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quarta-feira, dezembro 18, 2024

Uma loura de 35 anos e uma morena de 52 encontram-se.
Depois tiram as meias e brincam dentro de cálices de água (espero que quentinha):
qual a mais sexy?

 

Não vos digo nem vos conto. Ando aqui numa fona que me tem ocupado de sol a sol e para além disso (ou seja, o sol põe-se -- o que não é difícil pois anoitece a meio da tarde -- e continuo até às quinhentas). Forçosamente tem-me faltado tempo para o resto. Tinha resolvido que entre domingo à noite e amanhã à noite ia estar concentrada nisso. Na quinta-feira tenho um programa compacto e, por isso, o que tenho a fazer tem que ser até amanhã. Claro que a seguir às festas ainda é dia, há mais que tempo. Mas eu sou de despachar tudo o que meto na cabeça para depois me atirar ao que se segue.

Mas, afinal, amanhã também já não vou poder estar focada no meu assunto pois o meu filho já arranjou maneira de nos meter em trabalhos. Quando perguntou o que é que nós estávamos a pensar fazer para o almoço de Natal, falei-lhe no que estava a pensar como prato de peixe e como prato de carne. Para o peixe estou a pensar inventar uma coisa, que nunca fiz, que não faço ideia se já alguém fez alguma coisa assim, e para prato de carne algo mais banal. O meu filho disse que para o prato peixe lhe parecia bem mas, para carne, achava que deveríamos fazer uma coisa mais tradicional, a saber, um assado em forno de lenha. Quer eu quer o meu marido, ao pensarmos no produto final, ficámos tentados. Mas agora estamos apreensivos. Primeiro, já vi que a lenha boa para o efeito não pode ser pinheiro que é o que temos cá. Teremos que ir comprar azinho ou carvalho ou oliveira e só espero que não tenhamos que dar a volta ao bilhar grande para descobrir. Também temos que ir ao talho encomendar o que queremos pois não podemos correr o risco de chegar à véspera e o talho não ter. Mas o que nos preocupa é que, desde que para cá viemos, nunca usámos o forno de lenha. Mesmo no campo, onde temos um forno destes, há anos que não usamos. É uma trabalheira: horas para a lenha pegar e aquecer o forno, depois horas para a carne lá cozinhar. Ora quando temos que garantir que por volta da uma ou duas da tarde tem que estar tudo bem cozinhado, a que horas teremos que nos levantar para dar início à faena? Não vou levantar-me às seis da manhã... Teria que ser o meu marido. Mas é violento. O meu filho falou em deixarmos a carne a cozinhar durante a noite. Mas na véspera só cá devemos chegar lá para a uma e tal (ou seja, já no dia 25) e se nos vamos pôr a atear a lenha, teríamos que nos levantar lá para as quatro para colocar os tabuleiros com as carnes. Também não dá. Ou seja, não estou ainda a ver como vou desembrulhar esta.

Mas isto para dizer que amanhã não vou conseguir estar o dia inteiro a estudar e a testar e a tentar aquilo que agora meti na cabeça fazer. Por isso, mal acabe de escrever isto, vou-me atirar de novo.

Não tenho conseguido responder a comentários nem responder a mails pois estes dias estão curtos demais para a dimensão da minha ignorância e da minha inexperiência. Não levem a mal mas isto é mesmo uma enorme falta de tempo.

Por isso, também não vou comentar nada sobre actualidades ou desactualidades. Estou numa de 'me dá igual'. A minha cabeça está noutro lado e só tenho uma, não consigo que ela esteja ali e aqui e acoli ao mesmo tempo.

Por isso, deixo-vos com duas beldades. Uma é loura e oura é morena. Taylor Swift e Dita Von Teese. Da segunda já não falo aqui há algum tempo mas acho-a o máximo. É a rainha do burlesco, género que makes my days

Bejeweled (Behind the Scenes with Dita Von Teese)

E aqui o produto final:

Um dia feliz a todos!

quarta-feira, agosto 15, 2018

O que é que tem mais a ver comigo?
Um anjinho penugento de cabecinha encarnada descendo no vazio?
Ou o Coro das Líbidos Activas?
Pergunto.


Recebi de um Leitor, a quem agradeço, um vídeo interessante mas, sobretudo, bonito, com o seu quê de poético. Claro que, na volta, sou eu que vejo poesia onde outros vêem apenas leis da Física. Mas não faz mal. Uma vez li um livro sobre os sonhos de Einstein e não me lembro do que lá dizia mas não me esqueci do título. A ideia de Einstein ter chegado a conclusões por mera intuição, não querendo saber de perder tempo com trabalheiras dedutivas é coisa que me é muito cara. E gostei muito de outro livro que tinha um título que era Esta é a cor dos meus sonhos, do Miró. Mas este agora não vem a propósito.

O vídeo tem a ver com isto, com a maravilha que é as ideias em abstracto, ou os sonhos, chegarem à verdade avant la lettre (digamos assim). Transcrevo o texto que acompanhava o vídeo:
Galileu, nos finais do século XV, postulou que dois quaisquer objetos, independentemente do seu peso, quando deixados cair de qualquer altura, não havendo resistência do ar, ou seja, se libertados no vácuo, levariam o mesmo tempo a chegar ao solo. 
Agora, utilizando a câmara de vácuo gigantesca do CERN, foi possível confirmar este postulado utilizando penas e uma bala de canhão, o que surpreende até a mente mais aberta.
Por acaso, para quem não saiba e veja de longe, até parece o anjinho de algodão felpudo que tenho a voar aqui no tecto da minha sala, aquele que a minha filha me ofereceu e que dança quando lhe dá alguma aragem. Só que o meu anjinho não tem a cabeça redonda e encarnada como este aqui nem a minha sala é um poço vazio. Pelo contrário, o meu anjinho voa sobre uma sala pejada de livros e caixinhas de música e jarrinhas de Murano e esferas de vidro com medusas inside e clepsidras e ampulhetas e demais objectos variados. Uma festa sobre a qual onde anjinho algum aceitaria aterrar a pique como este aqui do vídeo.



Mas se aquele meu Leitor me acha dada às Físicas, já o algoritmo do youtube parece que me tem em conta de depravada encartada, coisa que me incomoda bastante até porque eu, por aqui, sempre mostrei ser uma pacata e convencional criatura. Sou dada a poesias, a rêveries, a bucolismos e ecologias, a canto de passarinhos (gregorianos e outros), a florzinhas do campo, a tareiazinhas em laranjas obsoletas, em remoquezinhos pedagógicos num certo catavento que voou para belém a mando de nosso senhor, numa ou noutra referência a filmezinhos, num ou noutro conto devótico.

Porquê, então, isto de me sugerirem um Coro de Líbidos Activos, uma Associação de Freiras? Ainda por cima umas freiras anafadas a fazerem striptease... que coisa intelectualmente mais indigesta... Não lembra ao careca. Mas, enfim, esta malta das inteligências artificiais não bate bem da bola, temos que dar desconto.



Agora, fui de novo espreitar as sugestões e o maluco do algoritmo apareceu-me com uma música do Reggiani, uma cantata de Bach, um teste de personalidade, um trailer de um filme que desconheço, um do Joe Dallesandro e outro, imagine-se, com truques que eu devo saber ao utilizar a esponja de lavar a louça. Portanto, para o algoritmo da google, estes são os meus interesses típicos. Nem valia a pena mandarem-me vender a alma ao diabo com assessements que me viram do avesso porque o algoritmo já me topou a milhas. 

E pronto. Permitam-me só que vos recomende o post abaixo onde se falam de homens e mulheres sensuais, sobre a ternura versus erotismo e onde partilho alguns momentos ternos, ternos, ternos de arrebatar o coração. Tenho dias. 

quinta-feira, julho 12, 2018

Um maluco numa quinta, um maluco com armadura, um maluco vestido de troféu, um cavalo que parece maluco e um primeiro ministro que é um pingo doce mas de maluco não tem nada.
[E uma ervilha doce a fazer strip -- para haver aqui alguma coisa séria]


Ainda antes de decidir se divulgo ou não o resultado da adivinha de ontem -- embora esteja mais inclinada para me vingar; não se admite que ninguém tenha adivinhado! -- e depois de já me ter arreliado com a peniquenta May com aquela chapeleta enfiada na cabeceta, vou aqui partilhar convosco as fotos de uns quantos bacanos.

É mais do que sabido: maçam-me os certinhos, os intelectualóides de pacotilha, as virgens ofendidas. Em podendo, sou mais dada à desbunda do que à moral de sacristia. Portanto, apesar de um dos que aqui mostro ser maluco encartado, um maluco fanático e perigoso, vou juntá-lo a dois maluquinhos inofensivos, a um cavalo que, com as cheias, foi parar a cima de um telhado e a um bacano que de maluco não tem nada e mais depressa dará com os outros em malucos do que ele dará sinal de algum dia na vida poder vir a pifar nem que apenas ao de leve.

Kim Jong-un inspects a farm

Wimbledon fan Chris Fava, dressed as the men’s singles trophy, poses for a photo with a London fire brigade officer on centre court on manic Monday

Artist and performer Abraham Poincheval wears a suit of armour as he walks through western France. He plans to walk 170km (106 miles) across Brittany dressed in the armour

A small horse is stranded on a rooftop after floodwaters subsided in the Mabicho district of Kurashiki, Japan.
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E, para ter aqui um breve apontamento cultural, coisa que não desmereça o espaço aqui neste lugar de cultura e sobriedade, junto a esta ajuizada galeria um número do mais fino recorte de classicismo musical. Não é uma performance recente mas o que é de qualidade não tem idade.


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[As imagens com legendas em inglês provêm do The Guardian e a do Costa Pingo-Doce foi oferta do Leitor E. a quem muito agradeço]

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E queiram continuar a descer caso queiram ver uma ganda maluca com um peniquinho no cocuruto.

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sexta-feira, maio 11, 2018

Só uma pergunta:
a diligentíssima Santa Mana Joana já seguiu as orientações da pura donzela que dá pelo nome de Manuela Moura Guedes e já começou a investigar o seu antecessor Pinto Monteiro?



Só a ficção poderá um dia descrever o que a SIC, o Correio da Manhã e demais avençados andam a fazer, ressuscitando mortos, desencantando fantasmas e fantasiando de jornalistas toda a espécie de figurantes e ressabiados.
[E, para que não subsistam dúvidas, uma vez mais repito: que quem for julgado culpado -- pelos Tribunais e não pela justiça popular -- seja condenado. E chamo a atenção: não é isso que, neste meu humilde texto, está em causa. O que está em causa é a tentativa de atropelo aos valores mais basilares do Estado de Direito, criando na opinião pública o sentimento de que os Tribunais são desnecessários uma vez que a verdadeira condenação é a que acontece na praça pública. Perigoso isto.]
Só a ficção poderá reproduzir a sanha desenfreada a que se assiste. Galinhas destravadas, desbocadas a preço de saldo, patetas que se julgam ilustrados, dâmasos e manos costas de braço dado -- de tudo tem vindo a terreiro para saltar a pés juntos sobre quem está na mó de baixo. De repente, um único homem arca com todas as culpas do universo e todos os que o tocaram são postos sob escuta, sob suspeição. Todos. Os que parece que fizeram, os que podem ter feito, os que alguém acha que gostavam de ter feito, os que se pensa que gostavam de um dia poderem fazer, os que ninguém sabe se não fizeram, os que talvez tenham tido um sonho em que pareciam que estavam a fazer, os que juram que nunca fizeram mas sabe-se lá se fizeram, se não fizeram -- tudo suspeito, tudo condenado, tudo pronto para ir para a cruz, tudo pronto para ser apedrejado.

Um desfile de acusadores de pedras na mão.

E, cereja em cima do bolo, em horário nobre, a mega-bocas, a injuriadora-mor, a desbocada Moura Guedes é alcandorada ao balcão da SIC para mostrar a mal contida raiva, para clamar por ainda maior vingança -- e, para tornar ainda mais divertida a ópera bufa, enquanto louvava a Santa Mana Joana,essa eficientíssima magistrada, lança o repto de mandar investigar Pinto Monteiro. Nem mais.

Pena que tenha deixado pelo caminho outros de quem poderia ter-se lembrado como o tal dos submarinos ou aquele de quem se falou aquando dos cartões gold ou o outro que ganhou uns oportunos e valentes cobres com acções do BPN ou os da Tecnoforma. E mais uns quantos. Mas desses a boca escancarada da Moura Guedes esqueceu-se. Pena. Pena.

Isto de que agora falo deu-se há dois dias e eu nem estava para falar no assunto. Mais que fazer. Mas agora, depois dos meus bem-amados bailarinos da areia e do Charlot, apeteceu-e encerrar o expediente com um verdadeiro número de burlesco e nada melhor do que falar em mais uma palhaçada da SIC, esta com a Boca Guedes.

Vamos ver quem ainda lá vão ter em horário Nobre. A Felícia Cabrita, talvez. Essa é que era. Quiçá, até, uma mesa redonda moderada pelo Dâmaso: a Felícia Cabrita, a Moura Guedes, a Lenita Matos e o Totó Miguel Tavares, mesa redonda essa, no fim, comentada pelo mano Costa. Boa?

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Mas vá, chega de burlesco em mau. Que entre o burlesco em bom.

Imaginemos, por exemplo, esses dois grandes admiradores do tal que agora todos querem espezinhar: a acima referida, a pura Moura Guedes, com o marialva José Rodrigues dos Santos. Imaginemo-los in love, unidos pelo ódio ao tal outro. Faz de conta que são estes aqui abaixo, Masokiss e Sven Inches. Apreciemos a sua arte.


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E agora permitam que vos aconselhe a continuar a deslizar porque abaixo é que estão os números de qualidade.

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

E então agora, ó sô Dona Santa Mana Joana, não vem pedir desculpa ao Ministro Centeno?
E não vem explicar aos portugueses porque é que se prestou, uma vez mais, ao papelão de pôr o MP a servir de arma de arremesso a favor dos ex-PàFs, Observador, Correio da Manhã e demais baderneiros?
Não vem explicar-se junto dos portugueses por desperdiçar recursos e gastar dinheiro para andar a brincar aos polícias atrás de gente de bem?


Transcrevo:
O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito que envolvia o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre alegados benefícios em troca de bilhetes para um jogo de futebol do Benfica, revela hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Numa nota divulgada na sua página da internet, a PGDL justifica que o MP determinou o arquivamento do inquérito por inexistência de crime.
"Realizado o inquérito, recolhida a prova documental e pessoal necessária ao apuramento dos factos, o MP concluiu pela não verificação do crime de obtenção de vantagem indevida ou qualquer outro, (...)"
"O MP no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa ordenou a instauração de processo-crime na sequência da publicação nos órgãos de comunicação social de notícias sobre a solicitação de bilhetes para assistência a jogo de futebol no dia 1.04.2017 em tribuna presidencial"
Mais uma vergonha para a Santa Mana que, na verdade, tal a anedota a que se prestou, desta vez se estampou contra o muro da realidade em menos de um foguete. Uma vergonha.

E eu pergunto se esta gentinha que se prestou ao papelão de andar a invadir gabinetes do ministério à procura sabe-se lá de quê só porque lixeiras a céu aberto travestidas de jornais resolvem enlamear o bom nome de um homem de bem, não é punida. Não?! Podem, sem razões válidas, gastar dinheiro que é público ou alocar recursos que deveriam andar a impedir homicídios de mulheres ou a descobrir quem é que os alemães corromperam lá no tal negócio dos submarinos... e nada lhes acontece?

E os comentadores que as televisões contratam para andarem a farejar o lixo que baderneiros lançam na opinião pública e que a Santa Mana Joana amplia, prestando-se ao papelão de armar barraquinhas mediáticas com a comunicação social avisada em tempo real das buscas e das respectivas razões, vão continuar a poluir o espaço público?

E os Paf's que apareceram a dizer que estes escândalos afectavam o prestígio de Centeno e do Governo não vão aparecer de corda ao pescoço a confessar a sua monstruosa burrice? E as galinhas sem cabeça que queriam ir para o Parlamento Europeu lavar roupa suja não nos aparecem agora a pedir a sua própria demissão? Vão continuar a viver à custa do erário público para andarem feitas bichas de rabiar a poluir o ambiente político?

Bem.
(Farta desta cambada. Farta. Farta. Farta.)
Descredibilizam a política, descredibilizam a justiça, descredibilizam o jornalismo. E, aparentemente, podem fazê-lo porque, por mais que enlameiem aquilo em que tocam ou de quem não gostam, nada lhes acontece.

E Marcelo Rebelo de Sousa, que tão lesto é a comentar tudo e todos, a distribuir abracinhos e beijinhos, não nos aparece agora a dar um murro na mesa e a criticar os pseudo jornalistas, os pseudo políticos, os pseudo juristas?

Devia.

Bem que fazia falta o seu poder de influência para dar um chega para lá nesses verdadeiros agentes do populismo e da anti-democracia. E quem diz um chega para lá, diz uma ensaboadela ou um tabefe pedagógico. Ou isso ou arranjar maneira de alguém colocar um par de patins nessa gentinha -- qualquer coisa que deixe pela rua da amargura perante os portugueses esses poluidores da sanidade democrática do País.

PS: E já nem falo na sistemática e vergonhosa fuga de informação e violação do segredo de justiça que o Ministério Público continua a permitir (ou a favorecer?) incentivando os julgamentos prévios na praça pública. 
O que se está agora a passar com o que envolve o Juiz Rangel, a ex-mulher e mais meio mundo é uma vergonha. O MP desconfia e, ainda não sendo eles sequer formalmente acusados de nada, já os jornais, rádios e televisões não fazem outra coisa senão espalhar as desconfianças que resultam das espiolhações meditático-investigativas (exemplo: onde guardava o dinheiro, que quantidade, em notas de quanto, o que disse, quem lhe pediu, o que ele terá feito). Crucificados na praça pública antes de se saber, sequer, se há fundamento. E isto, claro, sob o muito pouco diáfano manto do dito """""""segredo de justiça""""""" (e ponham-se muitas aspas na coisa!).
Não deveria Marcelo Rebelo de Sousa dizer publicamente que esta pestilenta actuação do MP que enlameia e desacredita tudo e todos (e, em especial, a Justiça) merece forte repúdio por parte dele e dos portugueses e que deve acabar -- e é já? Eu acho que deveria. Aliás, estou à espera disso.
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E, por ora, nada mais a dizer.

Só duas sugestões.

Primeira: da próxima vez que quaisquer dos intervenientes (directos ou indirectos) na palhaçada dos bilhetes da bola do Centeno resolva fazer nova gracinha, se apresente ao público devidamente fantasiado como os dois grandes líderes que aqui mostro. Assim, a gente via logo que lhes estava a dar, uma vez mais, para o cómico-burlesco.

Trump by Scott Scheidly
Putin by Scott Scheidly

Segunda: em vez de maçarem a malta com investigações fajutas, com comentários abstrusos ou politiquices da treta, dediquem-se mas é à dança, mas uma dança a preceito. Para aprenderem uma coreografia a preceito, partilho o vídeo da Apple Angel, uma madama que, ao contrário deles, é muito aberta na sua forma de actuar.

E, então, agora avança tu, Apple Angel, mostra-lhes como é


Calma: não estou a sugerir esta coreografia à mais competente P-G de que há memória. Nada disso. Alguém imagina a Santa Mana Joana com tatuagens e fio dental? Nop, né? Portanto, nada de ideias peregrinas. Para a Santa Mana Joana tenho que descobrir outra coreografia.

Esta da freira vampira? 


Nop. Esta é feia, mete medo, nada que se pareça com a nossa competente e diligente Santa Mana Joana. 

Tenho que procurar outra. 

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E até já.
Vou escrever uma coisa de resposta a umas Leitoras.
Se não conseguir acabar (fotografias ou música, por exemplo) tentarei acabar de manhã cedo ou à hora de almoço.

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sábado, dezembro 23, 2017

Lola Noir faz a árvore de Natal


A Lola é mais prendada que eu: eu é mais na base do prêt-a-porter. A ver se faço umas fotos às minhas. Petites e graciosas. Antes tínhamos grandonas mas era um stress com as crianças, sempre com receio de derrube com as consequentes bolas fracturadas. Agora é um descanso. Mas aqui a menina Lola, toda tradicionalista, enfeita a chistmas tree a propósito. Ponhamos todos os olhinhos nela. 


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terça-feira, outubro 24, 2017

20, o número cabalístico das monas-ocas


A so called Miss Kiwi, aka Madame Cristas da Coxa Grossa, já nos tinha surpreendido a todos. E não me refiro às sessões fotográficas em que nos brinda com as suas toilettes que um ar tão distinto lhe dão.


Não. Refiro-me a surpresas de outra natureza: surpresas metafisicas, daquelas que abalam a nossa compreensão.

Explico-me.


Saída da alçada do Láparo -- durante a qual tinha alinhado na austeridade doa-a-quem-doer e TINA, ou melhor, TEE (que é como quem diz: toma e embrulha) -- eis que a digna sucessora do Paulinho das Feiras solta a franga e, para espanto colectivo, propõe que se danem as contas e a racionalidade económica e que se abram não 1 (uma), não 2 (duas), não 6 (meia dúzia), não 12 (uma dúzia)... mas 20 (vinte!) novas estações de metro.


A malta nas outras bancadas e a malta em casa deixou cair o queixo. 20? 20 novas estações de metro, ó Sãozinha...? Não será demais..?

Mas ela nem pestanejou, firme nas suas convicções. Que não, são 20 mesmo -- e que já chega de pelintrice, que está na hora é da esbórnia e os que gostam de se armar em tesos que se vão catar. E, resoluta, sacudiu a crista.

Pensámos: Surtou de vez. Nem vale a pena dar troco. É deixá-la ficar a falar sozinha. Não foi à toa que se uniu à Ágata para se afirmar no mundo da política pimba. Aquela mona vai mas é oca.

[É como agora isto da moção de censura. Armou-se em dominatrix, que matava e esfolava, e agora, com o apelo do Marcelo ao pacto de regime em torno do tema, não vai ter outro remédio senão ver se sai airosamente da saia justa em que se enfiou. Vai, outra vez, ficar a falar sozinha. Ela e mais o outro tal do cabelo oleoso, os dois re-béu-beuzinho, de rabinho entre as pernas a caminho da casota.]
Mas, enfim, ainda mal tínhamos conseguido repor a posição do queixo, e eis que já nos aparece na ribalta o Menino Guerreiro. Sabe que, para se safar, o melhor é ter bué de likes, é alimentar as cenas do Face, organizar eventos, puxar pela língua aos comentadores, criar casos, aparecer onde estique o biquinho para dar beijinhos.  E, então, não é de modas. Sai um debate com o bota de elástico do Rui Rio. Os comentadores a adivinharem o que ele vai dizer, a malta toda a deitar palpites ao ar, e ele, todo galã, a imaginar as rasteiras matreiras que vai passar ao outrozinho. 

E está nisto, a ensaiar a pose, quando desce nele uma epifania. Qual 1 debate...? 2. Dois debates, um a norte e outro a sul. 

Depois, pensando melhor: qual 2? 3! Três! uma norte, outro a sul e outro na Kapital. 

Mas logo: 3 o caraças. Meia dúzia! E distribui os outros: o 4º na Praia dos Tomates, o 5º na Figueira da Foz e o 6º à escolha do outro zinho. 

E, enquanto se embevecia com a sua generosidade, teve segunda epifania. Ná. Meia dúzia é coisa pouca, coisa de forretas como o zinho. Uma dúzia! Uma dúzia de debates! Boa. Logo ligou à namorada: Olha, bem, já o entalei. Uma dúzia de debates. O que é que a menina acha? Não vai aguentar, não acha? Já ganhei, é o que lhe digo. Vá-se preparando para ser primeira-dama, ouviu?

Mas, mal desligou, cofiou o queixo e lembrou-se da sua rival. Gaita. Não vou ficar atrás da Kiwi da Coxa Grossa. 20. Vão ser 20. E logo emitiu um press release: 20 debates com o Rio. 20.

E riu. Riu, riu. A gaja julgava que se ficava a rir com as 20 estações de metro? É para aprender. Uma coisa é o tanso do láparo, outra sou eu. Comigo vai ser assim: taco a taco. E que não apareça de pernão ao léu que eu cubro a parada e desabotoo os botões da camisa. 

Até que Rui Rio lhe estragou a festa e liminarmente lhe disse que fosse dar banho ao cão. 20 debates? Só se for nas 20 estações de metro da outra. Ahahahah. -- terá ele dito, rosnando baixinho e deixando as santanettes preocupadas com o beicinho que o Menino Guerreiro agora vai fazer. Mas, pronto, lá terão que consolá-lo. Estão habituadas a isso, é sempre um corrupio de manos a darem pontapés na incubadora onde ele, tadinho, em vão tenta medrar. Não foram elas e os seus mimos e haveria ele de andar por aí sempre feito menino da lágrima.


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E assim vamos. Foi o que sobrou dos PàFs. Convenhamos: não é grande coisa.

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Bem.

Adiante.

Para isto não acabar assim, de forma tão jururu, permitam que partilhe convosco um número de burlesco. Claro está que isto de burlesco não é indirecta para os fantásticos personagens acima mencionados. Nada. Mera coincidência. E aceitem as minhas desculpas por vos apresentar um corpo de baile tão limitado. Claro que também queria 20. Menos que 20, nos mediáticos tempos que correm, é o mesmo que nada. Mas, pobre de mim, só me apareceram 8. É o que há. A ver se me esforço para, da próxima, vos aparecer com um upgrade. Mas, para já, apenas tenho as seguintes dotadas bailarinas: Ginger LeSnapps, Cinnamon Twist, Honey Dew, Lucky Charms, Pumpkin Pie, Sassy Frass, Sugar Plum e Tobi L'Rone

Johnny got a boom boom



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Ah... parem tudo! Parem tudo...!

Encontrei. Bué. Se não são 20 andam por lá perto. Já ganhei. Já ganhei.


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As fotos da dupla extraordinaire, Cristas & Flopes, foram antes publicadas nas revistas da especialidade e, fruto da pegada digital, estão por todo o lado.

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NB

Não me pronuncio sobre aquela macacada de um tal Neto de Moura, um Juíz que parece que é recorrente em desculpar violência a agressores traídos usando tiradas bíblicas, pois não aprendi a falar com animais irracionais nem consigo compreender os seus roncos. Portanto, esperando que o enjaulem, permitam que passe adiante.


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E um dia feliz a todos quantos por aqui passam.

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terça-feira, junho 27, 2017

Há gente que parece que ainda não aprendeu que, em dias que teimam em ser segunda-feira, é mais prudente que alguma distância seja guardada.
Caraças.

[E uma ou outra inconveniência infantil -- não minha mas de um descentente meu]

(E, sobre a última jericada do láparo, um único conselho: tenha cuidado para não adormecer desprevenido porque gatos é o que há mais por aí)




Só mesmo para dizer que tem dias em que odeio as segunda-feiras. Pior ainda se for Verão, estiver fartinha de muita coisa e vierem querer que eu tenha paciência. E se, para ajudar à festa, quiserem remoer, remoer, remoer, conversa que parece de bubas que não se cansam de repisar. E eu, a ranger mentalmente os dentes, capaz de virar a mesa, e do outro lado que não estão a perceber -- e toma lá com mais cinquenta dúvidas -- e eu, já nos meus limites, a querer abreviar tamanha impresciência; mas eles que não, que não estão confortáveis com a explicação, e eu nas tintas, mas nas tintas, caraças, para o desconforto deles, que se vão confortar ou desconfortar para casa da prima que eu quero lá saber disso. E eu a sentir que mais um pestanejar deles e o caldo fica completamente entornado e eles sem perceberem o risco que estão a correr.

Em dias assim, ao começar, eu rogo para que ninguém me dirija a palavra. Rogo assim: afasta de mim o género humano, afasta. Entro, cumprimento e sigo não vá alguém querer fazer simpatia. Enfio-me no gabinete e espero que ninguém se aperceba da minha existência. Ansiando que haja um simulacro e toda a gente se evacue do edifício para fora, aguardo que a costa esteja livre para ir buscar um café. Mas há quem se arrisque -- ainda antes que eu, ao menos, disfarce a matinal e natural antipatia com a cafeína -- e meta a cabeça à porta. Como andei na catequese, guardo o ensinamento de que não devo fechar a porta deixando a cabeça de um lado e o corpo do outro; ou seja, facilito -- mas nem encaro. Continuo a olhar o computador esperando que o aventureiro perceba que está em risco e bata em retirada. Mas há os afoitos. A esses não consigo disfarçar e fingir que quero tratar bem. Pior, ainda, se me enfrentarem e fizerem ar de quem não está para sair dali sem uma resposta. Não corre bem e, para além da paga na hora, não escapam de vingança retardada. Não levo afronta para casa, em especial em dias de segunda-feira aguda.


Mas a coisa pode sempre ser pior. Se eu, ao almoço, puder espairecer, pode ser que, na parte da tarde, possam cruzar-se comigo sem correrem sérios e generalizados riscos. Agora quando algum desinfeliz envia invite para logo a seguir ao almoço, sem me dar tempo livre para esvaziar a bilís, aí, então, a coisa transcende. É muito mau. Almoçar a correr, atravessar a cidade a correr e, ao chegar ao meeting, em vez de dar de frente com uma mesa vazia, encontrar a sala cheia e gente motivada, cheia de questões -- é do pior. Mau. Muito mau, mesmo. Gente motivada em dias destes é coisa insuportável. Em dias assim. o mais que suporto é que me façam adeus de longe. Mas não. A tarde toda. Até às quinhentas. E logo ali, tanta a motivação, um plano de acção. E eu a espumar, cada minuto seguinte da minha existência logo ali a ser planeado, como se eu suportasse tal afronta. Coisa horrorosa, tudo. Trabalhar, aturar gente de manhã à noite, e não ter um minuto para respirar entre cada picada de melga. Uma violência. Tento não mostrar, guardar-me, tentar ficar na moita. Ou seja: mal abro a boca e, quando abro, é para mostrar que não sou das que ladram, que é melhor fugirem logo. Mas não. Arriscam-se muito. 

Do pior. E não estou a contar nada. Não gosto de carpir. 

Terça-feira outro dia de cão em perspectiva. De tarde, lá, na mesa cheia -- eu a guardar a fúria para altura mais oportuna, para quando puder atirar-me directamente à jugular -- o telefone sem som, só a reluzir e a estremecer, as chamadas e as sms a chegarem. E eu, de olhos semi cerrados, varada, a fingir que não via. Não se aguenta tamanho assédio em dia de segunda-feira. Depois mails e mais invites. Portanto, terça-feira vai começar-me o dia igualzinho a segunda. Acho que vou escrever uma faixa e colar na testa: Já chega de projectos, desafios ou trabalhos urgentes, críticos ou interessantes. Abaixo os e as melgas. Tragam-me massagistas, preparadores de sumos tropicais, tragam-me piscinas portáteis, trovadores, podologistas, osteopatas, cabeleireiros. Até rompo e dieta e aceito pasteleiros. Qualquer coisa. Tudo menos executivos motivados. Isso é que, por favor, não.

Mas não tenho essa sorte. Portanto, depois de um massacrante dia que transpirou segunda-feira por todos os poros, já aí está outro em perspectiva. Um cansaço. Não se aguenta.


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Um Post Scriptum infantil para acabar em beleza a ver se regresso ao espírito de domingo



No domingo, à mesa da festa de anos do bisa, todos conversavam e, na altura, deitaram-se a adivinhar a idade da bisa. Às tantas falaram da outra avó de um deles e pergunta o de quatro anos e que era o mais novo antes do bebé nascer: Mas essa ainda é real? 

Espanto geral. Real? Mas como real?

E ele: Se ainda existe...

Logo todos: Rapaz... Disparate. Claro que existe. Está viva, queres tu dizer. Que coisa, rapaz...

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E, um bocado depois, para a bisa: Porque é que tens assim essas peles no pescoço?

E o pai, logo atalhando: Este gajo... sempre inconveniente. E puxou-o, fazendo com que a criança desse uma cabeçada na porta.

Veio a bisa, contemporizadora: Deixa-o lá. Quer perceber. Faz muito bem. Olha, a avó explica: as pessoas mais velhas têm a pele assim, assim como os perús, estás a ver?

E ele, circunspecto: E também ficam com o nariz assim como o dos perús? E fez o gesto de nariz pendurado.

E a bisa: Ai... isso espero que não, credo....




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Quanto à última jericada do láparo, nada a dizer. Aliás: nada a fazer. Dali nunca há-de nascer nenhum pinto ou ideia luminosa. Só boutades e papagaiadas mal vertidas para conversa de gente normal. Desta vez a coisa saíu-lhe pior mas quantas têm passado despercebidas só porque não são tão chocantes....?

A única coisa a fazer é esperar que adormeça e que, enquanto isso, os outros lhe passem a perna. Ou pode ser que adormeça desprevenido e venha o gato. 


Temos pena.

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[Ilustrações de Norman Rockwell.
Antes, fotografias feitas in heaven]

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Mas pronto. Para isto hoje não ser só prosa vagabunda, remato com um pouco de poesia e uma que, como convém, tem uma mensagem. E com tanto mais significado quanto é dirigida, entre outros, a um coelho. Não que o tema do poema tenha a ver com a toca infeliz em que o nosso tão bem conhecido láparo fez questão de se enfiar a propósito dos incêndios mas, enfim, também não se pode ter tudo.


"A Cursory Nursery Tale" de Ogden Nash (lido por Tom O'Bedlam)



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E uma boa terça-feira a todos
(e que a minha não me chegue com laivos de segunda-feira, pleeeeaasseeee)

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sexta-feira, dezembro 23, 2016

Uma cortina luminosa para a decoração natalícia, uma tiara para eu me apresentar a condizer, um anel de brilhantes para se ver que aqui é tudo em bom e, ainda, dois rolinhos de papel, um dourado e outro prateado.
E um tríptico festivo com o seu quê de alusivo à época.

Ho ho ho, o espírito natalício está a aproximar-se aqui da Santa UJM, ho ho ho.
It´s Christmas in Heaven





Para começar, deixei-me dormir. Nem sei durante quanto tempo dormi. Na volta, quase uma hora. Agora que abri os olhos e os da Quadratura do Círculo estão a acabar de debater o que já está mais do que debatido, penso no que hei-de aqui escrever que seja interessante para alguém. Não sei. Estou meio ausente, meio ainda a dormir.

Já sei. Vou recuar ao passado. Ao passado recente. Recentíssimo, que a cabeça não dá para mais.

Há bocado, fomos fazer uma mini-caminhada. Já não era cedo mas para dar uma esticada ainda se arranjava um bocado.


A certa altura, passámos por uma loja de chineses. Como ontem pensei que precisava de um papel dourado e outro prateado para uma certa coisa, resolvi que eles deviam ter. O meu marido disse que, àquela hora, a loja já devia estar mais do que fechada. Não acreditei e fui lá ver. Abertíssima. Nem devem fechar. Perguntei se tinham papel dourado e prateado. Um chinês com cara curiosa e mal falando português disse-me uma coisa que não percebi mas apontou para um recipiente alto. Lá estavam rolinhos de papel, entre eles o dourado e o prateado. Fiquei logo feliz da vida. Depois vi umas hastes de rena em feltro, presas numa bandelete. Um euro e meio. Experimentei. O meu marido logo arreliado, 'deve estar limpo, isso, para pores na cabeça'. Trouxe. Já tenho tiara natalícia. 


Pelo caminho, tinha estado a contar-lhe que tinha dito à minha filha que se calhar íamos fazer o almoço de natal na copa. A copa é o espaço aberto ligado à cozinha que torna a divisão ampla. Lá ao meio está a mesa onde geralmente tomamos as refeições. A mesa, de madeira, abre-se, ou melhor, estende-se, tornando-se muito comprida. Se puser a comida em cima do aparador onde está a televisão ou mesmo em cima das bancadas da cozinha, podemos estar à larga, levantar-nos para nos servirmos, e ter uma zona com entradas, outra com os quentes e outra com as sobremesas. Na sala de jantar, a mesa é também grande mas como é uma divisão específica (ou seja, não é a chamada sala comum), acaba por ficar mais acanhada quando lá está muita gente. Para nos levantarmos para nos servirmos, acaba por não dar muito jeito, em especial caso vários queiram servir-se ao mesmo tempo. Pôr a comida em cima da mesa, embora seja larga, nem pensar -- toda a gente levantada a passar os braços à frente dos outros, jamais, isso é o fim da picada.

Então, disse à minha filha que fazíamos o almoço de natal na copa. Atirou-se ao ar, que nem pensar, que jeito teria isso, que na sala de jantar é que é, que ideia de no natal almoçar na cozinha, que não, que não. 

Contei ao meu marido a reacção dela. Não ligou e disse para eu não ligar, que na copa estávamos muito melhor, completamente à larga. E para os miúdos muito melhor.

Mas fiquei a magicar nisso.

Então, lá no chinês fez-se-me luz. Pondo umas luzes natalícias na janela já mudaríamos o look à coisa. O meu marido incomodado, anda-te embora, deixa-te de ideias. Mas a ideia pareceu-me mesmo boa. Olhei à volta, tentando colher inspiração. Então, no meio de soutiens e camisolas interiores, vi penduradas umas mesmo jeitosas. O meu marido disse, nem penses. Perguntei ao chinês onde é que estavam daquelas. Perguntou-me naquela língua imperceptível 'clutine?'. Fiquei a olhar sem perceber. Mas, observando as luzes, fez-se-me, de novo, luz. 'Cortina'. Sim, isso mesmo. Lá foi a correr buscar uma caixa. Afinal não era. Foi buscar outra caixa. Experimentou. Perguntou 'uzi blan?. Não percebi. O meu marido também não. Ele insistiu, esmerando-se na pronúncia. 'uzi blanc?'. Percebemos: 'luzes brancas?'. O meu marido, já por tudo e para se despachar, disse logo que sim. 'Brancas. Está bem'. Eu disse que não, qual bem?, que queria às cores e a piscar como as que estavam penduradas. O chinês lá foi outra vez a correr. O meu marido disse entre dentes 'estou lixado contigo'. Afinal não havia. Então o chinês falou ao telefone, desta vez em chinês mesmo, e, no fim, disse-nos 'à bem'. O meu marido percebeu: 'já vem'.

Enquanto esperávamos, vi lá um candeeiro de rosinhas brancas que também achei um must mas aí o meu marido opôs-se. Mas juro: ficou-me entalado. Havia de ficar aqui mesmo bem.

Passado um bocado, chegou uma chinesinha ofegante, com uma caixa. O chinês tirou as luzes, ligou e fiat lux a piscar e às cores. Perfeito. Quando o chinês começou a fazer as contas, reparei numa caixa em cima do balcão com anéis prateados e outros dourados, uns com pedrarias diversas, outros com brilhantes. Três euros. Experimentei. Lindos. Espantada, tentei que o meu marido partilhasse a alegria 'mas tu já viste? mesmo bonitos... e o preço... não dá para acreditar. vou levar um'. O meu marido lamentou-se 'tinha que ser'. Eu disse 'Desculpa mas é uma belezura'. Trouxe um em ouro branco com diamantes, mesmo jóia de luxo. Coisa em bom.

No total, luzes em cortina, anel de pedraria, tiara feltruda, dois rolos de papel: dezassete euros. E eu radiante.

Quando chegámos, fui logo montar. O meu marido outra vez 'tinha que ser'. Quando ligámos, o décor ficou logo outro. Beautiful. E se o meu marido colaborou activamente e não disse nenhuma inconveniência é porque até gosta. Quem o viu e quem o vê... Jantámos com essa bela iluminação natalícia e até achei que vai ficar ali é o ano todo que dá um ambiente mesmo bom.

E agora, para que este post seja mesmo, todo ele, alusivo à época festiva, vou incluir um tríptico que não sei se é vertical, se é horizontal mas que, isso é de certeza, completamente apropriado para a época festiva. Ho ho ho.







Ho ho ho. 
Santa UJM is coming to town.


Ho Ho Ho

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Christmas in heaven na companhia das Meninas Margaux Rita e Tobi L'Rone



Ho Ho Ho*

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma santa sexta-feira.

E a quem já por aqui não passe antes do Natal, pois que sejam dias felizes.
Votos de harmonia e paz de espírito.

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*  Visto através daqui, um tema que não é propriamente natalício mas em que alguns dos intérpretes do vídeo (interditado pelo youtube) trazem ornamentos alusivos à época festiva. Ho ho ho.


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sexta-feira, novembro 25, 2016

O que é que deu naqueles atrasados mentais para não fazerem outra coisa senão inventarem casos e casinhos em volta da Caixa Geral de Depósitos e de António Domingues?
- pergunto.



O maior respeito pelos atrasados mentais. Nada a ver. Tão pessoas como os adiantados mentais e os normais mentais, eles. E que cada um diga o que pensa. Agora isto de andarem todos, à uma, a moerem a nossa paciência, a verem mosquitos em cada banda e a acharem estranhas as coisas mais banais é que é estranho.

É como tudo. Por exemplo, apareceu uma baleia no rio Hudson e também nada a ver: uma baleia é uma baleia, é uma baleia -- e que cada uma ande por onde muito bem queira. Isto de aparecer uma ali no meio de Nova Iorque é que causou estranheza.


Outra. A Fnac mandou 60.00 sms para os seus aderentes a convencê-los a aproveitarem as pechinchas da Black Friday. E nada de mais. Uma Black Friday é daquelas coisas para totós que qualquer marca comercial que se preze gosta de usar. Por isso, nada a ver. Agora aquilo de mandarem as pessoas para a Worten é que parece um bocado atípico. Causa estranheza. Só isso.


Ou o António Raminhos que tem um programa de entrevistas. Ele é divertido, inteligente e um talk shower é coisa nunca por cá antes vista. Chama-se a Banheira das Vaidades e tudo bem. O curioso é que ele e os convidados estão mesmo nus, a lavarem-se enquanto perlapeiam. Nada de mal, nada de mais. A gente apenas sente alguma estranheza. Só isso. Porque, de resto, a sério, estou por tudo. Open-Mind é o meu nome do meio.


Já agora, para quem quiser ver:

No Duche Com a Miss Olívia Ortiz -- o novo talk-show de António Raminhos



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E, portanto, voltando à cold cow, vendo bem, isto de andarem uns quantos atrasados mentais a tentarem pôr em causa a estabilidade da CGD, a verem se atiram areia para os olhos da populaça e a encherem a agenda das televisões com notícias-aborto e comentários a metro em volta dos alucinados casos que regurgitam ao longo do dia não tem nada de mais. Nada. Não se vai esperar que os atrasados mentais consigam produzir raciocínios de longo alcance. Causa é estranheza que aquele punhado que tem assento na AR agora não tenha outro assunto senão aquele. Dias a fio e aqueles pobres coitados sempre naquilo: a quererem saber se o António Domingues, antes de ir para a CGD, não prejudicou não sei o quê (como, se o tivesse feito, o lesado não fosse o BPI que, ao que consta, ainda não se queixou) ou se foi ter uma reunião a Bruxelas (como se alguma criatura responsável não se preparasse ou se informasse antes de deitar mãos àquela empreitada) ou se outra macada qualquer. 


Estranho. Só isso. Poderia pensar-se que aqueles neo-trolls não descansam enquanto não arranjarem sarilho dos grandes mas acho que não há grande perigo porque são demasiado intelectualmente limitados para isso. É certo que já detonaram uns 3 bancos (o BES, o Banif e o ninho de cagarras cujo nome comercial de má memória era BPN) mas mais do que isso duvido que consigam.

Ou seja, acho que não é caso para dramas. Mas cansa, lá isso cansa. E dá um bocado de pena.


Mas pronto: da minha parte, mais nada a dizer sobre o tema.

Agora o que me causa mesmo, mesmo, estranheza é que o nosso Santo Padroeiro, o super-ubíquo São Marcelo, que se preocupa tanto com os menos válidos, não arranje maneira de conseguir um local especial para alojar e manter ocupados aqueles pobres coitados. Uma CERDIPAF, Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Deputados Inadaptados e Pafianos. Por exemplo. Aqui fica a dica. A Sede pode ser ali para as bandas da AR mas com sucursal no Parlamento Europeu que há por lá um maluco armado em galinha descabelada que também precisa de quem tome conta dele, cacareja que só visto. 

Mais. Proponho que comecem já a ensaiar a festinha de natal. Àqueles putativos emproadinhos que vi na televisão a fazerem grandes declarações, a lançarem acusações, a pedirem demissões e a ver se armam maiores confusões eu quero é vê-los a dançarem para nós, todos bem treinadinhos, bonitinhos. Vá. E esqueçam lá isso da CGD, ok? 

Não precisa de ser aquela coreografia das galinhas que, doidas, picam, picam, picam para pôrem o ovo lá no buraquinho ou aquela de todos os patinhos que sabem bem nadar, cabeça para baixo, rabinho para o ar. Não. Muito déjà-vu, isso. Vamos lá a inovar. Ok? 

Podem começar usando a mesma coreografia que Jett Adore, Mr Gorgeous, Brewster, Ben Franklin, Tigger apresentaram no New York Boylesque Festival. 


Vou ficar à espera.



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Nas fotografias, o maluco vestido da mesma maneira que Rosenberg, o cão, é Topher Brophy. O outro binómio cinotécnico da segunda fotografia não sei por que nome dá. E não consta que qualquer deles queira armar fuzué mediático ou rebentar com a CGD pelo que não sei o que estão aqui a fazer.

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Desejo-vos, meus caros Leitores, uma Happy Friday com muitos sweet moments.

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segunda-feira, agosto 15, 2016

Qual o segredo para viver mais anos?
Beber sumos detox como se não houvesse amanhã?
Comer ao pequeno almoço 1 tomate, 1 maçã, 1 ovo, 1 fatia de pão com 3 pingos de azeite e 1 copo de sumo de beterraba?
Fazer 1 hora de caminhada diária e dormir no mínimo sete horas por dia?
Pois disso tudo não sei (mas mal não deve fazer).

Agora certo, comprovado e registado é que bom mesmo é ler livros.
Jornais e revistas também é bom mas ler livros é melhor.
Cerca de 3 horas por semana, no mínimo.


Muito bem. Depois de, no post abaixo ter falado de uma avozinha sexy que tem mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais e de ter mostrado algumas das suas fantásticas fotografias, continuo na onda da longevidade.

Mas vamos com graffitis e com música, que vamos melhor. The Lumineers com Ophelia. Fotografias das paredes decadentes do Ginjal e de uma mulher a ler, em Cacilhas, enquanto a outra olha Lisboa.





Enquanto vejo os jogos olímpicos, vou saracoteando o olhar por aqui e por ali. Os que cá jantaram, depois de termos ido de visita aos bisas, já se foram. Hoje o mais crescido descobriu-se um realizador de primeira. Ele e o irmão, com o meu telemóvel, fizeram filmes de aventuras com chitas, cavalos, aviões de caça e, portanto, foi a animação do costume. Não é por nada mas, quando se foram embora, recolhi-me. Melhor: recolhemos, os dois. Às boxes.

Daqui, neste sofá, tenho um posição privilegiada: apanho com a aragem do ar condicionado mesmo de feição, vejo a televisão e consigo ter o computador estrategicamente colocado de maneira que vou lendo umas e outras, escrevendo, vendo as nossas Patrícia Mamona e Susana Costa a saltarem, sorrindo com a descontração do campeão Usain Bolt a olhar para trás a meio da prova...
... e gozando a sensação boa de, sendo já segunda-feira, não ser afinal dia de trabalho pelo que posso estar por aqui na boa, sem me censurar por, tendo que me levantar cedo, estar na borga blogosférica até às quinhentas.

E é assim que, enquanto aqui estou na maciota, dou com notícias de mais um estudo que comprova que ler livros não é apenas bom para o espírito: é também bom para estimular a longevidade celular.


Poderia ir buscar a síntese do estudo A chapter a day: Association of book reading with longevity publicado na Social Science & Medicine, ou o artigo do The New York Times, Read Books, Live Longer?, mas ou me punha a traduzir (e teria que descurar os saltos das nossas meninas - e a Susana Costa agora fez um salto que foi considerado nulo e eu não percebi porquê) ou os colocava mesmo em inglês e isto é importante demais para não ser lido por toda a gente e eu não sei se todos os meus leitores lêem bem a língua inglesa.


Por isso, transcrevo da brasileira Revista Bula que, ainda por cima, tem aquele português com requebro e doçura que dá graça a tudo o que lá se diz.

LER ROMANCES FAZ VIVER MAIS E MELHOR. PALAVRA DA UNIVERSIDADE DE YALE


(...) Pois aquilo que todos sabíamos por intuição, a ciência acaba de revelar por comprovação: ler faz você viver por mais tempo.

Não é forçação de quem ama e defende o protagonismo dos livros. É dado real. 


Estudos da Universidade de Yale (Estados Unidos) — décima maior do mundo* —, publicados no periódico científico Social Science and Medicine, concluíram que pessoas que passam mais de três horas e meia por semana lendo livros de romance ou ficção correm um risco de morte 23% menor do que aquelas que não leem nunca. 



Vale para Machado de Assis, Dostoiévski e Harry Potter. Sim, ler jornal, revista ou periódicos também traz benefícios para a longevidade, mas não tantos. Mais um ponto pro velho e bom livro.

Os pesquisadores analisaram informações sobre a saúde e os hábitos de leitura de 3.635 pessoas, com pelo menos 50 anos de idade. Os participantes foram divididos em três grupos: no primeiro ficaram aqueles que não costumavam ler livros; no segundo, aqueles que tinham o hábito de ler algum livro por até três horas e meia semanais; e, por último, aqueles que passavam mais de três horas e meia por semana lendo.

Não deu outra: os que tinham o hábito de ler livros viviam, em média, dois anos a mais do que aqueles que não leem. E os que leem mais correm um risco de morte 23% menor do que aquelas que não leem nunca. Uma mensagem do Spock (Jornada nas Estrelas) pra você que nasceu depois dos anos 1970 e dá uma folheada em algum livro de vez em quando: Vida longa e próspera!

Segundo Becca Levy, autora do estudo, os que relataram ler livros por apenas meia-hora por dia tinham maior probabilidade de sobrevivência do que aquelas que não liam nunca. “Essa vantagem permaneceu mesmo após ajustes para renda, educação, capacidade cognitiva e outras variáveis. Estes resultados sugerem que os benefícios da leitura de livros incluem uma vida mais longa para lê-los”. (...)



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E que não me venham cá vocês com desculpas, dizer que está calor, que custa a ler com esta canícula. Pois se está calor, toca a despir. Ler em pelota é do melhor que há. E, se não vos dá jeito, assim sozinhos a lerem todos nus, pois que não seja por isso, façam como Michelle L'Amour, arranjem companhia, formem um clube. E vale para mulheres e para homens. O que interessa é ler. Ler. Ler livros. Ler sempre. Um capítulo por dia. Um conto. Uma crónica. Páginas de diários, Cartas. Qualquer coisa.


[E. para não pensarem que estou a ficcionar, fiquem lá com as leituras da Michelle L'Amour]

Naked Girls Reading



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E, por mulheres descaradas, relembro que, descendo até ao post seguinte, poderão ver o que é uma avozinha sexy.

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