A RTP despachou a correr uma das melhores séries de sempre: Borgen.
Todos os dias úteis da semana tivemos connosco Birgitte Nyborg, o seu modo frontal e limpo de fazer política e forma como tentou conciliar a sua vida pública com a sua vida privada, a leal e determinada Katrine Fønsmark, o puro e atormentado Kasper Juul, o queridíssimo e abnegado amigo Bent Sejrø, a competente e experiente Hanne Holm, Phillip, o simpático ex-marido que tive tanta pena que não aguentasse a pressão e a ausência da mulher, a Pia tão discreta, atenciosa e eficaz, o Torben tão pressionado por cima, por baixo e pelos lados, o Alex tão pseudo-executivo mas tão infantilóide, e os miúdos, tão discretos e queridos que vimos crescer, a Laura e o Magnus.
Em três tempos a RTP despachou, pois, os três tomos da série. Dia após dia eu fiz uma ginástica para aqui conseguir estar a ver Borgen. Se não conseguia, era no dia seguinte ou quase de madrugada que via a gravação.
A forma negociada e adulta de fazer política, a democracia e as vicissitudes que decorrem da pressão mediática, tudo Borgen nos mostrou.
E a o cancro e a relação com os filhos e os amores, a vida da mulher por detrás da política. E Birgitte sempre forte apesar das fragilidades, sempre humana apesar de ser uma máquina.
Um prazer ver esta série. Mas agora acabou. E eu já estou cheia de saudades.
Sidse Babett Knudsen, 46 anos, a brilhante actriz que deu corpo a Birgitte |
___
2 comentários:
Não fora a sua alusão a esta belíssima série e tê-la-ia perdido , estimada UJM .
Em mais que um momento me emocionaram a determinação, instinto político e humanidade da Senhora Primeira Ministra !
Fascinante o exemplo de como se deve fazer edição política televisiva (admiravel desempenho do casal "spin doctor")
A Luta contra o cancro de par com o cumprimento dos objectivos .
Tambem, para mim, resta um vazio, agora.
Melhores Cumprimentos
Vitor
Série fantástica! Os meandros da política à mistura com a vida, sem grandes maquilhagens.
Boa noite. :)
Enviar um comentário