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terça-feira, maio 26, 2015

Se Portugal for governado mais uns quantos anos pelo trio maravilha Passos + Portas + Maria Luís com a ajuda de uns quantos eficientes e extraordinários governantes de gabarito idêntico aos maravilhosos actuais, talvez nos tornemos no País-Maravilha que os cartazes abaixo tão bem retratam. [Foge...!]


No post abaixo já falei de Frida, essa surpreendente e corajosa mulher que viveu uma vida cheia de dor e de amor e, mais abaixo ainda, já vos mostrei um voo e uma aterragem com imagens lindas de viver (ia dizer lindas de morrer mas preferi dizer assim, lindas de viver).

Mas isso foi lá em baixo, em que falei de coisas a sério. Aqui, agora, a conversa é outra.


Cantando e rindo, alegrinhos e destituidozinhos como o laparoso e o vice-irrevogável gostariam de ter o seu dócil povo, cá vamos nós.




Hope there's someone, live

There's a ghost on the horizon
When I go to bed
How can I fall asleep tonight
How will I rest my head


De cada vez que vejo alguma reportagem que meta qualquer dos três do trio maravilha que desgoverna este meu pobre País fico doente: ou dizem banalidades disfarçadas de verdade científica, ou manipulam informação, ou mentem descaradamente, ou mostram uma doentia falta de vergonha, ou encenam rábulas do mais pindérico e infantil que há. Nunca dali ouvi coisa que se aproveitasse. 

Felizmente e até agora (e já bati três vezes na madeira), não sofri na pele as desgraças que tantos sofreram com a devastação que esta gente tem levado a cabo de forma sistemática e estúpida. 
Vi o meu rendimento reduzido por via da brutal carga de impostos mas tenho trabalho, os meus mais próximos (com uma excepção) têm trabalho, os meus filhos não se viram forçados a emigrar, etc., pelo que, no meu disto tudo, ainda me considero uma felizarda.
Mas, apesar disso, sofro por todos quantos vêem os filhos partir - e ainda este fim-de-semana recebi um mail de um Leitor dando-me conta da ida para fora do segundo filho e fiquei mesmo com pena -, sofro por todos quantos não encontram emprego e ficam em casa sem dinheiro, sem auto-estima, sem esperança, por todos quantos têm os pais idosos e doentes a seu cargo com pouco dinheiro para fazer face a tantas despesas, por todos quantos andam de emprego precário em emprego precário sentindo-se humilhados e sem ânimo para construir uma vida com futuro. 

E é por todos esses que luto e lutarei com os fracos meios ao meu dispor para que esta gente seja derrotada nas próximas eleições, mas derrotados muito a sério, para que desapareçam da vida política, para que desamparem a loja, para que não nos apareçam por aí em cargos públicos ou em lugares em que possam continuar a fazer estragos.

Não me passa sequer pela cabeça que os portugueses sejam tão mansos, tão masoquistas e ceguinhos que lhes possam dar de novo o seu voto.

Mas caso ainda haja algum e esse algum esteja entre os meus Leitores, deixe que lhe diga:

O mundo imaginado pelo trio-maravilha, meu Caro Leitor admirador da actual coligação, é um mundo que já não existe, um mundo antigo e parvo, um mundo sem piegas, sem zonas de conforto, onde proliferariam uns quantos tão engenhosos como o ídolo de Passos Coelho, o extraordinário Dias Loureiro, onde os trabalhadores ganhariam ainda menos do que agora ganham, teriam menos direitos, e onde os reformados ganhariam muito menos do que hoje ganham. um mundo estupidamente ridículo e miserável. 

Esse mundo, o mundo que o trio-maravilha idealiza e gostaria de perpetuar, é um mundo de gente dócil e formatada para ser explorada, um mundo de gente bronca e acéfala à imagem da elite que então nos desgovernaria. Um mundo em que a elite não passaria de um grupelho de meros testas de ferro a soldo de chineses, angolanos, colombianos, brasileiros cujos dinheiros teriam origens obscuras que ninguém questionaria. Uma desgraça, uma vergonha.


E para ilustrar o admirável mundo novo desejado para Portugal pelo Láparo, pelo grande artista Portas e pela Pinókia Albuquerka, nada como a coligação fazer uns cartazes idênticos aos que usei para ilustrar o post, cujas fotografias são da autoria de Romain Mader com a colaboração de Nadja Kilchhofer (série Aliona).
Ficávamos esclarecidos e, por uma vez na vida, seriam intelectualmente honestos.


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Relembro que, descendo até ao post a seguir, poderão ver Frida Kahlo, uma mulher única, e mais abaixo, poderão ver imagens lindas tal como um piloto as viu ao aterrar num sítio maravilhoso.

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Happy little moments - Maori sakai

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira, cheia de bons instantes. 
Sejam felizes (e, por favor, justos e exigentes)

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