segunda-feira, julho 08, 2024

Queixam-se do Ministério Público? Então olhem para as CPI
- salve Pedro Adão e Silva

 

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Vale a pena refletir por que motivo as CPI passaram, num curto espaço de tempo, de instrumento de dignificação do Parlamento e relevantes para avaliações políticas de casos da justiça para paradigma da vulgaridade política e da erosão moral, com práticas desrespeitosas de direitos, liberdades e garantias. E por que motivo praticamente não passa uma semana sem que algum partido proponha mais uma CPI.

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Depois, uma vez aprovada a CPI, ninguém quer deixar de revelar o seu vigor inquisitório. É indisfarçável o entusiasmo com que alguns deputados representam para as televisões.

Ora este é um aspeto fundamental. Portugal é hoje, provavelmente, a democracia ocidental com o rácio mais elevado de canais noticiosos por habitante. Tornou-se difícil contabilizar o número de canais a emitir notícias 24 horas por dia, sem que se perceba a racionalidade económica, o propósito para o posicionamento das marcas e em que é que se pode diferenciar a oferta. Enquanto os operadores televisivos se envolvem numa luta fratricida, uma CPI por dia oferece horas de televisão gratuitas, que ocupam tempo de antena e alimentam uma mistura explosiva de ressentimento e voyeurismo social. Quem ganha com isto? Não é certamente a justiça, nem a dignidade das instituições políticas e, muito menos, um espaço público decente.

Artigo imperdível de Pedro Adão e Silva no Público: Queixam-se do Ministério Público? Então olhem para as CPI

2 comentários:

ccastanho disse...

Pois. Que virgens, eles se transformam, quando deixam o poder.
O que fez Pedro Adão e Silva no governo, com a pasta da RTP?

P.A.S tentou sensibilizar as chefias da RTP para uma mais saudável atuação de jornalistas da RTP, quando entrevistavam politicos de esquerda, tentando sempre apoucar quem não fosse de direita?
Ainda há poucos dias, passou uma reportagem da "Provedora do telespectador" Ana Sousa Dias da RTP, onde as queixas dos telespectadores insidiam maioritariamente, sobre Adelino Faria e José Rodrigues dos Santos entre outros, pelo modo sarcástico, e prepotente, de continuada interrupção no modo como interpelavam nas entrevistas quem não se enquadrava politicamente nos seus espaços ideológicos.
E o António José Teixeira, quando na ultima entrevista a Costa ainda primeiro-ministro, mais parecendo um rottweiler ás canelas de Costa, para poucos dias depois, numa outra a Marcelo, já assumia uma atitude servil vergonhosamente doce sem tomates para encostar Marcelo com a realidade de acusações conhecidas de todos?
E a vergonhosa entrevista de José Rodrigues dos Santos a Marta Temido para as europeias?
Pedro Adão e Silva pensa que comemos palha?

Se é verdade que nas CPIs alguns fascistoides disfarçados de democratas, implementaram o modo inquisitorial para quem lhes aparecesse pela frente, não é menos verdade, que a problemática da justiça está na ordem do dia com urgência em resolução desta problemática judicial.Como é evidente.

Há muito tempo que Pedro Adão e Silva interiorizou que um dia pode ser o grande pensador "Agostinho da Silva" dos novos tempos. Presunção e água-benta, cada patego utiliza a que quer.

munarca����.......... disse...

Sr. CC
os srs adão, imagem nossa conhecida dos principios dos tempos, que Guilherme Tell tentou desfazer separando a maçã podre de seu próprio filho vai perdurar para sempre em algumas mentes tacanhas que não o parecendo quando menos se espera vem ao de cima e o silva personagem que nos é também muito familiar com a qual representamos um certo tipo de tuga chico esperto.o Sr. vai ver que este ex-ministro por quem EU quase punha as mãos no lume cultiva o mesmo tipo de cultura dos restantes elementos que compõem a nossa vasta e diversa cambada cultural. ainda o vamos voltar a ver a cúmentar na nossa rêtêpê orientado pelo faria e nada feito.