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quinta-feira, julho 26, 2018

Somos um bicho mesmo inteligente, não somos...?


Os incêndios descontrolados um pouco por todo o lado (essencialmente por culpa das alterações climáticas e não da sacrificada Constança Urbano de Sousa), as temperaturas tresloucadas que matam gente aos magotes, sobretudo por insolações, as chuvas torrenciais que provocam inundações assassinas, os mares carregados de porcaria, com praias antes paradisíacas transformadas em montureiras pejadas de garrafas e outras porcarias de plástico -- é isto que, em traços largos, os humanos andam a fazer ao Planeta.








Pode acontecer que a trajectória que estamos a percorrer não venha, afinal, a revelar-se tão fatal quanto se antecipa -- talvez, antes do dia final, se consiga descobrir forma de nos transportarmos para outros planetas onde a vida seja possível. Mas isso é se. É que, como é sabido, nem sempre as condiconais se materializam. E até eu, que sou uma desmiolada optimista, neste caso, vendo a velocidade e a intensidade a que as condições de vida estão a derrapar a caminho do desastro, fico muito apreensiva.

Steve Cutts é daqueles tipos tão pessimistas, tão cínicos, tão desencantados que até dói ver o que sai das suas mãos. Mas é também lúcido, inteligente e talentoso. 

Presença que aqui acolho sempre de gosto, hoje está cá com o seu 

Homem

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quinta-feira, maio 03, 2018

Caneco, Steve Cutts, quando te tenho ao pé de mim, ainda fico com mais vontade de... (nem digo)
Olha, faz o favor de não me mostrares a tua visão do que é a felicidade nos tempos que correm. Ouviste...?


Tenho a dizer que o meu 1º de Maio foi um dia muito feliz.

Como boa trabalhadora que sou, trabalhei que me fartei. Dar de comer a muitas bocas e fazer gosto em que seja tudo feitinho com as próprias mãos é trabalhoso. Mas é trabalho que se faz de gosto e com recompensa imediata. Estar sentada no meio de tanta descendência é uma alegria. Ver como gostam todos tanto de estar uns com os outros é um aconchego para a alma. Ver os mais pequenos a brincarem em conjunto e o bebé já a querer participar nas brincadeiras é uma ternura.

Mas a realidade tem outras faces. Ao regressar ao trânsito, às reuniões, aos problemas e conflitos, às muitas horas de muitas coisas a que não se pode voltar as costas porque há compromissos e responsabilidades, ao chegar atrasada à fisioterapia receando que, uma vez mais, não conseguisse fazê-la, ao chegar a casa já depois das nove da noite, eu penso que já devia ter conseguido atingir o direito a ter uma vida mais descansada. Mas não sei como. Não é uma escolha, é assim porque é assim. Talvez seja esta a vida que escolhi mesmo sem perceber que chegaria a este ponto em que, mesmo que sinta vontade de trabalhar menos, o trabalho cai em cima de mim mais e mais e mais. Estou numa reunião, a conduzi-la e, sem poder desfocar-me dela, ao mesmo tempo a espreitar os mails que chegam e onde se anunciam crises e problemas que, se não atalhados, desembocarão em problemas maiores. E depois chegam mais pedidos de reunião e mais e mais e mais. Uma pastilha difícil de engolir. Pior: pastilhas que nunca mais acabam.

Estava na marquesa da fisioterapia e os mails continuavam e, ao contrário do que tantas vezes acontece, nem me deu sono. E agora que aqui estou, em vez de falar de frescuras e laroquices, estou nisto. Dia chato, conversa chata. Não gosto. Nem gosto de vos maçar com maçadas que só a mim dizem respeito. Mas nem energia nem inspiração para me alienar eu hoje tenho.

E aqui chegada, neste lindo estado de espírito, abro o YouTube para ver se o meu amigo -- que está carregadinho de inteligência artificial -- tem alguma graça para me animar e dou com um vídeo carregadinho é de ironia, de sarcasmo, de amargura. Steve Cutts, imagine-se. Logo ele. Caraças. Que mau gosto o do YouTube. Já uma vez aqui o tive, falando deste nosso mundo. Coisa lúcida até demais.

Agora, aqui, ele fala de Felicidade. Felicidade o escambau. Podia ser coisa para a gente se rir mas, bolas, vontade de rir é que eu não tenho mesmo. Ora vejam...



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sábado, agosto 06, 2016

Tempos modernos revisited
[Hoje falo de qualquer coisa menos alinhar na hipocrisia histérica da Madame Cristas ou do despudorado Negrão*]


Depois do Money do post abaixo, visito agora os tempos modernos. Este é o meu tempo. O nosso tempo. O tempo de todos os absurdos.

O smatphone, a criatura mais inteligentes do planeta, leva o homem a passear, que por sua vez leva o cão que é levado pelo gato que é guiado pelo rato que é puxado por um verme qualquer


Não muito mais gratificante do que os tempos que, então, eram modernos e igualmente estupidificantes:



Amorfos, comendo tudo o que lhes é dado a comer. Informes. Quase acéfalos.
Assim muitos dos seres destes nossos tempos.

Nem beleza nem sensualidade. Indiferença e desistência.
Guiados pelas televisões, jogos virtuais e redes sociais

Violência sem sentido. Banalização do mal.


Até que um dia... as coisas começam a mudar.
Ou até alguém encontra motivos - ou motivação - para fazer diferente.


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As imagens que usei pala 'enfeitar' o texto são, tal como no post abaixo, da autoria de Steve Cutts que é também o autor do vídeo What a hunt! inspirado em Melissa Bachman que gosta de caçar e divulgar os animais que abate.

Lá mais em cima, Charlie Chaplin é o empregado que é usado como se fosse um robot. Aqui já acima é ele de novo, maravilhoso, quase tocante de tão gracioso e engraçado que é,  Charlie Chaplin. Canta e dança uma canção sem sentido. Eram, então, os Tempos Modernos.

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* Independentemente de algum vestígio de razão que possam ter, eles (a Cristas e o Negrão e respectivos apaniguados), sobretudo eles --, pertencendo respectivamente ao partido de Paulo Portas, esse mestre na arte de tudo fazer e de sempre passar entre as pingas da chuva ou do partido de onde têm saído rezes tão impróprias para consumo como o Cavaco, o Cherne Durão ou o caloteiro Láparo -- deveriam era estar caladinhos. Por isso, não estranhem que hoje não fale de Rocha Andrade ou do joker Montenegro, da Galp ou da Olivedesporto. É que, Leitores meus, para o peditório  dos pàfs não dou o que quer que seja.

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E queiram, por favor, continuar a descer porque o capitalismo selvagem mora já aqui abaixo.

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Dinheiro, dinheirinho, money, moneyzinho, amor, amorzinho


Só imagens e canções que hoje estou de poucas palavras.

O deslumbrado que até tem muita consciência social. Tanta que emprega gente quando podia usar bestas de carga.



Focado, lutador, determinado, assim é o verdadeiro homem de sucesso. Sem trabalho e esforço nada se consegue.

E no fim, quando tudo tiver ardido, ficam só eles, os mais ricos. 
No topo de um mundo escaqueirado.


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Liza Minnelli e Joel Grey interpretam Money makes the world go round, no filme Cabaret.

As imagens são trabalhos do inglês Steve Cutts para quem a insanidade humana é uma fonte inesgotável de inspiração e que é o autor da animação Man que já foi vista mais de 19 milhões de vezes.

Man


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo sábado.

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