Meus Caros, este é o meu quarto post de hoje. Comecei com detectores de mentiras, depois fui de novo até à Serra da Arrábida e, a seguir, rosnei ao Tozé.
E agora, para atenuar, que venha um ensopado de borrego:
I saw the light
À hora a que estou a começar este meu texto cumpriram-se os 90 e picos minutos de jogo, tendo Portugal empatado por 2-2 com os Estados unidos. Dizer o quê? Que parece que uns estão coxos, outros cansados, outros desconcentrados, e a coisa parecia mesmo que ia acabar outra vez humilhantemente até um tal Varela marcar um golo que fez um empate e vá lá, não foi bom mas não será caso para chorar a noite toda. Ah, e o Ronaldo está com um penteado novo.
Desabafo convosco: mal o vi, desisti logo de ver o jogo. Que jogador mesmo a sério é que, numa altura destas, em vez de se concentrar exclusivamente no querer ganhar e em ter força para atingir o objectivo, se põe a experimentar gracinhas no penteado? Uma rapada lateral com um Z de zorra ou de zezinho ou o que é aquilo?
Chamem-me conservadora, o que quiserem, mas, se querem que vos diga, mal o vi naqueles preparos, achei logo que metrossexualidades destas numa altura crítica como a que Selecção de Portugal está a atravessar são de uma pimbalhice que até enjoa. E digo pimbalhice para me desviar da palavra que, de facto, me está a ocorrer, que também começa por p e que também acaba em ice, e que só não digo para não ferir algumas sensibilidades.
Estava eu de pé em frente da televisão, a ouvir o hino e preparada para aderir ao espírito da coisa, quando, vendo aquilo, me deu uma travadinha e, em sinal de protesto, dei meia volta e fui tratar de detectores de mentiras - embora já saibam: um olho está no burro e outro, sempre, no cigano. Ou seja, apesar de o meu ânimo ter logo esmorecido, ainda fiquei levemente na expectativa de que a coisa começasse a animar e me desse vontade de sair desta minha mesa para me ir pôr ao lado do meu marido, a puxar pela malta. Mas nada.
Que falta de pachorra: lesões, lesões, lesões, e uma falta de energia ou de concentração, ou de sentido de jogo, nem sei que nome dar àquela falta de capacidade de concretização.
Que falta de pachorra: lesões, lesões, lesões, e uma falta de energia ou de concentração, ou de sentido de jogo, nem sei que nome dar àquela falta de capacidade de concretização.
Não faço ideia de se este 2-2 dá para alguma coisa mas, não sendo eu entendida, do pouco que vejo, com uma equipa destas, todos derreados ou preocupados com penteados, não me apanham a torcer por eles.
E adiante que quero ver se me vou deitar daqui a nada porque estou mesmo a precisar de ir dormir.
O dia foi daqueles em que não deu para descansar durante um minuto: hora de arrumar a comida em caixas, as caixas numa geleira e mais iogurtes, sumos, sobremesas, frutas, pão, etc, o carrego do costume, e hora de largar, e hora de chegar, e hora de arrumar coisas, hora de acabar de preparar o almoço, hora de almoçar, hora de arrumar a louça, hora de separar o que sobrou por duas 'marmitas' e meia e, pelo meio, brincadeira pegada dos miúdos, e, depois, ao fim do dia, hora de levantar arraiais, hora de viagem, hora de chegar à cidade, hora de voltar a arrumar coisas, hora de fazer sopa. E depois passar fotografias para o computador, e depois escolher umas quantas. E, pelo meio, ainda uns telefonemas. E sei lá que mais. Por isso, com vossa licença, vou mesmo abreviar.
Depois o tempo começou a arrefecer e, às tantas, já estava um temporal. Nessa altura, claro, as brincadeiras recolheram-se ao interior. Saíram à cena novos brinquedos do tempo dos pais, e os pimentinhas todos concentrados a aprenderem as regras, todos entusiasmados a quererem ganhar.
Passado um bocado, depois de almoço, começou a trovejar - mas com uma força..., eram relâmpagos que atravessavam os céus e iluminavam a casa para logo rebentarem em bombardeamento do pesado. A trovoada estava mesmo em cima de nós. Pois bem, tão entretidos estavam eles com as suas brincadeiras que nem deram por nada. Ou melhor, deram. Mas não se assustaram e continuaram a brincar, como se aquele exagero fosse a coisa mais natural do mundo.
Depois, quando o temporal amainou, cá fora ficou tudo encharcado, pingando, o que é bom porque rega as flores e as árvores. O chão ficou coberto de flores amarelas das tipuanas ou cor de rosa dos loendros. As meninas aproveitaram logo para enfeitar os cabelos com flores, parecendo vindas do Haiti, e os rapazes para se molharem com brincadeiras que metiam abanar ramos e outras cabriolices.
E eu aproveitei para os ver, fotografar, derreter-me, babar-me e aspirar o ar limpo e perfumado. O cheiro da terra molhada e coberta de flores purifica-me a alma e ainda mais abençoada me sinto.
Apesar de já estarem cansados, ao fim do dia não queriam vir de lá, nunca querem. Claro que, pouco depois de os carros arrancaram, já estavam ferrados no sono. Eu não e, por isso, estou aqui já com os olhos mais fechados que abertos.
Contudo, dito assim, pode parecer que não gostei deste domingo. Errado. Adorei. Dia gostoso, dia com os braços cheios de amores, dia de muitas mil alegrias. Do melhor que há.De manhã, quando chegámos, ainda havia sol e a temperatura ainda estava amena. As brincadeiras começam logo no exterior, casinhas, varridelas (e bem precisado que tudo cá fora está de ser varrido, tantas folhas secas, tanta caruma, tantos figos bravos caídos).
Depois o tempo começou a arrefecer e, às tantas, já estava um temporal. Nessa altura, claro, as brincadeiras recolheram-se ao interior. Saíram à cena novos brinquedos do tempo dos pais, e os pimentinhas todos concentrados a aprenderem as regras, todos entusiasmados a quererem ganhar.
Passado um bocado, depois de almoço, começou a trovejar - mas com uma força..., eram relâmpagos que atravessavam os céus e iluminavam a casa para logo rebentarem em bombardeamento do pesado. A trovoada estava mesmo em cima de nós. Pois bem, tão entretidos estavam eles com as suas brincadeiras que nem deram por nada. Ou melhor, deram. Mas não se assustaram e continuaram a brincar, como se aquele exagero fosse a coisa mais natural do mundo.
Depois, quando o temporal amainou, cá fora ficou tudo encharcado, pingando, o que é bom porque rega as flores e as árvores. O chão ficou coberto de flores amarelas das tipuanas ou cor de rosa dos loendros. As meninas aproveitaram logo para enfeitar os cabelos com flores, parecendo vindas do Haiti, e os rapazes para se molharem com brincadeiras que metiam abanar ramos e outras cabriolices.
E eu aproveitei para os ver, fotografar, derreter-me, babar-me e aspirar o ar limpo e perfumado. O cheiro da terra molhada e coberta de flores purifica-me a alma e ainda mais abençoada me sinto.
Apesar de já estarem cansados, ao fim do dia não queriam vir de lá, nunca querem. Claro que, pouco depois de os carros arrancaram, já estavam ferrados no sono. Eu não e, por isso, estou aqui já com os olhos mais fechados que abertos.
Uma Menina Plim-Plim linda, linda |
As meninas grandes fazem pulseiras e a mais pequena também, claro |
E, como se todos os instantes não fossem já um presente daqueles que nos aconchega o coração, ainda ganhei também uma pulseira toda gira.
Oh happy days.
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Relembro: por aí abaixo há mais três posts e, como são tão variados, de algum hão-de gostar (espero eu...).
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A música lá em cima é I saw the light dos talentosos The Soaked Lamb.
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Desejo-vos, meus Caros leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda feira.
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1 comentário:
http://www.estrelasdomundo.com/ronaldo-homenagem-uma-crianca-doente/2014/06/23
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