Estes dias andam um bocado atípicos e nem vou explicar porquê porque os contornos variam de dia para dia e são sempre aparatosos, dramáticos. Mas como tenho o marido e os filhos a dizerem que já estou a ficar apanhada da cabeça e que o melhor é começar a tratar-me, já aqui não falo disso senão, daqui a nada, são vocês a dizerem-me o mesmo.
Por isso, direi que dada a grande humidade de hoje, a roupa da máquina de hoje não secou nem um pouco ao ar. Detesto quando a roupa custa a secar e, ao ar, ainda fica mais molhada do que quando é pendurada.
Ando com a cabeça noutro lado pelo que ando tão desmiolada que já nem sei bem de que é que falei ou do que é que ficou em pensamento. Em concreto não me lembro se contei que, no início da semana passada, quando estava sol, me deu para lavar duas grandes carpetes de Arraiolos. Pus-me descalça, calções e top. De mangueira, vassoura de arame e detergente em punho, aí está ela, a lavar a bom lavar os tapetes. Quando, por fim, a água sai limpinha e sem detergente dou o trabalho por concluído. Geralmente, bem esticadinhos, direitos, ao sol, num dia estão secos. Como ao fim do dia não tinham secado, deixei para acabarem de secar no dia seguinte.
Acontece que, no dia seguinte, quando fui ver, estavam ensopados. A humidade da noite tinha feito regredir o processo. Mas estava sol, pensei que a coisa chegaria a bom porto.
Só que, com a minha cabeça sempre a ser enfiada debaixo de água, ao fim do dia nem me lembrei de as recolher. No outro dia, ensopadas.
Quando fomos até ao campo, ir num dia e vir no outro, o meu marido levou-as para a cave. Um peso doido, carpetes daquelas ensopadas pesam toneladas.
Hoje quando fui à cave, esquecida delas, estava um cheiro muito estranho no ar. Só quando as vi percebi que eram elas que estavam ali a deixar aquele smell a juta e lã molhada em circuito fechado. Pois bem. Todo o dia esperei por uma aberta. Mas em vão. Uma humidade das piores.
Portanto, não sei se, depois de secas, porque hão de secar, não vão ficar mal cheirosas.
Esta terça-feira vou ter muito trabalho para frente. Para além dos mil problemas, apareceu-me uma tarefa que tem implicado muito trabalho, muita resiliência e esforço. Se eu conseguir aguentar-me são de corpo e mente é bem capaz de ser milagre. A sorte é que acredito em milagres.
Tirando isso, não tenho escrito, não tenho lido. Uma lástima.
Mas vai começar uma semana nova e, com sorte, pode acontecer que não seja pior que a que passou. E também pode acontecer que passe por mim uma borboleta colorida e me traga paz de espírito. E isto sou eu a falar virada para o meu umbigo. Porque bom, mas bom mesmo, era que ali pelas bandas de Israel e Gaza alguém fizesse magia e os estupores fossem à vida. E, que pelas bandas da Ucrânia, também sucedesse um daqueles milagres que deixam as pessoas de bem com vontade de ir para a rua cantar.
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PERRENGUE! Cissa Guimarães e seu primeiro ENSAIO NU! 🔥
| Que História É Essa, Porchat? | GNT
E, se é para querer dar a volta e encarar as coisas de uma forma mais racional sem me afundar, então, com vossa licença, vou à procura de alguma coisa que me faça rir.