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quarta-feira, janeiro 22, 2020

Oh pah... digam-me o que é isto....


E eu a gabar a presciência do algoritmo do YouTube. Está bem, está... Ou, então, está mesmo bem. Tem-me na conta de uma pírulas da cabeça e, se calhar, até sou. É que abri para perceber que coisa mais mirabolante era aquela e, quanto mais via, menos acreditava no que estava a ver e, menos ainda, que continuava a ver.

O que se passa é que, na volta, sou ainda menos preconceituosa do que penso que sou. É que, na ideia que tenho de mim, bastava ver o outfit para intuir que dali não saía coisa de jeito e bye bye maria odete. Mas eu, na realidade, pelo que constato, sou permissiva, tolerante, curiosa. Ou maluca.

Acho que nunca mais vou conseguir ouvir o Clair de Lune sem pensar nesta virtuosa pianista em alvos trajes menores, com uma rosa a aflorar-lhe os lábios, depois numa pose absurda, rodeada de flores, uma virgem sem tirar nem pôr. Tudo de um kitsch inenarrável. Quase dá vontade imaginá-la como deputada, uma cicciolina reciclada. Talvez deputada do Livre. 

Lola Astanova, a musa, interpreta Clair de Lune


Até já

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Para a neo-Kitsch Assunção Esteves, a inconseguida Ellen Degeneris portuguesa, aqui ficam algumas sugestões para a decoração da Assembleia da República no 25 de Abril. Joana Vasconcelos para quê? Tem aqui a UJM ao seu dispor. Cãezinhos a abanar a cabeça e com sapatinhos de crochet à sua frente? É para já! E uma jarrinha com cravinhos das Caldas na bancada do Governo? É já a seguir. E uma chaimitezinha de plástico com cavaquinhos vestidos de soldados? Com certeza. Mais alguma coisa? [... E nada de malícias!, que estas minhas gentilezas para com a Sãozinha não têm nada a ver com o facto de hoje ser dia de S. Valentim... ]


Abaixo temos humor de antigamente e do bom, um bouquet de excepção. Uma selecção vintage, digo-vos eu.

Não é exaustivo: faltam, por exemplo, os meus bem amados Monty Phyton. Ficará para outro dia.

Depois ainda temos Manuela Ferreira Leite a falar com desdém de um bando de atrasados mentais. Paulo Magalhães bem tenta moderá-la mas ela já não consegue: aquela malta tira-a do sério.

*

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, o negócio é arte. Mecenato. Patrocínios. Cenas dessas. Sponsoring, diria o de Massamá. Arte a sério diria o tal irrelevante caniche com óculos de fundo de garrafa.


Mas, para já, que entre o Manuel João Vieira acompanhado pelo Jorge Palma

35 de Abril




Refiro-me às comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril e da inteligente sugestão da Sãozinha Estebes que quase consegue deixar-me com níveis frustacionais elevados, dado o inconseguimento agudo que me provoca, uma coisa na base do soft-power a trepar por mim acima como uma brotoeja oxigenada. Parece coisa causada por aquelas coisas maradas, alucinogénas, sei lá, ideias lançadas com base em reflexões em voz alta, exploração do simbólico, envolvimento dos afectos.





Ou seja: a nossa Segunda não pára de nos surpreender. Agora são os patrocínios para o 25 de Abril com chaimites decorados com cravos de 5.000 euros cada, feitos pela Joana Vasconcelos Passos Cagarra (Passos pelo lado do láparo, Cagarra pelo lado do pai).




Joana, a super-kitsch, sempre, sempre ao lado da troupe do regime.

 -> E tudo isto patrocinado por empresas.

Chaimite com cravos de crochet cada um patrocinado por sua empresa.

Um cravo patrocinado pelo senhor das Três Gargantas devidamente agenciado pelo púbico Catroga, outro pelo omnipresente Sr. Mosquito, outro pela Isabel, marquesa dos Santos, outro pelas Empadas do Avillez, outro pelo João Rôlo e ainda outro pelo Beauté cabeleireiros.


Boa. Vou nessa.

A Dona Cavaca rejubilaria e até o inefável deputado Amorim iria com uma touquinha de crochet, pompons nos sapatinhos e cravinho de papel crepon na lapela.

O irrevogável vice-Portas iria de manto imperial, veludo bordado com rosetas de crochet douradas, e com uma coroa feita de caixas de iogurte (para mostrar que é sustentável, claro).

Gosto tanto da ideia que estou capaz é de patrocinar tudo. Contrato os Irmãos Catita e até os ponho a cantar o Conan, o Homem Rã.

Mas ainda vou mais longe. Ó Sãozinha, não seria até mais eficiente e rentável se cada deputado fosse, ele próprio, patrocinado por uma marca? Ó pá, Sãozita, que poupanças para o erário público...

Por exemplo: o oleoso da bancada do CDS, agora nem me lembro do nome do homem, o líder, esse podia ser patrocinado pela marca de shampoo do Continente, a do PSD, aquela das écharpes, a Teresa Leal ao Coelho, seria patrocinada pela Parfois, o jovem Hugo Alexandre, o dos referendos, poderia ser patrocinado pelo fiambre da perna do Pingo Doce. Uma coisa nesta base. Cada um teria que andar com a marca que o patrocina estampada nas costas. A Sãozinha e a D.Cavaca, em parceria, até poderiam contratar a criativa Joana Cagarra para criar uma toilette adequada para cada deputado que respeitasse a obrigatoriedade de ter a marca patrocinadora bem visível.

Assim como assim, já que não representam os eleitores, ao menos que representem marcas comerciais. E, claro está, tudo isto para mostrar bem o estado de bandalheira e avacalhamento para o qual se pretende levar a nossa frágil democracia.

E, para que não lhes falte ideias, aqui lhes deixo um vídeo com obras de arte kitsch, tudo coisas boas para serem usadas no Palácio de Belém e/ou na Assembleia da República.

Não falo no Palácio de S. Bento porque isso é sabido que está transformado numa fábrica de bolos, queijadas e farófias.

Ámen.






*

Relembro: abaixo deste há mais dois posts, 
  • um com humor vintage 
  • e outro com os anormais que tiram a Manuela Ferreira Leite do sério.

*

E, por agora, por aqui me fico. 
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela sexta feira! 
Have fun!