O mundo está cheio de pessoas que sentem que são capazes de mais do que lhes é exigido mas a quem as circunstâncias da vida mantêm na rectaguarda dos seus sonhos.
Mas depois há algumas que conseguem arranjar a energia, a coragem, o arrojo para dar um passo em frente e apresentar-se ao mundo.
Foi o que fez Liv Warfield. E o que acontece em palco é qualquer coisa de extraordinário. Não é só a voz (o vozeirão). É toda a vibração que, mesmo vendo apenas através de vídeo, se percebe que perpassa por quem está no palco e por quem está na assistência. É uma coisa assombrosa. Um vendaval.
Arrancou um Golden Buzzer e outra coisa não seria de esperar. Casos assim, que irrompem com esta força, com esta garra, não deixam ninguém indiferente.
Vale a pena ver.
GOLDEN BUZZER for Liv Warfield’s Incredible Performance! | America's Got Talent
After performing alongside some of the greatest artists in the world, Liv Warfield is now poised to make her own unforgettable impact on the stage. With a powerful voice and undeniable presence, she captivated both the audience and the judges during her performance of "Stare." Simon Cowell, clearly impressed by her incredible talent, wasted no time in pressing the Golden Buzzer, sending her straight to the next level of the competition. Liv's performance was nothing short of electrifying, showcasing not only her vocal prowess but also her ability to command the stage with every note. This is just the beginning for Liv Warfield, and her future in music looks brighter than ever.
Esta sexta-feira foi quase o esfolar do rabo de Outubro. Vai mudar a hora, o que não é bom, mas parece que, felizmente, vai vir chuva a valer, e isso é bom. Mas o dia, em si, para mim, veio carregado de complicações, telefonemas pouco animadores, enrolos. Aliás, ainda dormia o sono dos justos e já o telefone buzinava. Acordar para ser de imediato informada de pepinos ou para atirarem macacos para o meu colo é coisa sem a qual passaria muito bem. E muitas indefinições. Gosto de coisas claras, actividades bem definidas, prazos que possam ser controlados. A nível profissional não gosto de me mover em geometrias variáveis cujos vectores não controlo. Não saber quando me vou ver livre de uma determinada actividade que julguei que, a esta hora, já estivesse mais que concluída, chateia-me. E, quando tento perceber em que param as modas, apercebo-me do mesmo de sempre: não é possível fixar datas com objectividade. Por mais que tente, está fora do meu alcance. Tenho que adaptar o meu corpo e a minha mente a isto de me deixar ir. Mas não me é fácil, ensarilham-se-me os neurónios.
Para acabar em beleza, dentista. E nem foi que o tratamento tivesse custado muito. Mas o pagamento custou. Dantes ia-se ao dentista e o dentista observava, brocava, anestesiava, desvitalizava, fazia o acabamento -- e estava feito. Agora um espreita, outro abre, outro desentope o canal, outro tapa e, no fim de várias sessões da treta, por causa de um não-problema da treta, largamos centenas de euros. Protestei que me fartei mas o protesto não aplacou o meu desagrado. O progresso, de vez em quando, perde-se no seu rumo, descamba, atropela-nos. Não gosto disso.
Ao fim do dia fomos passear para a praia. Dentro de dois dias, àquela hora será noite cerrada. Aliás, na volta da caminhada já era noite. Gosto. Cheira a maresia, é bonito. Mas estava cansada, sem grande vontade. O meu marido é que quis. Diz que é melhor para passear o urso, que gasta mais energias. Sei lá se é.
O que sei é que estou francamente cansada. Há bocado, estava a dar o Master Chef Australia, um dos meus programas preferidos, adormeci profundamente. Creio que coisa de escassos minutos mas profunda, a pique. Vi-me grega para acordar. E, depois de acordada, fiquei a olhar para a televisão e para o computador, numa lentidão adormecida, entorpecida.
Nenhuma notícia me suscitou atenção a não ser a da exposição sobre o trabalho inovador e excêntrico da inspirada Elsa Schiaparelli (nascida em 1890 e morta em 1973).
Não ando numa de viajar mas, se andasse, era moça para dar uma saltada a ver a exposição Shocking! Les mondes surréalistes d'Elsa Schiaparelli no Musée des Arts Décoratifs de Paris.
A audácia quando anda de mãos dadas com a criatividade e com a inteligência fascinam-me. E isto de a moda inspirada na fantástica obra de Schiaparelli estar a renascer, exuberante e belíssima, através de mãos que sabem reinterpretar o espírito original e dar-lhe novo corpo parece-me daqueles milagres de ressurreição que devem ser colocados num altar.
E que as mãos que produzem tal fascinante milagre sejam de um americano, Daniel Roseberry, ainda mais extraordinário me parece. Das suas mãos nasce a irreverência e a arte colorida com que, em tempos, Elsa Schiaparelli sonhou para surpreendeu os que assistiam à sua intrépida arte avant-garde.
_______________________________
____________
Shocking! The Surreal World of Elsa Schiaparelli
Since the founding of her namesake Maison, Elsa Schiaparelli (1890-1973) remains an iconic figure for our times. This exhibition retraces her life and the legacy of her avant-garde work, her incredible freedom, her fascination with art and her groundbreaking collaborations with artists such as Jean Cocteau, Salvador Dalí, Man Ray, Alberto Giacometti and Marcel Vertès…
Está também em vias de divulgação o documentário «Shocking Schiaparelli» que vai contar a vida desta mulher que conviveu com os surrealistas, que soube transportar a fantasia para as suas criações, que não temeu o excesso.
E, embora com um ano de desfasamento, não quero deixar de aqui incluir o fantástico desfile de outono/inverno 21/22. É tudo delirantemente belo, esfuziantemente excessivo, loucamente exuberante. Um festim.
O meu dia foi bom: caminhada na praia, ida à outra casa buscar coisas, arrumar as coisas que vieram, lavar cortinados, depois pô-los de molho em água e um pouco de lixívia a ver se voltam à alvura inicial (coisa que a minha mãe, ao telefone, já me disse que tire daí o sentido). Coisas simples. Um dia descansado. O meu marido há bocado arreliou-se comigo quando lhe disse que não sabia porque é que ele estava cansado porque o dia tinha sido tão descansado. Lembrou-me que carregou com sacos pesados, pregou coisas nas paredes, um dos quais um armário pesado. Mas isso já me parece coisa ligeira quando comparado com o que foram as semanas da mudança. E eu para além de ter lavado e relavado pesados cortinados, carreguei-os para o estendal. Ah, e passei camisas a ferro.
Há quanto tempo não o fazia? Meses. Gostei. Gosto de passar roupa a ferro. Quando era pequena, lembro-me bem de pedir à minha avó que me deixasse passar alguma roupa a ferro. Na altura os lenços de assoar eram de pano. O irmão mais novo do meu pai ainda vivia em casa dos pais. Não sei para que queria ele os lenços. Não tenho ideia de o ver andar sempre a assoar-se. Se calhar, era costume saírem de casa com um lenço de pano lavado todos os dias. Sei que a minha avó deixava que eu passasse a ferro os lenços do meu tio. Todas as semanas havia um montinho de lenços para o meu avô e outro para ele. Mas eu gostava era de passar os dele. Um algodão macio, fininho. Lembro-me muito bem de ir passear com ele e com a namorada que viria a tornar-se minha tia e de ele lhe mostrar o lenço para que ela visse como estava bem engomado. Ah, que orgulho senti. Como me senti agradecida. Ainda agora, quando o vejo, cada vez mais curvado, a pele cada vez mais enrugada, me lembro da sua gentileza, do seu afecto por mim.
E encontrei o livro que estava a ler, Narciso e Goldmund de Hermann Hesse. Não tive tempo para voltar a ele mas tenho agora tempo para transcrever algumas palavras (incluindo as 'palavras mágicas' que puxei para parte do título deste post).
Naturezas como a tua, dotadas de uma sensibilidade forte e delicada, as pessoas dominadas pelos impulsos da alma, os sonhadores, poetas, amantes, são-nos quase sempre superiores, a nós, intelectuais focados no espírito. A vossa origem é materna. Viveis na plenitude, a vós foi-vos dada a força do amor e da capacidade da vivência. Nós, os intelectuais, embora possa por vezes parecer que quase sempre vos guiamos e governamos, não conhecemos a plenitude, vivemos na carência. A vós pertence-vos a pujança da vida, a seiva dos frutos, o jardim do amor, o belo território da arte. A vossa pátria é a terra, a nossa a ideia. O perigo para vós consiste em afogar-vos no mundo dos sentidos, para nós em sufocarmos no espaço rarefeito de ar. Tu és artista, eu sou pensador. Tu dormes no regaço da mãe, eu mantenho a minha vigília no deserto. Para mim brilha o Sol, para ti a Lua e as estrelas; tu sonhas com raparigas, eu com rapazes...
Mais do que no mundo real, vivia naquele mundo dos sonhos. O mundo real, a sala de aulas, a cerca do convento, a biblioteca, o dormitório e a capela eram só superfície, uma ténue membrana vibrando sobre um mundo de imagens surreais alimentadas pelos sonhos. Um nada bastava para perfurar essa fina membrana: algo sugestivo, intuído na sonoridade de um vocábulo grego no decorrer de uma vulgar lição, uma fragrância saída do herbário do padre Anselm, a visão de uma grinalda de folhas de pedra que brotava do alto de uma coluna que sustentava o arco de uma janela -- pequenos estímulos que bastavam para rasgar a membrana da realidade e desencadear, por detrás daquela amena e árida realidade, a erupção dos abismos fragorosos, das caudalosas torrentes e vias lácteas do mundo imagético da alma.
Passo, então, a dar uma breve nota deste meu dia de despedida de umas tão preciosas três semanas de férias.
Para começo, a parte mais chata: arrumações e compras no supermercado, incluindo legumes para a sopa -- coisa que, a não ser para as crianças, já não fazia vai para cima de um mês.
Depois, caminhada à beira-rio. Estranhando tanta gente, aproximámo-nos do ajuntamento. Camiões gigantes todos iguais. Muita gente com tshirt U2. Claro: é o hoje o concerto no pavilhão Atlântico (ainda me horroriza dizer Altice Arena). De facto, tínhamos vistos uma reportagem com a Ana Moura, que ia cantar com eles. Muito bem. U2 em Portugal e nós, noutro planeta, sem darmos por isso. Não sei se o Bono já tem voz. Deve ter senão não mantinha o concerto.
Gosto dos U2 mas devo dizer que aquele Bono já me parece um franchising dele próprio. E desde aquilo da evasão fiscal fiquei a olhá-lo de lado. Bem prega Frei Tomás -- e parece que é sempre isto, quanto mais pregam mais se desenfiam. Bem pode andar a fazer merchandising de causas mediáticas que para peditórios desses não contam comigo: fico-me apenas pelo lado musical da coisa.
Fizemos a nossa caminhada na mesma. O rio estava chão, um espelho. No entanto, não cheirava muito bem. A maré vaza hoje não estava especialmente perfumada. Fotografei na mesma.
A seguir fomos aos nossos petiscos cantoneses, incluindo crepes vietnamitas que, para o efeito, não querem saber de geografias e são deliciosos.
Depois de uns afazeres intermédios, ala para o cinema. O meu marido é quezilento quanto a filmes chatos e mais ainda em relação a salas com mastigantes pipoquentos -- coisa que a mim também me maça mas não tão radicalmente quanto a ele -- mas, tendo visto na televisão o anúncio a este filme, não se opôs.
'Do jeito que elas querem' que, no original, se chama 'Book Club' com Diane Keaton, Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen nos papéis principais foi uma boa escolha. Na verdade, não podíamos ter fechado as férias com melhor chave de ouro. Claro que é daquelas comédias ligeiras mas o que nos rimos valeu bem a pena. O tema é a sexualidade (e a vitalidade e o gosto pela vida) na idade madura, a amizade entre mulheres, o amor que só aparece quando se está disponível para ele. Etc. O meu marido que não é de riso fácil, fartou-se de rir. Portanto, já podem ver.
Só encontro trailer legendado em brasileiro o que é um bocadinho enervante porque há expressões que não são bem as nossas mas, ainda assim, prefiro ao não legendado para ser perceptível por quem não se entende bem com a língua inglesa.
Queria mostrar um bocadinho das cenas com Andy Garcia que faz um papel simpatiquíssimo na contracena com a Diane Keaton, muito contido mas muito sólido e interessante e aqui, sim, tem que ser mesmo em inglês pois não encontro com legendas.
O Father Ray Kelly parece um santinho, tímido embora bem disposto, e apresentou-se nervoso embora querendo parecer à vontade. A avózinha Jenny Darren parece uma crente da paróquia do padre, embora se perceba que há ali uma certa dose de irreverência. Apresentou-se avozinha da cabeça aos pés mas provou que quem vê caras não vê corações. Rapidamente se despiu de preconceitos e pôs o pessoal todo de olhos arregalados. Enquanto ele encantou com a sua voz sentida e de veludo, ela foi o contrário, bombou até deixar toda a gente ao rubro. Ele tem 64, ela 68.
Depois de ter escrito o que abaixo escrevi -- que não faz sentido alinhar os sonhos com o de outras pessoas já que isso pode significar abdicar deles a troco de nada e de ter partilhado o vídeo sobre isto de cada um ter o seu relógio da vida-- eis que me aparecem estes dois fantásticos vídeos. Vejam que vale muito a pena.
Passou-se no Britain's Got Talent 2018 deste fim de semana.
Ele interpretou Everybody Hurts dos R.E.M. Ela Highway To Hell dos AC/DC. Vejam (e ouçam), por favor, porque só visto (e ouvido).
_________________
E se ainda não leram o que escrevi abaixo, permito-me sugerir que o façam pois perceberão melhor o meu espanto ao descobrir estes dois espantosos cantores justamente logo a seguir a ter acabado de escrever o que escrevi. Ele há coisas, caraças.
Oh Caro Leitor que me enviou este vídeo... isso faz-se...? Não digo eu que ninguém me poupa? Senhores. Chega uma pessoa a casa com a cabeça feita em água, que isto são umas atrás de outras, e, abrindo a caixa do correio, dá com uma destas... Ai, que mal fiz eu para merecer tamanho castigo...?
Começo a ver o vídeo e nem estava a perceber, estava atenta à intervenção da senhora, à espera de ver, a seguir, o Rangelito a ter uma das suas exorbitantes intervenções. Eis senão quando vejo a criatura, a mal-comportada criatura, quase qual macaquinho encarrapitado no ombro da senhora, a fazer coisas parvas.
Não sei se é porcalhão, se aquilo será um tique incómodo para quem vê, se quê. O que sei é que não quero um deputado português a fazer figuras destas. Que horror.
Não haverá por lá quem marque faltas de mau comportamento? Acho que devia haver porque uma destas deveria ser castigada. Que porquinha nos saíu a histérica criaturinha, credo.
Bogeyman in European Parliament
Portuguese MEP Paolo Rangel has a good ol' rummage.
Isto é muito mau.
______
De qualquer forma, o seu chefe, o láparo de Massamá, também conhecido como o Tuga-Trump, deve apreciar o género porque, por mais que o rangélico petiz faça, continua a mantê-lo em posição de destaque.
----
E vejam bem a mais recente aberração parida pelas mentes perturbadas da seita dos láparos cor de laranja.
“Da mesma forma que Estaline se considerava o único interpretador correto do verdadeiro comunismo, parece-nos que estamos perante um caso em que Mário Nogueira e o Partido Comunista Português, com o senhor ministro da Educação e o Partido Socialista a dizerem ámen, julgam-se os únicos iluminados naquilo que diz respeito às políticas de educação em Portugal”, justifica ao Expresso Cristóvão Simão Ribeiro, líder da JSD.
Este cartaz, e a mensagem do mesmo, poderão num futuro próximo saltar das redes sociais para outras plataformas: “Utilizando uma linguagem que a esquerda bem gosta, a nossa luta não pára por aqui. Mais formas de combate político virão”. (Diz a mesma inteligente criatura: Aqui)
Ou seja, eles aí estão. Quando o desatino toma tonta das desmioladas cabeças do PSD/JSD, avançam as campanhas negras, as redes sociais com perfis aldrabados, os cartazes arruaceiros. Poder-se-ia pensar que é gente que se mete nos copos ou que inala coisas que não deve porque gente na plena posse das suas capacidades não consegue fazer tanta porcaria. Mas acho que nem deve ser isso: cá para mim, e do que tenho observado ao longo dos tempos, isto tudo é coisa de gente desqualificada, pouco abonada do ponto de vista intelectual. Não falo em ética neste contexto porque isso já é coisa elaborada demais para esta gentinha.
Isto é mesmo muito mau.
________
Com tanta mediocridade, tanto jota-vale-tudo, tanto láparo-capacho, tanto cherne-concièrge, tanta gente caladinha quanto a essa coisa que, por entre os pingos da chuva vai andando (a TIPP), tantos burocratas a gerir o destino das nações, tantos agentes dos mercados a decidir o futuro do mundo, tanto idiota, tanto trump, não admira que o país esteja a caminhar como está, na europa a soberania e a democracia pelas ruas da amargura, nos States o pesadelo que pode estar a chegar, uma desregulação pegada.
Mas, enfim, poderemos sempre dizer que estamos
Rockin in The Free World
(Um grande som pela União das Tribos, uma banda formada por músicos conhecidos de grandes bandas portuguesas.
Um grande som e um grande vídeo. Não deixem de ver porque é mesmo muito bom)
____________________
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa terça-feira.
Sejam felizes, apesar de tudo.
Essa tendência para traíres, para mentires -- e para seres perfeitamente franca. Para te esconderes -- ou para te mostrares muito. Esse cuidado de te preservares tanto -- para acabares a contar a tua história, a tua verdade, com todos os pormenores a um desconhecido. Essa vontade de fugires, de saíres a correr quando alguém mostra que começa a conhecer-te, embora não te reveles, e essa vertigem de ficares. Essa indomável sede de alguém -- e de não estares com ninguém. De envolveres as carícias em palavras. Essa vontade de mudares sem renunciar a nada. Essa fome de impossíveis. Como pensar no meio desta confusão contraditória? É verdade e mentira, está bem e está mal, e não há saída.
Nada a fazer. Toma um copo de água.
Se encontrares alguém que és capaz de suportar (e já é muito), e se esse alguém for também capaz de te suportar a ti (e é já quase suspeita tanta coincidência), e se em certos momentos não apenas o suportas como o quererias mais chegado ao pé de ti, e se acontecer sentires a falta dele quando se demora muito, e se ao vê-lo te voltar a alegria, então não receies submeter-te a essa desolação da proximidade que é a vida a dois: é possível que consigas aguentá-la.
Algumas, num genuflexório e atrás de uma rede escura, confessam-se. Outras, talvez mais sábias, tomam banho e lavam-se. Umas e outras ficam limpas e vazias de culpa. Um duche, um banho de imersão, um momento de cavaqueira de peito descoberto. Velhas receitas, boas para tranquilizar.
___
A canção é dos UHF - "Puseste o Diabo em mim", uma música que não me tem saído da cabeça e que aparece no último CD deles, que recomendo
______
E queiram, por favor, descer até ao post seguinte para mais umas receitas de amor, desta feita destinadas às mais sofredoras e que não tiveram grande sorte com a companhia que lhes calhou na rifa. Lá explico de onde vem isto.
E caso não apreciem o género e prefiram saltar logo para as investigações em torno da laranja-podre do PSD-profundo envolvendo aquela rapaziada de Gaia e arredores, podem clicar aqui e saltar já para lá.