láparo&Gaitinha que provém do blog 77 Colinas. A fotografia da Alexandra Lencastre não é do programa deste domingo mas a questão que referi não tem a ver com o que vestia.
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Hoje o que tenho para sugerir é que me visitem também no meu Ginjal e Lisboa. Tu continuarás para sempre nua no meu poema. Outra onda, portanto. Love, love, love.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana a começar já por esta segunda-feira.
2 comentários:
se dúvidas houvesse que o professor (e outros comentadeiros) nos tratam como ruminantes, é nas análises que fazem das próximas eleições. (consideram 5 milhões uma constante)
o pior é que se calhar até têm razão em tratar assim.
DEPOIS DE VER O PICHOTE A MURMURAR SOBRE IMPOSTOS,SIM,SIM VEIO O MESTRE DE CERIMÓNIAS DA T.V.I,DIZENDO:NÃO AGORA NÃO ! UMA TRAPALHADA,FOI O QUE FOI!!! TUDO ARRANJADINHO,QUE A TROPA É CAPAZ DE (não)ACREDITAR UM CHAVELHO,NO QUE DIZEM!!!PASSADO ISTO,VOU AQUI DEIXAR UMA PROPOSTA DE UM AMIGO; B.E.S ? já foi!NOVO BANCO? hummmm! MAS NOVO "BANDO...? É CAPAZ DE se ajustar? Nem sei o que dizer,por agora...
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