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segunda-feira, junho 25, 2018

Enquanto não acaba o Portugal Irão, já comia qualquer destas coisinhas



Toda lampeira, saí às seis e tal e, antecipadamente feliz, gabei-me junto da minha filha, ao telefone, que o trânsito nõ estava por aí além. E parecia que sim.

Afinal passei por onde havia big ajuntamento de adeptos, tudo de lenço encarnado e verde na cabeça,  bandeiras da selecção, apitos, uma multidão de gente a festejar e, claro está, nas redondezas o trânsito todo encalacrado. Resolvi estacionar por perto para ir a pé. Está quieto. Lugar para estacionar zero. Voltas e voltas e voltas e voltas e zero. Quando cheguei a casa, o meu marido meio enervado (provavelmente porque passou pelo mesmo para chegar a casa), tenho ideia que estava no intervalo ou quase, nem sei. Ando com uns sapatos lindos demais, elegantes que só eles. O pior é que me apertam os pés. Durante o dia a coisa suporta-se. Agora estar fechada no carro, em pára-arranca durante hora e meia e depois fazer, pela calçada acima, um esticão do caneco, é que passa da conta. Chiam-me os dedos. E, por isso, quando cheguei a casa vinha transtornada pela demora, pelo trânsito, pela falta de lugares e pela chiadeira dos pés. Nem prestei atenção a nada, toda eu motivada apenas para atirar os sapatos pelos ares e mergulhar os pés em água fria.

Bem. Adiante. Já estou descalça -- já chega de podologia.


Depois de me despir, de me desmaquilhar, de me lavar, de arrumar a roupa para amanhã e de mais isto, aquilo e o outro -- e depois, ainda, de mais uma mão cheia de tretas -- lá consegui chegar aqui ao meu sofá de estimação.

Resumindo: vi o Cristiano Ronaldo falhar um penálti e agora pôr-se a jeito para levar um vermelho directo.

E agora, caneco, vai ser penálti a favor do Irão. Não se aguenta. Caneco. Se isto se admite. 


E estou cheia de fome. O almoço foi engolido tão à pressa que foi como se não tivesse comido nada. Quando estava agora de regresso, no carro, comi uns miolinhos de amêndoa que tinha na carteira. Mas nada que amainasse este apetite agudo. Estou mesmo varada de fome. E tenho que esperar pelo fim do jogo.

Mas tão, tão cheia de fome que devorava qualquer uma das coisas que aqui vos mostro. Tudo. Tudinho. 

Impossível. Golo do Irão. Como é que isto pode estar a acontecer? Que coisa mais parva. Parece que desatinam, caraças. Mas, enfim, deixo os comentários para o nosso Presidente Marcelo que, neste momento, já aqui está a comentar o jogo. Ganda Marcelo. Ainda sob o efeito dos imodiums, já aqui me está a descrever as jogadas e o que fizeram bem e mal. Ganda, ganda Marcelo. Mais versátil e ubíquo que este não voltamos a arranjar outro.
A sério: um cinzeiro cheio de beatas, uma laranja podre, umas torradas queimadas com um ovo despropositadamente estrelado e uma esponja da louça carregadinha de detergente. Qualquer coisa destas marchava. Quando uma pessoa tem fome, tudo lhe sabe a petisco. Nem que seja, apenas, uma beata como amuse-bouche.

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Coitadinhos dos iranianos. Choram tanto. Tão lindos. Quando penso em homens bonitos, penso em homens assim como eles, pele tisnada, feições elegantes, corpos bem modelados. Que decepcionados estão. São dignos na forma como curtem o desgosto. Uns cavalheiros. Umas estampas.

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Pronto, eu explico. Não que pense que os meus Leitores me têem em grande conta mas, bolas, tão maluca assim também não quero que me achem.

São bolos. Dizem que bué de bons. Tudo neles é comestível, até o que parecem ser recipientes. Trata-se de obras comestíveis da autoria do Chef Ben Churchill, também conhecido por The food illusionist.


Até o vasinho eu comia.
Até a terra...
(E não se lembrou ele de pôr ali uma minhoca gelatinosa).

quinta-feira, abril 21, 2016

O que é que o seu bolo preferido diz sobre si?


Cheguei aqui cansada, um dia bem longo e extenuante. Já jantei, claro, e, por cima da janta, para rematar, comi uns três ou quatro morangos e duas tâmaras secas. Gosto de tâmaras. Mas estava capaz de comer mais qualquer coisa docinho. Em dias assim, parece que preciso de um suplemento calórico para repor os níveis de energia. Contudo, tenho que me controlar porque, por cada 20 gr de doces que como, parece que engordo 2 kg. 

Mas isto há coincidências. Sem paciência para coisas mais profundas (piadinha: é sabido que as minhas profundidades são relativas), fui-me aos magazines onde posso veranear sem me maçar. E dei logo com uma artigo engraçado: o que é que o nosso doce preferido diz sobre nós

Depois de ser sujeita a toda a espécie de ressonâncias psicológicas e sociais com assessments feitos por psicólogos ou sujeita a avaliações 360º, essas pérolas civilizacionais em que uma pessoa é avaliada pelo chefe, pelos colegas e pelos subordinados (e até pelo cão da rua, se o cão estiver para isso), só me faltava mesmo ser avaliada pelos bolos que como.

Mas já estou por tudo. Querem avaliar-me os inspeccionar-me a alma, pois que o façam, não tenho nada para esconder, revistem-me, virem-me do avesso, descubram qualquer coisa que me surpreenda.

Adiante.

Gulosa como sou, fui logo à procura do meu bolo preferido. Li as opções e, lambona, optei por comer dois. Depois, garganeira de dar vergonha, voltei atrás e fui buscar mais um. Nham, nham.

Tarte de maçã ou tarte de limão (de preferência, merengada). E outro que, se o tenho à mão, não me faço rogada: o brownie, de preferência daqueles espalmados de chocolate bem preto -- e se, lá dentro tiver bocados de amêndoa, melhor ainda..

Depois fui conferir o que dizem de quem prefere o que eu escolhi e, para tirar teimas, fui ver o que não tinha escolhido. E o que tenho a dizer é que se non è vero, è ben trovato.

Ora bem. A tradução é tentativamente literal embora, com comportamentos desviantes como os meus, facilmente me desvio e escrevo como me soa melhor.

Dizem que quem prefere a tarte de maçã, que é uma bolo delicioso, bom e natural, é alguém assim mesmo. Ou seja, alguém frutado, doce e quente, ou, dizendo de outra forma, a companhia ideal para um longo dia de chuva. 

Pronto. Se dizem que sim.

Por acaso, gosto delas bem molinhas, macias, cheias de fruta a escorregar, quentinhas, de preferência com uma pitada de canela (refiro-me, claro, às tartes de maçã). Tem dias que gosto de as comer com uma bola de gelado de sésamo ou de chá verde ao lado.

No que se refere à tarte de limão, que adoro com merengue por cima, dizem que é coisa de amar até perder a razão. Ou de quem ama até perder a razão.

Com ou sem merengue é a sobremesa dos apaixonados e dos curiosos, dos que pensam que o amor rima forçosamente com sempre (e também com forno).

Pois. Que sim, que é mesmo assim, that's me, sempre enamorada, sempre a gostar de saber que sim (e isso do forno -- pois, dizer o quê?)

Quanto ao brownie é assim - e passo a transcrever: intenso e compacto, o brownie é o bolo favorito dos que têm fortes personalidades. 

Hiper concentrado em chocolate, este doce não deixa espaço a hesitações... isto não vos lembra alguém?

Vou confessar uma coisa muito má. Geralmente, tento almoçar peixe. Volta e meia acompanho apenas com legumes. A bebida é água -- e nem pensar em sobremesa. Alguma disciplina é necessária. Pois só vos digo que, tem dias em que, a seguir, me dá uma tal carência que não resisto a entrar num Mcdonalds qualquer e pedir um brownie. E, enquanto o como, sabendo-me mal comportada, digo de mim para mim: 'Que se lixe a dieta'. Como é pensamento que não vê a luz do dia, até substituo o verbo por outro mais consentâneo com o momento, até porque chocolate apimentado é do melhor que há.
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Quanto aos outros bolos, para que encontrem também à vossa medida, aqui estão
- e atenção que isto é retirado de uma revista francesa, ou seja, os bolos não são exactamente os nossos


Da parte que me toca, passo muito bem sem o cupcake (para os amigos de modas e de dar nas vistas), sem o flan (para quem tem personalidade forte mas gosta de uma vida bem tranquila e discreta), sem o tiramisu (para os sedutores que gostam de quebrar corações), sem o paris-brest (equivalente ao éclair? - para os que gostam de se prevenir e que estão sempre à defesa ), sem o corne de gazelle (não sei bem se tem equivalente em portugal, a pata de veado, talvez - para os nostálgicos, que gostam de devaneios), sem o éclair de chocolate (para os impertinentes, inteligentes mas obcecados) e sem o mil folhas (para os meticulosos, arrumados, quadrados... e maníacos).

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Já agora, um filme achocolatado, bom de se ver

Juliette Binoche e Johny Depp 



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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.
Com muito chocolate, com muito afecto.


terça-feira, setembro 20, 2011

Chocolate para os meus amigos. Para vos fazer companhia, a Juliette Binoche e o Johny Depp. Entrem, por favor

O chocolate é um alimento muito saudável. Como tudo o que é bom, pouco basta. Se for comido em excesso terá contraindicações, como acontece com tudo nesta vida, nomeadamente o seu elevado valor calórico manifestar-se-á (dado que tem elevados teores de gordura e açúcar). O mais indicado é o chocolate negro, amargo, isto é, sem leite, com pouco açúcar, com cerca de 75 a 85% de cacau.

Estimula o funcionamento cerebral, evita o envelhecimento celular, favorece o bom funcionamento do sistema circulatório e, sobretudo, tem um potente efeito antioxidante.


Sobretudo, sabe bem, é óptimo. Adoro chocolate (e quando começo a comer, tenho que me controlar ferozmente para conseguir parar).

Quanto aos propalados efeitos afrodisíacos, que eu tenha visto, não existem evidências científicas. Mas, dado que é tão bom, é natural que predisponha para as coisas boas.

Um dos filmes bonitos, carinhosos, bem interpretados e que tem como título e motivo o Chocolate é este que aqui vos deixo, com a bela e saudável Juliete Binoche e o versátil e sedutor Johny Depp. A qualidade da imagem não é grande coisa, mas queiram desculpar e queiram, por favor, adoçar a vossa existência. Enjoyez.