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terça-feira, setembro 05, 2023

Método científico para melhorar os orgasmos

 

Sob influência deste outono, influência esta condimentada com a doçura própria de um sweet september, estou como se estivesse de regresso às aulas ou, vá, ao trabalho. Ora, rentrée que é rentrée, tem que ter o seu quinhão de inesperado, de picante e de abertura às novidades e à ciência.

Portanto, estando antes aqui tentada a debruçar-me sobre o nosso ultra-ubíquo Marcelo que, qual mega-mago, a toda a hora tira pombinhas, écharpes e cartas da manga, ou, quiçá, até falar sobre o previsível e descartável Montenegro ou sobre a virulência de algumas figuras do so called mundo vip (ou jet set ou whatever) nas redes sociais ou, até, divagar sobre as nobres e pacíficas intenções do grande amigo do PCP, o grande democrata Kim Jong-Un, que vai visitar o não menos amigo e não menos democrata e pacifista Putin, eis que, numa reviravolta mental, me apetece mudar a agulha. 

E, assim sendo, uma vez que as nossas televisões e social media inerentes não se preocupam com a intensidade e duração dos orgasmos, eis-me aqui a pensar em todos os que me lêem e a divulgar úteis ensinamentos. 

Está tudo bem explicadinho. 

Os vídeos estão traduzidos para português pelo que não há desculpa, não venham cá dizer que têm o inglês enferrujado. 

[Não digo que não tenham nada enferrujado, digo é que não é a língua (a inglesa, leia-se). Ou melhor, o ouvido].

How to have "real" orgasms | Emily Nagoski

The best orgasms come when you learn how to unlock a sexual “flow state.” Emily Nagoski, a sex educator, shares a meditation to help you get started. 

When you see an orgasm depicted in TV, film, or even porn, you can be virtually certain it was faked. This can feed misconceptions about there being a “correct” way to orgasm. In reality, orgasms are complex phenomena that can result from a wide range of stimuli, and they are orchestrated primarily by the brain, not only the genitals. 

Sex educator Emily Nagoski emphasizes the importance of familiarizing yourself with the full spectrum of pleasurable and arousing experiences, not just orgasms. Shifting focus from orgasms to overall pleasure can alleviate pressure, potentially leading to improved sexual experiences and, paradoxically, better orgasms.

E, para que não se pense que a Emily não passa de uma qualquer castiça que resolve vir para aqui dar palpites, informo que:´

About Emily Nagoski: 

Emily Nagoski is the award-winning author of the New York Times bestselling Come As You Are and The Come As You Are Workbook, and coauthor, with her sister, Amelia, of New York Times bestseller Burnout: The Secret to Unlocking the Stress Cycle. She earned an M.S. in counseling and a Ph.D. in health behavior, both from Indiana University, with clinical and research training at the Kinsey Institute. Now she combines sex education and stress education to teach women to live with confidence and joy inside their bodies. She lives in Massachusetts with two dogs, a cat, and a cartoonist.


sábado, abril 02, 2022

A doença rara de Marcelo
[E, en passant, um hino para os tempos que correm: Olhar sempre para o lado luminoso da vida -- versão para malucos]

 

No meio de tudo, há sempre extremos que se tocam. Por exemplo, no meio desta crise toda que atravessamos -- com uma guerra devastadora, escassez de algumas matérias primas críticas, inflação a fugir ao controlo, a covid ainda não atirada ao tapete, etc. --, acho divertidas, patuscas mesmo, as tropelias que o nosso inefável Marcelo por aí anda a fazer. Esta da maioria absoluta parece que anda a instabilizá-lo. Deve recear a falta de protagonismo, coisa que, para ele, é pior que ter calos a roerem-lhe os pés, uma dor de alma que não tem atenuante, coisa que deveras o descompensa. Vai daí, deve pôr os neurónios em acção a ver o que pode fazer para puxar os holofotes para si e, ao mesmo tempo, para dar bicadas no Costa que, manganão, lhe furou o esquema. Queria era poder andar com o Rangel ao colo (metaforicamente falando, claro) e, afinal, saiu-lhe tudo ao contrário. Não aguenta.

Agora, ao dar posse ao governo, resolveu ofuscar o momento com uma chalaça, a de que ia estar com o Costa preso por um atilho ao pé da sua mesa. 

E a malta toda nas televisões põe a guerra em background e desata a chamar-se uma à outra para comentar a graçola marcelina. Como se o Costa, se um dia resolver partir para outra, se for prender por causa do atilho do ficcionista Marcelo. E como se os lugares da Europa só pudessem ser ocupados por malta desempregada, que não abandone nada para ir para lá. 

Conversa parola e fútil esta. Se há alguém que está refém de alguma coisa é o imparável Marcelo que está cada vez mais refém da sua hiperactiva e hipercarente maneira de ser e daquela rara de que padece, a de lhe correr vichyssoise no sangue.

Ou seja, esta de o Costa, daqui por uns anos, ir para aqui ou para ali não é tema. Pelo menos, por agora. Pode ser que um dia seja e, nessa altura, logo se atiram foguetes ou apanham as canas. Ou pode ser que nunca seja. Se fosse eu, bem lhes digo como era: mal me visse livre do governo pirava-me era para o campo, para o desfrute do justo descanso, livre das self-macacadas do Marcelo e de outros que tais.

Tirando estas cenas, também achei graça ao Ângelo Correia há bocado na televisão a dizer que, se os ucranianos atacaram os russos, fizeram muito bem deixando a entrevistadora sem saber o que contrapôr. E ele, anafado -- e agora, que está com o cabelo mais branco, incluindo as sobrancelhas, com um ar mais respeitável -- a sorrir com ar matreiro. E eu, ao vê-lo, lembrei-me daqueles gloriosos tempos em que o seu afilhado por aí andou a fazer disparates atrás de disparates, mostrando que, como aluno, não tinha aprendido nada, nem do padrinho nem do amigo, o estudioso relvas. E tão desgraçados foram esses tempos que, depois do láparo, ele próprio uma anedota, só anedotas.

E agora, enquanto escrevo, sem saber o que ver na televisão, voltei a passar na 3 justamente quando a Varela se revela mais putinette do que alguns dos putinettes generais e majores-generais que andam pelas televisões. É tão intragável que a Inês Pedrosa, em frente, está encolhida, encolhidinha, de consternação. O Joaquim Vieira está a tentar introduzir alguma racionalidade na conversa mas a dita Varela mostra-se desvairadamente colada ao major-general que defende Putin e parece estar eufórica com os argumentos czaristas e imperialistas de Putin. Aliás, citou Putin que, explicitamente anunciou as suas intenções. O Joaquim Vieira conclui: 'Estás a dar-me razão' mas ela está desorbitada e, aparentemente, não percebe o que está a dizer.

E, por uma vez, estou a concordar com o Moita de Deus que está a gozar com os majores-generais que dizem patetices [sic] e com a dita Varela que fala, exorbitadamente, com ar de quem comeu um rei mas não conhece sequer alguns dos conceitos básicos que regurgita, feita inteligente. 

Só chalaças. 

E, portanto, no seguimento do fantástico vídeo que ontem partilhei e que é do mais real que há, agora sigo o exemplo do guru Ronaldo que apelou a que a malta cantasse, à uma e à capela, o hino e daqui lanço um apelo: bora lá cantar o Always look on the bright side of life e dele fazer um hino. E quem conseguir levantar a perninha e fazer gracinhas, que acompanhe a cantoria com uma destas preciosas coreografias. 

Always Look on the Bright Side of Life - North Korean Edition

E um bom sábado

sexta-feira, abril 01, 2022

O que sei é que há por aí muito maluco com acesso a botões que deveriam estar reservados a quem tivesse os alqueires bem medidos

 

Se não fosse a chancela The Guardian diria que é fake. Fake o vídeo, fake os personagens, fake as situações. Tudo fake. Uma coisa para o gozo. Tudo ali é surreal. Aliás, não, surreal não. Parvo. Tudo ali é parvo. Parvo, infantil, piroso.

E, no entanto, é uma parvoíce que não é destituída de risco. Olha-se e, admitindo que não é fake, não se crê. Pensa-se que é coisa para dar vontade de rir. Mas não nos rimos. Sabemos que não é caso para rir.

E, mais uma vez, uma pessoa pensa: como é possível? Como é possível que os anos passem e este maluco continue rodeado de malucos a fazerem maluquices? Ninguém consegue deter os malucos de alto calibre? Um país inteiro pode ficar refém de um maluco? Ou é um país de malucos? E quem nos garante que um dia a maluquice não dá para o torto e não acordamos com um bocado do mundo a menos?

Kim Jong-un stars in film of missile launch on North Korean TV

North Korean state television has broadcast a Hollywood-style film that purports to show Kim Jong-un and military officials overseeing the launch of the Hwasong-17 intercontinental ballistic missile. The launch drew international condemnation.


E até já.

terça-feira, outubro 13, 2020

Não percebo

 

Tinha lido o título mas não consegui, durante o dia, mais do que isso. Agora que consigo navegar por entre as notícias do mundo fui ver se tinha sonhado ou se tinha mesmo acontecido. Aconteceu. Leio a notícia, vejo o filme e, ainda assim, continuo incrédula. O bolinhas babacas bobão Kim Jong-un, perante uma daquelas fofésimas multidões coloridas de bichinhos e carrinhos amestrados, a pedir desculpa com a lagriminha no canto do olho. 

Não sei se é real, se é delírio colectivo ou se é mais uma das manifestações de desordem mental que o corona anda a causar pelo mundo inteiro. 

Speaking at a huge military parade held at the weekend to mark the 75th anniversary of the ruling Workers’ party, Kim removed his glasses and wiped away tears – an indication, analysts say, of mounting pressure on his regime.

“Our people have placed trust, as high as the sky and as deep as the sea, in me, but I have failed to always live up to it satisfactorily,” he said, according to a translation of his comments in the Korea Times. “I am really sorry for that.”

Citing his grandfather and father – North Korea’s previous two leaders – Kim continued: “Although I am entrusted with the important responsibility to lead this country upholding the cause of the great comrades Kim Il-sung and Kim Jong-il thanks to the trust of all the people, my efforts and sincerity have not been sufficient enough to rid our people of the difficulties in their lives.”

 

quinta-feira, março 07, 2019

He's in love (and we're all gonna die)
[Mais uma paródia de Randy Rainbow]
E uma ou outra breve reflexão sobre isto tudo em tempo de cinzas


De vez em quando dá-me para o pessimismo e dou por mim a pensar que isto ainda não vai acabar bem. E isto é, nada mais, nada menos, que o mundo. Pessimista que é pessimista não faz por menos. Nada de dramazinho particular, choradinho pífio. Nada disso. Se é para antecipar desgraças pois que seja em grande, a malta toda a implodir, coisa assim, tragédia do mais tenebroso que há. 

E digo isto porque.

Nestes momentos em que me parece que estamos a ser absorvidos por um buraco negro, sinto-me especialmente perplexa e assustada por ver que, um pouco por todo o lado, o povo -- e nessas alturas deixo-me de delicadezas e mentalmente digo 'a populaça' -- parece que gosta de lamber o rabo de quem o pontapeia. Vai um país a votos e os que mais têm a perder são os que mais depressa votam nos maiores estafermos. 

Pessimista mas ainda com um resquício de racionalidade, penso que não admira: os mais carentes de tudo são os mais vulneráveis, os mais facilmente manipuláveis. Mas como pobres, dependentes de apoios, pouco escolados, mal informados e etc. são a maioria, são eles que decidem as eleições. E, portanto, se aparecer um anormal qualquer a dizer que vai correr com os bandidos, os malandros e os imigrantes a varapau, o zé povo aplaude e, sem pestanejar, brinda-o com likes no Face e no Insta e, na altura de votar, entrega-lhe o voto. E nem cuida de saber que, na boca dos malucos como o Trump, o Bolsonaro, a Le Pen e tantos outros, os bandidos, os malandros e os imigrantes são justamente eles, os pobres, as vítimas.

Só que, para meu bem, apenas sou pessimista a espaços. Poupo-me o mais que posso. Portanto, passado pouco tempo, já eu estou a consolar-me, a desfiar argumentos beneméritos, que toda a história foi sempre este descer ladeira abaixo -- e forço a redundância, descer-abaixo -- que sempre pareceu que o mundo estava a bater no fundo, e que, afinal de contas, como uma bola saltitona, volta e meia surpreende o mundinho com lampejos, momentos de luz. 

Mas, não sei se já repararam, também sou dada à dialética. É que, logo a seguir, ocorre-me que nada de optimismos vãos porque momentos de esperança só mesmo nos momentos de ruptura, coisa breve, quando a malta ainda está boquiaberta a ver no que a disrupção vai dar.  Fogachos. Porque, logo a seguir, mal a poeira assenta, já a malta se divide, uns a acharem que afinal foi só fumaça, outros a reivindicarem outra coisa, que não era para ser nada daquilo, outros a quererem combater, outros a quererem mais, outros a quererem menos. E quanto mais letrados, mais dados a frioleiras, pior. Gente que usa a cabeça é gente infeliz, parece que nunca nada está bem, uma seca. Passam a vida a dissertar, a jogar conversa fora, ninguém aguenta. E, por isso, a maltosa, a dita populaça, farta de conversa, vai mas é na lábia fácil, no mamar doce dos badamerdas deste mundo, dos populistas, das bestas quadradas, dos tiranos e tiranetes, dos fascistas ou dos simples palhaços.

E aqui chegada.

Não sei tirar nenhuma conclusão. Uma ou outra bissectriz eu ainda sei tirar. Agora conclusão no meio de uma confusão destas eu não sei. Isto é coisa para se resolver com recurso a grafos, a heurísticas, a algoritmos desencabrestados no meio de topologias aluadas. Na volta, aqui é que entrava bem a tal de inteligência artificial. 

Entretanto, aconselho-me a não me preocupar muito com inequações que gostam de se fazer difíceis e a, em vez disso, me divertir a observar com quem consegue rir-se dessa desqualificada tropa fandanga.



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E até já

quinta-feira, julho 12, 2018

Um maluco numa quinta, um maluco com armadura, um maluco vestido de troféu, um cavalo que parece maluco e um primeiro ministro que é um pingo doce mas de maluco não tem nada.
[E uma ervilha doce a fazer strip -- para haver aqui alguma coisa séria]


Ainda antes de decidir se divulgo ou não o resultado da adivinha de ontem -- embora esteja mais inclinada para me vingar; não se admite que ninguém tenha adivinhado! -- e depois de já me ter arreliado com a peniquenta May com aquela chapeleta enfiada na cabeceta, vou aqui partilhar convosco as fotos de uns quantos bacanos.

É mais do que sabido: maçam-me os certinhos, os intelectualóides de pacotilha, as virgens ofendidas. Em podendo, sou mais dada à desbunda do que à moral de sacristia. Portanto, apesar de um dos que aqui mostro ser maluco encartado, um maluco fanático e perigoso, vou juntá-lo a dois maluquinhos inofensivos, a um cavalo que, com as cheias, foi parar a cima de um telhado e a um bacano que de maluco não tem nada e mais depressa dará com os outros em malucos do que ele dará sinal de algum dia na vida poder vir a pifar nem que apenas ao de leve.

Kim Jong-un inspects a farm

Wimbledon fan Chris Fava, dressed as the men’s singles trophy, poses for a photo with a London fire brigade officer on centre court on manic Monday

Artist and performer Abraham Poincheval wears a suit of armour as he walks through western France. He plans to walk 170km (106 miles) across Brittany dressed in the armour

A small horse is stranded on a rooftop after floodwaters subsided in the Mabicho district of Kurashiki, Japan.
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E, para ter aqui um breve apontamento cultural, coisa que não desmereça o espaço aqui neste lugar de cultura e sobriedade, junto a esta ajuizada galeria um número do mais fino recorte de classicismo musical. Não é uma performance recente mas o que é de qualidade não tem idade.


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[As imagens com legendas em inglês provêm do The Guardian e a do Costa Pingo-Doce foi oferta do Leitor E. a quem muito agradeço]

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E queiram continuar a descer caso queiram ver uma ganda maluca com um peniquinho no cocuruto.

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quinta-feira, junho 21, 2018

O pato Donald Trump e o zequinha Kim Jong-Un:
a importância de conhecermos a conversa que o mundo aplaudiu
[Mais uma divertida leitura de lápios toda trocada]


Nunca tenho fé nenhuma no que sai de gente doida. Pior quando os doidos são parvos. Pior ainda mais quando são egocêntricos e desprovidos do sentido dos limites.

Donald Trump é um desses e, por isso, nas suas actuais funções, vejo-o como um anormal, perigoso para o mundo. Kim, do que me parece, outro que tal, não lhe fica atrás. A diferença é que o estupor do Trump está ao comando dos Estados Unidos, um portentado, enquanto o bolachudo Kim está à frente da Coreia da Norte, um país que até há pouco não era coisa que se levasse a sério.

Quem tenha estado fora do mundo durante uns anos e regresse agora vai, certamente, desejar regressar rapidamente ao limbo onde esteve hibernado, não acreditando na macacada que estes dois protagonizam sem que, acto contínuo, sejam depostos e levados para um hospital para malucos.

Mas o mundo agora está assim, de patas para o ar e a andar ao contrário e, portanto, já entrou na normalidade que aberrações destas estejam à frente dos seus países.

O que nos vale é quem ainda consegue divertir-se com eles. A rapaziada de 'A bad lip reading' saíu-se com mais uma e é a paródia do costume.

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