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sexta-feira, janeiro 20, 2023

Casas opostas

 

Lamento mas não me apetece falar no forrobodó que por aí vai de suspeitos e arguidos, uns deputados, ex-autarcas, outros ministros ex-autarcas, outros secretários ou ex, e uns e outros todos alegadamente a favorecerem amigos, genros, mulheres, correlegionários ou, melhor ainda, a ele próprios. E mais uma que fez lobby (e, por lá, quem nunca...?) e agora, desenterrada, uma outra ronalda, outra excêntrica, ex-tapiana claro, que levou uma indemnização de mais de um milhão. E mais uns que sim e outros que talvez e, cavalgando a onda, vociferante, demagogo, desavergonhado, o Chega. E, claro, omnipresente e sempre com a veia comentadeira em versão saltitante, o Presidente Marcelo.

Ainda se a justiça fosse lesta e apurasse, em tempo útil, a verdade e a legitimidade dos factos. Agora assim é apenas lama atirada de uns para cima de outros. A sociedade transformada num lodaçal.

Ora, lamento mas tenho mais coisas que me ralem do que andar a consumir as minhas energias com esta overdose de casos, casecos, hipotéticos casinhos, alegadas casões e mais com as constantes conferências do Ventura, o campeão das bocas. 

Ou hiberno ou mergulho mas aqui a enfardar disto a toda a hora não fico.

Neste momento estou é a ver se ganho balanço para um corte de cabelo radical. O que me faz balançar é que para o pão com manteiga -- corte acima, corte abaixo, escadear de um lado, escadear do outro -- a minha mão amadora ainda vai dando. Agora a uma mudança radical não me abalanço. A coisa, como eu a idealizo, tem ciência, requer mão profissa. E, estando há uns três anos sem pôr pé em salão de cabeleireira, parece que lhe perdi o sentido. Não sei bem.

É tema a ver.

Entretanto, delicio-me a ver casas (virtualmente falando, claro). 

Quando, em pleno confinamento, resolvemos que estava na hora de dar o salto para uma outra casa, vimos várias. Grande parte delas de um mau gosto de causar dor. E nem é só pela arquitectura: é também pela decoração. Na família é tema que nos é caro. Uns vêem sob o prisma técnico, outros pelo prisma estético, outros pelo enquadramento e outros pelo conforto. Eu não sou profissional de coisa nenhuma destas e guio-me é pela intuição, pelo feeling que tem que ser good.

Estas duas aqui abaixo são lindas de dar gosto. Opostas. Mas uma belezura.

Uma linda casa construída em volta de uma pedra | Lar: Vida Interior

Já imaginou uma casa que foi construída em volta de uma pedra? O lar da Dani Costa tem as paredes formadas por pedras, que são a sustentação da casa e de sua vida.       


Dentro da casa do Estilista da  Balmain Olivier Rousteing que tem objectos maravilhosos | Vogue

O designer Olivier Rousteing abre as portas do seu apartamento parisiense. Como ele mesmo admite, Olivier tem uma obsessão por preto e dourado - basta olhar para as suas coleções para a Balmain, a famosa casa de moda parisiense que ele dirige desde 2011. Então, é alguma surpresa que, quando a Vogue pediu ao estilista para nomear as suas coisas favoritas na sua casa em Paris para o último episódio de “Objects of Affection”, a maioria deles tenha obedecido a esse mesmo esquema de cores? 

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Uma bela sexta-feira
Saúde. Bom gosto. Paz.

terça-feira, janeiro 11, 2022

Desenhar os lugares. Fazer deles a nossa casa.

 

A arquitectura é daquelas profissões que mescla arte e técnica, matemática e física, geologia e biologia, sociologia e antropologia, prosa e poesia. 

Contudo, naturalmente, há as políticas públicas, os planos urbanísticos, há as restrições orçamentais, há a visão de quem encomenda a obra... tudo baias que condicionam a liberdade criativa e o rigor técnico dos arquitectos.

Como em todas as profissões, há os bons profissionais e os maus profissionais. Os maus são para esquecer e dos bons há que destacar os muito bons. 

Sou devota da boa arquitectura. A forma como alguém sabe moldar os espaços, sabe coreografar a luz e a sombra, sabe criar vida, sabe reescrever a forma de viver, sabe reinterpretar hábitos e motivações e como, no fim, tudo se conjuga em harmonia... parece-me extraordinário e, até, comovente.

E tanto mais comovente quanto, na conclusão do trabalho, se abre mão dele e se entrega a outrem para que dele se faça uma nova vida. 

Seja um novo espaço de lazer à beira rio, seja uma casa, seja uma pavilhão de exposições, seja uma esplanada, seja o que for, quando um bom arquitecto estuda o ambiente, imagina a utilização futura e deita mão ao projecto, há magia a acontecer.

A casa que abaixo se vê é uma maravilha. Não me refiro à decoração da sala (demasiado colorida para o meu gosto) nem à do resto da casa: refiro-me à distribuição dos espaços, à ligação aos elementos da natureza, à vontade que quem lá vive tem de lá estar.


Casa-atelier projetada pelo arquiteto Chicô Gouvêa com inspiração oriental e vista para a Pedra da Gávea no Rio de Janeiro

Com vista deslumbrante para a Pedra da Gávea, no RJ, o terreno tem duas casas (uma para o ateliê e outra para os quartos) conectadas por um pergolado. A inspiração no estilo oriental, principalmente o japonês, está marcada na fachada e no lago artificial cheio de carpas. Já o interior é moderno, com sua escada em concreto e as amplas janelas em vidro. A decoração do ateliê tem um toque especial dos respingos de tinta deixados pelo dia a dia do trabalho.

Em contrapartida, temos a arquitectura popular, nativa, herdada, assimilada, vivida em comunhão com a história e os hábitos da comunidade 

As casas dos moradores da Ilha de Paquetá: um refúgio na cidade do Rio de Janeiro
A ilha-bairro fica em plena Baía de Guanabara e só pode ser acessada por barcos e pelas famosas barcas que partem da Praça XV. O lugar é um verdadeiro refúgio na cidade grande, dominado por charretes e bicicletas, já que carros não são permitidos. A casa do Júlio fica na Praia da Moreninha, a mais famosa da Ilha, e tem uma decoração rústica e aconchegante. Já a família Pinheiro mora na "casa-peixe", com fachada colonial, uma sala de ioga paredes pintadas para parecer um aquário. O último lar é de Pedro, Conceição e seus filhos, todos apaixonados pela tranquilidade da ilha.

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Um dia feliz, animador
Uma vida nova a despontar