No post abaixo mostro uma entrevista divulgada pelo site da Vogue inglesa, At Home with Kate Moss. A propósito falo um pouco dela e do quanto ela tem inspirado artistas variados - mas graça mesmo o que tem é a conversa dela.
Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.
Ando um bocado constipada há uns dias, sinto-me ligeiramente adoentada, há bocado tomei um anti-histamínico e, por tudo isso, estou com menos pilhas do que o habitual. Claro que, quando anunciei que este domingo não estava disponível, que ia ficar em casa, me perguntaram se tinha febre e parece que o pimentinha mais crescido até perguntou se eu tinha legionella. Pois, acho que não, nem andei por aquelas bandas (a não ser que passar na A1 na zona da Vialonga e Alverca conte). Mas, mesmo não sendo isso (noc-noc-noc, três vezes na madeira) e sendo apenas uma porcaria de uma doençazeca, a verdade é que estes resfriados ou gripes ou lá o que isto é deitam uma pessoa um bocado abaixo.
Mas amanhã já vou estar fina até porque tenho programa nocturno e ai de mim se falhava o evento. Depois logo conto até porque promete; mas, como devo chegar tarde a casa, talvez seja apenas uma nota breve. Logo vejo o que consigo fazer.
De tarde, enquanto, deitada no sofá e tapada com uma manta quentinha, lia de gosto O Grande Rebanho de Jean Giono, ia pensando que, à noite, aqui, no Um Jeito Manso, tinha muita matéria para pôr em dia. Pensava, por exemplo, nas ligações de Durão Barroso ao BES ou noutras coisas desagradáveis como a venda do País ao desbarato, seja a chineses, angolanos, brasileiros, omanitas, a quem calhar; mas a verdade é que, agora, não tenho disposição para falar das teias de que se tem tecido a vida política em Portugal, grande parte dela subordinada a interesses oportunistas e, em alguns casos, pouco mais do que feudais.
Contudo, em dias assim, quando não estou em grande forma, só me apetece falar ou pensar em coisas que me agradam.
Por isso, com vossa licença, que se lixem o Cherne e as suas liasons ao BES, a Isabel dos Santos, agora com a OPA sobre a PT e a quem já não deve faltar muito para ser a nova DDT, e os anormais sempre de perna aberta que acham muito bem que se perca a soberania num abrir e fechar de olhos, sem que se lhes ouça um ai.
Vou antes partilhar convosco casas ou jardins de que muito gosto.
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. 1 .
Já não é a primeira vez que aqui trago Luis Barragan, cuja arquitectura muito me inspirou numa dada altura em que pintei várias telas a pensar nas linhas puras, nos recantos subtis e nas cores quentes das suas casas.
A sua casa é maravilhosa. Se um dia me sair o euromilhões (coisa que acho que um dia vai acontecer e, por isso, apesar de saber que a probabilidade é ínfima, jogo todas as semanas), tentarei descobrir um arquitecto que me desenhe uma casa - uma casa tripla (para os meus filhos poderem viver perto de mim) - do género da casa de Barragán. A casa mete-se pelo jardim e o jardim, quase selvagem, entra pela casa e, mesmo que não houvesse tudo o resto, quase que só isso bastava. Mas há: as cores, os ângulos de luz, o silêncio. Um despojamento que me toca.
Casa Estudio Luis Barragán, México
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. 2 .
Há um outro jardim que acho muito belo. As cores, a vegetação, a água do Jardim Majorelle em Marrakech, Marrocos, são exuberantes e maravilhosas. Aquela conjugação de azuis escandalosos com os verdes em todas as gradações, as flores, os cactos, o marulhar da água, tudo aquilo é superlativo. O jardim foi desenhado pelo artista francês Jacques Majorelle em 1920/1930 e adquirido em 1980 por Yves Saint-Laurent para evitar que fosse convertido em hotel. YSL dizia que aquele jardim era uma inesgotável fonte de inspiração. Acredito.
Jardin Majorelle, Marrakech
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. 3 .
Não queria deixar de aqui ter um jardim português ou uma casa mas não encontrei vídeos sobre aquilo de que me estava a lembrar. Até que pensei no parque ligado a um palácio que acho também de grande beleza e a merecer uma visita, Monserrate.
Transcrevo o texto que acompanha o vídeo.
O Parque de Monserrate integra exuberantes jardins e um palácio, testemunho ímpar dos ecletismos do século XIX, onde os motivos exóticos e vegetalistas da decoração interior se prolongam harmoniosamente no exterior. O relvado fronteiro ao palácio permite um descanso merecido, antes de prosseguir na descoberta de um dos mais ricos jardins botânicos portugueses. Em setembro de 2013 o Parque de Monserrate recebeu European Garden Award para "Best Development of a Historic Park or Garden" (Melhor Desenvolvimento de um Parque ou Jardim Histórico).
Parque de Monserrate, Sintra, Portugal
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Relembro: sobre aquela que (aos 40 anos) continua a ser uma musa para fotógrafos e demais artistas e uma extraordinária máquina de fazer dinheiro, falo um pouco sobre ela e partilho um vídeo agradável, At home with Kate Moss, no post já a seguir.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana a começar já por esta segunda-feira.
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