sábado, agosto 23, 2025

Montenegro & Companhia
-- Uma vez mais, a palavra ao meu marido --

 

Depois do desastre que está a ser a atuação do governo nos incêndios (a manchete do Expresso é demolidora não só para o governo como também para a "coordenação espetacular" do Marcelo), o Montenegro vem com a única solução que conhece que é atirar dinheiro para cima dos problemas. E assim tem "torrado" e vai continuar a "torrar" dinheiro que devia ser gerido de forma diferente , equilibrada e conducente a desenvolver o País. 

Mas o Luís e a rapaziada do governo não sabem nem aspiram a tanto. Quando perceberam que a 'malta" estava irritada com as festejos laranja no Pontal, com a permanência a banhos do Luís e com a ligeireza, o distanciamento e a falta de discernimento com que o Luís & Companhia (entende-se por Companhia os membros do governo e a malta do PSD de onde se destaca o dono deles todos, o Hugo Soares) encaram o problema dos incêndios, reuniram um conselho de ministros e anunciaram 45 medidas obviamente escritas em cima do joelho. 

Até conseguiram inserir no pacote (sem segundo sentido, obviamente), que se saiba até agora, uma medida já em vigor desde 2022 (serão mais?). É obra! 

Basicamente as medidas são dar dinheiro a rodos sem justificativos e não se percebendo quais os critérios. Assim, se  tentam acalmar os ânimos, fazendo chegar dinheiro à população através das câmaras (vamos ter autárquicas, certo?) na esperança de que a coisa funcione e o voto vá parar ao laranjinha lá do sítio. 

Hoje também ouvi que o governo vai adiantar às associações humanitárias até cinquenta mil euros sem qualquer justificativo. O argumento é que têm tido muitos gastos. As perguntas são: então não fazem orçamentos? Não preveem os gastos? Também fazem tudo em cima do joelho? O dinheiro público deve ser gerido com parcimónia e parece-me muito duvidoso que o mesmo seja gasto sem justificativos. Veremos a quantos processos judiciais vai dar este forrobodó.

Outro tema. Tenho aqui criticado ferozmente o Luís e a Ana Paula (parece um duo de malabaristas) pela política de saúde que têm praticado. Gastos e mais gastos, serviços de saúde cada vez piores com o objetivo de aumentarem o mais possível a participação (e faturação) dos privados. Hoje venho apoiar a medida que vão tentar por em prática para pôr cobro ao que aqui já referi várias vezes: os médicos abandonarem o SNS para trabalharem como tarefeiros ou acumularam o contrato com o SNS com a prestação de serviços como tarefeiros. Pode ser uma medida que garanta alguma transparência na contratação dos médicos. No entanto, ninguém se deve esquecer que o enorme aumento dos custos com os tarefeiros (com este caminho ainda temos o Gaspar de volta) resultou do enorme aumento no valor do pagamento das horas aos tarefeiros que a ministra decidiu para tentar tapar o sol com uma peneira, isto é, não ter urgências fechadas. Mais um dinheirão "torrado"!

Tenho dúvidas e vou deixar algumas sobre o objetivo da ministra e do Luís. Depois de aumentar tanto os valores pagos aos tarefeiros (tanto que puseram os cabelos em pé aos privados, a quem os ditos tarefeiros pressionam para que os privados também subam a parada), agora de repente quer tirar o tapete aos doutores? Será que os médicos vão acatar esta medida, tipo cordeirinhos, ou vão para a "luta"? Será que os amigos da ministra que foram colocados em lugares de chefia (e que, se calhar, alegadamente, também complementam os salários com o serviço de tarefeiros -- assunto que deveria ser averiguado) vão achar piada a esta história? Será que mais uma vez o objetivo da ministra e do Luís é dar mais uma machadada no SNS, "correndo" com os médicos para os privados?

Bom seria esclarecer e moralizar estas "cenas".

8 comentários:

Ccastanho disse...

Assino de cruz.

https://youtu.be/KZ3BJYx43y0?feature=shared

Ccastanho disse...

Há dias um Oncologista de 33 anos interno no SNS, e só trabalha no publico por opção, disse-me que recebe 1200 € líquido, perguntei-lhe o nível salarial médio dos colegas, responde que o seu chefe ganha 1900€ penso que líquidos...
Como é possível isto?!

Anónimo disse...

*conselho

Anónimo disse...

Se for o caso, muito provavelmente a medida - tão aplaudida - vai ter o efeito oposto, ou seja, cá vos espero no consultório.

E não venham com o argumento de quem pagou o curso. É o que por aí não falta são cursos inúteis e subsidiados. Pior, como não servem para nada quando concluídos só servem para empregos no estado. Perguntem ao BE que disso eles percebem. É a clientela deles.

Anónimo disse...

Curiosamente os comentários ao anterior post ficaram mudos e quedos. Exemplo da chumgaria que por asui polula!

Anónimo disse...

HÁ QUEM VIVA SEM DAR POR NADA
HÁ QUEM MORRA SEM TAL SABER. José Afonso
DETESTO AS VÍTIMAS QUANDO ELAS RESPEITAM OS SEUS CARRASCOS Jean Paul Sartre

Um Jeito Manso disse...

Caro Comentador que não gosta nem de mudos nem de quedos
Não percebo a que se refere, apenas me parece que quer conversa. Portanto, o que consigo dizer sobre o que escreveu é que:
1. Escreve-se chungaria e não chumgaria
2. Escreve-se pulular e não polular
Provavelmente foram meros typing mistakes mas, ainda assim, aqui fica a nota

José Monteiro disse...

«anunciaram 45 medidas» Mais uma resma, que escapou ao Programa Eleitoral e de Governo, deste e anteriores. A natureza é dada a combustôes instantânias? Entre os 230 mandarinas de S. Bento ou o MAI, devem pensar que nada melhor que haver tolinhos incendiários à solta. Se há três décadas, tivessem criado uma prisão dedicada, os inimputáveis com assistência de psiquiatria, não teria surtido algum efeito? Ora aqui está um bom caso de utilidade para as elites políticas: promovem a limpeza do território, fomentam a economia do fogo, e cumprem os seus papéis de irresponsáveis.