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sexta-feira, novembro 27, 2015

João Miguel Tavares, a nova estrela comentadeira da TVI, uma aberração a todos os títulos: primário nos raciocínios e nos juízos de valor, básico na verbalização do que pensa, vulgar na articulação discursiva. Valeu, hoje, a Constança Cunha e Sá que lhe deu na cabeça, e com força - mas não o suficiente. E eu interrogo-me uma vez mais: o que é que uma criatura daquelas está ali a fazer? |||||| E, já agora, deixem que, depois de Marcelo Rebelo de Sousa o ter declarado politicamente morto, fale um pouco do fantasma do palácio cor-de-rosa.


Cá em casa, jantamos tarde e, porque não conseguimos ver televisão antes, ligamo-la durante a refeição o que, por todos os motivos e mais alguns, não será o melhor acompanhamento - mas, enfim, é o que é. E, portanto, apanhamos sempre com os debates televisivos e com os painéis de comentadores que os canais têm a seguir às nove da noite.

Hoje não foi diferente. Na SIC lá estava aquela insuportável, a Teresa Leal Coelho. Ressabiada, com os pés presos ao passado, manipuladora, querendo fazer passar toda a gente por parva, omitindo os anos de indigente desgovernação PSD e CDS, como se estivéssemos a passar directamente de 2011 para Novembro de 2015 -- a sua conversa é enervante. 


Eu, apesar de me irritar ver uma pessoa sem escrúpulos na argumentação, ainda queria perceber até onde a raiva perante o desfecho dos resultados eleitorais a iria levar; mas aquela mulher causa erisipela ao meu marido, mesmo à distância. Começa por ficar incomodado, ao fim de meio minuto já está furioso e, se eu o forço a tal provação, fica possesso não apenas com ela como também comigo. Mudámos, então, para a TVI. 

Continuava a 'cena' dos comentários; em todo o lado, toda a gente debate tudo -- o que aconteceu, o que acontece, o que pode acontecer, o que não devia ter acontecido, o que talvez nunca aconteça -- uma coisa insuportável, onde tudo o que é cão e gato opina, ad nauseam, sobre tudo e sobre todos.

Pois bem, lá estava o José Alberto Carvalho a fazer um endoscopia e colonoscopia e toda a espécie de exames invasivos à realidade política actual -- mas isto numa perspectiva escatológica, já quase chegando a fazer apostas sobre a duração do governo (e sei lá que mais). Neste caso, dos três comentadores, dois até eram gente com boa cabeça, um de barba de que não me lembro o nome e que o meu marido diz que é do Expresso e a Constança Cunha e Sá. Mas o terceiro, o João Miguel Tavares, introduziu tamanho ruído, baixou de tal forma o nível da conversa, que todo aquele espaço virou mais uma daquelas cegadas televisivas que de informativo nada tem: só circo, e circo de quinta categoria. Uma insuportável baderna.


Aquele João Miguel Tavares parece que virou o comentador da moda: espalha a sua indigência intelectual pelo Público e pela TVI e cada vez em doses mais abundantes. Não sabe nada, é inculto, é primário, rege-se pela sua fraca experiência profissional, pelos seus fracos conhecimentos e pela obsessão por Sócrates. Hoje, por exemplo, ao falar do processo negocial entre o PS, o PCP e o BE, demonstrou que não faz a mínima ideia de como se negoceia. Mas, vendo os acontecimentos à luz da sua ignorância, opina como se alguém o tivesse incumbido de falar como se fosse a consciência moral do país. Uma coisa absurda. Mas, sobretudo, a criatura parece precisar de apoio clínico pois aquela pancada que tem em relação a Sócrates, é, na prática, uma cegueira doentia que o impede de raciocinar e, até, de se comportar capazmente em sociedade. Quase insinua que os ministros que já trabalharam com Sócrates foram contaminados pela peste negra, e as explicações que dá revelam uma mente (eu ia dizer mesquinha mas não é mesquinha, é pior que isso) deformada, paranóica, intelectualmente lobotomizada.

Agora, face a isto, pela cabeça de quem é que passa ter um doente destes na televisão ou mesmo com uma coluna de opinião no Público? Não consigo perceber quem faz estas escolhas: será o director de informação ou o de entretenimento? É que uma pessoa fica com a sensação que fazem questão de ter sempre alguém que faça o papel de sarrafeiro (agora, enquanto escrevo, enquanto não começa a Quadratura do Círculo, estou a ver o Paulo Rangel que, antes, parecia um sujeito inteligente e que agora se porta como um vulgar trauliteiro; neste momento até está a provocar, com uma deselegância estapafúrdia, a Constança Cunha e Sá), alguém que faça o papel do burro, alguém que faça o papel do pateta, alguém colado à conversa pafiosa e, vá lá, um ou outro bem pensante que, apesar de terem tino, quase desaparecem no meio da sarrafada que os outros para ali armam.

Uma coisa é ter gente culta, informada, emocionalmente equilibrada, para fazer análise política, sociológica, filosófica, o que for - isso é útil, é formativo, traz diversidade às opiniões. Outra é ter as televisões infestadas por uma praga de comentadeiros que denigrem a política, que afastam os cidadãos do cerne das questões, que arrastam para a lama a imagem do jornalismo e o papel fundamental da informação e anulam a importância da discussão sã, elucidada, clarividente.

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De raspão, agora outro assunto.

Um fantasma em decomposição

E a verdade é que, com isto tudo, ainda não consegui ver o discurso do fantasma do palácio cor-de-rosa nem o discurso de António Costa. Por onde quer que me desloque só apanho comentários. Pode ser que amanhã, cedo, enquanto estiver a comer o meu doce e carnudo dióspiro e o meu kefir com muesli, consiga ver, nos noticiários, aquilo de que já tanto ouvi falar.
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Mas, enfim, por muito mauzinho que tenha sido o discurso de Cavaco, também não exageremos. Ele e a sua santa esposa poderiam ter feito pior: com a vontade que estavam de estragar a festa, poderiam ter aparecido aos convidados disfarçados de assombrações, a assustar os amigos e familiares dos novos ministros e secretários de estado. Mas não, contiveram-se. Do que tenho ouvido, parece que o senhor se limitou a fazer o que sempre fez: a mostrar os seus maus fígados e os seus genes enviesados.

Mas compreende-se: depois de anos e anos primeiro a ver se dava cabo do Sócrates, depois a andar com o Láparo ao colo, agora a ver se impedia os socialistas de formarem governo, como se podia querer que o senhor agora estivesse?
Vesgo e parece que já um bocadinho diminuído, o que se poderia esperar de um senhor que andou tantos anos aos tiros? Tudo tiro nos pés, claro. 
Portanto, acabou o seu mandato com os pés em sangue, a engolir um sapalhão do tamanho de uma orca, a dar posse a um governo do PS com o apoio do PCP e do BE e, assim sendo, a indigestão que se lhe vê no fácies é permanente e indisfarçável. Coitado. Tenhamos, antes, pena do senhor.


(É que, como disse, a tomada de posse podia ter sido assim)


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Volto aqui só para dizer uma coisa: tenho outro post praticamente pronto mas quero colocar umas fotografias e estou outra vez com o disco a rebentar pelas costuras pelo que vou ter que apagar filmes, power-points e coisas do género e a ver se amanhã de manhã já o publico. Me aguardem.
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Assim sendo, até já e, entretanto, vou já desejando uma bela sexta-feira.



quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Eu na minha casa. Coisas de decoração e assim. E a Constança Cunha e Sá e a Paula Costa Simões. E o Berg em dia de Chuva.


Como diz o Leitor jrd em comentário ao post abaixo, há coisas que de surreais passam a kafkianas. E eu do nojo passo à agonia, e depois ao medo. Em países civilizados acontecem coisas de uma barbaridade que assusta. Há uma frieza que parece vir dos confins do mundo até ao coração das pessoas. Da austeridade que empobrece a população para entregar parte dos rendimentos roubados aos que, com a sua ganância, causaram toda esta crise, à manipulação grotesca da informação para que os mais prejudicados ainda se sintam agradecidos, acontece de tudo. Do escorraçamento dos mais jovens e válidos ao aliciamento para atrair gente que vem com dinheiro em malas e que por cá continuará a fugir ao fisco, a tudo assistimos incrédulos.

Mas quando pensamos que estamos a assistir ao fim dos tempos, somos confrontados com actos insanos, inesperadamente violentos, como a morte do inocente Marius e o seu estraçalhamento à frente dos visitantes do parque para o dar a comer às feras. E aí ficamos de rastos. A loucura parece estar a apoderar-se dos humanos. 

Chego tarde a casa e ligo a televisão para ver se me distraio um pouco e só ouço mentiras, deturpações, desgraças. E as águas a subirem e a quererem afogar tudo e todos. 

No post abaixo acabei com um vídeo que quase me fez rir. Mas a verdade é que ou é do cansaço ou começo mesmo a ficar cansada de toda esta destruição e hoje pouca vontade tenho de rir.

Por isso, viro-me para o lado soft das coisas. Alieno-me. 

Entretenho-me a tirar fotografias à televisão. 

A Constança Cunha e Sá fala como uma metralhadora, traz traz traz (do verbo trazer - pois só traz acusações, cada uma mais forte que a outra), chama tudo e mais alguma coisa a esta gentinha. E ainda chama pouco face ao que eles são. 


Mas canso-me de a ouvir. Fala demais.


Bem mais comedida mas não menos acutilante é Paula Costa Simões. 


Caladinha, atenta, não perde uma oportunidade para acrescentar uma certeira alfinetada. 

E está mais bonita. Tem as olheiras mais disfarçadas e o cabelo assim fica-lhe bem. Esta maquilhagem chama a atenção para os seus olhos que são muito bonitos, muito azuis. E ontem estava com uma roupa que lhe ia bem com o rosto.

Anula-se para dar palco à Constança mas, na sua contenção, acaba por se destacar ainda mais.

Também tiro fotografias à casa.

Comprei à hora de almoço uma colcha nos saldos do Gato Preto. 


Pu-la em cima do sofá novo. O sofá é de camurcina cor de pérola e, se ficar sem nada por cima, as crianças sujam-no no primeiro instante. A colcha protege-o. É de um veludo azul profundo com bordados. Na fotografia parece ser de um azul mais aberto do que é na realidade, é por causa do flash. Aquela almofada também não é de encarnado benfica (aqui não seria bem vinda) mas sim de uma seda cor de vinho. Agora poderia ir fotografar outra vez para as cores ficarem mais fiéis mas já tenho sono demais para isso.

Custou 50 euros (e teve um desconto de 70%, imagine-se a margem que têm para poderem fazer descontos destes).

Gosto muito de a ver e é fofa e macia, o sofá fica ainda mais aconchegante. Há bocado fui experimentá-la e adormeci instantaneamente.

O Gato Preto para mim é uma tentação. Sou carangueja - já o disse mil vezes - e os caranguejos gostam da casa, de decoração (e de proteger os outros e de fazer comida e de alimentar os outros e muitas outras coisas). Por isso, gosto de tornar a minha casa um lugar agradável.

Gosto muito de galos, acho um bicho altaneiro na sua simplicidade. E colorido e com porte orgulhoso. Por isso tenho alguns galos (aqui e in heaven). 

Quando estava a comprar a colcha deitei o olho a um galo que estava com a sua galinha, em metal pintado, uma graça. Hesitei, pô-lo onde?. Mas nisto a gente não deve fugir àquilo de que gosta. Como também faço estas compras quase de esticão, tenho que andar sempre a correr, em Lisboa é um tempo para tudo, andar de carro para aqui e para ali, não tive tempo para muitas equações mentais. Resolvi comprá-lo e depois logo via o que fazer com ele.

O casal galináceo já está no sítio certo. Coloquei-o na copa, a divisão junto à cozinha onde tomamos as refeições. Tem uma inscrição, deseja as boas vindas em francês. Está sobre um galo hiper-colorido que eu pintei e enfentei com purpurinas brilhantes (pintei vários quadros deste género, com galos, cada um de sua cor e paladar) e junto a uma espécie de natureza morta mexicana e junto a um sino com um galo em cima e que eu toco para chamar as tropas para a mesa.

Enquanto ando nisto, esqueço-me da gente maldosa que parece estar a tomar o mundo de assalto e esqueço-me deste mal estar que volta e meia parece querer instalar-se dentro de mim.

Talvez seja também de tanta chuva.





*

No entanto, como diz o Leitor Bob Marley num comentário abaixo, ainda há quem os tenha no sítio e de quem se pode dizer que, quem fala assim não é gago: GODFREY BLOOM numa intervenção no Parlamento Europeu. Independentemente das suas convicções políticas, o que ele diz é bem uma pedrada no charco em que a Europa se tem transformado, em grande parte pela actuação de Durão Barroso. A não perder.





*

A música é Chuva interpretada por Berg, uma grande voz, o vencedor do Factor X.


Relembro: abaixo há outro post que inclui mais um fantástico vídeo da Porta dos Fundos, desta vez com um político de pacotilha a anunciar o seu Programa Político. A não perder, digo eu.

*

E, por hoje, por aqui me fico e já é outra vez tarde demais. Não tenho emenda, bolas.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta feira. 

quarta-feira, outubro 16, 2013

João Galamba do PS, na Assembleia da República, explica a Luís Menezes do PSD porque é que o aborto do OE 2014 não é um 'orçamento libertador' coisa nenhuma mas, sim, um perigo para Portugal. João Galamba, uma vez mais, mostra que é um grande tribuno e um grande político. Luís Meneses, encolhido, mostra que é, sobretudo, o menino do seu pai. Vejam o vídeo, por favor. E eu, que sou uma simples cidadã, daqui lanço um apelo aos deputados decentes do PSD e do CDS (acredito que haja alguns): por favor, ouçam o apelo do Povo que vos elegeu, ouçam a vossa consciência e votem contra este orçamento. Por favor.


Grande intervenção, esta de João Galamba que aqui vos mostro no vídeo mais abaixo: emotiva mas seguindo um percurso lógico muito coerente. 


Todos os deputados da coligação governativa deveriam ouvir esta intervenção com muita atenção, com mente aberta. E deveriam ouvir a população. E deveriam pensar no que os trouxe até ali onde estão, ao Parlamento. Caso já não se lembrem, eu recordo: foi o voto de quem acreditou que eles os iriam representar. Representar, repito. Não trair.

E deveriam ouvir também a maior parte dos comentadores, nomeadamente a incontida raiva de Constança Cunha e Sá que hoje (elegantérrima, num modelo pink de corte impecável!) teve mais uma intervenção demolidora em relação ao Governo de Passos Coelho e Paulo Portas. De caminho ainda chamou palerma a Luís Menezes.


A desgraça que está aqui armada, com os incompetentes do desGoverno incapazes de perceber que este é um caminho errado e perigoso, só pode ser enfrentada pelo Parlamento. Se houver gente de bem entre os deputados do PSD e CDS, e credito que haja, podem votar contra este aborto. O OE 2014 é inexequível (tal como o de 2013 era!) e é injusto e perigoso pois produz efeito contrário ao que seria suposto. Podem e devem chumbar o orçamento mesmo que isso signifique derrubar este Governo. Mas isso não tem mal: isso será prestar um favor ao País. O desGoverno está a destruir não só a vida dos portugueses e a destruir o País - mas não só: está a destruir o PSD e CDS.


A continuar assim, nas próximas eleições, grande parte dos deputados vai perder o emprego (tal como grande parte dos autarcas já o perdeu).

Quem derrubar o Governo, talvez consiga suster a brutal a queda dos dois partidos da coligação e talvez consiga ajudar a levantar estes dois partidos com outras lideranças. 

E, por mais perturbação que a queda do desgoverno possa causar, tudo é preferível a continuarmos na senda de destruição que tem estado a ser seguida.

Estou certa que não será difícil encontrar uma solução alternativa de curto prazo que interrompa este rumo desgraçado.

Até porque, Senhores Deputados do PSD e do CDS, tal como Roma não pagava a traidores, também a população portuguesa não dá votos a bananas e a vendidos.






PS: E é que, ainda por cima, o rapaz é um giraço que dá gosto. Quase faz frente à ala masculina da nova geração do PCP. Mas isso, enfim, não agora é para aqui chamado. 

(Deixa-me cá portar bem, senão ainda corro o risco de não ser levada a sério)

terça-feira, setembro 03, 2013

Está aberta a rentrée! Constança Cunha e Sá, a verdadeira face da oposição a Passos Coelho, bronzeada e feroz, arrasou o Primeiro Ministro na TVI 24. Não houve nada que não lhe tivesse chamado. Em grande forma, ela. Gostei.


No post abaixo falo do lançamento do livro de Judite de Sousa sobre o 'Cunhal, o homem atrás do político', evento que contou com a presença de meio mundo (grande parte deles não-comunistas mas nem pouco mais ou menos, e de onde se destacava o omnipresente, descaradão e grande vulto da koltura nassional que dá pelo nome de Relvas - lá estava ele mai-la sua malandreca barba de três dias).


Mas isso é a seguir. Aqui a conversa é outra. Aqui a conversa é sobre a verdadeira oposição ao pseudo-governo do pseudo-governante Passos Coelho, o ex-doce e futuro farofiano (e quiçá também futuro empregado de algum consórcio angolano ou chinês ou por aí) - e, atenção!, por verdadeira oposição não estou a referir-me ao grupinho Marcelo+Marques Mendes+Relvas. Alto lá.

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Podia também, antes de ir ao que interessa, falar do vice-primeiro-ministro e da sua amiga - mas não. Nomeadamente, sobre as imagens da mais pura social-palermice que vi há pouco nas notícias, o Portas a falar aos jornalistas e a sua amiguinha pinókia albukerka a espreitar por trás dele com um sorrisinho pateta para aparecer na televisão, recuso-me a falar. Mexe com o meu sistema nervoso e, portanto, vou poupar-me.

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Aqui vou falar apenas na Constança Cunha e Sá, essa brava felina que se atira à jugular do Passos Coelho e não larga. Têm que acabar o programa para ela o largar.


O António José Seguro, que ontem foi entrevistado na mesma TVI por um Paulo Magalhães que parece que veio embirrante das férias, deveria ter todos os dias uma sessão de coaching com a Constança. Ela poderia ensiná-lo a ter algum punch e a não começar todas as frases com aquele excessivamente bem comportado 'peço desculpa mas'.


Enquanto ele ali está todo apertadinho, muito direitinho, a fazer biquinho (apesar de ter estado mais afirmativo do que é costume), ela deixa que as palavras jorrem torrencialmente, não as mede, até treme quando fala do incompetente, insconsciente sujeito que tem linguagem de 4ª classe, que é tonto, que isto, aquilo e o outro. O que ela diz, naquela velocidade estonteante que a caracteriza, faz com que o Tozé pareça um esquilinho simpático ao pé dela, que é uma autêntica fera.



Constança Cunha e Sá bronzeada e vestida de branco: muito bem.
Nada faz sobressair melhor o bronzeado do que vestir branco.

Mas, embora vestida de branco, não tem nada de angelical
- e ainda bem, alguém que se atire com todas as letras e dente afiado àquele sujeito que chefia o governo.


Não sei se ela já retomou os seus comentários diários há vários dias mas, porque só hoje é que conseguimos jantar por volta das 9 da noite, não a vi antes, apenas hoje. E estava, pois, em grande forma e em grande estilo. Até nos jornalistas ela bateu - e muito bem.

Agora sim, o Passos Coelho vai voltar a sentir alguma oposição a sério. A silly season está, pois, a acabar.

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Para lerem sobre o Cunhal na versão Juditiana pós-divórcio é, por favor, descerem um pouco mais.

E agora vou escrever o post seguinte que é uma coisa num outro comprimento de onda. 
Tenho que ir buscar as luvas e as pinças que a coisa não se me afigura nada simples. 
A ver vamos.

quarta-feira, maio 22, 2013

Constança Cunha e Sá na TVI 24 diz, 'abismada', que 'não faz sentido que Gaspar vá à Alemanha exibir a sua triste figura' e recomenda que 'Portugal deixe de prestar vassalagem ao ministro das finanças alemão, Schauble'. Nem mais. Mas o gaspar-não-acerta-uma lá sabe o que anda a fazer...



Abaixo há mais dois posts no mesmo comprimento de onda. Um sobre o Poiares Verdinho e outro sobre o Rato Verdinho (de quem os bancos devem fazer gato sapato - mas isto sou eu a especular, é claro. Mas vocês vejam e tirem as vossas conclusões).

Aqui, agora, a conversa é sobre outro, um que de Verdinho não tem nada.



O Gaspar-não-acerta-uma e o chefe


Só soube da notícia pela Constança Cunha e Sá, só a essa hora é que consigo ver as notícias. Estava indignada, ela, (e bem vestida, bem maquilhada como sempre), com aquela verve que até a faz borbulhar. Antes via-a ir aos arames com Sócrates. Agora, com estes, só não a vejo partir para a violência física porque eles, prudentemente, nem se aproximam dela. E mereciam todas as que ela lhes desse.

Disse ela que esta atitude do ministro das Finanças levanta desconfianças em relação ao Governo.

«Quais são as informações que este Governo presta, no fundo, aos parceiros internacionais ou à troika, neste caso ao ministro alemão? Vítor Gaspar vai lá para dizer o quê? Para dizer que isto está a correr lindamente, que isto é um caso de sucesso?», questionou.

«Eu penso que isto é lamentável. Revela, por um lado, uma subserviência enorme do ministro das Finanças, do Governo português, perante o governo alemão. Porque não é ao Governo alemão, nem muito menos ao ministro das Finanças alemão, que compete avaliar ou deixar de avaliar o problema de ajustamento português», afirmou Constança Cunha e Sá, no espaço de análise nas «Notícias às 21:00».


Fui procurar e confirmei: o ministro das Finanças português vai discutir com o seu homólogo alemão a aplicação do programa de ajustamento nacional na próxima quarta-feira, em Berlim, durante um encontro bilateral.


De acordo com a Lusa, que cita fonte oficial do Ministério das Finanças, a reunião entre Vítor Gaspar e Wolfgang Schauble está marcada para o meio-dia, devendo suceder-se um almoço e uma conferência de imprensa às 13:40, hora de Berlim.



E o que acho eu disto? Acho que isto é o carnaval do costume, um faz de conta que já chateia - mas, no fundo e sobretudo, também acho que é uma vassalagem humilhante.

Entre chegar e não chegar, ter uma reunião e almoçar, a coisa nem chega a duas horas. Ou seja, não é em duas horas que se trata de coisa nenhuma, ainda por cima com almoço pelo meio. O que ele lá vai fazer, tem razão a Constança, é picar o ponto, mostrar serviço, dizer que 'está tudo bem, um ou outro irrelevante dano colateral, nada de mais, uns velhinhos a estrebucharem, um ou outro ministro a fazer fitas mas já é costume, nada de mais'. Ou seja, vai mostrar-se à altura do lugarzinho que o tiozinho, o coronel, o Schauble, lhe há-de arranjar. No BCE, na Comissão Europeia, por aí, nesses sítios onde vão parar os incompetentes de alto gabarito.

Ainda agora, enquanto escrevo, vejo o cherne Durão, num inglês pestilento, perorando contra a evasão fiscal. Depois de lá estar há não sei quantos anos e de nada ter feito, gosta de fazer de conta que aterrou ali por acaso e fingir-se de indignado, como se não tivesse responsabilidade nenhuma sobre o lindo estado a que a Europa chegou.

Mas, voltando ao Gaspar: é nitidamente um ministro com uma agenda própria, num governo em roda livre. Vai vender o País à Alemanha. Imagino-o a dizer: Venham, já podem ir: os ordenados já estão baixos, já é fácil e barato despedir, a malta já está anestesiada, estão como os touros cujos joelhos tremem e fraquejam enquanto olham, indefesos, sem reacção, o ferro que os vai matar.

Enquanto isso, a Alemanha também diz que aceita jovens portugueses. Pudera. Portugal investiu neles, formou-os e, quando deveria poder rentabilizar o investimento e dar-lhes emprego, escorraça-os. Vão fazer descontos para o Estado alemão deixando o estado português cada vez mais depauperado.

Isto é de pôr qualquer um doente. Se calhar por isso é que estou como estou.

Razão tem Manuela Ferreira Leite (ouvi-a também agora): assim não vamos a lado nenhum e não nos vamos aguentar sozinhos. Ou alguém nos deita a mão, chamem-lhe um novo resgate ou outra coisa qualquer -  ou o País vai ao fundo.

É que até o pai de Passos Coelho já lhe diz para ele se ir embora. Porque é que ele não dá ouvidos ao pai, senhores?!



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Bom, já agora, não se fiquem por aqui. Como disse, abaixo há notícias sobre o Poiares que também até dó e, a seguir, uma visão assustadora que envolve o Moreira Rato, logo seguida do seu percurso profissional que justifica o que se vê.


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E, como se não bastasse, ainda vos convido a virem comigo até ao meu Ginjal e Lisboa. Hoje, pela mão de Armando Silva Carvalho, sou levada a um desfecho meio tétrico. Isto deve ser da gripe com que estou. Mas, a seguir, para animar, há, de novo, a maravilhosa música do Mali.

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E agora vou tomar o meu ben-u-ron e beber o meu chá quente para ver se me aguento. Não vou rever o que escrevi que já mal consigo abrir os olhos, de tal forma estou congestionada.

Desejo-vos uma bela quarta feira. Vem aí outra vez o calorzinho. Que bom.

sexta-feira, outubro 12, 2012

Sobre o OE 2013 e não só. Passos Coelho é uma couve tronchuda? Pode uma couve dar tangerinas? pergunta-se Pacheco Pereira sobre a possibilidade de Passos Coelho atinar e vir a ser capaz de ser Primeiro Ministro. Tudo isto é pior que mau diz Lobo Xavier que arrasa Passos Coelho. Entretanto, Durão Barroso tira o tapete ao Governo de Passos Coelho e Paulo Portas e afirma que esta austeridade tresloucada é obra dos Governos e não de Bruxelas. E FMI alerta para que a austeridade é excessiva e deve ser abrandada. Tudo isto no dia em que se sabe que Passos Coelho, Paulo Portas e Vítor Gaspar vão roubar, como vulgares delinquentes, grande parte do rendimento dos portugueses. Isto também no dia em que Bagão Félix diz que, com este terramoto fiscal, devastador, esta 'punção fiscal' (expressão de António Costa), este Governo não se aguenta até ao fim da legislatura. E, para compensar, a Peregrinação e o Credo de José Tolentino Mendonça na Estação Central e Dançar com Luz pelos Quixotic Fusion


O Governo Passos Coelho, Paulo Portas, Miguel Relvas, Vítor Gaspar e mais uns quantos, depois de 20 horas de reunião, chegou a acordo sobre o Orçamento de Estado para 2013 e o resultado é o absurdo que se esperava. Absurdo, ridículo, e perigoso, muito, muito perigoso.

Claro que não  irá avante pois é um aborto. 

Mas, se por acaso os deputados se portassem como uns bananas ignorantes e amorais, se Cavaco Silva não percebesse que ser Presidente da República não é 'mandar bocas' por aí ou escrever aos amigos no facebook, então, então teríamos uma hecatombe de consequências imprevisíveis, devastadoras.

As medidas que constam do aborto OE 2013 levam ao empobrecimento generalizado e, sobretudo, ao esmagamento da classe média. Já aqui o referi várias vezes: a classe média e média alta são o motor da economia. São os seus excedentes que alimentam o comércio, a distribuição, a restauração, o turismo interno e, também, que geram a poupança que é indispensável para alimentar a liquidez bancária.

Esmagar a classe média e média alta não é aplicar justiça fiscal como os estúpidos e os demagogos ignorantes dizem: fazê-lo é levar à falência súbita toda, toda, a rede económica que vive, directa ou indirectamente, dos rendimentos da classe média e média alta. Fazê-lo é destruir rapidamente o País, fazê-lo é levar à súbita miséria a população portuguesa.

Com este Governo a estupidez anda em roda livre. É como um monstro à solta, uns monstro medonho, esfaimado, sem escrúpulos, sem moral. O monstro pode, por vezes, parecer gente normal, boa gente. Mas, por favor, não se deixem enganar, tenham cuidado com ele. É muito perigoso. O poder de destruição é brutal.




Algumas notícias ao acaso:






























&


Mas há que ter esperança e lutar. Lutar. Protestar. Não somos baratas que se esmaguem com o pé. Não somos descartáveis. Não somos objectos. 

E a nossa razão é reconhecida por quem tem dois dedos de cabeça.

De novo, algumas notícias ao acaso para provar que há indícios de que podemos ter esperança, de que talvez Portugal volte a ser, em breve, um local acolhedor para as nossas crianças.


























***

Liga o braço longe a uma estrela
Prende distâncias que teus pés ignoram
as árvores cruzam desse modo os seus ramos
enquanto as multidões falam
de milagres
que não viveram

*

Creio no sol, mesmo quando não o vejo
Creio no amor, mesmo quando não o abraço
Creio em Deus, mesmo quando Deus se cala.



['Peregrinação' e 'Credo' de José Tolentino Mendonça in 'Estação Central']

..

Dançar com luzes para afastar os demónios


Quixotic Fusion

**

E tenham, meus Caros Leitores, um bom dia.

segunda-feira, maio 23, 2011

Constança Cunha e Sá na TVI, na condição de comentadora, toda ufana com a confirmação da sua vontade expressa: Sondagem Intercampus aponta para cerca de 40% para o PSD e 33% para o PS

Ela 'já sabia', está a 'confirmar-se o que tinha anunciado': o PSD está a roubar votos ao PS

Irritante esta senhora, que se esquece que a gente pensa que ela é jornalista.

Mas adiante. Falemos então dos resultados desta sondagem.

Não me admiro: os fazedores de boutades foram de castigo, toda a gente do PSD calou a boca e agora é só espectáculo. Há os media advisers a escrever o guião e Passos Coelho só tem que repetir o que lhe ensinaram: meia dúzia de frases que são pura demagogia e insinuações para alimentar o clima de intriga.

No entanto, há que ter em atenção um aspecto. O africano pasteleiro está quase afónico e, se ele perde o pio, terão que sair da toca os outros que antes iam dando cabo de tudo (porque, como é sabido, o PSD é  exemplo acabado do que é um saco de gatos, ingovernáveis).

O PS, por seu lado, está overacting o que, feito por artistas em cena há mais de 6 anos, se torna cansativo para quem assiste.

Paulo Campos, Secretário de Estado

Ainda há pouco vi Paulo Campos na televisão, num comício do PS: parecia quase possuído, rouco, quase afónico, a gritar por Sócrates, uma coisa patética.

Depois foram entrevistar alguns participantes do comício e uns não eram portugueses, outros nem sabiam o que estão ali a fazer, outros confessavam que tinham apenas ido almoçar... enfim, 'contratados' para fazer número.

Só não digo que isto é política abaixo de cão porque gosto muito de cães (querem ver as fotografias que fiz no fim de semana e que coloquei no Street Photo & Co. com o nome de O homem, o cão e o mar ?)

Dizem-me que isto acontece em todos os partidos. Dizem-me que eram uma minoria. Não sei. O que sei é não gosto nem um bocadinho.

Ou seja, em minha opinião, com a estratégia que arranjaram, de endeusar o Sócrates (que cometeu um pesado erro estratégico ao não ter saído de cena), com as mesmas mensagens repetidas a l'outrance, com a fixação doentia no que diz o PSD, e, sobretudo, com o espectáculo permanente que choca neste período de crise em que sabemos o aperto que aí está e aí vem, as coisas não vão correr bem, não vão mesmo.

Atinadinho continua Paulo Portas, embora hoje, com o resultado favorável das sondagens, tenha mostrado alguns maneirismos que eram escusados. Mas, em consciência, tenho que admitir que é quem tem feito a campanha mais sóbria, mais ajustada. O CDS vai ganhar muitos votos e é compreensível.

O triste disto tudo é que, com o País sem dinheiro nos cofres do estado, a economia exangue, a população envelhecida, a juventude desanimada e com vontade de se ir embora, e na altura em que a tropa fandanga deveria recolher à casota, dando lugar a uma elite mais escolada, mais experiente, mais honesta, mais competente... o que vemos é que nada mudou, a coisa vai de mal a pior e não tardará que estejamos totalmente na mão de quem nos ajuda.

(Pensam os meus caros leitores que há capital nacional para acorrer às privatizações que aí vêm....? Pois desiludam-se. Os nossos empresários estão a lutar para manter a cabeça fora de água. Não têm cash para coisa nenhuma, quanto mais para comprar empresas. Antes isso não era problema: iam à banca e um project finance era gizado num ápice. Agora, nem pensar...! Por isso estas nossas empresas, monopólios, estratégicas, etc e tal, vai tudo parar a mãos estrangeiras. Junte-se a isso a quantidade de empresas cujas sedes já passaram para Madrid, mais os investidores e mais tudo o resto e esqueçam o orgulho de Aljubarrota).

Mas olhem, tristezas não pagam dívidas e, por isso, para acabar em beleza, aqui vos deixo esta fotografia que tirei há bocadinho, desta minha janela. Um céu glorioso sobre Lisboa, sobre o Tejo. A delimitar a linha de água, que é a linha abaixo na fotografia (o céu estava tão bonito que sacrifiquei o Tejo), está a elegante Ponte Vasco da Gama mas mal se vê. Aquele pontinho mais escuro mais em baixo à direita é uma gaivota que andava ali, de gosto, a atravessar o rio.

O céu é o limite, n'est-ce pas?

 (Neste contexto, não sei o que significa mas apeteceu-me dizer.)

domingo, maio 22, 2011

Constança Cunha e Sá, ar blasé, engagée, comentadora versus Paulo Magalhães, sóbrio, isento, jornalista - dois exemplos opostos na TVI 24

Que os políticos de militância (ou simpatia) partidária conhecida possam ser convidados para comentadores na televisão não me choca por aí além. Estão ali justamente para comentar, e comentar é expressar a opinião, que é, por definição, a expressão de um pensamento pessoal, subjectivo.

Se ouço Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa ou António Vitorino, Manuel Maria Carrilho e por aí fora, eu já sei quais os seus fundamentals e, logo, eu própria farei a decantação que achar conveniente.

O que me parece questionável, senão eticamente algo repovável, é que jornalistas (por definição, isentos no exercício da sua função), volta e meia, passem para o lado de lá, num exercício que quase diria de alterne, tornando-se comentadores e, nessa qualidade, propalando marcadas preferências partidárias.

Isso acontece de forma muito vincada na TVI 24 com Constança Cunha e Sá. Umas vezes ela é jornalista, editora de política, outras vezes apetece-lhe tribuna e porta-se como se fosse ponta de lança partidária. Na sexta feira passada, comentando o debate Sócrates - Passos Coelho na RTP, foi ainda mais explícita do que em vezes anteriores.

Constança Cunha e Sá, presença permanente na TVI 24, alternando entre o jornalismo e o comentário político

Com o seu habitual ar blasé, depois de decretar que Sócrates está gasto e que Passos Coelho esteve muito bem, analisando o debate sob uma lente sectária, absolutamente tendenciosa, chegou ao destempero de desejar que Passos Coelho, fruto do debate, roubasse votos ao PS e não ao CDS.

O meu marido está a pensar escrever uma carta à TVI e eu, juntando-me ao protesto, daqui me insurjo contra aquilo a que no outro dia designei por jornalistas travestidos de comentadores partidários. Como acreditar, daqui para a frente, que Constança Cunha e Sá estará a fazer o seu trabalho de jornalista isenta quando estiver a noticiar a actualidade?

Em contrapartida, um outro jornalista da TVI 24 nos merece, cá em casa, agrado: Paulo Magalhães. É contido, sensato, moderado, oportuno, directo, educado. Debates ou entrevistas conduzidos por Paulo Magalhães são sempre um gosto. Não há muitos mais como ele, na televisão portuguesa.

Paulo Magalhães, um excelente jornalista de uma notável sobriedade
(a imagem não é famosa mas foi o que encontrei)