- Oh, minha sobressaltada!
Disse ele a primeira
vez
que a tomou nos braços
dançando com
ela
em torno dos astros
Ela tinhaasas de anjoe coração de alquimiaVoava quando sentiaandar na vidainvisíveltão lívida e desamadaque sóos pássaros a viamperdida na sarça ardenteonde começaa poesia
Quando chega
o fim da tarde
vejo a flor do dia
coroada pela saudade
por onde a luz se evade
mas ainda não termina
cerzida na sua arte
e o crepúsculo contamina
com a sua sensualidade
de uma beleza ambarina
______________________________________
Tal como os do post abaixo também estes poema são de Maria Teresa Horta em Estranhezas (de onde igualmente voltei a extrair o título deste post).
Também as fotografias foram feitas aqui em casa durante a tarde deste sábado vagaroso, sereno, parado no tempo. Tão sereno, tão parado no tempo, que consegui descobrir e fotografar um passarinho numa árvore. Se fosse uma gata teria subido pelo tronco, ter-me-ia esgueirado pelos ramos, em silêncio, para o ver de perto, para o cativar. Talvez ele cantasse para mim e talvez eu, feita gata anarca-burguesa, quase morresse de emoção.
E é também Mari Samuelsen que interpreta Una Mattina
_________________________________________________________________
Queiram continuar a descer caso vos apeteça sentir o intenso e doce perfume do jasmim que me envolve quando por aqui passeio, em paz
__________________________________________________________
E tenham um belo dia de domingo
Sem comentários:
Enviar um comentário