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sábado, janeiro 20, 2024

Lucy



Antes que pensem que pirei, digo já eu que talvez sim. Por isso, vou já dando a razão a quem se mostrar apreensivo com os meus últimos posts. 

Contudo, que não se retirem conclusões precipitadas. Não virei gata assanhada nem vovó matando cachorro a grito. Apenas pratiquei em mim mesma uma espécie de lobotomia. Imaginem que se consegue fazer um furinho, rearrumar os neurónios que estão ensarilhados, injectar um cheirinho de oxigénio, de preferência em versão perfumada, quiçá floral, e que, uma vez tapado o buraquinho, a pessoa está mais leve, menos assustada, menos triste. E, nesse estado, consegue fazer posts como os três últimos. É isso.

Mas agora apeteceu-me mostrar que ainda consigo tentar fazer posts menos azougados. E, assim sendo, permitam que aqui traga, uma vez mais, alguém que me deixa sempre comovida, estupefacta, rendida. 

Lucy is completely blind and has a chromosome 16 duplication, which is a rare condition affecting mental health with autism traits and affecting overall communication. Lucy is hypermobile and suffers with CVS. She is in remission from bi-lateral retina-blastoma and is globally developmentally delayed.

However, Lucy has an extraordinary talent and it is by using this natural talent, Lucy is able to communicate. (...)

O vídeo abaixo mostra uma pessoa extraordinária, a todos os títulos extraordinária. Lucy, a menina cega e autista.

Blind girl, Lucy, with neurodiversity stuns crowd with Chopin piano performance!

‘She’s a miracle!’ Viewers break down in tears over ‘beautiful’ Chopin performance by blind girl, 13, at Leed's train station.

Viewers were left in tears after watching a blind 13-year-old girl flawlessly perform Chopin on the piano at a train station in Birmingham.

Budding pianist Lucy took to the keys on an episode of Channel 4's The Piano, a talent show hosted by Claudia Winkleman and judged by pop star Mika and concert pianist Lang Lang. 

The show involves pianists performing at Birmingham New Street and London St Pancras stations in front of crowds while the judges watch in a secret room, before selecting one pianist at the end of each episode to perform on stage.


The Amber Trust - Lucy's story

This film is about teaching a blind child with severe autism and exceptional musical potential.

It features Lucy, who is 10 years old, blind, with autism and severe learning difficulties but exceptional musical potential, with her teacher Daniel, and Adam Ockelford, founder of The Amber Trust.

Lucy’s story is a part of ‘Amber Sound Touch’, The Amber Trust’s online resource for teaching music to blind and partially sighted children and young people, including those with additional disabilities. 

The Amber Trust was founded in 1995 to provide blind and partially sighted children, including those with additional disabilities, the best possible chance to meet their musical needs and aspirations and fulfil their potential. Amber aims to enhance the lives of as many of the 25,000 visually impaired children in the UK as possible through music, and to promote high quality music provision.


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Caso prefiram um outro tipo de música e de performance, queiram descer até onde se usam umas elegantes calças justas

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sábado, março 18, 2023

Lucy

 

Tenho a informar que, certamente fruto da sessão de hidroginástica e da meia dúzia de braçadas de ontem, esta sexta-feira dormi até depois das onze da manhã. Nem mais. Acordei e vi as horas para avaliar se ainda era boa hora para dar meia volta e dormir mais uma ou duas horas. Onze e vinte. De penalti, desde que me deitei, às duas e pouco, até às onze e vinte. Se não tivesse visto as horas de certeza que o sono se prolongaria, o corpo pedia-me mais. Levantei-me com sono. 

De tarde, tanto era o sono, fui para o meu cadeirão reclinável, puxei uma mantinha, fechei os olhos e foi imediato, boa noite cinderela. 

Infelizmente o cadeirão está junto à janela de que o urso de guarda fez guarita. Assim, mal passa um carro ou uma pessoa ou mal o cão do lado se mexe, aí está a fera a ladrar como se não houvesse amanhã. Por isso, a sesta, se existiu, foi de minutos. 

E o dia foi completamente improdutivo. Uma ressaca a preceito como se um ontem tivesse sido um dia de excessos. Mal dá para acreditar.

Parece que continua um qualquer bicho dentro de mim a sugar-me a carga da bateria. Ando sem pilha. O olfacto e o sabor estão repostos, a tosse foi-se e só de vez em quando fico com algum pingo ou alguma sensação de estar como que a resfriar-me ou a começar a doer-me a garganta. Coisas breves, episódicas, mal vêm assim se vão. Agora esta falta de energia mantém-se. É uma estupidez sem explicação

Apesar disso, entre uma breve caminhada a meio do dia (na verdade, a seguir a ter tomado o pequeno almoço) e a do fim do dia, fiz mais de dez mil passos. Mas esta última, debaixo de vento e frio, foi feita a pensar no bem que ia saber-me a caminha daí por mais um bocado. E sinto as pálpebras pesadas como se estivesse com défice de sono. Dá para entender...? Não dá.

E o meu marido está na mesma. Continua a levantar-se cedo, mas, de dia, passa largos períodos deitado no sofá (hoje, por exemplo, a rever os penaltis do jogo de ontem e, provavelmente também a dormitar) e agora, depois de se ter deixado dormir há séculos, já foi para a cama.

Claro que não fomos ao ginásio. Constatámos o óbvio: é melhor deixarmos passar mais uns dias.

Caraças para esta falta de energia. 

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E depois do boletim clínico (sorry por abusar da vossa santíssima paciência), vamos ao que interessa. 

Lucy. 13 anos. Um talento increditável.

O cérebro humano, esse vasto universo desconhecido, é extraordinário. Dá ideia que, nos casos em que os recursos não são distribuídos como usualmente, em vez de se perderem, não: são alocados a outras zonas. 

O caso de Lucy (tal como, por exemplo, o de Kodi Lee), é ilustrativo dessa hipótese. 

Lucy também é autista -- autismo severo --, e cega. Ainda quase bebé teve que ser operada a tumores malignos nos olhos. Tem também algum atraso no seu desenvolvimento. E, no entanto, apesar de parecer viver isolada do mundo, tem um dom extraordinário. Toca piano de uma forma absoluta. Todo o seu corpo vibra. Não se consegue dizer se é ela que procura a música para se entregar ou se é a música que a procura a ela para a envolver e conduzir.

O professor de piano, Daniel Bath, descreve o peculiar e difícil método de ensino. Diz também que nunca trabalhou com ninguém tão talentoso quanto ela. Ele toca, ela reproduz. Ela engana-se, ele põe as mãos dela sobre as suas. Ela escolhe o que tocar. Ou Bach ou Chopin. Ou Debussy. Outras vezes jazz. Intercala. E improvisa. 

Vê-se e ouve-se e não se acredita. Muito comovente. 

Mika e Lang Lang, que fazem parte do júri, também se mostram surpreendidos e emocionados.

Para assistir com o coração.

Lucy 
Ao vivo no Royal Festival Hall na  final de "The Piano"


E abaixo um vídeo em que se percebe melhor

The Amber Trust  -- A história de Lucy


Um bom sábado
Saúde. Amor. Paz.

sábado, fevereiro 11, 2023

Kodi Leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...!

 

Quem é Kodi Lee?

Kodi Lee é um músico e performer americano que ficou conhecido pela sua participação no programa de talentos "America's Got Talent" em 2019, onde venceu a competição com a sua habilidade para tocar piano e cantar. Kodi é cego e autista e a sua performance emocionante e talentosa inspirou muitas pessoas ao redor do mundo. Desde então, ele tem-se apresentado em vários eventos e continua a encantar o público com a sua música.

Quantos anos tem?

Kodi Lee nasceu em fevereiro de 1996, o que significa que ele tem 27 anos em 10 de fevereiro de 2023.


[Respostas dadas pelo ChatAGT. Ando a testar a esperteza do bicho...]

terça-feira, novembro 04, 2014

Duas irmãs cegas vêem pela primeira vez e 56 galinhas antes aprisionadas pisam o campo também pela primeira vez. A alegria da liberdade e do respeito, a alegria das coisas simples.


Ora bem. No post a seguir a este mostrei a boa relação que Cavaco estabelece com os animais. Já o tínhamos visto derretido com as vacas, com as cagarras e, mais recentemente, com os cavalos. Faltava-lhe um peixe. Foi esta terça feira: condecorou um cherne.

Mais abaixo ainda falei de outra que se dá melhor com animais do que com gente: a ex-jornalista Eva Cabral que agora ganha a vida a assessorar o Passos Coelho e a destratar quem ganha a vida a trabalhar honestamente. Mostrei ainda o que é aquilo lá pelo Gabinete do láparo: gente que nunca mais acaba, uma coisa completamente gordurosa.

Mas tudo isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra. Outra, muito outra. Não podia acabar o meu dia com aquela bicharada mal escamada ou cagarreante agarrada aos dedos.





Por isso, abro a janela, deixo que entre o ar fresco e molhado da noite. E vou partilhar convosco dois momentos especiais.

Quem por aqui me acompanha sabe como defendo as pessoas em geral. Pode parecer um lugar comum ou uma afirmação gratuita mas eu acho que não, que é uma opção determinante. Acho que as pessoas devem ser o centro de qualquer actuação política. Pelas pessoas deveremos lutar contra tudo, e contra todos quantos queiram preterir os direitos e o bem estar das pessoas em detrimento de entidades abstractas como os mercados, o sistema financeiro, interesses escusos e inconfessáveis. Pelas pessoas acho que, se necessário, vale a pena percorrer o último quilómetro, escalar mil vezes o mesmo monte, vencer mil demónios.

E preservar o planeta para que as pessoas o conheçam, geração após geração, limpo e belo, e investigar para melhor usar os recursos, e apostar na investigação e no saber, ensinar, curar, entreter.

Pela felicidade das pessoas em geral deveremos deixar de parte pequenas ambições pessoais, ressentimentos, atitudes mesquinhas.

É isso que penso, é assim que ajo.

Mas colocando as pessoas em primeiro lugar, não descuro o amor pelo planeta no qual me foi dada a graça de viver. Respeito e amo a natureza como alguns veneram um deus.

Uma árvore, um rio, uma rocha, um animal, a chuva, a luz, a sombra, o vento, um céu que se ilumina, um solo que se cobre de musgos, uma flor que aparece e desaparece, o tempo que passa. Comovo-me perante a natureza. 


Por isso, respeito também os animais. Respeito a sua dignidade. Sei que são inteligentes. Convivi, dentro de casa, durante treze anos, com um animal inteligentíssimo, meigo, amigo.

Observo os animais na natureza e admiro a sua auto-suficiência, a sua liberdade, a forma inteligente como vivem.

Não consigo, portanto, aceitar que haja animais maltratados, tratados de forma indigna, não suporto que se ignore a sua dor.

Não consigo ver filmes que mostram as quintas em que os animais vivem de forma ultrajante, sujeitos a total desconforto e mortos com terrível sofrimento.

Mas, em contrapartida, foi com gosto e emoção que vi um vídeo que a Margarida, grande defensora dos direitos dos animais, me enviou. Galinhas retiradas de aviários infernais são colocadas pela primeira vez no campo, num chão com erva, sentem a frescura da natureza. A surpresa e hesitação das galinhas é comovente.

Igualmente comovente é o outro vídeo que descobri. Queria fazer um paralelo, encontrar imagens de alguma criança que visse pela primeira vez. E encontrei. É emocionante. Tomara que haja cada vez mais consciência cívica e mais condições para tratar todos quantos precisam.

A alegria das duas irmãs quando conseguem ver pela primeira vez é uma alegria também para quem as vê.


Sonia e Anita, duas irmãs que vivem na Índia, eram cegas desde o nascimento mas uma simples operação tornou possível que vissem a sua mãe pela primeira vez. A organização não lucrativa 20/20/20 providenciou operações gratuitas a estas irmãs - assim como a milhares de outras pessoas em países em desenvolvimento. Isto dá às pessoas de comunidades pobres a possibilidade de construírem um futuro melhor. Neste pequeno filme, a Blue Chalk Media mostra a tocante história das duas irmãs e revela a sua reacção quando lhes retiram as compressas dos olhos.





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E então agora, depois das crianças, os animais. Ao ver o filme abaixo, lembrei-me de quando eu era pequena e ficava com uma das minhas avós. Isso era antes de eu ir para a escola infantil ou, depois dos 4 anos, quando saía da escola e até a minha mãe me ir buscar.

Essa minha avó vivia numa casa com muito campo à volta, uma largueza, uma vista até ao mar. E tinha patos. Mas os patos andavam à solta. Passavam em grupos e iam à sua vida. Nem eles se condicionavam pela nossa presença nem nós achávamos fantástico que os grupos de patos passassem por nós, saracoteando-se. Era normal. Depois, por volta das 5 da tarde, antes da minha mãe vir e, no tempo frio, antes que escurecesse, a minha avó dizia que fossemos procurar os ovos. Ia eu e o Tó, meu grande, grande amigo, um ano mais velho que eu, rapazinho muito atilado e inteligente de cuja companhia eu não prescindia.

Espreitávamos debaixo dos arbustos, percorríamos os caminhos que os tínhamos visto a percorrer, já conhecíamos os esconderijos onde costumavam depositar os seus tesouros. A minha avó dava-me uma cestinha onde nós depositávamos os ovos com mil cuidados. Às vezes, logo ali, quando chegávamos com os ovos, preparava-nos uma gemada, ovo batido com açúcar. Por vezes, fazia só com a gema, ficava mais macia mas não rendia, ia-se num instante. Geralmente fazia com o ovo inteiro. 

Éramos muito felizes, eu, o Tó e os patos. Nunca nos passaria pela cabeça tratar os patos com desrespeito. Eles habitavam aquele espaço tal como nós. E davam-nos o melhor de si pelo que era de elementar justiça que nos sentíssemos agradecidos.



56 galinhas resgatadas de um aviário foram trazidas para uma quinta para aí viverem à solta, à vontade, vêem um campo a sério pela primeira vez.





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As fotografias foram feitas in heaven. Claro. A terra dos meus mil amores.

A música lá em cima é: Romance para piano e violino, Op.11 de Dvorak


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Relembro: continuando por aí abaixo encontrarão mais dois posts, qualquer deles relativo a gente que parece que está no seu melhor quando está a lidar com animais. Mas atenção com as extrapolações: há animais e animais (coisa que Orwell tão bem demonstrou).

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Desejo-vos, meus Caros leitores, uma boa quarta-feira. 
Saúde, sorte e boa disposição são os meus votos.
(em vez de 'são os meus votos' ia dizer 'é o que vos desejo' mas lembrei-me a tempo: duas vezes desejo é exagero)

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sexta-feira, maio 25, 2012

'Nunca se deve gatinhar, quando o impulso é de voar', 'evitar o perigo não é, a longo prazo, mais seguro do que expor-se a ele', 'a vida é uma ousada aventura ou, então, não é nada' - palavras proferidas por quem não via, não ouvia, não falava. A fantástica história de uma mulher de fibra que nunca deixou de voar


Música, por favor

Bach - suite nº 1 para violoncelo, Mischa Maisky

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Era uma menina que nasceu perfeita, saudável. Contudo, quando tinha 19 meses, adoeceu, talvez uma meningite, talvez escarlatina, difícil agora saber, tanto tempo depois.

Só que, na sequência dessa doença, uma desgraça aconteceu: a menina ficou cega, surda e muda. Incomunicável. Nada chegava até ela, nada chegava dela. Nem imagens, nem sons.



Helen fechada no seu mundo


Tornou-se uma criança difícil. As pessoas da família não percebiam o seu comportamento, as suas reacções, não sabiam como relacionar-se com ela, não sabiam mesmo.

Até que, quando tinha quase 7 anos, depois da mãe ter lido um livro de Dickens em que este relatava um caso de ensino de uma mulher também cega e surda, os pais de Helen contactaram médicos especializados e estes recomendaram uma aluna de 20 anos como professora. Anne Sullivan viria a tornar-se uma companhia, um apoio, até ao fim dos seus dias.



Helen à esquerda, com a sua boneca e com Anne Sullivan

Doll viria a ser a primeira palavra que aprendeu;
um mês depois Anne fê-la sentir a água e ensinou-lhe a palavra água e isso foi, para Helen, uma verdadeira revelação


E, aos poucos, o mundo desta criança que a vida aparentemente tinha votado ao isolamento mais profundo, começou a abrir-se. Essa criança, nascida nos EUA em 1880, era Helen Keller.

Convido-vos a verem agora o pequeno filme, feito muitos anos depois, no qual Anne explica como conseguiu estabelecer comunicação com a menina condenada a viver fechada dentro dela própria. No emocionante final vemos Helen a dizer 'I'm not dumb now' repetindo o que 'ouvia' a Anne.




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Música, de novo, por favor



O Fortuna - Carmina Burana, Carl Orff, orquestra dirigida por Andre Rieu



Mas o que aconteceu depois da comunicação se ter estabelecido, prova bem que ninguém está condenado à partida, ninguém é verdadeiramente vítima das circunstâncias, ninguém deve dar-se por vencido antes do tempo.



Anne Sullivan lê para Helen


Anne ensinou a Helen a ver o mundo, a ler, a comunicar. E Helen estudou, formou-se. Aprendeu a falar.  Embora com dificuldade e com necessidade de intérprete, fazia discursos, dava aulas. Correspondia-se, gostava de escrever - até que os seus dotes literários foram reconhecidos. Escreveu 12 livros e publicou vários artigos.

Tornou-se uma cidadã comprometida com o mundo. Foi sufragista, pacifista. Movia-se por causas. Era socialista e uma socialista activa.



Helen, mulher do mundo e que viria a ser amiga, por exemplo, de Charlie Chaplin, Graham Bell, Mark Twain


Bateu-se pelo controlo da natividade, pelos direitos dos cegos, dos surdos, dos que tinham alguma forma de deficiência.

Formou a Fundação Helen Keller que se dedicava à investigação sobre a cegueira, à nutrição e à saúde em geral.

Mais tarde viria também a formar a American Civil Liberties Union e bateu-se contra o capitalismo que estrangulava o desenvolvimento de grande parte da população, bateu-se pelos direitos humanos onde quer que soubesse que estavam ameaçados. Escreveu numerosos manifestos contra a exploração dos trabalhadores, contra a discriminação. Percorreu cerca de 40 países, inclusivamente o Japão onde era muito querida.



Helen Keller - um exemplo para sempre


Viveu até 1968, até aos 88 anos. A sua vida continuará a ser, para todo o sempre, um extraordinário exemplo da força do querer.


  • Prefiro caminhar com um amigo no escuro, do que sozinha na claridade
  • Embora o mundo esteja cheio de sofrimento, está também cheio de situações em que o sofrimento é ultrapassado.
  • Aquilo que em tempos apreciámos e amámos profundamente, nunca se perde pois tudo o que amámos profundamente fica a fazer parte de nós.
  • As pessoas mais patéticas do mundo são as que têm vista mas não visão.
  • O mais importante na educação é o ensino da tolerância.
  • Aquilo de que eu estou à procura não está aí fora, está dentro de mim.
  • Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre; mas geralmente ficamos tanto tempo a olhar para a porta fechada, que nem reparamos na que se abriu para nós.
  • A ciência pode ter acabado com a cura para a maior parte dos males; mas não encontrou o remédio para o pior de todos - a apatia dos seres humanos.
  • O optimismo é a fé que nos conduz até conseguimos o que queremos.

Palavras de Helen Keller, em tempos uma menina que não via, não ouvia, não falava - algumas das muitas palavras que proferiu ao longo da sua vida.

Que não as esqueçamos, que nunca esqueçamos a sua história - e que nos sirvam de exemplo quando nos sentirmos desalentados. Tudo se consegue: com esforço, com persistência, com determinação, com fé em nós próprios.

***

Nem sei se faz muito sentido, agora, convidar-vos a ir até ao meu Ginjal. Por lá o registo é outro: uma zaragata que só visto em volta de um novo poema de João Paulo Cotrim, que acompanha com o Falstaff e, claro, é ainda Verdi. Mas apareçam por lá, gosto de vos ter como companhia.

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E tenham, meus Caros Leitores, uma excelente sexta feira. 

Enjoy! And smile!