A seguir a este post há dois outros que sabem bem: boa disposição, bom humor.
Foram-me enviados tal como me foi enviado o interessante texto que agora aqui publico.
Agradeço a generosidade dos Leitores tal como me desculpo pela falta de tempo que me leva a não ter tempo de aqui incluir tudo o que me enviam nem agradecer a todos quantos, tão simpaticamente, me escrevem.
Quando me reformar, daqui por cem anos, tentarei ser certinha, responder a tempo e horas e não deixar comentários ou mails sem resposta. Digo cem anos porque sou optimista. Se depender desta troupe que nos desgoverna nem aos 200 teremos direito a descansar e a receber uns trocos para o caldinho (porque com 200 anos já não devemos ter um único dente, a coisa já lá só deve ir a caldos e pela palhinha).
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Enquanto escrevo, estou a ver ora o congresso do PSD em que só vejo papagaios e cães amestrados em torno de um saco de ar (poderia dizer que o saco era de outra coisa mas sou bem educadinha, não digo), ora vejo o 8º marido da Zsa Zsa num outro sítio qualquer a dizer trapalhices manipuladas, sounbites, palermices sem qualquer sentido, coisas que espremidas valem menos que zero. Talvez seja porque o 8º marido não contou, o 8º casamento da Gabor foi anulado. Vou pensar se daqui para a frente não me vou referir a ele como o irrevogável vice Zsa Zsa.
Adiante que agora a conversa é a sério. Que entre a música ucraniana.
Лариса Остапенко Мамині руки (О. Білаш - М. Ткач)
Larysa Ostapenko Mother's hands (Oleksandr Bilash - M.Tkach)
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Cara UJM,
Um "documento", ou documentário, historicamente interessante, que, talvez, explique alguma coisa do que se está a passar, actualmente, naquele país, embora sejam tempos diferentes e distantes.
À época, a então URSS "absorveu" uma boa porção de território ucraniano.
De seguida, Estaline "roubou" uma parte da então Polónia (com o silêncio e aceitação tácita de Churchill (e Roosevelt) e indiferença do resto do mundo.
E, no final da II Guerra Mundial, a Polónia veio a "ficar" com uma parte do território alemão (nazi), que ainda hoje conserva, tal como a Ucrânia e por sua vez a Rússia actual.
A população, por essa altura, ucraniana foi grandemente desapossada do seu território, desapareceu, morrendo, de uma forma ou outra, à fome, deportada, quer para a Sibéria, quer para o Cazaquistão e outras Repúblicas da Ásia Central Soviética.
E uma determinada quantidade de cidadãos russos acabaram por ir viver para a Ucrânia, por ordem de Estaline, sob a supervisão de Béria (o chefe da então polícia secreta do regime).
Quanto aos polacos que viviam na região oriental da Polónia, depois desse território ter sido "cedido", à força das armas, à Ucrânia, essa população polaca foi deportada igualmente para a Sibéria e a Ásia Central, acabando os ucranianos do Oeste por ocupar, à força, por decisão de Estaline, a tal porção de território polaco de Leste, perdido, cedido.
Parte daquele território polaco "cedido" tinha pertencido ao Império Austro-Húngaro.
Hoje, 3 Países, desde o período entre os anos 30 do século passado e o fim da 2ª Guerra vivem em fronteiras artificiais, mas hoje oficiais, que assim lhes foram impostas, quer por razões políticas, quer pela força das armas.
A Ucrânia de hoje é um país de algum modo vítima daquelas decisões, com uma população ucraniana e russa e onde Moscovo continua a ter influência. Por razões históricas e de estratégia geo-política.
Mas, o silêncio e aceitação de alguns países à época e de alguns dirigentes, como Churchill e Roosevelt, permitiu que Estaline "desenhasse" aquela Geografia, que hoje se mantém.
A este propósito, sugiro a leitura do livro de Laurence Rees, "À Porta Fechada (segunda Guerra Mundia) - Estaline, os Nazis e o Ocidente", cuja tradução em português está à venda em Portugal, na Fnac e Bertrand, desde há uns 6 meses.
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O Extermínio dos Ucranianos pelos comunistas
O Extermínio dos Ucranianos pelos comunistas no inverno de 1932-1933.
Sete milhões foram mortos pela fome.
A humanidade nunca tinha visto um programa de extermínio tão eficiente como o realizado pelos comunistas.
As imagens são pinturas do pintor ucraniano Alexander Roytburd
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Depois disto é preciso mesmo uma lufada de humor.
Para anedotas e segredos de família é favor descerem até ao post seguinte.
Para anedotas e segredos de família é favor descerem até ao post seguinte.
3 comentários:
Olá, UJM,
Porque é que publicou este video, santo Deus?
Os ucranianos realmente têm uma história lixada, ainda pior do que a polaca, porque até os polacos os ocuparam.
Depois de acolherem como libertadores os alemães no início da 2ª GM, como tinham acolhido, um pouco mais de um século antes, as tropas napoleónicas (para se libertarem os austríacos e dos russos), foram maltratados por eles também de forma absolutamente horrível.
Milhões de deportados para trabalhar nas fábricas alemãs, extermínio de judeus (na Ucrânia, foi onde mais e maiores valas escavadas pelos próprios judeus, que para lá seriam atirados depois de mortos, se fizeram - não havia cá guetos), para além de se manterem as quotas de produção agrícola (era por não as conseguirem atingir que os camponeses não tinham direito a ficar com nada do que produziam e por isso morreram à fome)...
Já viu o que é um povo sofrer tanto, vir alguém dar-lhes esperança de por um fim a tudo isso, e fazer-lhe ainda pior!
JV
http://www.voltairenet.org/article182203.html
http://daditaduraademocracia.wordpress.com/
Estas coisas, mesmo sendo violentas, devem ser divulgadas. Convêm que nunca a memória as apague, para que nunca mais se repitam.
A Ucrânia foi país com uma história, apesar de tudo, menos sacrificada do que a Polónia (que séculos atrás chegou até Moscovo, humilhando os czares da altura), cujas fronteiras foram, desde sempre, redesenhas, até ao final da II Guerra.
Já a Ucrânia foi, sobretudo, vítima da prepotência e totalitarismo Soviético, tendo pago um preço elevado, enquanto República subordinada (e parte da URSS) aos títeres de Moscoco, à época comunista.
Hoje, ao seguir-se o que por ali se está a passar, com um Presidente em fuga e o caos político instalado, fica-se apreensivo. Qual será o destino final deste país, cuja convulsão Moscovo segue ao milímetro?
A ver vamos!
P.Rufino
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