Fiz bacalhau à Gomes de Sá para o almoço. Acompanhámos com alface. Sobrou e pensei que seria uma boa solução para o almoço desta segunda-feira. Era para ter feito para mim um jantar ligeiro, iogurte, fruta, mas o meu marido resolveu reincidir no bacalhau e, quando me deu o cheiro, deu-me também a fome.
Andei a fazer medições e conjecturas no jardim. Gosto de imaginar coisas para fazer. E fiz fotografias. Depois fiz um mail a descrever e juntei-lhe fotografias. Tratei de coisas pendentes. Houve uma que não consegui concluir. Com isto da pandemia, é tudo online. Mas é online com as burocracias de quando se tinha que ir penar para o guichet. Só que, atrás do guichet, podíamos ter a sorte de apanhar alguém que nos ajudasse. Aqui, online, não conseguimos passar para o passo seguinte. Bem tentei desencantar tudo o que pediam mas foi inglório. Desgastada, acabei por desistir. Também fiz uma caminhada. Demos uma volta maior, por fora, parecia que estávamos mesmo no campo. Apanhei urze. No regresso passámos por uma série de casas onde os cães já ladram apenas de brincadeirinha, para nos chamarem, correndo de um lado para o outro, ao longo da vedação que os separa de nós, a darem ao rabo. Não há dúvida que já nos conhecem. Por vezes, tenho vontade de lhes fazer uma festa mas, ao mesmo tempo, tenho receio que me arranquem a mão. É que uma coisa é verem-nos passar fora do seu território e outra é uma mão invadir-lhes o espaço. Nessas alturas, bate aquela saudade de voltar a ter um cão como meu amigo. Falei nisso no mail que enviei. A meio e ao fim do dia falei ao telefone. Li. Desta vez consegui ler com vagar e sem adormecer. Há bocado transcrevi um excerto de um texto que achei muito interessante: Cioran fala de Maria Zambrano. Também apanhei laranjas e tangerinas. Estão tão doces, tão sumarentas. E apanhei camélias caídas e distribuí-as por outros vasos. E tenho estado a tentar interpretar os resultados de uma app de que o meu filho me falou. No entanto, creio que apenas com um modelo 3D poderei obter resposta às minhas dúvidas.
É uma abulia, um tédio, um cansaço. Estou habituada a ter muito que fazer, não pouco. Estou habituada a não ter tempo, não muito. E depois está frio, húmido, tudo molhado lá fora. Por volta das quatro da tarde, se não antes, já estava escuro dentro de casa, já a luz tinha que estar acesa. Muito desagradável este tempo e este confinamento. Lembro-me do belo passeio à Aguieira há cerca de um ano. Na primeira noite ficámos num bungalow de madeira, com uma varanda sobre o rio. Fotografei um bicho grande, misterioso, que nadava sob as águas escuras do rio. Nas outras noites ficámos no hotel. Todos estes lugares tão lindos. Tenho saudades de passear. E dos meninos, dos pequenos e dos grandes, nem se fala. Que saudades. Quando voltar a estar com eles, estarão bem maiores (os mais pequenos que os outros já cresceram o que tinham a crescer). A minha filha diz que, quando isso acontecer, o menino mais velho estará mais alto que eu. Penso que exagera mas sei lá. Os dias arrastam-se mas as semanas sucedem-se. Às tantas perco um pouco as referências temporais. Não percebo nada disto. E tenho mails e comentários a que queria responder mas, estranhamente, falta-me energia. Muito estranho. Espero que me perdoem apesar de não dar para perceber. Cansada e sem energia porquê... se pouco fiz...? Não dá para entender.
O Santanolas, lol, mas parece que essa ideia de jerico do governo de emergência, de iniciativa presidencial, coisa que deixou de ser possível desde 1982, anda por aí a animar alguns tontos, entre os quais o Sousa Tavares que, apesar da sua costela de "tareco" lhe proporcionar um bom histórico de ideias peregrinas, ultimamente tem abusado disparate.
ResponderEliminarUma boa semana.
*do disparate.
EliminarO vinho nunca entra nas refeições (de ambos) ?
ResponderEliminarAi... Cu portugues, / pede a Deus que Ele te livre / do Diabo chines!
ResponderEliminarRabos lusitanos, / Nosso Senhor vos proteja: / o Mal vai aos ânus!
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