sábado, maio 18, 2024

A minha orquídea não tem nome mas floresce, escandalosa e bela, como se fosse a Miss Mundo

 

São dois vasos. Estavam meio desfalecidas. Trato-as por igual: pinga de água a uma, pinga de água à outra. 

Vendo-as tão desmotivadas, chegou a passar-me pela cabeça levá-las para a rua. Quem sabe não estavam fartas de estar aprisionadas, postas à janela? 

Mas eis que uma desatou a dar ar de sua graça. Espampanante, gloriosa nas cores e na multiplicidade de flores. A outra, triste, ao lado.

Houve uma altura que a blogosfera se enchia de fotografias ou relatos dos avanços e recuos das orquídeas. Tinham sempre nome.

Na fase triste das minhas cheguei a pensar que estavam frustradas por eu as votar ao anonimato. Afinal, a que se desinibiu, pelos vistos, passa bem sem nome. A outra é que não sei. 

Mas que a da esquerda, toda boémia e, lá está, toda gauche, me encanta, lá isso não posso esconder. Orquídea mais flausina, a causar envy à pobrezinha da outra, a das direitas.

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