quinta-feira, agosto 29, 2024

Super best sellers

 

Tenho que confessar: nunca li nada do Stephen King. Não posso dizer se é bom, se é mau. Sei que os seus livros vendem-se como pipocas saltitantes e que há filmes, feitos a partir dos livros, que foram outros tantos sucessos. Também nunca vi nenhum. Provavelmente é preconceito meu. Achando que sou uma mente aberta tenho, contudo que reconhecer que os preconceitos que tenho são mais que muitos. O género, as capas, as cores, tudo ali me afasta. Contudo, vendem-se aos milhões. Deve ser a melhor recompensa para um escritor. E, na volta, se calhar, se me afoitasse, sentir-me-ia surpreendida.

Em relação a Marguerite Duras, escritora também de milhões e de cujos livros também se fizeram filmes (pelo menos de O amante), não tenho preconceitos e já li vários livros. E gosto bastante. 

Imagino que não poderiam ser mais diferentes um do outro. 

Mas que sei eu?

Têm, contudo, em comum -- e isso acho que não oferece dúvidas --, o gosto pela escrita. Falo no presente em relação a ambos embora a Duras já lá esteja faz tempo. Mas os escritores, os bons, são eternos.

Talvez ela seja mais autobiográfica, quase confessional, talvez burile mais a escrita tentando ficcionar a sua própria vida ou a dos que lhe eram mais próximos, enquanto Stephen, aparentemente, tem uma ideia enquanto enfia a primeira perna das calças e, quando enfia a segunda, já está a história concluída na sua cabeça.

Seja como for, gosto sempre de ouvir os escritores. Tenho para mim que os que o são mesmo têm qualquer coisa em si que os torna especiais. Mas também posso estar enganada, claro.

Stephen King reflects on his iconic career and latest release 'You Like It Darker'

Stephen King, has gone on to write more than 60 books and many have been turned into such films as “The Shining” and “Shawshank Redemption.” Jeffrey Brown spoke with King about his latest book, “You Like It Darker,” and the long arc of his career. 

Une vie : Marguerite Duras

"Je crois que l’homme sera littéralement noyé dans l’information. Dans une information constante." Résistante, femme de lettres insoumise et engagée, Marguerite Duras était aussi une visionnaire. 


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Quanto à escolha de Miss Swaps para comissária europeia parece-me coerente com a grunhice e o papalvismo da AD

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Um dia bom

6 comentários:

ccastanho disse...

Há coisas que interiorizei e delas não abro mão, como por exemplo: para comprar um livro, tenho que conhecer a imagem do autor, o numero de páginas se passam das trezentas a narrativa é pastosa, se a imagem não me agradar, não acredito no que lhe vai na cabeça, logo, está prescrito nas minhas preferências sem ler uma página desse autor.

Nos politicos, acontece a mesma coisa. E até, com maior exigência, como por exemplo as fitinhas de varias cores no pulso, ou as pulseiras de ouro ou prata, e outros adereços religiosos ou espirituais exibidos, ou ainda cabelos rapados ou tatuagens , ou brincos "estilo Galamba" são indicadores que me levam a considerar que na cabeça dessa gente, o cérebro nunca por lá passou.

Agora, já me enganei, já!, é arriscado, e até injusto, o pré-julgamento antes de conhecer o que pensam...é!, assumo, mas normalmente, a primeira impressão numa pessoa, o juízo que faço, mais tarde vem dar razão ao que percebi na imagem da mesma.

Outro exemplo: quantos cantores cheios de tatuagens brincos e outros adereços interpretam boa poesia e musica?! Já não falo em cantautores, porque ai, é zero.

Moraislex disse...

Boa tarde,

Durante muito tempo resisti ao SK seguindo a lógica de que se vende muito, não pode ser grande coisa, a mesma que diz que dez milhões de moscas pousam no mesmo sítio é porque aquilo é ..... Enfim , preconceitos.
Depois experimentei, e fiquei agarrado. SK é muito bom, irregular talvez, mas mesmo no nível mais baixo está acima da média. Experimente os livros que ele escreveu a meias com Peter Straub .
SK é sobretudo bom a escrever sobre a infância. Para abrir o apetite veja o filme Stand by me, baseado no conto The Body, e depois escolha um livro dele ao acaso: Sugiro The Shining.
SK tem outra característica importante: produz, pelo menos, um livro por ano

Um Jeito Manso disse...

Olá Ccastanho,
Sou preconceituosa ao fugir a sete pés de best sellers que me soam a tanga...
Também fico de pé atrás com homens que andam com pulseiras de prata ou de ouro...
Também não gosto, mas isso é capaz de ser uma questão um bocado pessoal, de ver homens com fios com cruzes ou medalhas ou coisas assim.
Também não gosto de ver homens depilados, com sobrancelhas arranjadas, acho-os uns pirosos, uns totós. Se calhar é preconceito mas, na verdade, não gosto nada.
Já quanto às fitinhas dou algum desconto. Ficaria altamente surpreendida e até intrigada se o meu marido resolvesse andar com fitinhas ao pulso, ele que não usa nem relógio nem aliança nem nada (e eu gosto assim). Mas não fico escandalizada se vir uma fitinha num pulso masculino. E, quanto ao brinquinho, confesso que acho uma certa piada. Mas depende. Em alguns homens com estilo um brinquinho pode dar um toque de irreverência que traz algum charme.
Enfim.
Gostos não se discutem, não é...?

Um Jeito Manso disse...

Moraisalex, olá,

Deixou-me com vontade de dar uma espreitadela... Amanhã já vou ver se há cá por casa algum livro dele. Creio que não mas nunca se sabe. E vou já ver o trailer dos filmes que sugere. E hei de espreitar na Netflix...

Mas olhe que me deixou com a pulga atrás da orelha...

Muito obrigada pelas dicas.

Abraço!

Célia disse...

A propósito de fitinhas/ cordõeszinhos no pulso, cá em casa andamos ambos, eu e meu marido, com eles, já amarelecidos, nos pulsos. Em abril andámos pela Índia e o nosso guia turístico, na despedida fez-nos esta oferta. São três cores e cada uma tem uma simbologia.
Já passámos dos setentas mas isso não nos inibe desta "usança" que achamos divertida. ☺

marsupilami disse...

Eh pá!, pois, no geral terá razão, o problema são as excepções. Assim de repente, o Corto Maltese ou a excelente professora de francês (tatuada) do meu filho que lhes ensina (em França), e com virtuosismo, os clássicos (começando pela Odisseia) já no 6o. ano, i.e. aos 12 anitos. Os trapos não fazem um homem nem uma mulher.