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segunda-feira, maio 24, 2021

Dia grande no Um Jeito Manso:

presentes da Sta. UJM para os devotos da Serva-Mor, para a própria Serva (a célebre Agente também conhecida por Ministra dos Porquinhos), para os assim-assim e para todos.

Ámen

 

Diz o Víctor que sou dada a tendências ocultas e eu, como forma de recompensa por ele ter conseguido descobrir um segredo que trazia tão bem escondido há tanto tempo, acho que tenho que aqui atribuir-lhe um presente. Isto, claro, porque, devido ao confinamento, não posso organizar a cerimónia que estava planeada para festejar o grande momento. Não fora o corona e teríamos o Pavilhão de Portugal à pinha para a atribuição da medalha ao Leitor que primeiro descobrisse o tão bem guardado segredo.

Mas o corona ainda não deu as desejadas tréguas totais e, portanto, os festejos têm que ser aqui mesmo.

Assim, não é a gold medal que aqui tenho para lhe oferecer, fantástico e veloz Seco Gaspar, mas é um vídeo feito em sua homenagem por ser o mais rápido dos Leitores a descobrir o meu grande segredo: "a UJM tem tendências ocultas". 

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Para o Paulo B por quem tenho grande apreço, que tem um sangue na guelra que dá gosto e que vibra com a vontade de fazer justiça (nem que seja às mãos da Agente Mortágua) e que, ao mesmo tempo, tem um gosto invulgar e exigente pelas artes do espectáculo e pelo reino do absurdo e extraordinário, iria a medalha de prata. Como não há como, aqui deixo um apontamento de circo que espero que receba com um sorriso equivalente ao que tenho ao dedicar-lho. E espero que a vida e as suas agruras não lhe retirem a energia tão boa que a sua juventude põe em destaque. Este presente, que vai em vez da medalha, seria entregue com um abraço ao bravíssimo Paulo B. 


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O ilustríssimo P. Rufino, ultimamente, de cada vez que aqui vem e lê qualquer coisa de menos abonatório para a sua guru, a Agente Mortágua, não apenas fica tão enraivecido por eu o tirar do sério que fica totalmente descontrolado como todas as suas entranhas se reviram de tal maneira que não consegue evitar as náuseas. Para ele, iria a medalha do servo mais devoto da Serva-Mor mas, não podendo eu agraciá-lo com a devida pompa e circunstância, deixo-lhe um pequeno filme com a Maggie, outra bacana que padece do mesmo mal, o de não conseguir controlar as náuseas em público. 

Mas o vídeo tem um outro propósito: o de lhe dar esperança. Se a Maggie volta e meia dava estes tristes e embaraçosos espectáculos, a verdade é que conseguiu recuperar-se. Vejo-a agora transformada em David Walliams e em grande forma. É agora um homem simpático, cortês, bem disposto. Ponha os olhos nele, P.Rufino. Acredito que também conseguirá regenerar-se.


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Para o grande João a quem nada escapa, que tudo conhece e que denuncia tudo o que se passa aqui e além mar, desde as cabeças de cavalo até aos betolas com cabelinho à f...-se e caquinha na cabeça, e que obviamente merece todas as medalhas -- ouro, prata, bronze ou cortiça -- não tenho presente à altura. Na sua arca já residem todos os tesouros do mundo, nomeadamente as melhores músicas, as melhores vozes, as melhores interpretações, as melhores histórias. 

Por isso, o que aqui lhe ofereço mais não é do que uma tentativa de lhe dizer que muito sinceramente acho que, apesar de todas as divergências, importa a gente relativizar, divertir-se, improvisar, não levar muito a sério o que não passa de espuma. Somos efémeros. Apenas a arte é eterna.

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E para o VN que queria que eu contasse mais uma história envolvendo a Serva-Mor tenho a dizer que ainda não é desta. Este blog, como é sabido, é um blog de família e as histórias que envolvem a personagem seriam mais dadas à bolinha encarnada ao canto do ecrã do que a serem lidas pelos inocentes que frequentam esta casa. Portanto, só se um dia eu estiver tão a dormir que perca toda a censura interna... Só posso adiantar que acho que a Serva-Mor, para melhor compor a personagem, quando inquire os seus suspeitos deveria apresentar-se a preceito, quiçá com um hábito como o da pura Madre-Superiora que aqui almoça com o João de Deus.


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E ainda tenho aqui uma coisa para outra pessoa, alguém que é todos e nenhum, mil nomes, mil personalidades, alguém que paira por aí, que aparece e desaparece, que é assim e assado, poético e prosaico, quase normal umas vezes e muito malvado outras, erudito e ignorante, humano e desumano, absurdo e racional, consistente e inconsistente. Para ele, o chameleon man, aqui vai um vídeo com um dos seus alter-egos. Não é um presente, não é um bye, não é um smile, não é nada: é apenas uma forma de reconhecimento. Estamos cá. Há coisas que não se explicam e esta é uma delas.


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Para a Serva-Mor, a intragável e temível Agente Mortágua, a inquisidora que passa a pente fino os freaks do regime, vai o prémio de honra, um que aqui chegou pela mão do Paulo B., sempre inteligente e oportuno, a quem agradeço a lembrança pois a verdade é que, no meio de tanta generosidade, estava a esquecer-me de presentear justamente a inspiradora de toda a esta série.

Ei-la aqui, em versão loura e glamour, a estragar a festa a um grupo de pândegos. Mas, como sempre, a estragar é como quem diz pois na sala ao lado ou no dia seguinte, a festa prosseguirá. Mas, ok, não estou para tretas, estou mesmo é para me divertir, para ser uma mãos largas e distribuir presentes à direita e à esquerda. 

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E para todos e para todas os que aqui me acompanham, para os que riem e para os que choram, os que rangem os dentes e os que batem o pé, os que têm fair play e os que atiram pratos à parede, para os que acham tudo muito grave e para os que se estão a marimbar, para todos, aqui vai o meu convite: bora lá furar o esquema e dançar?


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Desejo-vos uma boa semana
Saúde. Alegria.

domingo, março 11, 2018

Adolfo Mesquita Nunes não vai resgatar António Costa.

[Bolas, bolas, bolas... Que mauzão que ele é...!
E agora quem é que vai salvar o Costa....? Se nem os carapaus com tosse o querem fazer...
Coitado do Costa. Não se faz... Oh pá Adolfo... Reconsidera lá isso...]


Não ouvi o grito de guerra do Adolfo in situ. Se tivesse estado a assistir ao Congresso do CDS teria ficado a tremer na hora. Assim, só agora que li a notícia no Expresso, me deu a inquietação.
"Se o PS quer ser resgatado, chame a polícia, não o CDS" -- terá assegurado.
Mais. Segundo li, o valentão do Adolfo afiançou que no CDS não há cá resgates para cobardes. Sim, porque parece que o Valente Adolfo também chamou cobarde ao Costa. Pão para malucos ainda vá que não vá. Agora resgates para cobardes não é coisa que lhe assista. Nem mais. Ganda man.

O libertário Adolfo terá elevado a voz e, incendiando os ânimos do Congresso, terá feito saber que não tem vida para andar a libertar caguinchas que se deixam aprisionar por comunistas e trotskistas. Os correlegionários do ex-PP, agora de novo CDS, vibraram com o grito de guerra do pequeno guerreiro e, segundo leio, foi aplaudido de pé pelos delegados os quais, segundo adivinho, terão cantado em uníssono: 'Chamem a polícia, oh oh oh, chamem a polícia'.

Que pena eu não ter presenciado a cena. Deve ter sido lindo. A alienação total.

Claro que não é de admirar. O pupilito Adolfo bebe até à última gota as palavras da grande líder que profere pérolas altamente inspiradoras tais como: O Governo PS é “muito poucochinho para o país”. Mais: empolgada pelas próprias palavras, Madame Rã Cristas já se alcandora a mais altos voos: “Com tudo isto, sim, é possível chegar a outro patamar! Sim, é possível disputar a primeira liga!”. Vendo-se já como Primeira-Ministra, numa epifania orgástica, até derivou o seu sound bite de eleição para um outro nível, fazendo a evolução das 'esquerdas unidas' para 'esquerdas encostadas'. 
Aposto que, com a embalagem que levam, daqui a nada já vamos ouvir os alienados-cristãos do partideco dos Poucos Porcento (5%? ou menos...?) a dizer 'as esquerdas amancebadas' ou, até, 'as esquerdas enroladas'. Muito bom.
E eu, sabendo de tudo isto, só imagino a brincalhotice que habitualmente impera lá pelo Caldas. Um pagode.

Imagino que seja uma coisa de tipo Partido dos Pequenitos mas em versão 'O Partido dos Estarolitas': carapaus de corrida disfarçados de zorros anunciando, de sabre em riste, que não resgatam, não resgatam, não resgatam, Cristas da Coxa Grossa armadas em Primeiras-Ministras da 1ª Liga (dos Clubes dos Malucos, só pode), pintarolas faltistas travestidos de deputados europeus, bruxas-más a fingirem que são deputadas mal-encaradas, um pândego armado em arauto da desgraça e um outro que é comentador de futebol ou lá o que é a fingir que é um deputado de cabelo oleoso. E todos armados em importantes, a falarem muito matraqueadamente, anunciando slogans, dizendo palermices, papagueando infantilidades. 

Consta que, de vez em quando, à vez, um e outro dos pequenos estarolas sobe para cima de um banco, faz de conta que é gente grande e, ensaiando para o Congresso ou para os debates parlamentares, enche o peito e anuncia que vai destronar o Marcelo, ocupar Belém, comer uma mão cheia de comunistas ao pequeno-almoço, lançar um míssil transcontinental, pôr um lavagante a conduzir um camião a caminho da lua ou um submarino cheio de portas a conquistar a Alemanha. E que todos os outros batem muitas palminhas. Consta que por vezes é o delírio. Consta.

Dizem também as más línguas que Madame Cristas -- que, como é sabido, é vidrada em curtos vestidos com kiwis e calçonetes que deixam a coxa grossa bem à vista -- mal despacha o expediente e vê que já empolgou os outros estarolas convencendo-os que são gente grande, larga para as lojas da moda para escolher as lindas e very hot toilettes com que, tantas vezes, nos presenteia.

O momento tem sido registado em vídeo e circula nas netes.


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E agora, caso queiram continuar na onda da maluqueira aguda que se apoderou da maltinha do CDS, desçam, por favor, até onde se divulgam as ideias chave do Congresso do CDS.

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sábado, abril 16, 2016

Alô, alô Catarina Martins!
Vamos lá a controlar não apenas essas hormonas mas também essa criaturas aflitas com o género que só fazem estragos no seu Bloco de Esquerda...
Ok?


Ia eu no carro, à hora de almoço, no meio de um trânsito infernal e com uma chuva diluviana que transformava as estradas em traiçoeiros rios, quando ouço a Catarina Martins, no debate com o Governo, capaz de matar o António Costa à dentada. Ele, calmo, lá lhe ia respondendo mas nada aplacava a ira da desaustinada Catarina.

Agora cheguei a casa, bastante tarde já -- trabalhei até tarde e, por cima, apliquei-lhe uma dose de laré -- e, ao ligar a televisão, lá estava ela, na Assembleia da República, olhar fulminante, capaz de estraçalhar o pobre do Costa.

E pensei que até há não muito tempo, uns dias por mês, eu também ficava assim. Não era uns, era basicamente um. Acho que era na véspera de me aparecer o período. Fogo. Eu ficava ao rubro. Qualquer coisa que me contrariasse minimamente, fazia com que se rompesse uma barreira qualquer e a raiva soltava-se, mas soltava-se à séria, incontida - e eu ficava capaz de avançar à pancada para cima de quem me fizesse frente.

Claro que tenho auto-controlo e tentava dominar-me. Sabe Deus o que eu me esforçava. Por vezes pensava: mas será que ninguém consegue perceber que estou assim (e mentalmente via-me a mostrar uma unha), prestes a cometer um crime? Mas a verdade é que conseguia disfarçar: nunca ninguém me mandou acorrentar ou, sequer, açaimar. Mas só pode ter sido milagre.

Mas, como é bom de ver, tanto auto-controlo tinha que ter um escape. Chegava a casa e, mal o meu marido abria a boca, já eu estava capaz de me atirar à sua jugular, de o insultar, a ele e a toda a sua família, capaz de lhe atirar a roupa pela janela, de lhe atirar com meia dúzia de pratos à cabeça. Uma raiva perigosa. Ele já sabia que o melhor, nessas alturas, era fazer-se de morto. Não dava troco ou, então, dizia uma coisa que para mim era insultuosa: deve estar para te aparecer o período. Fogo. Ele dizia aquilo e eu tinha que me esforçar muito para não partir para a violência. Sentia que ele me estava a provocar. Ou a inventar uma estúpida justificação para se ilibar de graves culpas. A fúria crescia dentro de mim, mas crescia tanto, crescia mas para níveis muito perigosos. Controlava-me, claro, mas a que custo. Sentia-me uma santa por ser capaz de aplacar uma ira tão justificada. E, depois, tinha que me conter para não desatar a chorar perante tanta injustiça.

Até que aparecia o período e passava tudo, ficava mansa como uma gatinha. Nem mais me lembrava do que me tinha despertado tão maus ímpetos. Tinha que puxar muito pela cabeça para me lembrar, e geralmente achava que se calhar teria sido alguma expressão ou alguma coisa de intangível pois, em concreto, já não me lembrava que alguém me tivesse feito ofensas ou causado danos graves. Varra-se-me tudo como que por magia.

Depois entrei em menopausa e foi remédio santo. Nunca mais tive desses ataques de fúria.
[Afrontamentos também só devo ter tido uns cinco ou seis, nada de mais. Nem qualquer outro sintoma ou efeito secundário. Nunca estive tão bem como estou agora.]

E, portanto, com esta minha experiência, sou perita na matéria. Ou seja, tenho para mim que aquele ataque de raiva que a Catarina Martins teve, na Assembleia, contra um até assarapantado Primeiro-Ministro foi um descontrolo hormonal pré-menstruação. 

Não é que o anti-regulador Carlos Costa, o do BdP, com toda a porcaria que tem feito, não tire qualquer um do sério. Tira, oh se tira. 
Uma pessoa pensa naquele atado, naquele atarantado, naquele frouxo, naquele pneu furado, naquela galinha choca e fica capaz de partir para o disparate. É um facto - há que reconhecê-lo.

Mas aquela raiva da Catarina contra o António Costa, cá para mim, foi mais que isso, foi mesmo um ataque de TPM


[De futuro, se a Catarina não se tratar ou não aprender a controlar-se, os debates na AR têm que ser agendados em função do período dela -- é o que eu muito vivamente recomendo a quem trata desses agendamentos. Em situações destas, toda a prudência é pouca.

Em contrapartida, recomendo que submetam o Carlos Costa (o pataroco, não o do fio dental da Quinta das Celebridades) a uma sessão de perguntas por parte da Catarina em fase aguda de TPM e tentem ver se não há mais algumas na mesma situação. É capaz de haver que isto, quando as mulheres passam muito tempo umas com as outras, parece que acabam por ficar com os ciclos sincronizados. A ver se ele se aguentava. É o aguentavas: saía de lá a fugir a sete pés, espavorido, nunca mais punha os pés fora de casa]

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Quanto àquela parvoíce, sem nexo de qualquer espécie ou género, relacionada com o Cartão de Cidadão, nem sei que diga. Parece graçola, uma daquelas piadolas lançadas para descredibilizar o BE. Fico na dúvida se a anedota terá nascido mesmo no seio do Bloco. Lembrei-me daquilo que um colega meu costuma fazer que é, no gozo, lançar uma boca qualquer como, por exemplo, que um certo ministro ou deputada é gay. Quando a gente reage: 'Disparate, não é nada!', ele diz 'Pois não. Mas pode espalhar.'.


Ou seja, esta do cartão deve ter sido algum brincalhão que lançou essa boca -- de que no Bloco de Esquerda queriam mudar o nome do cartão de cidadão porque cidadão é do género masculino e não deve ser usado para as cidadãs -- e apesar de ser mentira, disse para espalharem.


Porque, se não foi isso, foram mesmo aquelas meninas do BE que se espalharam. Ao comprido.
E note-se que digo meninas sem saber do que é que têm entre as pernas porque, para o caso, é irrelevante.
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Já agora, a propósito disto dos géneros: I'm a lady

(Little Britain)

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E, também já agora, recomendo a leitura de Sexo e Género. A sério.


terça-feira, abril 12, 2016

Elton John e David Furnish de candeias às avessas? O Furnish pulou a cerca para uma cena de ménage a trois? E tanto proíbem as notícias que, por todo o lado, não se fala noutra coisa. E eu, que hoje estou com a cabeça feita em água, só me apetece frioleiras destas.


Ou seja, agora que já falei de macacos com pdfs às costas e do meu lindo lombinha dos briefings, tenho que confessar que estou incapaz de falar de dinheiro em offshores e das mescambilhas que os advogados e fiscalistas encartados para lá engendram. Estou é capaz de ir daqui a arrastar-me até à cama. Por isso, perdoem-me: volto-me para a fofoca. Mas não vou desenvolver porque o sono já me atrapalha os movimentos.

A cena parece que tem a ver com o pulanço de cerva do David que em vez de ficar com a sua velha gorda resolveu procurar carne fresca e aos pares. A coisa soube-se, passou a aparecer na imprensa mas, ao que consta, tudo sob a capa de alusões, ménage à trois, young gay, and so on. Eis senão quando Sir Elton mandou avançar a cavalaria e lançar uma proibição: que ninguém levante o tema na comunicação social.

Portanto, os jornais escondem, apenas insinuam. Em público, a mediática dupla continua muito in love, sempre a sorrir, lots of lovely jokes: parece um casal apaixonado. Mas a coisa parece não estar pacífica, até malas parece que já estiveram a caminho da porta.

E eu poderia pesquisar umas coisas para apurar as chineladas e impropérios, os segredos de alcova -- mas já estou a dormir. E ainda queria responder ao Leitor José Neves que diz que eu não tenho andado a perceber bem o que tenho andado a ler, mas já tenho os dedos em piloto automático, a ver se me aguento até lá.

Portanto, atalhando, para ver se ainda me sobra capacidade para lá ir dizer de minha justiça, abrevio e passo directamente ao que importa.

Elton John visita Little Britain



Os únicos gays da terra.
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E desçam, desçam, que pode ser que não se arrependam que, entretanto, eu vou explicar ao leitor José Neves porque é que não deve esperar tanto de mim. Sou bronquinha mesmo, nada a fazer, um caso perdido. Isto mesmo só com uma big sessão de hipnose, uns a lerem-me aos ouvidos e, ao mesmo tempo, e despejarem-me gregos cá para dentro, por sonda gástrica, por intravenosa, por cateter, tudo ao mesmo tempo. E nem assim, acho eu. Um caso perdido -- vão por mim.

quarta-feira, outubro 28, 2015

Passos Coelho recorre à Valente Produções para arranjar Secretários de Estado


Depois de ter revelado, no post abaixo, quais os os ministros que Passos Coelho queria escolher para o seu novo governo (mas que não aceitaram, tendo-se ele visto na contingência de se apresentar em Belém com a lata da casa), leio agora que o pobre coitado continua em palpos de aranha. Agora não arranja ninguém que queira ir para Secretário de Estado. Mal ele ou algum dos novos ministros contactam alguém a ver se lhe dão a volta, logo essa pessoa vira a cara de lado, fazendo-se de desentendida ou dizendo que vai ali fora ver se chove ou inventa que morreu uma tetravó ou qualquer outra desculpa esfarrapada. 

Tendo o Cavaco já começado a ranger os dentes, coisa que faz quando está impaciente e sem a boca cheia de bolo-rei, o Láparo não teve outra solução senão dar ouvidos àquele a quem todos chamam a Fada-Madrinha (talvez por ter sempre solução para todos os bicos de obra). 

Disse o Vice: 'Nada de desesperos, Pêpê. Já passei sequinho por grandes enxurradas, era o que faltava se me fosse deixar molhar por entre esta chuvinha de molha-tolos. Se esses mal agradecidos não querem ser nem princesas nem sequer duquesas por dez dias, então que se danem. Vou ligar ao Valente.'

Exclamou o Láparo: 'Ao Valente...? Ui, que ordinarão... Ainda bem que não disseste o resto, que te ficaste pelo valente, porque está aqui uma lady...'

'Uma lady? Quem? Não vejo nenhuma', inquiriu o Irrevogável, olhando em volta.

O Láparo piscou o olho e apontou a cabeça na direcção de um dos não reconduzidos. O Irrevogável não gostou: 'Não gosto dessas piadas, já disse. Além disso, se outra com cara de má que agora passou a ministra das flausinas te ouve, levas logo cartão encarnado '.

'Pronto, pronto, já cá não está quem falou. Mas, então, se queres tratar disso, acho muito bem, avança', disse ele ao seu subordinado.

O Irrevogável ligou então ao Valente e pediu-lhe umas dúzias de figurantes, entre homens e mulheres, novos e velhos, mas assim mais para o tipo experiente e bem encarado, a ver se se consegue compor minimamente o ramalhete.

Pouco depois começaram a chegar as propostas. O Láparo e o Irrevogável puseram as fotografias com as características de cada um ao lado, tudo espalhado em cima da mesa. E puseram-se eles mesmos a fazer a escolha.


Madalena Cardoso

10-02-1944, Altura 160, Sapatos 38, Casaco 42, Peito 0, Camisa 42, Cintura 0, Calça 42, Anca 0

Depois de olharem bem para ela, acharam que ficaria bem a trabalhar no Ministério da Saúde para ver se credibiliza aquele ministério já que o novo ministro tira qualquer um do sério. Faz de conta que a senhora tem muita experiência em Gestão Hospitalar. E, espertalhões que só eles, até resolveram que vão dizer que parece que é prima, ainda que afastada, do Correia de Campos. Uma piscadela de olho ao PS...


Carlos Saltão Ferreira

17-11-1955, Altura 176, Sapatos 43, Casaco 52, Peito 0, Camisa 42, Cintura 0, Calça 46, Anca 0  

Olharam e concluíram que este pode passar por advogado. Se calhar pode ir para a Justiça. Acharam que se pode dizer que é gémeo do Super-Alex mas que não tem nada a ver com o irmão, que não se dão, que aquilo é cão e gato, especialmente desde esta coisa do Sócrates. E, com isto, o Láparo acha que vai fazer um agrado ao Costa   (É sabido que o Láparo não prima pela inteligência)


Maria Teresa Barbosa

14-07-1941, Altura 164, Sapatos 39, Casaco 42, Peito 0, Camisa 40, Cintura 0, Calça 42, Anca 0  

Esta senhora dá ares de professora, acharam eles, concluindo que pode ser encaixada no Ministério da Educação e vão dizer que, ao contrário do outro, esta tem ar normal, não vai querer dinamitar o ministério. Ou seja, acham que poderão dizer que sempre foi crítica em relação ao C-Rato. E lembraram-se que podem dizer que até consta que compra a roupa na mesma loja que a Gabriela Canavilhas. Lá está, uma senhora piscadela de olhos ao PS.


José Meireles

15-05-1951, Altura 183, Sapatos 41, Casaco 50, Peito 0, Camisa 40, Cintura 0, Calça 42, Anca 0  

A este senhor estão a pensar pôr na Economia, pode ir para os Transportes e Obras Públicas, passa bem por engenheiro civil. Pensam dizer que este, sim, tem tino, nada a ver com aquele destravado do Sérgio Monteiro. Podem até acrescentar que consta que o senhor deixou de andar de avião na TAP desde que a pseudo-privatizaram. Portanto, dirá o Henrique Monteiro ou o José Manuel Fernandes que, vendo bem, na prática, este é um governo mais socialista do que se fosse parido pelo próprio Costa. 


E por aí fora, tudo gente de primeira água. À vontadinha, uns quarenta ao todo e tudo assim, uma pinta das valentes.
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Sim. Sejamos honestos. Perante um Governo feito com a lata da casa e com Secretários de Estado de alto gabarito como os acima referidos, com provas dadas, que a sociedade reconhece pela sua elevada craveira como grandes profissionais da respectiva área, com um invejável curriculum político e, ainda por cima, todos eles próximos do PS, como poderá o Costa apresentar uma moção de rejeição? Não pode. Pois se este governo foi, todo ele, feitinho, feitinho mesmo à medida do PS.... Vai é ficar a roer-se de invejinha. Ai não.

Portanto, demos graças, temos governo! Um elenco de luxo! Hip, hip, zurra!
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Volto aqui pois acabo de receber informação de que os spin doctors do Láparo acham que, se a PàF quer piscar o olho bem à esquerda e parecer estar a amigar-se, like, like, like, com causas fracturantes, terão que ter alguma bicha descarada no governo, nem que seja como Chefe de Gabinete. Dizem os spins que a comunidade gay tem cada vez mais força e que, portanto, nada de sexualidades fluidas ou gente dentro do armário. Nada disso, uma bicha a sério, coisa que se veja.

Vai daí, novo casting. E cá está ele, o eleito para fazer de Sebastian português. 


O Passos e o Láparo já estão a ver a Little Britain para verem como é que é.

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E, se me permitem o conselho, sigam para a dream team do Láparo: já aqui abaixo.

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quarta-feira, fevereiro 12, 2014

"Ser gay é uma desgraça", escreveu alguém no google e veio parar ao Um Jeito Manso. E eu digo: desgraça coisa nenhuma. Porque haveria de ser? E relembro a história do gago que me tirou do sério. Nada a ver, claro. Mas é que ser gay ou gago não tem mal. Já eu ser maluca é capaz de ser um problema (pelo menos às vezes é).


A frase que referi no post anterior foi a frase que escrevi em epígrafe. Quando a li nas estatísticas de acesso, fiquei um pouco triste por pensar que alguém deveria estar a sentir-se infeliz e tentou encontrar algum amparo na internet, alguém que lhe dissesse que não tinha por que se sentir desgraçado(a).

Talvez a pessoa que escreveu isso queira esconder a sua orientação sexual e conviva mal com o disfarce ou talvez o tenha assumido e sinta alguma recriminação social. O que eu posso dizer é apenas a minha opinião mas o que diria se estivesse a falar com essa pessoa seria que assumisse e vivesse a sua vida sem vergonha ou constrangimentos. Com dignidade. Com segurança para que ninguém se sinta no direito de troçar.

É verdade que toda a gente sente uma vontadezinha infantil de dizer piada ou fazer sorrisinho perante algumas situações que fogem ao padrão: é com o vesgo (conforme o divertido vídeo do post abaixo deste), é com o gago, é com o baixote, baixote mesmo, é com o gay abichanado. Mas isso, de facto, é coisa sem importância. Pode magoar os visados, e acredito que magoe, mas o que eles têm que perceber é que quem ri o faz sem más intenções, por pura parvoíce.

Vou contar-vos. Aqui há uns anos eu estava a ter uma reunião com um grupo no qual se incluíam vários espanhóis. Às tantas, já no fim da reunião, antes de irmos almoçar e já todos cheios de fome, ficámos todos em círculo, de pé, conversando, num registo informal. E, às tantas, um dos espanhóis que tinha estado calado até então, um que tinha ar de mexicano, começou a falar. E, senhores... era gago, gago mas gago. Uma coisa desesperante. Para começar a falar dava balanço e ficava ali quase a gripar, aquilo não pegava de maneira nenhuma. Eu já aflita porque o homem de cada vez que abria a boca ficava ali g...ga....g....ga....ga....ga.... e nada. Todos em suspenso e nada. Por fim, com a língua a esbracejar-lhe dentro da boca, quase como que a pedalar, a coisa lá saía mas, logo a seguir, porque uma frase se faz de várias palavras, vinha mais outro suplício, p...p....pa....p...pa. E todos em círculo, cheios de fome e o mexicano a querer contar qualquer coisa que não saía nem por mais uma. 

E então aconteceu aquilo de que tenho pavor. Começou a dar-me vontade de rir. Temo esses momentos. Começo a tentar conter-me e a vontade de rir vai aumentando quase descontroladamente. 

Não dava para me rir, todos em volta do gago, convidados de cerimónia, uma situação sem escapatória. Podia sair dali a correr como se me tivesse dado uma vontade súbita de fazer chichi mas isso seria ridículo e, além do mais, o terror que acompanha esses momentos tolhe-me o raciocínio. O gago continuava a ganhar balanço para mais uma sílaba e eu vejo toda a gente de olhos postos nele a ver no que aquilo ia dar e ao olhar para os outros ainda mais aterrorizada eu ficava pois sabia, de certeza certezinha, que bastaria detectar algum sorriso contido para eu me desatar a rir descontroladamente.

Então pus-me de olhos no chão e já estava a ver o caso mal parado. Percebia que era absurdo o homem estar a falar e eu de olhos no chão. Às tantas, um colega meu, o que estava ao meu lado, percebendo que alguma coisa se passava comigo (e sem discorrer que tinha a ver com o patinanço do gago), pergunta-me 'Passa-se alguma coisa?'. Claro. O mal nestas coisas é alguém me dar o pretexto. Eu queria ser capaz de lhe dizer em surdina 'passa-se que o gago nunca mais vai chegar ao fim da frase' mas desatei a rir, a rir, mas de lágrimas mesmo. Virei-me de costas e o meu colega virou-se também para me encobrir e para fingir que estávamos a conversar. Eu chorava a rir e até já estava era mesmo cheia de vontade de fazer chichi, e ria, ria, sem me conseguir controlar. E o meu colega, os homens conseguem ser mesmo parvos, não percebia o que se passava 'mas o que foi...?' mas só de me ver rir assim já ele se ria também à gargalhada.




Juro que não sei como foi que a coisa acabou porque estive lavada em lágrimas a rir feita maluca, eu e o meu colega, de costas, um pouco afastados, nem sei quanto tempo.

Por fim, lá vimos o grupo deslocar-se para a saída e lá nos dirigimos para o almoço. Quando respirei ar puro até me parecia mentira, refresquei, passou-me aquela pancada. Ao meu colega também. E lá me voltou a perguntar 'mas o que foi?'. A custo lá consegui articular 'o gago...' e desatei-me outra vez a rir. E ele, ainda sem perceber: 'o que é que tinha o gago?'. Desisti de explicar. Aliás não tinha explicação.

E agora que estou aqui a escrever e a relembrar-me estou outra vez na mesma, a chorar a rir.

Mas digam-me lá: que vontade de rir é que isto dá? Nenhuma, não é? Maluquices, que se há-de fazer?


E até me sinto ainda mais maluca por parecer que estou a comparar a gaguez com a homossexualidade. Sei que não tem nada a ver. Mas a questão é que não há que ter vergonha, esconder, reprimir, etc. Há é que estar psicologicamente preparado para reacções parvas dos outros. E rir com essas reacções, encarar com bom humor, reverter a situação a seu favor.

Mostro-vos um exemplo: uma entrevista de Jô Soares com Cláudio Gaspar Dottori, Claudinho, um político gago com um fabuloso sentido de humor.





E, como já aqui o disse tantas vezes, quanto a políticos gays: sejam eles políticos, deputados, ministros, o que forem, o que interessa é que sejam inteligentes, decentes, competentes e honrados.

Drama é serem parvos, manipuladores, incompetentes.

Ainda se fossem umas bichas descaradas como o Sebastian... ao menos far-nos-iam rir. Agora estes que por cá temos dão-nos é vontade de chorar.

Ora vejam o bom do Sebastian nos EUA com um presidente giro e negro (does it ring a bell?) e um presidente francês, fraca figura (a bon entendeur, salut !)

É Little Britain, uma série that I love, love, love.




*

Se descerem um pouco mais, poderão ver mais uma prova do que são preconceitos inaceitáveis, desta vez contra os vesgos. É na Porta dos Fundos, o sítio onde se passam coisas impróprias para consumo.

NB: Hoje não consigo responder a comentários nem a mails (ando uma gazeteira imperdoável, eu sei, mas não tenho mesmo conseguido) porque ainda tenho que ir trabalhar. A sério. Dá para acreditar? Aliás, entre o post que se segue e este também estive a trabucar.

[Dantes, quando havia trabalho para todos, costumava dizer-se: quem não trabuca não manduca. Velhos tempos.]

*

E, assim sendo, despeço-me apressadamente, desejando-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta feira. 

Nem sei se vai estar de chuva ou não. 
Mas como desde que saio de casa de manhãzinha até que regresso à noite não ponho um pé ao ar livre, na prática nem me faz diferença. 
Isto é que é uma vida... Deve ser por isso que fico com os fusíveis meio curto-circuitados. 

domingo, julho 14, 2013

Nada como uma pose institucional, nada como uma conversa institucional. O conteúdo? Isso não interessa para nada.


Troquem-se as palavras alusivas ao facto descrito pelo político aqui de baixo, por quaisquer outras - e o que ficará é sempre o mesmo: uma conversa redonda, nula, o primado das aparências sobre a verdade.





segunda-feira, setembro 19, 2011

O grande amizade do fantástico chefe de gabinete do primeiro ministro pelo dito


Sorry... It's Sebastian time, dears!


(Queriam fofoca, queriam, escusam de dizer que não. Mas não, nada disso: não me refiro a Passos Coelho, não senhor.

Let's fly to Little Britain.

domingo, agosto 21, 2011

Ilídio Vale, treinador da selecção de futebol sub-20 e Mr. Dudley, gémeos separados à nascença?


Ilídio Vale o mano gémeo monozigótico de Mr. Dudley

Mr Dudley, o devoto marido de Ting Tong e mano gémeo do treinador Ilídio Vale


Já agora, um pequeno episódio com a participação dos dois principais intérpretes de Little Britain em que David Walliams (Mr. Dudley) contracena ao vivo com Matt Lucas (Ting Tong).


domingo, junho 05, 2011

Pedro Passos Coelho, futuro Primeiro Ministro, D. Laura e todo o PSD festejam a vitória nas eleições legislativas 2011, Paulo Portas apresenta-se moderado, muito contido, Jerónimo de Sousa anunciou a agenda para a rua - e eu sou coagida a contar um episódio passado em Alcântara

Parabéns Senhor Futuro Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e boa sorte para o que aí vem.

O percurso das pessoas e das organizações faz-se de mérito e também de sorte e, nos próximos tempos, de bastante sorte vai o PSD precisar.

Agora é chegada a hora de governar e, para bem do País, espero que consiga governar com determinação, humanismo, sentido democrático, competência (coisa da qual tenho dúvidas como aqui várias vezes referi).

Mas, dúvidas à parte, é tempo de todos nos erguermos e darmos o nosso melhor, sem partidarites, sem inimizades sectárias, com sentido de responsabilidade.

Jerónimo de Sousa, que mais uma vez conseguiu cantar vitória sem que ninguém perceba porquê, já desenterrou o machado de guerra. A rua não vai dar tréguas ao futuro governo.

Paulo Portas, uma vez mais moderado (os resultados foram um balde de água fria), recomenda que não haja grandes euforias dada a situação de crise que Portugal atravessa.

Entretanto o PSD está ao rubro e é natural. Pedro Passos Coelho que, como se sabe, é um cantor frustrado já arranjou maneira de cantar em público (ou melhor, para um grande público): acabo de o ver a cantar o hino.

Na rua, os votantes no PSD, felizes da vida, acham que se abriu um novo ciclo (será que acham que é um ciclo de prosperidade que se está a abrir agora que Inês está morta?). Compreende-se que festejem, têm razão para isso, ganharam. Mas tanta felicidade é um pouco estranha quando se sabe o duríssimo impacto das medidas que vão implementar - parece a vitória da selecção, alheados da realidade, caras pintadas, apitam, saltam, riem-se, riem-se, riem-se.

A propósito desta alegria jubilosa do PSD, aqui em casa insistem que eu conte uma coisa que há algum tempo ouvimos em Alcântara. Este é um blogue de família mas já que a família insiste...

Íamos de carro, de janela aberta, numa rua estreita da zona mais popular de Alcântara. Muitos populares na rua, numa grande galhofa. Ao passarmos junto a um muro baixo, vimos uma velhota ali sentada, que gritava para o grupo que se divertia: "Riam-se, riam-se, quando souberem que é para o **, até choram...!".


Não é a 1ª vez que aqui coloco este vídeo mas parece-me apropriado uma vez que trata de festejos numa noite de eleição. Quem irá ser o chefe de gabinete de Passos Coelho?

PS: Volto a este post às 00:20 min. À varanda, Passos Coelho (acompanhado de Dona Laura, em êxtase, a quem me pareceu que ele levantou o braço para gritar : 'O meu braço direito!') voltou a exercer os seus dotes de barítono e, a plenos pulmões, voltou a cantar o hino. Será que o próximo governo vai ser o musical que ele não conseguiu ao ser rejeitado no casting do La Feria?

sábado, março 26, 2011

Primeiro Ministro dá uma entrevista ao programa Newsnight, Pedro Passos Coelho mostra a sua escassez de ideias frente a Clara de Sousa e a menina Paula Gil diz que não diz nada


Sorry, it's not José Sócrates. É o prime minister de Little Britain cujo chefe de gabinete é o fantástico Sebastian. Podem ver porque é mais divertido do que a entrevista de Pedro Passos Coelho à Clara de Sousa na SIC.

O pobrezinho do PPC não tem uma conversa concreta, uma ideia consistente, uma linha de rumo. Nadinha.

Parece aquela jovem da Geração à Rasca, a Paula Gil que, quando lhe perguntam o que quer que seja, com um arzinho sonso, diz que não diz como se soubesse mas não quisesse abrir o jogo. Foi à AR entregar as ideias dos deolindos e, quando lhe perguntam que ideias destaca, diz que não diz. Quando lhe perguntam se, ao menos, pode dizer, do que leu, se há alguma ideia que lhe tivesse despertado atenção, diz que não diz, e faz um sorrisinho pretensamente alusivo.

Mas eu, que às vezes sou mazinha, acho que eles, o Pedrocas e a Paulinha, não têm é nadinha dentro daquela cabecinha sonsa.

Do que o Doce disse à Clara de Sousa (em grande forma, a Clara, uma entrevista bem conduzida, com firmeza mas sem agressividade) não retive nadica excepto uma coisinha: falou em 'amortecer a dívida'. Ora essa é uma expressão frequente, que se ouve muito em entrevistas de rua. Mas os gestores, economistas e afins e, especialmente, os putativos primeiros-ministros dizem mais 'amortizar a dívida'. Será que o Doce também tirou uma licenciatura às três pancadas?

Entretanto, a gentinha - os Bolas de Neve, os Napoleões e quejandos - que se acha representante do povo (uma chapelada a Pacheco Pereira que mostrou ter coluna vertebral), a correr, despachou na generalidade e na especialidade a certidão de óbito da avaliação de professores e, portanto, Portugal deu mais um passo no sentido da parvoíce mais absoluta, mais ridícula.

Mas é fim de semana, não pensemos em palhaçadas (sem ofensa para os palhaços). Divirtam-se, meus caros, antes que nem isso consigam fazer mais.

domingo, janeiro 23, 2011

Cavaco Silva: mais do mesmo. E o rescaldo e os festejos de uma eleição.

Neste momento em que é certo que Aníbal Cavaco Siva foi reeleito e que, na televisão, o vejo ressabiado, quase vingativo, quase desagradável, a agradecer a vitória a todos, mas em especial à sua senhora (a quem ele sustenta, como fez questão de dizer durante a campanha eleitoral), anunciando um segundo mandato sem chama, sem uma ideia que revele algum sentido de modernidade, não tenho para já mais nada a dizer senão que tenho pena que não tenha aparecido um candidato capaz de mobilizar a população.

Uma abstenção enorme - que mostra bem o desinteresse e o desapontamento que as pessoas sentem perante tão triste panorama - é, para mim, o dado mais marcante destas eleições.

Um centro/esquerda pulverizado por vários candidatos que, em conjunto, se uniram (ainda que sem o combinarem - porque não são suficientemente hábeis nem para isso) para dizer mal do Governo, deu nisto. Por ausência de alternativa, Cavaco, no seu provincianismo, falta de sentido de democracia, arrogante e com um historial recente (relativo a investimentos e a amizades) muito pouco abonatório, lá conseguiu ganhar. À tangente mas ganhou.

Manuel Alegre e Louçã (a cara num esgar) mostraram há pouco que estão a saborear o sabor amargo da derrota em toda a linha, enquanto Fernando Nobre feliz, rejubilante, com a Margarida Pinto Correia atrás, completamente babada, deliciada e embeiçada, Luís Osório, o Luís Represas e outros festejaram não percebi o quê.

Os confundidos senhores cinzentos do PCP lá apareceram a fazer o número do costume, certamente felizes por terem garantido mais 5 anos de Cavaco em Belém. Dá-lhes sempre muito jeitinho ter um adversário para garantirem que têm clientela nas manifestações e greve.

Bem, apesar de tudo, estiveram Defensor de Moura e o impagável contra-poder Coelho que conseguiu um inimaginável resultado na Madeira, quase 40%. Mostraram realismo no que disseram e foram dignos nas suas conclusões.

(Ouvi censurar Defensor de Moura porque não deu os parabéns ao vencedor e relembrou as acusações feitas durante a campanha. Mas para que havia ele de ser hipócrita? Para ser politicamente correcto?)

Mas, em síntese: 'um fraco rei faz fraca a forte gente' e com este fraco nível político não admira que o País esteja como está.

No entanto, como tristezas não pagam dívidas, aqui vos deixo um filme de festejos de eleições. Já há tempos aqui o coloquei e hoje a ele retomo. Não tem nada a ver com o  reeleito e requentado Presidente da República, até porque trata de eleições para primeiro-ministro. Lamento, pois, mas não tenho para vos mostrar as comemorações de Cavaco Silva: não é Aníbal e Nunes Liberato que aqui aparecem felizes e festejantes. Nada a ver. Apenas um filmezinho para nos divertirmos. Little Britain, com Sebastian and the Prime Minister.




PS: Inadmissível e desmazelada a questão dos cadernos eleitorais, das mesas de voto. Não dá para entender.

terça-feira, novembro 09, 2010

Dafydd, the rural gay, the only gay in the village, meets Elton John in Little Britain

Por estes dias, Little Britain é um território bem mais divertido do que:
  • esta "choldra ingovernável" (e volto a D. Carlos),
  • do que esta terra «na parte mais ocidental da Ibéria, [onde há] um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!» (segundo um general romano, no século III a.c. em carta endereçada ao imperador, quando da conquista da Península Ibérica pelos romanos),
  • do que este desvalido País, sem dinheiro para mandar cantar um cego, à mercê das agências de rating, dos 'mercados' (essa majestática figura), dos países que - a troco do que for preciso - se disponham a comprar a nossa dívida, as nossas empresas, o que quiserem (Venezuela, China, etc),
  • do que este Portugal de plástico para ser mais barato (O'Neill dixit) em que ao fim de anos sem conta o julgamento mais mediático (Casa Pia) é posto em causa por detalhes processuais e, em que se isso acontecer, já ninguém se admirará porque não há alma viva que acredite na justiça (que associamos a uma tropa fandanga de juízes e procuradores);
  • do que este apertado rectângulo - sem ambição, sem estratégia, que ignora o seu mar imenso e os caminhos que por ele já percorreu - em que a classe política é, de forma geral, de baixa estirpe, em que não se antevê figura distinta que possa genuinamente interessar-se pela nobre causa de servir o povo e em que nós todos já estamos tão descrentes, acomodados, acobardados que não somos capazes de nos chegar à frente e, com esta nossa desmobilização, entregamos a nossa sorte nas mãos de pessoas despreparadas como Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Miguel Frasquilho (o da pulseirinha fatal...), José Sócrates, Armando Vara, Paulo Portas e os seus submarinos amestrados, Mário Nogueira e Ana Avoila, Ana Drago e um bando de mulheres iritantes que agora por aí andam no PSD e do PP, Bernardino Soares com o seu ar de menino e conversa de velho, e mais o resto da decadente trupe deste circo de província.
Por isso, vejamos o fantástico rural gay Dafydd Thomas a entrevistar o fantástico e bem humorado Sir Elton John, the only gay na terra dele, cujas canções, interpretações e atitude muito admiro.

Enjoy!

sexta-feira, outubro 29, 2010

Sócrates demite-se e prepara a passagem do poder de imediato?

Prime Minister Resigns
(in Little Britain)


Upsssss...! Desiludidos?

Pensavam que tinha a ver com o Sócrates?!

Que era ele desesperado com as imposições do eixo franco-alemão?

Que era ele envergonhado com os ralhetes do Prof. Cavaco? Que era ele com medo de o Senhor Presidente o pôr com orelhas de burro no Conselho de Estado?

Que era ele já farto do José Lello, Lacão e Cia.? Sem saber o que fazer com tanto desgoverno?

 Desorientado por agora até o António Borges ir parar ao FMI?

Claro que não: como sabemos o Sócrates não é menino para, alguma vez na vida,  apresentar demissão (e o próximo primeiro ministro que ali se vê é mais feiinho que o Pedro Passos Coelho). 

Agora uma coisa é certa: I love Sebastian! Quem é o equivalente português? Será também assim tão dedicado ao Sócrates como o lovely dear Sebastian?
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