sexta-feira, março 11, 2022

Pequenas acções com impacto mediático
-- como renomear as ruas das embaixadas russas como Ukrainian Heroes’ Street e Free Ukraine Street ou iluminar com as cores da Ucrânia alguns edifícios russos
Isso e a divulgação de tanques russos ao abandono nos campos da Ucrânia ou opiniões de quem sabe dizendo que Putin vai perder esta guerra -- tudo o que possa desmoralizar e ajudar os russos a perceberem que devem apear Putin

Небольшие акции с влиянием СМИ
– например, переименование улиц российских посольств в улицу Героев Украины и улицу Свободной Украины или подсветку некоторых российских зданий украинскими цветами < br>Это и огласка брошенных российских танков на полях Украины или мнения знающих людей о том, что Путин проиграет эту войну — все, что может деморализовать и помочь русским осознать, что они должны слезть с Путина.

 

Ao falar com o meu filho sobre o que se passa na Ucrânia, embora coincidindo no repúdio absoluto sobre a invasão e sobre a guerra, quando abordamos as motivações russas estamos em corredores distintos. Eu falo de um maluco criminoso, ele fala de estratégia política. Eu falo da repulsa que o mundo sente pelo que se passa e ele pergunta-me a que mundo me refiro. Eu digo que me refiro ao mundo civilizado e ele diz que isso é apenas uma parte do mundo e, para o provar, fala-me da China e da Índia que, em conjunto com a Rússia -- e os territórios que esta quer ter sob a sua influência -- são um pólo relevantíssimo e que não lhe parece que aí estejam muito preocupados com o que se passa. E fala-me também de países árabes -- ou seja, para ele, o tema tem muito mais a ver com equilíbrios geo-políticos que têm vindo a ser estudados pelo regime russo do que com o que se passa na cabeça de Putin.

Como disse no post abaixo, o meu feeling vai num sentido distinto. Na minha perspectiva, o que se passa é, acima de tudo, o delírio de um ditador, a deriva imperialista e mitómana de um narcisista criminoso.

Por isso, penso que nas estratégias para acabar com a chacina em curso deveria ser levado em conta a melhor forma de neutralizar Putin.

Seria bom que todo o mundo (pelo menos, o dito munto civilizado) se unisse de todas as formas possíveis e imaginárias para o derrubar, impedindo-o de continuar nesta sua deriva criminosa. É certo que isso já tem estado a acontecer mas era bom que, embora actuando de forma racional e tanto quanto possível prudente, se fosse mais intenso, mais ubíquo, mais arrasador. 

O apoio à Ucrânia com armas e munições é importante e as sanções à Rússia e a oligarcas russos também. Talvez sejam dos vectores mais rápidos e efectivos. Contudo, sabemos como o apoio com armas tem que ser cuidadoso para que não forneça o pretexto para que as coisas ainda escalem ainda mais... e arma puxa arma e mais gente vai caindo morta. E algumas sanções são impossíveis no imediato (quando se está dependente do assassino para algumas necessidades vitais, gestos de corte radical são bravatas que lesam mais quem toma a iniciativa do que aquele que se quer lesar). 

Por isso, que se deite mão a tudo o que se puder, seja o que for que tenha visibilidade e que possa chegar até à Rússia, em especial à opinião pública russa para que Putin seja desmoralizado, para que os russos se virem cada vez mais contra ele, para que percam o medo, para que mil forças convirjam para resolver o assunto.

Repesco exemplos já postos em prática em alguns locais e acrescento algumas sugestões. Tudo coisas com bastante visibilidade e repercussão e que tendem a fazer com que os russos que apoiam Putin se sintam ridicularizados e com que Putin comece a sentir as pernas fracas, humilhado.



  • Seria bom que, em todo o lado em que existam embaixadas ou consulados russos ou instalações de empresas estatais ou instituições russas, fosse seguido o exemplo da Lituânia que mudou o nome da rua da Embaixada russa para Rua dos Heróis da Ucrânia ou de outras capitais que estão a mudar para 'Rua Libertem a Ucrânia'

  • Seria bom que, sempre que possível, fosse seguido o exemplo de Portugal e se iluminassem os edifícios russos (embaixadas, consulados, empresas - o que for) com as cores azul e amarelo. 
  • Sei dos riscos mas seria bom que na própria Rússia houvesse maneira de que, nas principais praças e avenidas, vários edifícios começassem a aparecer assim iluminados.

  • Nunca julguei que me fosse possível defender a actuação de hackers... mas hoje vou fazê-lo. Seria bom que hackers conseguissem entrar nos sites mais vistos na Rússia e pusessem como home page e em todas as páginas imagens da guerra na Ucrânia. 
  • Seria bom que também conseguissem entrar no alinhamento publicitário das televisões e rádios russos e, no meio dos anúncios, aparecessem imagens da guerra ou mensagens denunciando os crimes de Putin. 
  • Seria bom que entrassem nos feed de todos os media russos mensagens denunciando os crimes de Putin
  • Seria bom que os aviões comerciais que sobrevoam a Rússia aparecessem pintados com as cores da Ucrânia.

  • Seria bom que tal como foi feito com Trump, fossem feitos mega bonecos insuflados de Putin colocando-o a ridículo, vestido de nazi ou com cara de diabo e as mãos a escorrer sangue. Seria bom que isso fosse aparecendo em imagens de manifestações por todo o mundo, passando em todas as televisões.
  • Seria bom que nos principais programas de comédia de todos os países começassem a aparecer imitações de Putin, que o mostrem como um nazi, como um assassino -- mas medroso, cobarde, mal preparado, a acabar traído pelos que lhe são mais próximos, incluindo pelas próprias filhas.
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E aqui partilho mais alguns vídeos que me parecem interessantes e indiciadores da trajectória desta guerra sangrenta, destruidora, levada a cabo por um poderoso serial killer -- que deve ser detido.

Ukrainian soldiers find field full of abandoned Russian tanks after invaders 'fled their post'

Ukrainian soldiers found that the area had been abandoned by the Russian aggressors, who reportedly fled their post and left behind military hardware for their foes to take advantage of in the defence of the country.

The General Staff of the Armed Forces of Ukraine released the images on March 6, saying: 'Mykolaiv region. The paratroopers of the Russian aggressor simply fled.'

The Ukrainian Armed Forces added: 'New trophies for our Ukrainian defenders.'

Russian captive inteligence members speak about their orders for the invasion of Ukraine

Sergey Galkin was born in 1987, he enlisted into the Russian army in 2013. 

On February 23rd his battalion got the order to invade Ukraine alongside other Russian forces, covered by massive artillery strikes on the Ukrainian territory.

The captive tells a story of constant bombardments of civilian objects by the Russian aviation and heavy artillery units. This is an important part of documenting the war crimes that Russia wages on the people of Ukraine and this footage will be used to bring war criminals to justice.


Ben Hodges: “I Believe That Ukraine Is Going To Win" | Amanpour and Company

Heavy fighting continues around Ukraine’s capital, Kyiv. What might happen as the conflict intensifies? Ben Hodges was a brigade commander during the U.S. invasion of Iraq in 2003 and later commanded the U.S. Army in Europe.

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Saúde. Paz.

1 comentário:

  1. Concordo consigo. Equilíbrios geopolíticos por mão da Rússia? Com uma população de 150M? A 14ª economia mundial, ainda por cima extorquida por meia dúzia de oligarcas? É um delírio sim, para tentar colmatar a pequenez do país. Um delírio que de geoestratégico só tem o faltar-lhe geoestratégia. Nem a China está para isso, um povo bem mais à frente, que pensa para o futuro e que nunca, em 3000 de história, teve propensão para o expansionismo através da guerra. Aliás, os chineses ainda ressentem os russos pelo que lhes fizeram no séc. XIX, quando os russos se aproveitaram da guerra com o Japão para roubarem uma parte grande do território chinês, sobretudo na importante (histórica e simbolicamente) Manchúria. Para os chineses, isto é bom, mas não é porque tenham interesse em fazer bloco com a Rússia. É porque estão agora numa posição em que, mantendo a neutralidade que têm vindo a usar, só ganham com todos.

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