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terça-feira, outubro 08, 2024

A Paula Moura Pinheiro já ganhou algum Globo de Ouro?

 

Pergunto porque não sei mesmo. O que sei é que gosto sempre das suas visitas guiadas. Os Globos de Ouro distinguem pessoas escolhidas não sei por quem nem com que critério. E não sei se há outros acontecimentos do género em que se reconheça o mérito artístico ou cultural dos intervenientes no espaço público. Mas, independentemente do meu desconhecimento, penso que Paula Moura Pinheiro pela consistência das suas escolhas, pela forma informada, educada e simpática como fala com convidados que desenvolvem os temas que ela aborda é bem merecedora do nosso reconhecimento. Falo por mim: apesar de, por vezes, achar que os seus trejeitos são excessivamente expressionistas (digamos assim), a verdade é que isso é pormenor, e não apenas nos traz temas diversos, interessantes, sempre bem documentados, como é sempre uma boa companhia.

Talvez por ser uma pessoa tão focada na qualidade do seu trabalho e talvez porque os critérios de alinhamento das televisões privilegiam a parvoíce, o escândalo e a espuma dos dias, mantém-se pela RTP 2 (que é um canal que tem sabido manter-se coerente e interessante) a, por isso, diria eu, até acho que está ali muito bem. Mas merecia maior destaque, maior acompanhamento, maior elogio e agradecimento público.

O programa de hoje agradou-me sobremaneira. Acompanhada por uma pessoa simpatiquíssima, um comunicador tranquilo que adorei escutar, Nuno Soares, um arqueólogo de Arcos de Valdevez, levou-nos a ver as maravilhosas paisagens do Sistelo, do Soajo, os socalcos, os espigueiros, os garranos, as vacas-cabreiras. A cultura é também isto. 

O que aprendi ou relembrei... Que bom. Locais são lindos. Já lá estive mas é daqueles lugares do mundo em que a nossa alma se expande se conseguirmos vê-los como se fossem a primeira vez.

Quantos maravilhosos documentários, talvez para a Netflix ou outras plataformas afins, se poderiam fazer pelo nosso país com a Paula Moura Pinheiro, com o Nuno Soares e com outros comunicadores que, amando o nosso património, sabem como mostrá-lo?

Estou encantada com o que vi.

A quem não viu, sugiro que pesquise na programação de segunda-feira, dia 7 de Outubro, talvez por volta das 22:30, não sei bem, e veja.

E, apesar de presumir que a Paula Moura Pinheiro não seja frequentadora deste meu humilde pasquim, daqui lhe envio os meus parabéns pela longevidade e boa qualidade da sua presença em programas culturais na nossa televisão bem como o meu agradecimento pelo que aprendo e pelo que me delicio a ver o que nos oferece.

sábado, janeiro 13, 2024

A falta que nos faz uma Philomena Cunk...

 

Nos dias em que estou mais cinzenta ou, pior ainda, mais bege, procuro salvação no YouTube. E geralmente encontro-a. 

Uma bacana que gosto sempre de ver é a Philomena Cunk. Imaginem a Paula Moura Pinheiro a fazer programas culturais, geralmente sobre história (mas pode ser também sobre literatura), mas a fazer perguntas completamente desconcertantes. Não que a Paula Moura Pinheiro não seja óptima e não faça programas que são um balão de oxigénio nas nossas experiências televisivas. Poderia era haver uma Paula Moura Pinheiro II, clone da I, que fizesse uma série paralela em que desse cabo dos entrevistados, mas um dar cabo bem disposto, saudavelmente estarola.

Adoro ver o ar sério com que a Philomena faz as perguntas e o ar educadamente desconcertado dos entrevistados que, geralmente, tentam responder não dando parte de fracos e tentando encontrar uma forma inteligente e polida de continuar num registo profissional.

Sinto falta disso na comunicação social. Ou há humoristas escancaradamente humoristas, muitas vezes fazendo tangentes à vulgaridade, ou há aquel@ nov@s humoristas que gostam de se desconstruir e de revelar as suas carências ou taras, tudo condimentado com muito palavrão, uma cena tardo-adolescente para a qual não tenho grande pachorra. 

Mas assim como a Philomena Cunk, que aborda temas culturais mas com uma abordagem geralmente descontextualizada e hilariante mas sem que a sua expressão o demonstre acho que não temos cá ninguém.

Poderia arranjar inúmeros exemplos mas uso o primeiro vídeo que agora me apareceu.

"Moments of Wonder." Philomena Cunk on the Second World War


E um bom fim de semana, ok?