Mostrar mensagens com a etiqueta Ana Avoila. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ana Avoila. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Do orçamento, da carta de Bruxelas, das comentadeiras excitadas, do merceeiro, do que queria ser primeiro-ministro, do queixinhas de Bruxelas, da Avoila laranja, das estátuas tapadas e dos aviões, das Barbies da coxa grossa e mais uns apanhados
-- tudo ao som de um afinado coro em versão gospel (faz de conta, claro)


Bem, agora que já despachei o expediente -- e esclareci porque não publico alguns comentários e, a propos (a propósito e, já se sabe, porque gosto de me armar em inteligente...), falei do perigo dos buracos negros -- parto para outra. De novo com vossa licença, cá vou eu. E vou numa boa, numa boazinha mesmo. Podem crer.



Estive aqui a hesitar sobre se deveria falar do orçamento e da pseudo guerrilha entre o Governo e Bruxelas ou da comichãozinha frenicoquenta que muita comentadeira anda a sentir na ponta da língua e da quase petite mort dos direitolas que se têm andado a sentir tão mal amados e que agora estão em festa -- mas falar sobre coisa-pouca só mesmo quando me sinto poucachinha e, fazer o quê?, hoje estou muito abaixo disso.


Também pensei: ah, vou falar da miúfa que essa gente tem toda de quem fala estrangeiro, anda de fato e tem ar de mandar. Ah, vou falar de como, às primeiras perguntas dos burrocratas, já estão todos a baixar as calcinhas e a pôr-se a jeito. Mas não, isso é quando me dá para o profano e eu estou estou a sentir-me especialmente santinha.

Poderia falar também duma coisa que arreliou tanta gente: o ressuscitamento daquele patriota (de plástico, para ser mais barato) que mudou a sede fiscal para a Holanda para optimizar os impostos. Mas não, isso seria se eu hoje estivesse com vontade de ser má e não, hoje, como lá acima declarei, estou muito boazinha (para ver se não irrito nenhuma leitora mais sensível).

Poderia também falar desse putativo primeiro-ministro que nunca mais ninguém empossa, o tal homónimo que dá mau nome ao original, o poeta, e que, quando quer sangue, vai desenterrar o merceeiro. Mas cascar no jornalista que gosta de se disfarçar de economista é nos dias em que estou com o diabo no corpo. Hoje não, hoje estou mais para Irmã Lúcia, peace and love, brothers.

Podia, também, falar de um catraio que, desde que encolheu, parece que ficou despassarado daquela cabeça, o cabelo que o diga que nunca mais conseguiu assentar. Há bocado estava ali num painel, todo ele fricotes e perlapié ossudinho, e eu só ouvia o meu marido a dizer que, se tivesse que debater alguma coisa com ele, teria que se conter muito para não lhe dar uma cabeçada. Liberdade verbal dele, claro, que não é homem para dar uma cabeçada num pobre coitado, tão frágil. Deixá-lo andar lá por Bruxelas, armado em menino-queixinhas.

E, obviamente, podia (e devia!) falar da nossa bela Avoila que, depois de ter estado a hibernar durante a era lapariana, saíu da letargia para regressar à luta. Estão em greve, querem as 35 horas semanais de volta - e já!, antes que escaqueirem tudo. O novo Governo está em funções há meia dúzia de dias mas, pelos vistos, segundo a bela Avoila, já deveria ter feito tudo o que tem para fazer nos quatro anos da legislatura. Podia, pois, falar sobre isso, mas isso seria se estivesse em onda orange, mais orange que a bela sindicalista que tão amiga foi do Láparo e do já saudoso Irrevogável. E não, hélas, hoje estou branca, branquinha, alva, inocentezinha, quase virginal mesmo.

E podia também falar das estátuas tapadas com medo do outro lá do Irão que veio às compras e só de uma assentada encomendou para cima de cem aviões. Toda a gente escandalizada, que servilismo! e mais não sei o quê. A ver se ele viesse cá para meter dinheiro no Sporting, se o Bruno de Carvalho não tapava o Jesus da cabeça aos pés, ai não. Mas não vou falar disso, não percebo nada de ayatollahs. Eu, é sabido, sou mais bolos.

Também podia falar das Barbies que agora já não são todas parecidas com a Margarida Rebelo Pinto, todas magrinhas, descoradinhas, chiquérrimas, boas escritoras e tal: não senhora. Agora já são como as mulheres vulgares: há-as em versão coxa grossa, pele marron, mal-jeitosa, porta-chaves, etc. Não sei onde é que isto vai parar, qualquer dia até aparecem em versão Ana Gomes, Doutora Teodora, Teresa Guilherme. Não sei, não. Mas não vou falar disso, hoje estou muito atiladinha, em versão boa menina, fofinha, fofinha.

O fim de uma era, é o que é.
(Agora como é que sei qual delas é que eu gostava de ser? Só tenho coisas que me ralem)

....

Por isso, não sabendo sobre o que falar vou, antes, mostrar um vídeo. Pode parecer que estou a brincar mas não, o assunto é sério. E a sério que é a sério. Só mesmo uma desmiolada encartada é que poderia gozar com assunto tão sério e eu, oh oh, sou uma inteligente do melhor que há. Por isso, imaginem que isto era convosco e digam-me lá se não fugiam também a sete pés. Ai não que não. Gostava de vos ver: até voavam.

.....

E, assim sendo, uma vez que aos costumes a única coisa que tenho a dizer é que nada, aconselho-vos a deslizarem por aí abaixo... mas com cuidadinho não vão ser sugados por algum buraco negro que isso é bicheza do pior que há. Isso e as comentadeiras em versão maria-amélia que gostam de vir aqui cansar a beleza da Santa UJM. 

..

quarta-feira, maio 22, 2013

Miguel Poiares Maduro. Maduro? Ná... A mim parece-me outro verdinho... Depois de levar tareia da Concertação Social - 'que aquela reunião não foi nada, que os do Governo não vão preparados, que aquilo até é embaraçoso, e que, ainda por cima, o ministro ao fim de uma hora se foi embora, etc, etc - veio desculpar-se, quase a fazer beicinho, voz de betinho, tatati, tatati, 'concetação', 'paceiros', patati, patati. Até dá dó.


Isto hoje está lindo, está. No post abaixo a coisa já não estava a correr muito bem. Agora aqui, aparece-me também este.



Miguel Poiares Maduro, Adjunto, Verdinho e voz de Betinho
(pergunta a minha inocência: era este artista que ia fazer a coordenação política do Governo?)


Não estou a ser mázinha, não senhor - e não me venham pedir paninhos quentes que eu já não consigo ter paciência para com quem anda a destruir o País. Estou a dizer as coisas como elas são. 

Se o Poiares Verdinho fosse professor lá em Florença eu não dizia nada, queria lá eu saber dele. Agora o que chateia é que é gente destas, que não faz a mínima, mas a mínima ideia do que é governar, que para aqui anda a dar cabo deste país.

Foi para uma reunião sem conteúdo, foi mal preparado, não quis falar do que os Parceiros queriam falar, ao fim de uma hora foi-se embora, e depois ainda vem armado em vítima, todo queixinhas com voz de betinho, como se quisesse dar uma lição de moral a quem anda nisto há séculos e tem carradas de capital de queixa...? Patético.

Claro que, com esta atitude, não é respeitado pelos Parceiros nem pode ser. Se ele e os seus adjuntos vão para as reuniões com um inquérito que já antes tinham levado, sem mais nada, sem ter nada que acrescentar, confrangedoramente impreparados - numa altura em que urge pôr a economia a mexer, numa altura em que há tantos fundos parados à espera de serem utilizados, numa altura em que os Parceiros Sociais estão revoltados e querem medidas concretas e nada de paleio abstracto - como é que querem ser respeitado?

O que este verdinho está mesmo a precisar é de ser praxado pela Avoila. Pena é que ela ande por outras bandas.

*

Se quiserem seguir para bingo, é descerem um pouco mais até ao post seguinte: Moreira Rato a nu. Muita luz se fez na minha ensombrada cabecinha.


quinta-feira, outubro 20, 2011

E agora Cavaco? E agora Passos Coelho? Com este OE 'já se ultrapassaram os limites do sacrifício, violaram-se os princípios da equidade fiscal e a austeridade, por si só, não resolve nada, é condição necessária mas não suficiente'. E depois disto...?


Cavaco hoje voltou a fazer das suas. Fiquei pasmada. Mas então o Passos Coelho não se articula com o Presidente antes de avançar com uma coisa destas? Não terá discutido o OE 2012 com Cavaco antes de avançar para a Assembleia da República?


E como é que, ao fim de 3 ou 4 meses, as coisas já deslassaram desta forma entre Passos Coelho e Cavaco Silva para este puxar o tapete desta forma a Passos Coelho...?!

Mas é que lhe puxou o tapete de uma forma... de uma forma que o desautorizou dramaticamente.

Não apenas diz, e diz com ar de poucos amigos, incomodado mesmo, que o outro passou as marcas da decência ao sacrificar miseravelmente os pensionistas mais pobres, que violou o mais básico princípio da equidade fiscal (e acrescentou: qualquer um que tenha estudado economia, qualquer um que tenha lido os livros - numa chapelada ostensiva ao bando de pseudo-economistas que por ali anda armado em experts), como - mais importante! - acrescentou que a austeridade é necessária mas não suficiente, que tem que haver um estímulo à economia, ao emprego.

Resta saber o que fará agora Cavaco Silva. Depois desta hoje, não sei como vai ser. Cavaco não é flor que se cheire, em especial para quem não alinhe pela mesma bitola e, claramente, não vai à bola com Passos Coelho e entourage.

Com Sócrates, andou in love durante anos e só no segundo mandato é que as coisas azedaram, e aí foi o que se viu: Cavaco marimbou-se para a lealdade institucional, marimbou-se para as aparências, e, sem pejo, tirou o tapete e torpedeou sem dó nem piedade o então Primeiro Ministro.

Mas agora, com este, é já ao fim de 3 ou 4 meses. Com estas afirmações retumbantes, Cavaco envergonhou Passos Coelho na praça pública.


Faço ideia como, a esta hora, está o Miguel Relvas e o seu subordinado Pedrocas. Já devem estar a engendrar, com os criativos assessores da imagem e comunicação, a melhor forma de se saírem desta emboscada, ou seja, como se hão-de portar para não aparecerem em público com a cara pintada de preto.

Claro que a palavras de Cavaco Silva foram fuel em cima do fogo que já alastrava pela sociedade. Os partidos reagiram em brasa.


A impagável Ana Avoila já saíu à cena, dizendo, com aquele seu ar temível, que espera que estas palavras de Cavaco Silva não sejam apenas show off, que se espera que agora aja em conformidade. Os sindicatos estão ao rubro. Voltaram os tempos das greves gerais.

Cavaco Silva junta-se assim ao coro de indignação que alastra desde a Igreja aos jovens, aos velhos, aos empregados e desempregados, aos pensionistas, aos empresários (sim, os empresários andam passados com tudo isto, sim, os empresários que já tiveram reuniões com membros deste governo vêm de lá passados, sim, os empresários não se revêem em nada disto, believe me), aos gestores em geral, aos funcionários públicos e a todos os outros (eu não sou pensionista nem funcionária pública e tudo isto me dói como se o fosse), Cavaco Silva hoje cá, loud and clear, depois de em Florença já ter falado com inesperada lucidez, mostrou a todo o país que não está a gostar nem um bocadinho do rumo que isto está a levar.

Acabo agora de ouvir Marcelo Rebelo de Sousa a dizer que depois destas palavras o Governo tem que corrigir o Orçamento. Por toda a Comunicação Social não se ouve uma só voz a defender estas medidas. Até o Professor Marcelo...

Juro que não estava à espera que isto acontecesse tão cedo.

Já aqui tenho dito, especialmente em resposta aos comentários em que me perguntam 'como se vai sair disto?', que a minha esperança é que o Governo, que é tão incompetente e impreparado, faça grossa asneira e que alguém (Cavaco Silva, nomeadamente) se veja forçado a agir.

Espero também que se crie uma onda de fundo qualquer que leve a uma qualquer mudança de rumo em toda a Europa.

Van Rompuy hoje veio dizer que a Europa tem que se virar urgentemente para a economia e para o emprego.


Fernando Henriques Cardoso num artigo publicado no El Pais e referido no Expresso chama a atenção para o facto de que medidas de austeridade sem relançamento da economia irão esmagar o país e que o caminho deve ser outro, deve ser renegociada a forma de pagar a dívida e que o esforço deve incidir também, e sobretudo, no combate à pobreza, no investimento, no emprego, no estímulo à economia. O exemplo do Brasil está aí para o demonstrar.

Christine Lagarde voltou hoje a levantar a voz e a dizer que a situação não está a melhorar, que os países pobres estão mais pobres, que os riscos de contágio não estão a ser controlados, que é preciso agir e rapidamente.

São muitas e avisadas as vozes que, de todos os quadrantes, apelam à mudança de estratégia, de rumo.

O que se está a fazer à Grécia é doloroso, é sangrar um povo.

E é isto que os meninos Passos Coelho, Relvas, Gaspar, Moedas se preparam para fazer cá.


O Álvaro, que anda paralisado, então, até dói, devia ser o ministro mais importante neste momento e não faz nada que se veja. Lá apareceu hoje, feito pequeno totó, baralhado, ensaiando falar duro mas apenas gaguejando, dizendo que têm que ocorrer despedimentos nos transportes. Pois, eu digo-lhe, menino Alvarito: claro que há gente a mais, claro que os transportes andam todos descoordanados, com meios a mais face às necessidades, claro que, se aumentar ainda mais o custo dos transportes, menos as pessoas andarão de transportes públicos e mais gente sobrará. Há caminhos assim, menino Alvarito, são as ditas espirais.

Mas, sobretudo, menino Alvarito, o que o menino tem que fazer é estudar - de forma sistémica e planificada - os transportes, estimulando o uso de transportes públicos, o que o menino tem que fazer é, enquanto faz isso, ir relançando a economia para que novas empresas absorvam as pessoas que sairem das empresas dos transportes, agir de forma articulada, coordenada, não avulsamente, e vendo apenas um dos lados da equação. Governar o País é isso: é ter tino, ter cabeça, é saber de números, é saber de sociologia, de demografia, de política, é ser culto, humanista, democrata, é ser inteligente, ter senbilidade e bom senso.

Agora digam-me: neste nosso governo, quantos ministros são assim? Um...?

<>

Bom, vamos ver o que os próximos dias nos reservam. Não fosse o drama das pessoas, isto até teria graça. Mas não tem. Isto é um drama.

 

sábado, setembro 10, 2011

Que é feito do Álvaro, o super ministro Álvaro Santos Pereira? Será que lhe aconteceu o mesmo que ao alce sueco?



Comecei o dia bem. Enquanto bebia café, vi na televisão o ministro Miguel Cada-Vez-Mais-Esbugalhado Macedo a dizer com ar atrapalhado (via-se que números não são a especialidade dele; falava como se antes de abrir a boca de cada vez que dizia um número tivesse que repescar na cábula mental se era mesmo aquilo ou um décimo daquilo ou mil vezes aquilo) que, salvo erro com o fim dos governos civis, ia fazer poupanças de 3 milhões e cem mil euros e que, por outra qualquer medida, ia poupar 500 mil euros. Gostava que ele estivesse à minha frente para me ver a rir à gargalhada (de certeza que o ia deixar ainda mais inseguro: ‘se calhar enganei-me, caraças, se calhar era aquilo por mês...  ou será que era aquilo vezes cinco?’).

Como têm sido galacticamente criticados por terem tomado o gosto em irem-nos ao bolso, alguns dos assessores ou das agências de comunicação, quiçá até o grande guru Cabo Angel (nickname pré-histórico, dos tempos do Pão com Manteiga), lhes deve ter dito: faz favor de começarem a mostrar que isto não é só fartar vilanagem, vamos lá mostrar algum servicinho, a ver se a malta não vos toma de ponta. Apareçam, expliquem-se, mostrem que andam a reduzir na despesa.  Fixem bem, read my lips: reduzir despesa, poupança. E frases curtas para não se espalharem.

Vai daí, agora aparecem por todo o lado a dizer que vão poupar. Mas, senhores, vão poupar o quê...?

Claro que é melhor poupar nem que seja um cêntimo do que continuar a contratar assessores como se não houvesse amanhã.

Mas ponhamos as coisas em perspectiva: se os números que circulam são verdadeiros, esta poupancinha representa qualquer coisa como uma milésima parte da dívida da Madeira, ou seja, o chamado cagagésimo, a irrelevância mais completa.

Podia ser bom se isto fosse tudo concertado, tudo articulado e tivessem medidas destas aos milhares. Agora, se cada um aparece com uma poupancinha de 3 milhões, como são 11 (são 11? não me lembro), no conjunto poupam trinta e tal milhões de euros. Mas ó senhores, isso não é nada...!

Mister Gágá, nickname O Mangas: não sei, pode ser muito inteligente mas, não sei,
parece que lhe falta um parafuso ou que tem um bug qualquer, não sei

Se não conseguem melhor que isto, não tarda vem o Gas-pa-ri-nho De-va-ga-ri-nho das Man-gas Gran-des e rapa-nos o que falta do subsídio de Natal e mais o ordenado inteiro de Janeiro para ver se alguns morrem de vez, a ver se poupam a sério na Saúde (e lá apareceria a seguir o consistente Passos Coelho, com aquele ar de bom maridinho e com aquele ar encenadamente firme de quem é um expert nas farófias, a explicar-nos que apareceram umas condicionantes externas e que não há contradição nenhuma - só que os reformados parece que estão a viver mais que no tempo do Sócrates, que os funcionários públicos não estão a querer ser despedidos, tudo muito difícil e que, por isso, não lhes resta outra solução senão aumentar os impostos mas que, sob palavra de honra, nunca mais tal acontecerá).


Mas situemo-nos agora nessa extraordinária hipótese de deixar de comparticipar a pílula, algumas vacinas e alguns medicamentos para asmáticos.

Só quem passa por isto é que percebe
Não dá para reduzir a comparticipação nos medicamentos para asmáticos!!!!!!!

Tendo os meus filhos, em pequenos, sofrido de bronquite asmática sei bem o susto que é ver uma criança com falta de ar e sei que nenhuma mãe está descansada se não tiver consigo medicamentos broncodilatadores. Equacionam deixar de os comparticipar? Hipótese malvada.

Mas situemo-nos agora, mais concretamente, na pílula e nas vacinas. Dizem que deixariam de ser comparticipadas mas que continuariam a dá-las gratuitamente a quem for ao posto de saúde.

Perplexidade. Alguém me explica o racional disto? A mim, habituada a lidar com números e com decisões relativas a optimização de recursos, isto deixa-me banzada.

Então se as pessoas passarem a afluir em maior número aos centros de saúde não é economicamente pior? É que esse acréscimo não apenas passará a ser gratuito quando antes eram comparticipado como, provavelmente, têm que admitir mais pessoal para atender o acréscimo de pessoas.

Além disso, hoje em quanto importa a verba de comparticipação relativa a estas coisas? Presumo que, face ao orçamento brutal da saúde, trocos. E, então, vale a pena o retrocesso e o transtorno e as angústias por uns míseros trocos?

É que, ó senhores ministros, quando as pessoas se queixam que se estão a sentir enganadas e roubadas não é para vocês irem a correr fazer o primeiro disparate que lhes passar pela cabeça, cortando nos medicamentos ou nos transplantes. Não, a ideia é cortarem nas fundações que vocês diziam que não servem para nada, nos institutos aos molhos e nos serviços que vocês nos disseram que eram duplicados e triplicados, e mais nos assessores, nos pareceres a firmas de advogados quando têm serviços jurídicos nos ministérios, etc.

Já dói vê-los a fazerem tanto disparate, tanta coisa descabida. E, daquilo que se tinham comprometido a fazer e que esteve na base do voto que lhes deram nas eleições, nada de nada, pelo menos que se veja. Que incompetência, credo.

E agora, como se o nonsense não fosse suficiente e depois de andarem todos a dar entrevistas a justificar a medida, apareceu, durante a tarde, um comunicado do Ministério da Saúde a dizer que a decisão ainda não está tomada, que aquilo foi só um arremedo. Arrepiaram caminho em grande estilo.

Ei-lo em acção, o all in one, maçónico ou super-sónico
lobbista ou aparelhista ou garganta funda ou o que der mais jeito
(segundo rezam os media que eu não sei de nada, limito-me a papaguear)

Ó senhores, mas aqueles laranjocas que vivem sob a batuta do pêro-saloio Relvas são, na marioria, tão nabos em tudo: fazem e desfazem, dão o dito por não dito, um amadorismo, uma trapalhada pegada.


Entretanto a impagável Ana Avoila saíu à cena e diz que quer aumentos para toda a função pública e nunca inferiores a 50 euros. É de homem!


Mas a dita sociedade civil também tem coisas do além: um pai foi entregar o filho de 15 anos à esquadra por ter descoberto que o rapazito é homossexual. E isto não se passou num qualquer remoto país nem no remoto século passado: não, isto passou-se cá, esta semana. Uma coisa que me arrepia, que me envergonha. E a polícia não prendeu logo o troglodita do homem? Coitado do miúdo.

Melhor que isto só o alce sueco que trepou a uma macieira e apanhou tamanha bebedeira com as maçãs fermentadas que comeu que já não conseguiu sair de lá. (Eu não fazia ideia que os alces trepavam para as árvores - isto há cada coisa).

De perna aberta, completamente escarranchado num tronco em cima da árvore, dizem os locais que parecia bêbado ou estúpido.

O alce sueco bêbado ou estúpido

Percebo. É isso mesmo. Quando fazem parvoíces desse calibre é isso mesmo que parecem: bêbados ou estúpidos.



PS: Mas perguntava eu lá em cima: e o Álvaro?

Ó Álvaro, anda lá, aparece, que a gente já anda aqui intrigada com o teu desaparecimento, rapaz

Daqui a nada estamos como andámos faz agora 10 anos, toda uma nação em suspense sem saber da Lili.

A Christine Lagarde bem implora que relancem a economia, que há o risco de a recessão afundar para além do aceitável, que, por favor, injectem recursos na economia para que o mundo não definhe alarmantemente, o Obama já está a fazer o trabalhinho e já lançou um vigoroso plano de relançamento da economia e por aqui...? Por aqui... alguém me diz? Onde é que pára o Álvaro, senhores!?

Cá para mim, das duas uma: ou aparece daqui por uns dias com pele de bebé, de mão dada com um cirurgião plástico espanhol da dermo-estética a explicar, todo sorridente com aquele seu ar de alvarito, que foi só ali fazer um peeling; ou então andou às maçãs e está para aí esquecido, escarranchado em cima de uma macieira, completamente bêbado.

Ai estes rapazes...